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VIA INTRADÉRMICA

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O QUE É A VIA?
VIA INTRADÉRMICA
A administração de medicamentos pela via intradérmica é definida como a introdução de medicamentos na derme, camada da pele que está localizada entre a epiderme e o tecido subcutâneo, através de uma punção.
A administração de medicamentos pela via intradérmica é pouco comum nos hospitais, sendo utilizada para a administração de pequenas doses de fármacos, como a adrenalina.
Em contrapartida, a via intradérmica é utilizada para a realização de testes alérgicos, realização da vacina BCG e realização do PPD (teste de tuberculose), SCHICK (difteria).
Essa via permite a administração lenta de medicamentos e vacinas aplicadas.
LOCAL MAIS APROPRIADO PARA A ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PELA VIA INTRADÉRMICA
O local mais indicado para a administração de medicamentos pela via intradérmica, é a face anterior do antebraço ou região escapular, por essa região ser mais pobre em pêlos, pigmentação e vascularização.
Já a vacina de BCG, a mesma é aplicada na área de inserção inferior do músculo deltoide do braço direito.
O volume máximo indicado, introduzido por esta via, é de 0,5ml, sendo que, geralmente, o volume corresponde a frações inferiores ou iguais a 0,1m
MATERIAIS UTILIZADOS 
· Cuba rim ou bandeja para acomodar todo o material e o medicamento;
Luvas de procedimento;
· Seringa de 1 ml ou de insulina, pois possui escalas de frações em mililitros (0,1 ml).;
· Agulha 40 x 12 para realizar a aspiração;
· Agulha 13 X 4,5 para administrar o medicamento, pois trata-se de uma agulha pequena, fina e com bisel curto;
· Algodão embebido em álcool 70%.
TECNICA DE ADMINISTRAÇÃO (APLICAÇÃO)
É fundamental, ao realizar a administração de medicamentos pela via intradérmica, garantir a segurança do paciente.
Para isso, utiliza-se os 9 certos da enfermagem: usuário certo, dose certa, medicamento certo, hora certa, via certa, anotação certa, orientação ao paciente, compatibilidade medicamentosa e direito do paciente em recusar a medicamentos. Vamos ao passo a passo:
1. Verifique a prescrição médica, observe a medicação, a via de administração, dosagem e o horário da medicação;
2. Lave as mãos conforme técnica;
3. Verifique a data de vencimento da medicação;
4. Separe todo o material necessário;
5. Prepare o medicamento;
6. Leve o medicamento já preparado na seringa e protegido de forma adequada, até o leito do paciente na bandeja ou cuba rim;
7. Explique o procedimento ao paciente e acompanhante;
8. Verifique se o nome do paciente confira a prescrição;
9. Calce as luvas;
10. Oriente o paciente a higienizar as mãos;
11. Escolha o local adequado de acordo com a finalidade do medicamento;
12. Verifique a condição da pele no local escolhido (face interna do antebraço, região escapular ou região inferior de inserção do deltoide);
13. Posicione o paciente de acordo com o local escolhido;
14. Realize a antissepsia da pele utilizando o algodão embebido em álcool a 70% e, no caso de vacina, realize a lavagem com água e sabão;
15. Estique a pele utilizando a mão não dominante, usando o polegar e o indicador;
16. Introduza a agulha com bisel voltado para cima, em um ângulo de 15º;
17. Introduza a medicação lentamente até que uma pápula seja formada;
18. Retire a agulha na mesma angulação de entrada na pele;
19. Segure a pele com o algodão, evitando massagear ao retirar a agulha;
20. Coloque a agulha na cuba rim ou bandeja;
21. Posicione o paciente de forma confortável;
22. Descarte a agulha e a seringa em local adequado (caixa de perfurocortante);
23. Retire as luvas;
24. Lave as mãos;
25. Proceda a anotação e checando a medicação que foi realizada.
Observações Importantes
· Nunca realize a aplicação próxima de áreas hiperemiadas, com inflamações, cicatrizes, hérnias, escoriações ou feridas operatórias;
· Nunca reencape a agulha;
· Procure sempre realizar rodízio nos locais de aplicação.
CURIOSIDADES (SE TIVER)
O físico, matemático, filósofo  e teólogo francês Blaise Pascal, em 1647, inventou o primeiro modelo de seringa, ao se interessar pela hidrostática e realizar várias experiências que comprovaram a existência do vácuo e o peso do ar. Porém, foi em 2 de abril de 1899 que a inventora americana Letitia Mumford Geer patenteou o modelo de seringa utilizado atualmente, ou seja, a seringa de aplicação de substâncias por meio de um pistão. Este modelo foi inventado para facilitar o trabalho dos técnicos de enfermagem e médicos durante uma cirurgia, já que ela pode ser operada com apenas uma mão, e foi patenteado no mesmo ano de sua invenção.
Ao longo dos anos, o modelo inventado por Letitia vem sendo aperfeiçoado conforme o avanço da medicina. Hoje em dia, existe uma variedade de seringas de diferentes tamanhos, cada uma projetada para liberar um determinado volume de medicamento em um tipo específico de tecido.  A escolha da seringa deve ser realizada levando-se em consideração a via de administração e o volume a ser administrado.
Ultilizadas diariamente por profissionais da saúde, as seringas têm a finalidade de retirar líquidos de cavidades do corpo, ou injetá-los por via intravenosa (aplicação na veia), hipodérmica (aplicação na pele), intrarraqueana ou intrarraquidiana (anestesia), intramuscular (aplicação no tecido muscular), intracardíaca (aplicação na parede cardíaca), assim como para retirar sangue e para a realização de punção aspirativa em um paciente.
Pouco se sabe da vida de Letitia:  ela nasceu em Nova York em 1852, era enfermeira, teve três irmãos e faleceu em 18 de julho de 1935, aos 83 anos, em Nova York.
FARMACOS UTILIZADOS (2 EXEMPLOS)
A principal vacina com administração por essa via é a BCG. É composta pelo bacilo de Calmette-Guérin, obtido pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose. O esquema de vacinação corresponde à dose única ao nascer, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade.
Segundo o Ministério da Saúde, a administração da vacina é feita na região do músculo deltoide, no nível da inserção inferior, na face externa superior do braço direito. O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da cicatriz em avaliações da atividade de vacinação.
Ainda que a formação de cicatriz seja esperada, a Organização Mundial da Saúde aponta que a ausência da cicatriz de BCG após a administração da vacina não é indicativo de ausência de proteção.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ABC da Enfermagem. Vantagens e Desvantagens da via intradérmica. Disponível em: https://www.abcdaenfermagem.com.br/via-intradermica-vantagens-e-desvantagens/. Acesso em 31 de agosto de 2021.
Portal educação. Via intradérmica. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/via-intradermica/27807. Acesso em: 31 de agosto de 2021.
Sanar Saúde. Administração de medicações: tudo que você precisa saber. Disponível em: https://www.sanarsaude.com/portal/concursos/artigos-noticias/administracao-de-medicacoes-enfermagem-tudo-o-que-voce-precisa-saber. Acesso em: 01 de setembro de 2021.
Dr, FILHO, Lauro Arruda Câmara. Hospital do coração. LETITIA MUMFORD GEER – A INVENTORA DA SERINGA. Disponível em: https://hospitaldocoracao.com.br/novo/midias-e-artigos/artigos-nomes-da-medicina/quem-foi-letitia-mumford-geer/. Acesso em: 01 de setembro de 2021.

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