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PIM III - O CONHECIMENTO DA ANATOMO-FISIOLOGIA E BIOLOGIA DO CORPO HUMANO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O PROFISSIONAL DA ÁREA DE ESTÉTICA.

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO ESTÉTICA E COSMÉTICA 
ANA PAULA MUNIZ RENNÓ – 2123717 
APARECIDA FILGUEIRA DE OLIVEIRA – 0420558 
GEISLA DA SILVA SATTI DE OLIVEIRA – 0434352 
LAURA MASSELLA ANGELINO – 0416374 
VANESSA ALVES ROCHA - 0441215 
 
 
 
 
 
 
 
 
O CONHECIMENTO DA ANATOMO-FISIOLOGIA E BIOLOGIA DO CORPO 
HUMANO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O PROFISSIONAL DA ÁREA DE 
ESTÉTICA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
Campus Unip Centro/Cosmópolis/John Boyd/Taquaral 
2021 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO ESTÉTICA E COSMÉTICA 
ANA PAULA MUNIZ RENNÓ – 2123717 
APARECIDA FILGUEIRA DE OLIVEIRA – 0420558 
GEISLA DA SILVA SATTI DE OLIVEIRA – 0434352 
LAURA MASSELLA ANGELINO – 0416374 
VANESSA ALVES ROCHA - 0441215 
 
 
 
 
 
 
 
 
O CONHECIMENTO DA ANATOMO-FISIOLOGIA E BIOLOGIA DO CORPO 
HUMANO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O PROFISSIONAL DA ÁREA DE 
ESTÉTICA. 
 Trabalho apresentado no Curso Superior de Estética e 
Cosmética da UNIP, para o Projeto Integrado Multidisciplinar III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
Campus Unip Centro/Cosmópolis/John Boyd/Taquaral 
2021 
 
 
RESUMO 
O seguinte trabalho constitui em uma revisão de literatura, onde abordamos o mercado da 
estética, a supervalorização da imagem imposta pela mídia, a importância do conhecimento 
sobre as funções básicas dos sistemas que integram o corpo humano. Descrevemos a citologia. 
Anatomia e a fisiologia dos sistemas cardiovascular, respiratório, musculoesquelético, nervoso, 
endócrino, digestório e urinário. 
Palavras-chave: Sistemas, Anatomia, Fisiologia, Citologia, Corpo Humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................04 
2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................05 
2.1 Sistema Cardiovascular..............................................................................................05 
2.1.1 – Sangue.....................................................................................................................05 
2.1.2 – Coração....................................................................................................................06 
2.1.3 – Circulação................................................................................................................08 
2.2 Sistema respiratório....................................................................................................10 
2.2.1 – Ventilação pulmonar................................................................................................10 
2.2.2 – Troca de gases..........................................................................................................13 
2.3 Sistema Musculoesquelético........................................................................................14 
2.3.1 Esqueleto....................................................................................................................14 
2.3.2 Músculo......................................................................................................................19 
2.4 Sistema Nervoso...........................................................................................................21 
2.4.1 Neurônios e células gliais...........................................................................................21 
2.4.2 Sinapses elétricas e químicas......................................................................................23 
2.4.3 Sistema Nervoso Central............................................................................................23 
2.4.4 Sistema Nervoso Autônomo e Sistema Nervoso Somático.........................................25 
2.5 Sistema Endócrino.......................................................................................................26 
2.6 Sistema Digestório.......................................................................................................29 
2.7 Sistema Urinário..........................................................................................................32 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................35 
 
