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TCC INCLUSAO DO ALUNO AUTISTA NA ESCOLA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
 
A INCLUSÃO DO ALUNO COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA NA ESCOLA REGULAR
 
 GOVERNADOR VALADARES
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
 
 A INCLUSÃO DO ALUNO COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA NA ESCOLA REGULAR
 (
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do títu
lo especialista em Educação Especial
. 
)
 
GOVERNADOR VALADARES
2021
A INCLUSÃO DO ALUNO COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA NA ESCOLA REGULAR
Autor:
Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
 Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
RESUMO - Realizar a inclusão de todos, é um desafio constante da escola regula. Nessa circunstância se encontra vários alunos com dificuldades na aprendizagem que precisam de um olhar particularizado. O autismo encontra-se no meio destes múltiplos rostos que os professores necessitam conhecer para realizar a sua inclusão. Aqui nesse artigo foi utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica, por meio dos citados autores que estudam as práticas inclusivas para alunos com autismo. O tema escolhido foi motivado a partir da averiguação da complexidade das manifestações do Transtorno do Espectro Autista – TEA e os desafios que o mesmo exige dos educadores, sejam na sua compreensão e/ou nas práticas essenciais para o atendimento dos alunos autista. Assim, a inclusão precisa se fazer com a introdução do mesmo em classes regulares. Ainda que fora do horário escolar ele venha passar por outras atividades específicas. O autismo muito se desafia os educadores e suas reflexões, por essa razão torna-se primordial para uma minuciosa pesquisa das práticas inclusivas na escola. 
PALAVRAS-CHAVE: Autismo. Escola. Inclusão. Aluno. Aprendizagem.
[footnoteRef:1] [1: E-mail do autor: help.p.s@hotmail.com] 
1 INTRODUÇÃO
A escola regular necessita preparar seus profissionais para a inclusão de alunos com transtornos mentais que afetam a aprendizagem, de modo especial o Transtorno do Espectro Autista - TEA que exige atenção e metodologia adequada para a inclusão do mesmo. 
No intuito de melhorar cada vez mais o atendimento desses alunos, indagamos: como a escola precisa acolher e incluir o autista, incentivando uma cultura de inclusão e diversidade para que ele venha aumentar seu processo de aprendizagem e ser incentivado de forma adequada de acordo com suas reais necessidades?
A formação acadêmica concede ao pesquisador a oportunidade de realizar estágios e atuar profissionalmente em escolas que possuem em seu corpo discente, alunos com Transtorno do Espectro Autista. Por essa razão, as indagações sobre os processos inclusivos de alunos com esse transtorno gerou o interesse em pesquisar de forma mais profundamente.
Alunos autistas necessitam de estímulos diferenciados, bem como ser incluídos pela equipe pedagógica, docente e pelos seus colegas de turma. 
A relevância do tema procede pelo aumento de casos de alunos com Transtornos do Espectro Autista a incluídos na escola regular, o que obriga aos profissionais da educação investigar profundamente seus conhecimentos sobre esse transtorno a fim de produzir mediações que contribuam na aprendizagem do aluno de maneira significativa e integral. 
O autismo desafia os educadores em termos de compreensão de sua especificidade uma vez que esta surge como “distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e linguísticas; a reações anormais às sensações.” (AIRES et. al., 2014, p.3). 
Segundo Mello (2004), em termos de inclusão é comum que os educadores coloquem a criança autista em escolas regulares e esperam que ela possa começar a imitar o comportamento das outras crianças sem transtornos, no entanto, a criança autista raramente irá imitar seus colegas, isso somente ocorrerá quando ela começar a desenvolver a consciência dela mesma. 
O autismo é definido como um transtorno/síndrome que requer dos professores uma postura de permanente criatividade nas mediações que serão realizadas para aumentar o grau de comunicação, interação, socialização do aluno. “Um atendimento especializado, antes da inclusão numa escola regular, pode ajudar a criança a desenvolver a consciência de si mesma, preparando-a para utilizar-se de modelos, posteriormente.” (MELLO, 2004, p.41). 
Os professores tem por obrigação, em seu processo de formação continuada estudar, pesquisar e desenvolver novas práticas inclusivas que venham ser utilizadas na sala de aula, para tanto será preciso providenciar momentos de formação sobre os transtornos de aprendizagem, uma vez que o autismo é um verdadeiro desafio para a compreensão pedagógica. 
