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Caso 5 - Dor abdominal

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Caso 5 – Dor abdominal 
Objetivos: 
1. Definir dor abdominal 
2. Relacionar os principais tipos e sua localização topográfica e 
anatômica 
3. Listar os problemas e as pistas para os diagnósticos diferenciais 
4. Entender porfiria do ponto de vista genético, bioquímico, clínico 
5. Tipos de herança genética 
 
1. Dor abdominal – O que é? 
 
A dor abdominal ou dor de barriga é uma ocorrência bastante comum, 
que pode estar relacionada a problemas simples como má digestão ou 
excesso de gases, mas também pode indicar disfunções e doenças em 
algum dos vários órgãos dessa região, como estômago, intestino, fígado, 
vesícula, bexiga e, no caso das mulheres, útero e ovários. 
 
2. Principais tipos de dor abdominal e sua localização topográfica e 
anatômica 
 
Parte superior do lado esquerdo: 
gastrite, úlcera gástrica, excesso de 
gases. 
Parte superior da região central: refluxo 
gastroesofágico, má digestão, gastrite, 
úlcera gástrica, inflamação da 
vesícula. 
Parte superior do lado direito: 
inflamação ou pedra na vesícula, 
doenças no fígado. 
Lado esquerdo: gastrite, inflamação 
do intestino, excesso de gases, cisto no 
ovário esquerdo. 
Lado direito: doença de Crohn 
(doença inflamatória crônica que 
afeta o sistema digestivo), inflamação 
do intestino, excesso de gases, 
inflamação da vesícula, cisto no ovário 
direito. 
Área do umbigo: úlcera gástrica, 
inflamação do pâncreas, 
gastroenterite, início de apendicite, 
hérnia umbilical. 
Parte inferior do lado esquerdo: 
inflamação do intestino, excesso de 
gases, hérnia inguinal, cisto no ovário 
esquerdo. 
Para inferior do lado direito: excesso de 
gases, apendicite, doença de Crohn, 
inflamação do intestino, cisto no ovário 
direito. 
Região pélvica: inflamação do 
intestino, cólon irritável, inflamação da 
bexiga, infecção urinária, problemas 
na próstata, gravidez ectópica 
(gravidez fora do útero, geralmente 
em uma das trompas de Falópio), 
endometriose, mioma. 
 
 
 
3. Relação com o caso clínico 
 
✓ Dor abdominal pelo menos três vezes na semana, por 4 anos; 
✓ Cólica mal localizada; 
✓ Náuseas, vômitos, falta de ar, fraqueza, dor nos braços, 
taquicardia e hipertensão; 
✓ Ultrassom, tomografia e exames normais; (INCOMUM) 
✓ Dor só melhora depois de comer algo doce; (INCOMUM) 
✓ Dor no corpo e na cabeça; 
✓ Urina vermelha; 
 
A dor mal localizada dificulta saber em qual órgão abdominal seria o 
problema. A paciente também relata alterações em diversos sistemas, o 
que torna o diagnóstico mais difícil. 
 
4. Porfiria – genética, clínica e bioquímica da doença 
 
A porfiria é um grupo de doenças raras 
causadas por um defeito na produção 
de enzimas envolvidas na síntese do 
grupo heme da hemoglobina, que é 
responsável pelo transporte de 
oxigênio no sangue. Este defeito causa 
o aumento da porfirina, uma 
substância da hemácia, sendo tóxico 
para o corpo e levando a sintomas 
principalmente no sistema nervoso e 
na pele. 
A porfiria normalmente é hereditária, 
ou seja, herdada dos pais e familiares, 
no entanto, em alguns casos, a pessoa 
pode possuir a alteração genética, 
mas sem desenvolver a doença. 
Porém, alguns fatores podem estimular 
o surgimento de crises de sintomas, 
como exposição ao sol, problemas no 
fígado, consumo de bebida alcoólica, 
fumo, estresse emocional e excesso de 
ferro no organismo. Ela é uma doença 
causada por uma mutação recessiva. 
Muitas pessoas nunca apresentam 
sintomas. 
Os sintomas podem incluir vômito, dor 
abdominal ou nas costas, fraqueza nos 
braços ou pernas e sintomas mentais. 
O sintoma mais comum é uma dor 
abdominal generalizada que dura 
várias horas a vários dias. 
Os melhores exames laboratoriais são 
aqueles feitos em amostras de urina 
coletadas durante a crise. 
A manutenção de uma boa 
alimentação e evitar o consumo de 
álcool e medicamentos que 
desencadeiam crises são importantes. 
As crises são tratadas com a 
administração de glicose e, algumas 
vezes, de heme. 
 
 
 
 
 
 
 
5. Tipos de herança genética 
 
As heranças genéticas podem ser autossômicas ou ligadas ao X. 
Elas também podem ser recessivas ou dominantes. 
No caso da porfiria, ela é uma doença genética autossômica recessiva.

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