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................37 
4 
 
 
1- INTRODUÇÃO: 
Esta revisão bibliográfica, realizada através de livros e artigos científicos, tem como 
objetivo abordar a anatomia, fisiologia e biologia humana e a importância destes conhecimentos 
para o profissional da área da estética. 
O conceito de belo vem se modificando ao longo dos anos e se moldando diante de 
acontecimentos e fatos relevantes da história, mas isso nunca deixou que o homem buscasse a 
perfeição de sua imagem. Por meio da mídia e da indústria da moda, indústria cosmética 
podemos observar que a incessante busca por este corpo perfeito, o número de procedimentos 
estéticos sofreu um salto considerável em relação ao seu consumo (SILVA, 2014). Segundo a 
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o Brasil hoje 
é terceiro maior consumidor do mundo em produtos deste setor, perdendo apenas para os 
Estados Unidos e China (ABIHPEC, 2020). 
De 2014 a 2019, o mercado da estética cresceu 567% no Brasil, onde nestes 5 anos tivemos 
um aumento de 72 mil profissionais para mais de 480 mil profissionais neste setor. Mais de 
R$34,2 bilhões foram investidos no ramo da Saúde, Beleza e Bem-estar. Estes dados do anuário 
da ABIHPEC, mostram o crescimento deste setor, mas também traz uma grande preocupação 
por conta da banalização de certos procedimentos, falta de profissionalismo, técnicas de 
execução, além de acarretar em um alto número de profissionais não capacitados para atuar na 
profissão. 
Esta falta de capacitação aumenta o risco de intercorrências, pois o profissional não tem o 
conhecimento do corpo humano, da anatomia, do funcionamento, dos distúrbios que existem. 
Fazer uma ficha de anamnese com a avaliação adequada e correta, depende desta capacitação 
sobre os sistemas básicos que engloba nosso corpo, assim iremos descrever, ao longo deste 
trabalho, os sistemas cardiovascular, respiratório, musculoesquelético, nervoso, endócrino, 
digestório e urinário. 
 
 
 
 
 
5 
 
 
2 – REVISÃO DE LITERATURA: 
2.1 – Sistema Cardiovascular: 
2.1.1 – Sangue: 
O sistema circulatório é formado pelo sistema cardiovascular e o sistema linfático. O 
sistema cardiovascular é composto pelo sangue, coração e vasos sanguíneos. Já o sistema 
linfático consiste nos vasos que devolvem o líquido intersticial para o sangue (MARIEB, 2014). 
Neste capítulo, vamos descrever o sistema cardiovascular. 
O sangue é constituído por dois componentes, o plasma, a parte líquida, e os elementos 
figurados, que são células e fragmentos celulares. Em uma pessoa adulta, encontramos em 
média de quatro a seis litros de sangue, tendo o seu pH alcalino variando entre 7,35 a 7,45 e 
com temperatura aproximada de 37°C. Assim o sangue contribui para a homeostasia do 
organismo, através do transporte de oxigênio, dióxido de carbono, hormônios e nutrientes. 
Além de auxiliar na regulação do pH e da temperatura corporal (BECKER, 2018). 
Na parte líquida do sangue, o plasma, encontramos uma composição de 91,5% de água, 
7% de proteínas e 1,5% de solutos não proteicos, como as enzinas, hormônios, vitaminas, 
nutrientes e gases. Este componente do sangue se assemelha ao líquido intersticial, com a 
diferença de ter uma concentração de gases dissolvidos e de proteínas. As proteínas encontradas 
são denominadas proteínas plasmáticas, como as albuminas, as globulinas e o fibrinogênio 
(BECKER, 2018). As albuminas ajudam a evitar que a água se difunda da corrente sanguínea 
para a matriz extracelular,já as globulinas, que possuem anticorpos e proteínas, transportam 
lipídeos, ferro e cobre. E por último, o fibrinogênio é responsável pela coagulação sanguínea 
(MARIEB, 2014). 
Os elementos figurados do sangue são as células sanguíneas como as hemácias, 
leucócitos e plaquetas, cada qual com sua função, onde as hemácias (glóbulos vermelhos ou 
eritrócitos), transportam o oxigênio e o dióxido de carbono pela corrente sanguínea, tendo seu 
formato como um disco bicôncavo, permite rápida difusão dos gases entre o citoplasma da 
célula e o plasma circundante. Os leucócitos (glóbulos brancos) encontram-se nos tecidos 
periféricos, auxiliando na defesa do organismo contra invasões por patógenos e removem 
toxinas, resíduos e células anormais ou danificadas. As plaquetas são capsulas planas 
envolvidas por uma membrana composta de células produzidas na medula óssea vermelha, 
responsáveis pela coagulação do sangue (BECKER, 2018). 
6 
 