Assim, essa pesquisa a respeito da inclusão do aluno com Transtorno do Espectro Autista pretende aprofundar o debate sobre as práticas de inclusão, facilitando o desenvolvimento de sua aprendizagem e socialização com os demais colegas. Dessa forma num primeiro momento a pesquisa tratará da participação do aluno autista na escola regular, a definição do TEA e suas especificidades. No segundo momento refletiremos as intervenções que visam ampliar as possibilidades de aprendizagem e socialização do aluno autista com o objetivo de relatar as características e particularidades da inclusão na classe regular de ensino.
2 A ESCOLA REGULAR E A INCLUSÃO DOS ALUNOS COM TEA
A escola tem passado por uma grande mudança em sua perspectiva democrática. Uma vez que a educação é direito de todos; não se pode deixar de atender o aluno que apresente demandas de atendimentos especiais. Assim, todo aluno com necessidades especiais deve ser incluído na escola sem que haja restrições para seu atendimento.
A inclusão nas escolas tem passado pela necessidade de superação de desafios estruturais, como investimento em formação de professores, adaptação e mudança de concepção educativa. Nesse sentido:
A efetivação de uma educação inclusiva neste contexto secular não é tarefa fácil. Não menos desprovida de dificuldades é a tarefa de um Estado que intenta organizar uma política pública que, como tal, se empenha na busca de um caráter de universalidade, garantindo acesso a todos os seus cidadãos às políticas que lhes cabem por direito. O campo da inclusão, entretanto, fundamenta-se na concepção de diferenças, algo da ordem da singularidade dos sujeitos que acessam esta mesma política. (BRASIL, 2005, p.23). 
A inclusão demonstra um desafio educacional constante que tende a superar o trabalho dos centros de educação especial para que o aluno seja enquadrado no ensino regular e desenvolva suas habilidades e competências. A escola está se adaptando sem distinção social, física ou intelectual, porém, para isso é primordial um processo de formação continuada para receber a professores e pedagogos para a inserção efetiva de todos os alunos, por meio do Atendimento Educacional Especializado (AEE) mais consciente de sua missão.
Mantoan (2006) nos mostra uma diferenciação dos conceitos de integração e inclusão. Estes termos embora tenham significados semelhantes, são empregados para expressar situações diferentes de inserção e se fundamentam em posicionamentos teórico-metodológicos diferentes.
A integração escolar traz para o aluno um leque de possibilidades educacionais, que vai desde as salas de aulas do ensinoregular ao ensino em escolas especiais, sem contar que o atendimento a este aluno também pode ser domiciliar, ensino itinerante, classes hospitalares, salas de recursos entre outros. A inserção torna-se parcial no meio de serviços educacionais segregados. (MANTOAN, 2006).
A educação inclusiva surge da proposta da democratização do ensino brasileiro oferecido na escola pública, mesmo assim, esta concepção passou a ser aprofundada no contexto escolar recente. Segundo Mantoan (2006):
A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. (MANTOAN, 2006, p. 24).
A inclusão precisa ser integral, sem restrições, capaz de mudar a concepção de educação, gerando possibilidades no processo verdadeiramente da escola democrática. Vivemos um momento decisivo para sua reestruturação pedagógica, onde há um movimento social crescente em torno da questão de inclusão por isso, torna-se imprescindível o estabelecimento de processos de formação para verificar as deficiências do ensino ministrado pelos professores da escola contemporânea.
2.1 O ALUNO AUTISTA NA ESCOLA REGULAR
	O autismo está englobado num conjunto de transtornos invasivos do desenvolvimento e tem como característica, distúrbios de socialização, que normalmente aparece na infância. Portanto:
O autismo e os transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs), às vezes denominados transtornos do espectro do autismo, referem-se a uma família de distúrbios da socialização com início precoce e curso crônico, que possuem um impacto variável em áreas múltiplas e nucleares do desenvolvimento, desde o estabelecimento da subjetividade e das relações pessoais, passando pela linguagem e comunicação, até o aprendizado e as capacidades adaptativas. A manifestação paradigmática dos TIDs – o autismo – é um transtorno de desenvolvimento com um modelo complexo, no sentido de que qualquer tentativa de compreendê-lo requer uma análise em muitos níveis diferentes, como do comportamento à cognição, da neurobiologia à genética, e as estreitas interações ao longo do tempo. Sessenta anos após as descrições iniciais do autismo, sabemos que os TIDs são as condições mais prevalentes e marcadamente genéticas entre todos os transtornos de desenvolvimento. (KLIN & MERCADANTE, 2006, p.2). 
