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Fundamentos epistemológicos e históricos da Psicologia – aula 02 (13/03) Filosofia e Psicologia ♦ O ser biopsicossocial + historico A questão psíquica também forma um conjunto de fenômenos diferenciados que forma uma articulação, e que também estarão ligados à possibilidade de adaptação do sujeito e como ele se coloca ao longo da sua trajetória. Quando pensamos na vivência do homem, a partir de seu nascimento o sujeito já está vivenciando grupos e relações humanas, com ideia de pertencimento (o bebê humano não sobrevive sozinho, porque mesmo com tudo à sua disposição, ele precisa de um amadurecimento pra saber usar essas ferramentas), dependência e preencher nossas necessidades afetivas, estabelecendo vínculos com o outro. O componente histórico do ser biopsicossocial é pensar o que está em foco naquele momento, o que está sendo visualizado, como por exemplo o avanço tecnológico - a dinâmica diferenciada que isso propicia e os elementos positivos e negativos que ele traz e os impactos que gera. Para pensar o sujeito, devemos pensar o que é dele e o que é do ambiente – para pensar um sujeito, deve-se pensar na sua relação com o meio. ♦ O ser multideterminado Multideterminado = aquilo que caracteriza o homem como ele é, o que marca o ser humano e o difere de outras espécies. A multideterminação passa por alguns elementos centrais: - Elementos biológicos (mudança de postura, movimento de pinça etc) - SNC (possibilidade do uso do aspecto racional – a reflexão, o pensar sobre, o avaliar, a produção de conhecimentos) - Trabalho (capacidade de pensar sobre o que ele está fazendo, buscar estratégias para facilitar, verificar o que funcionou e o que não funcionou - hoje, o trabalho pode ser um elemento de sofrimento, pois é investir para ter um retorno de algo necessário para a sobrevivência, passando por estresse, mecanização do trabalhador, pressão, relações grupais desconhecidas e as questões capitalistas em si) - Desenvolvimento de Linguagem / Comunicação (anda junto com a vivência grupal, pois é uma necessidade para o estabelecimento de vínculos e preenchimento das necessidades afetivas – oralidade, dando lugar gradativo para a escrita e os registros) - Vivência grupal (afeto, pertencimento, estabelecimento de vínculos etc). - Subjetividade (a partir da vivência com o outro, eu me percebo separadamente, como indivíduo, sujeito, observando elementos diferentes das outras pessoas, e como cada um vai olhar para si e suas particularidades – traz elementos como a consciência). Os elementos da multideterminação não são isolados, e um puxa o outro. Eles têm interferências que impactam nas questões racionais, de trabalho, das relações etc. a partir dessa evolução inicial, pensamos que entender o homem é entender que ele tem marcadores e um conjunto de variáveis que propiciam as marcas da vivencia do humano. A partir dos marcados, o homem começa a produzir conhecimentos. Ele começa a se deparar com questões, e dentro das condições daquele momento, ele precisa se adaptar. As coisas não estão prontas, acabadas e definidas, mas sim são dinâmicas e mudam o tempo inteiro, gerando também cobranças diferentes – diante disso, aparecem elementos como a frustração. Os conhecimentos são diversificados, e vêm da relação do homem com o objeto, com aquilo que o cerca. O sujeito é cognoscente, ele quer conhecer, quer explorar, para conseguir se manter. Ao longo da história, foram aparecendo tipos de conhecimento que se mantém até hoje, como por exemplo a ciência. Uma das primeiras formas de conhecimento do homem foi a sobrevivência, usando elementos para garantir os básicos para suprir as demandas. ♦ Surgimento da psicologia Conhecimentos → Filosofia -----→ Ciência A psicologia entra numa relação entre a Filosofia e a Ciência, não vindo de maneira independente, no primeiro momento. Hoje, a Psicologia é uma área do conhecimento, uma ciência e uma profissão. O elemento de área do conhecimento aparece durante a idade antiga, na Filosofia, portanto a Psicologia surge como um aspecto de reflexão da Filosofia, e depois de séculos ela se estrutura como Ciência, rompendo com a Filosofia e atendendo a critérios científicos. Depois de se configurar como ciência, no final do século XIX, surge a possibilidade da profissão, na primeira metade do século XX, e na década de 60, é reconhecida oficialmente como uma área profissional.
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