 
2.1.2 – Coração: 
Mas como este sangue é conduzido por todo o corpo? É feito através da bomba muscular 
dupla, que é o coração. Em seu lado direito, este órgão vital recebe o sangue com baixo teor de 
oxigênio, proveniente dos tecidos do corpo e depois bombeia esse sangue para os pulmões, para 
captar o oxigênio e dispersar o dióxido de carbono, ou seja, estamos falando da circulação 
pulmonar. E em seu lado esquerdo, o coração recebe o sangue com alto teor de oxigênio que 
retorna dos pulmões e bombeia para todo o corpo afim de fornecer oxigênio e nutrientes para 
todos tecidos, o que denominados circulação sistêmica (MARIEB, 2014). 
O coração é envolvido pelo pericárdio, que é uma espécie de saco de dupla camada, 
sendo uma o pericárdio fibroso, camada de tecido conectivo denso com a função de proteger o 
órgão e logo abaixo temos o pericárdio seroso, que é uma lâmina parietal ligada a grandes 
artérias, originando a lâmina visceral conhecida como epicárdico (BECKER, 2018). 
O miocárdio forma a maior parte do coração, constituído de um tecido muscular 
cardíaco, onde este se contrai realizando assim os batimentos (MARIEB, 2014). E por último 
a camada denominada endocárdio, composta de epitélio pavimentoso, que se localiza na 
superfície interna do miocárdio, revestindo as câmaras cardíacas e valvas cardíacas. (BECKER, 
2018). 
As câmaras cardíacas são compostas por quatro unidades, sendo elas os átrios direito e 
esquerdo e os ventrículos direito e esquerdo. Cada uma destas câmaras é delimitada por dois 
sulcos, o sulco atrioventricular e o sulco interventricular (MARIEB, 2014). 
O átrio direito tem a função de receber o sangue que retorna da circulação sistêmica, 
através da veia cava superior, englobando o sangue das regiões acima do diafragma, da veia 
cava inferior que engloba o sangue das regiões abaixo do diafragma e também do seio coronário 
que coleta o sangue que retorna do miocárdio (BECKER, 2018). 
O átrio esquerdo corresponde a maior parte da face posterior do coração, ou chamado 
de base, onde recebe o sangue com alto teor de oxigênio que retorna dos pulmões através das 
veias pulmonares direita e esquerdas, sendo duas de cada lado (MARIEB, 2014). 
Os ventrículos são bombas ejetoras do coração e se caracteriza diferentemente dos átrios 
por suas paredes ventriculares mais espessas e volumosas, pois tem um maior esforço para 
realizar a atividade de bombeamento do sangue. O ventrículo direito ejeta o sangue para o 
7 
 
 
tronco pulmonar que chega até os pulmões. Já o ventrículo esquerdo bombeia o sangue para a 
aorta que distribui para todo o corpo (BECKER, 2018). 
O caminho que o sangue percorre é de única direção, sendo assegurado pelas quatro 
valvas que se abrem e fecham em resposta ao diferencial de pressão sanguínea. As valvas 
atrioventriculares tem a função de impedir o refluxo sanguíneo para os átrios quando os 
ventrículos se contraem. A valva atrioventricular direita é denominada tricúspide por possuir 
três válvulas flexíveis, já a valva atrioventricular esquerda possui somente duas válvulas, assim 
sendo conhecida como valva bicúspide ou ainda de valva mitral. As outras duas valvas são as 
semilunares que impedem que o sangue retorne aos ventrículos e são chamadas de semilunar 
aórtica e semilunar pulmonar (BECKER, 2018). 
Ao sair do coração o sangue circula pelos vasos sanguíneos, os quais são compostos por 
três camadas distintas, chamadas de túnicas. A túnica intima contém o endotélio simples e 
pavimentoso que reveste a luz de todos os vasos, com células endoteliais planas que formam 
uma superfície lisa. A túnica média é formada principalmente por fibras musculares dispostas 
circularmente entre as quais se localizam as lâminas de fibrilas de colágeno e elastina, agindo 
na manutenção da pressão arterial. E por último, temos a túnica adventícia com uma camada de 
tecido conjuntivo contendo fibras colágeno e elásticas que seguem a direção longitudinal, assim 
protegendo e reforçando as paredes dos vasos sanguíneos (MARIEB, 2014). 
Os vasos do sistema cardiovascular são divididos em artérias, capilares e veias. O 
sangue se locomove através das grandes artérias logo após sair do coração e sucessivamente 
passando por artérias menores até chegar às arteríolas que são responsáveis por alimentar os 
leitos capilares. Estas artérias podem ser classificadas em: 
a) Artérias elásticas, que são chamadas de condutoras, pois possuem paredes espessas 
e localizadas próximas ao coração; 
b) Artérias musculares são aquelas conhecidas como distribuidoras, localizadas 
distalmente do coração e ao termino das artérias elásticas; 
c) E arteríolas que são as menores artérias que se dirigem ao leito dos capilares 
(BECKER, 2018). 
Os capilares são os menores vasos sanguíneos com apenas uma camada extremamente 
fina em sua parede, o que possibilita a realização de troca de gases, nutrientes, hormônios entre 
o sangue e o liquido intersticial. Já no sentido contrário, temos o sistema venoso, onde a 
locomoção, quando os capilares se unem, formam as vênulas. A união destas, dão origem às 
8 
 