As crianças autistas apresentam dificuldades, por exemplo, na interação com seus pares, pois é característica desse transtorno o isolamento do mundo à sua volta, logo elas não conseguem perceber o outro separado de si mesmos.
Em sala de aula o aluno autista apresentará discrepâncias de socialização com as outras crianças, por tanto, vale destacar o papel do professor em ser mediador no relacionamento desse aluno com a classe além de estimular atividades de interação, incluindo-o sem reservas, para tanto a escola precisará estar zelosa na preparação dos profissionais que atuam no apoio destas crianças e adequação dos espaços de atendimento. Nesta perspectiva o professor de apoio devidamente orientado pelos especialistas supervisores deverá propor e desenvolver atividades e recursos adaptados de modo a oferecer oportunidades de aprendizagem significativa. Todos os progressos do aluno deverão ser anotados e repassados para o professor da turma. 
A presença de uma sala de recursos, com materiais especiais e profissionais preparados para lidar com diferentes deficiências, é fundamental em escolas inclusivas - e o governo tem o dever de providenciá-las. Os alunos a frequentam no contraturno, quando não estão no horário regular, como um complemento à sua vivência na sala de aula. Além disso, alunos com deficiências ou doenças mentais devem, necessariamente, receber acompanhamento psicológico, na escola ou fora dela. (COSTA, 2013, p.3). 
O docente inicialmente necessita entender e saber definir o transtorno do espectro autista e como esse aluno passa ser entendido na escola.
De acordo com Baptista e Bosa (2002), o autismo é um transtorno que desafia o conhecimento que sem tem sobre a natureza humana, bem como sua compreensão abre os caminhos para entendimento do próprio desenvolvimento de cada pessoa. Já para Winkel (2015), o autismo é uma síndrome que afeta diretamente o desenvolvimento nas áreas de comunicação, comportamento e socialização, podendo se manifestar de maneira leve e severa, tendo as alterações de comportamento desde os primeiros anos de vida. 
Por essa razão, a escola tem o importante papel no atendimento do aluno com autismo desde a primeira infância e essas experiências do contexto escolar auxiliam o mesmo no processo de socialização, desenvolvimento de suas habilidades e atitudes essenciais para a interação das pessoas na sociedade. Assim: 
O papel da escola é fazer o reconhecido no nível da educação, na elaboração de estratégias para que estes alunos com autismo consigam desenvolver capacidades para se integrar e interagir com as outras crianças ditas “normais”. Já a família tem também um papel importante, pois é a responsável por dar atenção, os cuidados, amor e deverá zelar por toda uma vida. É necessário dispensar algumas horas para que as crianças possam se sentir queridas e mostrar o que aprenderam. (AIRES et. al., 2014, p.2). 
Há vários momentos de observação do comportamento dos alunos, bem como intervenções para desenvolver a aprendizagem dos mesmos na escola, por isso, “os professores necessitam ficar atentos às mudanças comportamentais, como comprometimento na interação social e na comunicação, além de interesses restritos e repetitivos. Mas não é responsabilidade da escola fazer o diagnóstico.” (WINKEL, 2015, p.2). 
O professor ao se deparar com um aluno autista em sua turma, diagnosticado ou evidenciado por características peculiares desse transtorno, deve-se priorizar o ensino de tarefas funcionais que proporcionem o desenvolvimento da autonomia e socialização do sujeito. Logo:
O nível de desenvolvimento da aprendizagem do autista geralmente é lento e gradativo, portanto, caberá ao professor adequar o seu sistema de comunicação a cada aluno. O professor tem a responsabilidade a dar atenção especial e sensibilização dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como se comportam esses alunos autistas. Deve-se entender que ensino é o principal objetivo do trabalho com crianças autistas. Ensinar coisas funcionais para a criança autista é a essência de um trabalho adequado e a persistência é um grande aliado deste objetivo. (AIRES et. al., 2014, p.3). 
Cada aluno precisa ser valorizado e reconhecido pelas suas potencialidades, visto que os autistas não são iguais, cada um tem um perfil, e o professor precisa estudar e observar cada aluno de modo particular. Nesse sentido, vale ressaltar:
Bem sabemos o quanto nossos alunos são diferentes uns dos outros. Sabemos que cada um traz os conhecimentos já apreendidos, sabemos a que tipo de estratégia pedagógica cada um reage melhor, sabemos quais de nossos alunos aprendem melhor quando trabalham em grupo, ou em dupla, 12 e quais trabalham melhor em atividades individualizadas. Sabemos de que tipo de conteúdo cada um gosta mais, bem como para que disciplina ou conteúdo cada um não mostra interesse... Sabemos quando alguém está particularmente triste, sofrido, alegre, feliz... Enfim, cada um de nós foi aprendendo, no decorrer do cotidiano de nossa profissão, a conhecer e a reconhecer cada um de nossos alunos. (ARANHA, 2005, p.11-12).
