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Saúde, Gestão e Humanidade III Base conceitual da epidemiologia: • Epidemiologia descritiva: estuda a distribuição dos eventos considerando a tríade: - Tempo - Pessoa - Lugar - Responde as questões: O que? Quando? Como? - Ex.: • Epidemiologia analítica: busca os fatores determinantes dos eventos - Responde a questão: Por que? - Ex.: Indicadores de Saúde São expressões sintéticas qualitativas ou quantitativas. Se relacionando a um aspecto específico de uma população, fornecem uma visão sumária, usada através de comparações, para avaliação do nível da característica em consideração. • Aplicabilidade: - Comparar diferentes grupos de pessoas, regiões geográficas e períodos de tempo; - Identificar os fatores determinantes dos agravos à saúde; - Avaliar os métodos usados no controle das doenças; - Estabelecer prioridades de intervenções nos serviços de saúde; - Monitorar as condições de saúde. • Tipologia: - Os que tentam traduzir diretamente a saúde (ou a sua falta) em um grupo populacional: - Globais: Coeficiente de Mortalidade Geral; Razão de Mortalidade Proporcional; Esperança de Vida ao Nascer; etc. - Específicos: Coeficiente de Mortalidade Infantil; Coeficiente de Mortalidade por Doenças Transmissíveis; etc. - Os que medem recursos materiais e humanos relacionados às atividades de saúde: rede de postos de saúde; número de leitos hospitalares em relação à população; número de leitos hospitalares em determinada especialidade/ população. - Os que se referem às condições do meio e que têm influência sobre a saúde: abastecimento de água; rede de esgoto; contaminações ambientais pelos diversos poluentes; etc. - Os que indicam aspectos sócio-econômico: renda per capita; ocupação; grau de escolaridade; proporção de analfabetos; etc. - Os que avaliam o grau de desenvolvimento da comunidade: IDH (educação, longevidade e renda); IDS (educação, renda, coleta de lixo, abastecimento de agua, esgotamento sanitário). • Atributos: - Validade: representa a extensão na qual um indicador realmente está medindo o conceito teórico que ele se propôs a medir. - Confiabilidade: é a extensão na qual um experimento, teste ou outro procedimento de mensuração produz os mesmos resultados em medições repetidas. Quanto maior a consistência dos resultados em medidas repetidas, maior a confiabilidade no procedimento de mensuração - Simplicidade - Cobertura: identifica a extensão populacional que o indicador abrange. - Robustez: é considerado robusto um indicador que tenha, ao mesmo tempo confiabilidade e validade. - Oportunidade: diz respeito ao momento ideal para o cálculo, divulgação e uso dos indicadores (agilidade). - Poder discriminatório: é capaz de permitir comparações entre áreas ou uma mesma área no tempo. Coeficientes ou taxas: • É uma relação (quociente), entre dois valores numéricos, que estimaria uma probabilidade ou risco. • Mede a mudança instantânea. Representa o número de eventos ocorridos em uma população definida em um período de tempo determinado. • Não tem dimensão CGM - Coeficiente Geral de Mortalidade: • Estima o risco de morrer a que está sujeita uma pessoa de uma determinada área, num determinado ano; • Considera os óbitos totais. • Extremamente influenciado pela distribuição etária da população; • Podemos ter o mesmo CMG em regiões com distintos níveis de saúde (países com populações idosas têm CMG maior que pop. Jovens); • Necessidade de emprego de técnicas de ajuste para a comparação em populações com diferentes distribuições etárias; • Não reflete a realidade (taxa bruta) - por isso precisa ser padronizado Gabrielle Peixoto Coeficiente = Número de casos, óbitos / população X Constante Epidemiologia Saúde, Gestão e Humanidade III Método do Cálculo do CGM: Método Direto (ou da população padrão): → este é o mais utilizado, mas também existe o método indireto. 1. Escolhe-se uma população padrão e realizam-se os cálculos como se as duas populações tivessem a mesma distribuição etária; 2. A população pode ser real (uma das populações em estudo ou de um outro país) ou ser fictícia (a média ou soma entre duas populações envolvidas no estudo) 3. Aplicam-se, na população padrão, os coeficientes de ambas as regiões, para obter o “número de óbitos esperados” 4. Estes “números de óbitos esperados” permitem os cálculos dos coeficientes ajustados O resultado (Taxa de Mortalidade Padronizada ou Ajustada) indica a mortalidade que uma população teria caso apresentasse uma estrutura etária padrão Cálculo do CGM Técnica de Padronização - Método Direto Passo 01: Observar a distribuição etária e calcular os respectivos coeficientes de mortalidade pela mesma base do indicador Passo 02: Eleger a população padrão (pode se eleita pela OMS ou a soma entre duas populações ou ainda a média delas) ! Neste caso, utilizaremos a SOMA Passo 03: Calcular o “número de óbitos esperados”, por faixa etária, utilizando como referência a população padrão. Passo 04: Feita a padronização (óbitos esperados) por idade para cada região, resta calcular a Mortalidade ajustada, dividindo o total de óbitos esperados pela população padrão, depois multiplicar por 10ⁿ • Recomendações: - A população mundial é utilizada quando se pretende realizar comparações internacionais; - A população do país (censos) é utilizada para comparar regiões e estados; - Em séries temporais, utilizar a população do meio do período (evitando cometer erros por mudanças bruscas nas populações). Gabrielle Peixoto Número de óbitos em uma população residente X 10ⁿ População Total residente
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