 
veias que geralmente com paredes finas, até chegarmos as veias cavas que são as maiores do 
corpo humano (BECKR, 2018). 
2.1.3 – Circulação: 
A função da circulação é de suprir a necessidades dos tecidos corporais, transportando 
os nutrientes, eliminando os produtos do metabolismo, levando hormônios de parte do corpo 
para a outra e de uma maneira em geral, a manutenção e equilíbrio do ambiente (HALL, 2011). 
O coração e os vasos sanguíneos são controlados para produzir o débito cardíaco e a 
pressão arterial, assim gerando o fluxo sanguíneo tecidual necessário, ou seja, a circulação 
sistêmica ou grande circulação (SANTOS, 2014). 
Existem três princípios básicos da função circulatório, que são a intensidade ou 
velocidade do fluxo sanguíneo para cada tecido corporal, que é controlada pela necessidade 
tecidual, ou seja, quanto mais ativo o tecido maior o suprimento de sangue que este tecido 
necessita, portanto maior será seu fluxo. O débito cardíaco é controlado pela soma dos fluxos 
teciduais, ou seja, uma vez que o sangue retorna dos tecidos para o coração, este responde de 
forma automática, bombeando o sangue de volta para as artérias. E o terceiro princípio é que o 
sistema circulatório tem um sistema de controle da pressão sanguínea arterial, ou seja, 
independe do fluxo sanguíneo local ou do débito cardíaco (HALL, 2011). 
Mas o que é o fluxo sanguíneo? O fluxo sanguíneo corresponde a quantidade de sangue 
que passa por determinado ponto de circulação durante certo intervalo de tempo. Em um adulto 
em repouso, o fluxo sanguíneo é de aproximadamente 5.000 ml/min. Já a pressão sanguínea é 
a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de área da parede vascular. Geralmente é 
medida em milímetros de mercúrio (mmHg) (HALL, 2011). 
A característica elástica das artérias permite que estas suportem o débito cardíaco, 
impedindo os extremos depressão das pulsações, assim permite que o fluxo sanguíneo para os 
pequenos vasos teciduais seja uniforme e contínuo. As veias também tem um alto nível de 
distensibilidade, até mais que as artérias, assim tem a função de reservatório para armazenar 
grande quantidade de sangue que pode ser utilizado quando necessário (WARD, 2014). A cada 
batimento cardíaco, uma nova onda de sengue chega às artérias e se não fosse por esta 
distensibilidade arterial, todo o novo volume de sangue teria que fluir pelos vasos sanguíneos 
periféricos, quase que ao mesmo tempo que a sístole cardíaca e não aconteceria o fluxo durante 
a diástole (HALL, 2011). 
9 
 