 
Esse olhar de conhecimento e reconhecimento sobre os alunos regulares e aqueles com necessidades especiais é fundamental para o trabalho inclusivo, até mesmo porque no caso do autismo existem dificuldades específicas impostas pelo próprio transtorno, em especial a, questões de comportamento. 
Segundo Costa (2013), a chave para a inclusão do autista está na comunicação, assim é necessário descobrir meios e técnicas para possibilitar o estabelecimento de alguma categoria de comunicação com o aluno, além da atuação de um professorde apoio para acompanhá-la em sala de aula. 
O aluno autista traz desafios de inclusão para seus professores, pois seu transtorno dificulta seu comportamento e necessita um acompanhamento especializado para lidar com suas questões de comunicação, socialização e etc. Assim, a atitude dos educadores em apresentar estratégias de ação com o aluno fará a diferença para ele ter sucesso na aprendizagem escolar. 
A inclusão desse aluno começa com sua introdução na classe regular de ensino e se concretizará à medida que os educadores atuarem de forma reflexiva, criativa e humanizada. É considerável destacar que as práticas inclusivas corroboram para a real formação da cidadania do aluno à medida que o prepara para maior autonomia pessoal. Por isso:
Nesse processo a escola é entendida como um espaço de todos, no qual os alunos constroem o conhecimento segundo suas capacidades, expressam suas ideias livremente, participam ativamente das tarefas de ensino e se desenvolvem como cidadãos, nas suas diferenças. Compreendemos que a inclusão escolar impõe uma escola em que todos estejam inseridos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente desse processo, segundo suas capacidades, e sem que nenhuma delas possa ser motivo para diferenciação que os excluirá das suas turmas. (AIRES et. al., 2014, p.3)
Infelizmente ainda existem escolas de ensino regular resistentes para a inclusão de alunos autistas, agindo de forma segregadora. 
O contexto da escola regular para a inclusão do aluno autista ainda precisa ser consolidado. “São recentes, e poderíamos dizer serem poucas ainda, as experiências que mostram as possibilidades de aprendizagem e de educação de crianças, adolescentes e jovens com autismo.” (ROTH, 2006, p.63). Por tanto, cabe aos educadores o aprofundamento das práticas e intervenções pedagógicas para um bom atendimento educacional especializado com o aluno autista. 
A inclusão passa pela formalização de métodos, práticas e intervenções que visam melhorar as condições de aprendizagem de seus alunos com transtornos ou outras dificuldades. Para isso, são necessários recursos, profissionais especializados para efetivar o processo de inclusão. Assim, 
A escola precisa promover uma educação inclusiva para melhorar o ensino e aprendizagem dessas pessoas como diferentes estilos e comportamentos. Acreditamos que a inclusão de alunos com autismo deve ser uma temática a ser sempre discutida pelos profissionais da área da educação. A inclusão não pode ser feita sem a presença de um facilitador e a tutoria deve ser individual; um tutor por aluno; a inclusão não elimina os apoios terapêuticos; necessidade de desenvolver um programa de educação paralelo à inclusão e nas classes inclusivas o aluno deve participar das atividades que ele tenha chance de sucesso, especialmente das atividades socializadoras; a escola deverá demonstrar sensibilidade às necessidades do indivíduo e habilidade para planejar com a família o que deve ser feito ou continuado em casa. (AIRES et. al., 2015, p.3). 
A inclusão do aluno autista passa em grande parte pelo o desenvolvimento do seu processo de comunicação e socialização, por isso os educadores precisam refletir em conjunto quais as medidas a serem adotadas para desenvolver essas habilidades. 
2.2 INTERVENÇÕES PARA O ATENDIMENTO DO ALUNO AUTISTA
	Quando ao aluno autista passa a frequentar a escola, os pais precisam decidir sobre o compartilhamento do seu diagnóstico com a equipe pedagógica. O consentimento da família é importante para que os membros da comunidade escolar tenham acesso aos documentos diagnósticos do aluno, tendo claro que a confidencialidade deve ser guardada e respeitada por questões éticas. (ALMEIDA, 2014). 