 
As veias tem uma importante função no sistema circulatório, onde sua capacidade de 
contrair e relaxar, faz com que se tenha um armazenamento de sangue e torna-o disponível 
quando necessário ao restante da circulação. As veias periféricas também podem impulsionar 
o sangue pela chamada bomba venosa, e sendo capaz até mesmo de regular o débito cardíaco. 
Assim a pressão atrial direita é regulada pelo balanço entre a capacidade do coração de bombear 
o sangue para fora do átrio e ventrículo direitos para os pulmões e a tendência do sangue de 
fluir das veias periféricas para o átrio direito (WARD, 2014). 
Quando o corpo perde sangue e a pressão arterial cai, são desencadeados sinais nervosos 
pelos seios carotídeos e por outras áreas sensíveis à pressão do sistema circulatório. Estes sinais 
fazem com que o encéfalo e a medula espinal emitam sinais nervosos, principalmente por meio 
dos nervos simpáticos para as veias, provocando sua constrição, assim compensando o baixo 
fluxo sanguíneo (HALL, 2011). 
Além das veias como forma de armazenamento sanguíneo, ainda existem outros órgãos 
considerados como reservatórios de sangue, como por exemplo o baço que podem liberar até 
100 mililitros de sangue, o fígado que pode liberar centenas de mililitros, as grandes veias 
abdominais contribuindo com até 300 mililitros e o plexo nervoso sob a pele que também pode 
contribuir com centenas de mililitros (HALL, 2011). 
Completando o sistema circulatório, temos o sistema linfático é responsável por carregar 
o excesso de líquido intersticial proteico, conduzindo-o de volta à corrente sanguínea, assim 
este líquido intersticial recebe o nome de linfa. Este sistema é formado por uma cadeia de vasos 
linfáticos com sentido único, na qual a linfa flui somente em direção a coração. Os vasos 
linfáticos são envolvidos por uma bainha de tecido conectivo junto aos vasos sanguíneos e as 
pulsações das artérias auxiliam no fluxo linfático (MARIEB, 2014). 
As células deste sistema são formadas pelos linfócitos, que se originam da medula óssea 
vermelha, exercendo a função de proteção contra qualquer corpo estranho, como as bactérias, 
os vírus, os fungos, entre outros. Estas células podem ser classificadas em linfócitos T e 
linfócitos B (BECKER, 2018). 
Este sistema é composto também pelos linfonodos, que são responsáveis pela remoção 
dos patógenos que se encontram dentro da linfa. São órgãos distribuídos ao longo dos vasos 
linfáticos, sendo classificados em superficiais localizados nas regiões cervical, axilar e inguinal 
e linfonodos profundos que se encontram na região do abdômen, tórax e pelve (BECKER, 
2018). 
10 
 
 
Os linfonodos superficiais cervicais, que estão ao longo das veias jugulares e artérias 
carótidas, recebem a linfa originada do pescoço e cabeça. Os linfonodos axilares e os inguinais, 
que estão localizados na parte superior da coxa, filtram a linfa, respectivamente, dos membros 
superiores e membros inferiores. Os linfonodos do mediastino, como os traqueobronquiais, 
recebem a linfa das vísceras torácicas (MARIEB, 2014). Os linfonodos profundo da parte 
abdominal da aorta filtram a linfa da parede posterior do abdômen e recebe o nome de 
linfonodos aórticos e os linfonodos profundos das artérias ilíacas filtram a linfa dos órgãos 
pélvicos e membros inferiores (HALL, 2011). 
A principal função do sistema circulatório, como já dito anteriormente, é o transporte 
de nutrientes para os tecidos e a remoção dos produtos da excreção celular. As paredes dos 
capilares são extremamente delgadas formadas por uma única camada de células endoteliais 
muito permeáveis, assim ocorre o intercambio rápido e fácil de água, nutrientes e excrementos 
celulares entre os tecidos e o sangue circulante (WARD, 2014). 
O meio mais importante da transferência de substâncias entre o plasma e o líquido 
intersticial é a difusão, ou seja, quantidades de moléculas de água e de partículas dissolvidas se 
difunde para dentro e para fora, através da parede capilar, promovendo uma mistura contínua 
do líquido intersticial e do plasma (HALL, 2011). 
Diferente do coração, o sistema linfático não possui uma bomba ejetora, mas em seus 
capilares e vasos contem válvulas em toda a sua extensão, que impede a linfa retornar para a 
corrente sanguínea (OLIVEIRA, 2018). 
2.2 – Sistema Respiratório: 
2.2.1 – Ventilação pulmonar: 
O processo de respiração é o processo de trocas gasosas, onde ocorrem em dois níveis 
denominados respiração interna e respiração externa. A respiração interna corresponde ao uso 
do oxigênio pelas mitocôndrias com o propósito de gerar trifosfato de adenosina (ATP) e a 
excreção (CO2) derivado do metabolismo celular. Já a respiração externa engloba a troca de 
oxigênio e dióxido de carbono entre a atmosfera e os tecidos do corpo (MARIEB, 2014). 
Esta respiração engloba quatro processos, sendo eles: 
a) Ventilação pulmonar, que é o movimento de ar para dentro dos pulmões e para fora 
dos mesmos; 
11 
 