Geralmente o autista apresenta dificuldade de socialização, interação e comunicação, com as demais crianças. Havendo o consentimento da família sobre a verbalização do diagnóstico do filho para a sua turma escolar o professor precisa comunicar a seus alunos. Segundo Winkel (2015) é preciso ter a turma como parceira no processo de inclusão do aluno autista. O professor antes de receber o aluno pode explicar todos que existem diferenças entre as pessoas e que o autista, precisa do auxílio do grupo para se adaptar e socializar.
O ambiente escolar necessita ser afetuoso, acolhedor e aberto para a ação entre os alunos. Valorizar cada aluno em suas qualidades e diferenças colabora na criação de um espaço de trocas que estimulam a aprendizagem de todos, em especial do autista. 
O professor precisa evitar a pressão excessiva no aluno autista para a realização das suas atividades, uma vez “que a criança pode reagir violentamente quando submetida ao excesso de pressão e, diante disso, é necessário considerar se o programa está sendo positivo, ou se precisará de outras mudanças.” (AIRES et. al., 2014, p.4). 
O planejamento é imprescindível para o recebimento do aluno autista, pois deverão ser realizadas as adaptações curriculares e os objetivos que pretendem alcançar com o aluno desde suas necessidades mais peculiares.
O currículo escolar deve ser adaptado para crianças com transtorno de aprendizagem. Por isso, é preciso: 
Garantir ao aluno com TEA acesso ao currículo escolar por meio de adaptações que envolvam materiais adaptados, jogos pedagógicos, uso de imagens, fotos, esquemas, signos visuais e ajustes de grande e pequeno porte. Permitir o acesso e o uso de materiais e móveis adaptados visando à organização sensório-motora e adequação postural do aluno com TEA. (ALMEIDA, 2014, p.30). 
Voltando a questão da necessidade do ensino funcional para crianças autistas, a adequação de recursos visuais aumenta as possibilidades de aprendizagem desses alunos. Por isso, 
Todo trabalho de interação da criança com objetos e com situações do meio deve ser feito concomitantemente ao trabalho de capacitação, aos cuidados pessoais e ao lazer para socialização. As crianças autistas parecem que aprendem e entendem melhor vendo do que ouvindo. Por isso, quando pequenas, é interessante expô-las ao máximo a esses estímulos. (AIRES et. al., 2015, p.3). 
Segundo Almeida (2014), o aluno com autismo tem um forte apego as rotinas diárias, assim, o professor pode facilitar a previsibilidade das rotinas por meio de preditores visuais como agendas ilustradas, calendários e sequência das atividades, indicando o que vai acontecer e em quais momentos. O aluno precisa de um professor de apoio para acompanhá-lo em sala de aula e outras atividades extraclasses. Todo o progresso do aluno deve ser registrado como o desempenho, o comportamento e ser feita de forma sistematizada com fins estatísticos e levem à reprogramação e avaliação. (ALMEIDA, 2014). 
A escola deve comunicar aos familiares todos os registros dos progressos e desenvolvimento do seu filho em reuniões periódicas. A troca de informações entre família e escola é particularmente muito valiosa para o planejamento das mediações a serem realizadas. 
Portanto, a escola necessita criar espaços de socialização para o aluno autista, seja na sala de aula, no pátio, no recreio, pois essas interações são importantes para o processo de aprendizagem. Todas essas intervenções fazem parte de um resumo que é primordial ser aprofundado pelos educadores, pois cada contexto escolar traz seus próprios desafios, bem como cada aluno e suas peculiaridades. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A legislação brasileira vigente assegura o direito de matrícula e permanência do aluno com o TEA na classe comum da escola regular de ensino. O presente estudo tratou de maneira reflexiva o atual contexto da inclusão e atendimento desses alunos. 
Os objetivos específicos deste trabalho foram identificar e conceituar o TEA, enumerar as intervenções indispensáveis para realizar e estimular a aprendizagem do aluno autista e refletir sobre o papel da escola e do professor diante do desafio da inclusão, mostrando os avanços referentes às práticas inclusivas de modo a assegurar de maneira real uma educação de qualidade, evitando a discriminaçãodesses alunos.
Constatamos que o acolhimento do autista na escola regular precisa de planejamento e organização, com objetivos traçados e metas a serem alcançados em prazos determinados tanto, estrutural como pedagógica, com ações que privilegiem o desenvolvimento das habilidades e competências observadas as suas limitações, mas com foco nas atividades de interação, comunicação e socialização.