 
b) Troca de oxigênio e dióxido de carbono entre os espaços aéreos pulmonares e o 
sangue por difusão; 
c) Transporte de oxigênio e dióxido de carbono entre os pulmões e os tecidos do corpo 
pelo sangue; 
d) Troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o sangue e os tecidos por difusão. 
Mas iremos focar na ventilação pulmonar, que contribui para a regulação do equilíbrio 
acidobásico do sangue, possibilita a vocalização, participa da defesa contra patógenos e 
partículas estranhas, proporciona uma via de perda de água e de calor, melhora o retorno venoso 
e ativa proteínas plasmáticas que passam pela circulação pulmonar (WARD, 2012). 
Os principais órgãos do sistema respiratório são os pulmões direito e esquerdo que se 
dividem em lobos, onde o pulmão direito possui três lobos e o pulmão esquerdo apenas dois. 
As passagens de ar localizadas na cabeça e pescoço são denominadas de vias respiratórios 
superiores. O ar entra pela cavidade nasal e/ou cavidade oral, que conduzem à faringe que é um 
tubo muscular que tem a função de passagem tanto para alimentos quanto para o ar, contudo 
este direciona-se para a primeira via respiratória inferior que é a laringe (WARD, 2012). 
As vias respiratórias inferiores englobam todas as passagens desde a laringe até os 
pulmões. Estas vias são divididas em zona condutora, como o próprio nome sugere, região 
composta pelas estruturas que conduz o ar até pulmão, e a zona respiratória, que são os locai de 
trocas gasosas no interior dos pulmões (WEST, 2013). 
A zona condutora se inicia na laringe, o qual é um tubo, onde suas paredes são 
compostas de tecido conjuntivo denso. Possui uma abertura chamada glote recoberta por uma 
aba de tecido denominada epiglote, que quando deglutimos esta é forçada para baixo impedindo 
que o alimento ingresse na laringe (TORTORA, 2019). 
Em seguida, temos a traqueia, um tudo de comprimento aproximado de 10 cm, que fica 
permanentemente aberta contendo uma parede de 15 a 20 cartilagens, proporcionando assim 
uma rigidez estrutural. Avançando na cavidade torácica, a traqueia se divide nos brônquios 
principais esquerdo e direito, assim possibilita a condução do ar para cada pulmão. As 
subdivisões continuam, onde os brônquios se tornam tubos menores chamados brônquios 
secundários (lombares), trêsdestes para o pulmão direito e dois para o pulmão esquerdo. 
Sucessivamente estes brônquios vão se ramificando até chegar à túbulos conhecidos como 
bronquíolos que contem paredes compostas de fibras elásticas. Finalizando o caminho 
12 
 