A formação continuada precisa ser ofertada ao professor e proporcionar a elaboração de todo o material prioritário para realização de atividades e desenvolvimento das capacidades dos alunos não como uma tarefa de exigência legal, mas como um demarcador de sua prática pedagógica. Para de fato se ter a inclusão, Mantoan (2006) afirma que a escola tem de mudar na totalidade para atender a todas as necessidades, provenientes dos alunos portadores de necessidades especiais ou não.
Um motivo que precisa ser evidenciado é que conhecer e analisar as características comuns aos alunos com autismo é fundamental para o sucesso da aprendizagem. O professor carece examinar cuidadosamente seu aluno, observar seus interesses, ou seja, deve conhecer seu aluno para melhor interagir e se comunicar com ele e interessar-se atender às suas necessidades educacionais especiais, afinal, à medida que os alunos com autismo incluídos em turmas comuns atingem o progresso em seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, principalmente nas áreas que compõem a tríade do transtorno, poderemos então dizer que as estratégias utilizadas estão adequadas.
Para existir inclusão deve haver aprendizagem, e isso nos remete a prioridade de reavaliar os nossos conceitos sobre currículo, metodologias estratégias de ensino e programas educacionais. É preciso avaliar, sujeito, ambiente, familiares envolvidos, culturas, políticas e práticas, para que não existam alunos segregados em classes inclusivas.
O ideal e o que queremos é uma escola que represente para a criança com necessidades educacionais especiais um espaço considerável de aprendizagem para podermos assegurar de maneira consciente que desenvolvemos práticas inclusivas.
REFERÊNCIAS
AIRES, Anne Caroline Silva [et. al.] Autismo: convívio escolar, um desafio para a educação. Revista FIPED, Editora Realize, 2014. Disponível em:< http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Modalidade_2datahora_25_05_2014_08_12_38_idinscrito_627_b3d095600d78536590e5824dd996d321.pdf.> Acesso em: 10 jan. 2017. 
ALMEIDA, Marco Antônio Arruda e Mauro de. Cartilha da Inclusão Escolar: inclusão baseada em evidências científicas. Comunidade Aprender Criança, (Ed. Instituto Glia, 2014). 
ARANHA, Maria Salete Fábio. Projeto Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: necessidades educacionais especiais dos alunos / Maria Salete Fábio Aranha. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005.
BAPTISTA, Claudio Roberto; BOSA, Cleonice. Autismo e Educação-Reflexões e propostas de intervenção. Artmed Editora, 2002.
BRANDE, Carla Andréa; ZANFELICE, Camila Cilene. A inclusão escolar de um aluno com autismo: diferentes tempos de escuta, intervenção e aprendizagens. Rev. Educ. Espec., Santa Maria, v. 25, n. 42, p. 43-56, jan./abr. 2012 Disponível em:<https://periodicos.ufsm.br/index.php/educacaoespecial.>Acesso em: 11 jan. 2017. 
COSTA, Chintya. Inclusão de alunos com autismo na escola. Educar para Crescer, Editora Abril. Em 05/09/2013. 
COSTA, Cynthia. Inclusão de alunos com autismo na escola. Educar para Crescer, Editora Abril, 5 set. 2013. Disponível em:<http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/inclusao-deficiente-mental-752460.shtml.> Acesso em: 12 jan. 2017. 
KLIN, Ami, MERCADANTE, Marcos T. Autismo e transtornos invasivos do desenvolvimento.Ver. Bras. Psiquiatria. 2006; 28(Supl. I):S1-2
MANTOAN, M.T.H. A integração de pessoas com deficiência. São Paulo: Senac, 2007.
MELLO, Ana Maria S. Rose, Autismo: Guia Prático. 4. ed. São Paulo: AMA; Brasília: CORDE, 2005. 
NADAL, Paula. O que é o autismo? Revista Nova Escola, Abril de 2011. Disponível em:<https://novaescola.org.br/conteudo/281/na-duvida-autismo-inclusao.>Acesso em: 11 jan. 2017. 
ROTH,Organizadora, Berenice Weissheimer. Experiências educacionais inclusivas: Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.
SUPLINO, Maryse. Inclusão escolar de alunos com autismo. Centro Ann Sullivan do Brasil – RJ, 2009. Disponível em:< file:///C:/Users/Micro/Downloads/Inclusao-de-alunos-com-autismo.pdf.> Acesso em: 10 jan. 2017. 
WINKEL, Sophia.A inclusão de estudantes autistas.Revista Nova Escola, Edição278,Dezembro 2014/Janeiro 2015.

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