 
percorrido do ar, finalmente chegamos aos bronquíolos terminais é a menor e última unidade 
da zona condutora (WEST, 2013). 
A função da zona condutora é fornecer um caminho para que o ar possa entrar na zona 
respiratória e também sair dela, além de ajustar a temperatura do ar à temperatura corpórea e 
umidificar o ar para manter as vias respiratórias inferiores úmidas. Esta zona é revestida por um 
tecido distinto em cada região, com células caliciformes, onde secretam o líquido viscoso e 
aprisiona partículas estranhas presentes no ar e as células ciliadas, composta por cílios que evita 
o acumulo deste líquido (WEST, 2013). 
As primeiras estruturas da zona respiratória terminam nos ductos alveolares, que levam 
a alvéolos, onde ocorre as trocas gasosas, onde a parede consiste em uma única camada de 
células epiteliais de espessura minimizada para facilitar a difusão do oxigênio. Os pulmões são 
recobertos por uma membrana denominada pleura, composta por células epiteliais e tecido 
conjuntivo, sendo cada pulmão envolvido por um saco pleural distinto (HALL, 2011). 
A respiração ocorre por causa da presença de gradientes de pressão entre os alvéolos e 
o ar externo, neste caso, uma área de alta pressão para uma área de baixa pressão seria a 
inspiração e o contrário seria a expiração. A relação entre a pressão e o volume segue a lei de 
Boyle, onde para uma quantidade de gás contido em um recipiente fechado, a pressão é 
inversamente proporcional ao volume do recipiente. O fluxo de ar para dentro e para fora ocorre 
por fluxo de massa, assim a força para o movimento é a diferença entre a pressão atmosférica 
e a pressão interalveolar (WARD, 2012). 
O processo da inspiração é iniciado por estimulação neural dos músculos inspiratórios, 
onde são estimulados pela acetilcolina (neurotransmissor) a contrair-se. A contração do 
diafragma o aplana e move para baixo, enquanto a contração dos intercostais externos faz as 
costelas se moverem, expandindo a parte do tórax. Esta combinação de movimentos faz com 
que tenha um aumento do volume da cavidade torácica, tracionando a pleura, diminuindo assim 
a pressão intrapleural. Com esta diminuição de pressão, ocorre o aumento da pressão 
transpulmonar ou a diferença entre as pressões intrapleural e a pressão intra-alveolar. Com os 
pulmões expandidos, a pressão dos alvéolos diminuir em relação a pressão atmosférica, fazendo 
com que o ar flua para o interior (HALL, 2011). 
Já a expiração é um processo passivo, pois não precisa de contração muscular, ou seja, 
quando acaba a inspiração, os pulmões e parede do tórax relaxam, poisos neurônios motores 
cessam os disparos para os músculos inspiratórios, retornando ao estado de repouso e assim o 
13 
 
 
volume dos pulmões diminui e a pressão alveolar aumenta, fazendo com que o ar possa fluir 
para fora (HALL, 2011). 
2.2.2 – Troca de gases: 
Uma vez nos pulmões, o oxigênio tem que se difundir para a corrente sanguínea e o 
dióxido de carbono da corrente sanguínea para os pulmões. Esta difusão segue alei de Fick. As 
concentrações de oxigênio e dióxido de carbono no sangue são reguladas estritamente pelo 
sistema nervoso aferente (autônomo e somático) (BECKER, 2013). 
As capacidades pulmonares são formadas pela soma de dois ou mais volumes 
pulmonares. Temos a capacidade pulmonar total, cujo o volume máximo a que os pulmões 
podem ser expandidos com o maior esforço, ou seja, representa a quantidade total de ar presente 
nos pulmões na inspiração máxima. Além desta, temos a capacidade residual funcional, que é 
a quantidade de ar que permanece nos pulmões ao final da expiração normal. Corresponde à 
soma do volume residual com o volume de reserva expiratória (MARIEB, 2014). 
O oxigênio e o dióxido de carbono se locomovem entre o ar alveolar e o sangue por 
difusão a favor de gradientes de concentração na superfície da membrana respiratória, que é 
composta por três camadas de células, sendo células epiteliais tipo I na parede do alvéolo, 
células endoteliais na parede do capilar e as membranas basais fundidas de ambas as células 
(WEST, 2013). 
O processo de difusão pela membrana alvéolo-capilar é intensificado pela rápida 
renovação do sangue em contato com os capilares dos alvéolos pulmonares. Nos tecidos, a 
velocidade de troca é influenciada pelas rápidas reações químicas que os gases respiratórios 
sofrem quando atingem o sangue. O sangue venoso é exposto ao gás alveolar, que apresenta 
pressão parcial de oxigênio de 105 mmHg e pressão parcial de dióxido de carbono de 40 
mmHg, enquanto que o sangue venoso apresenta pressão de oxigênio de 40 mmHg e de 
dióxido de carbono de 45 mmHg. Essa diferença de pressão faz com que o oxigênio passe dos 
alvéolos para os capilares e o dióxido de carbono passe dos capilares para os alvéolos, onde 
este processo é chamado de hematose (WARD, 2012). 
Nos tecidos corporais, o constante consumo de oxigênio pelas mitocôndrias, para 
síntese de ATP (adenosina trifosfato), com consequente produção de dióxido de carbono, 
resulta em pressão de oxigênio elevada e pressão de dióxido de carbono reduzida no sangue 
venoso que retorna aos pulmões (WARD, 2012). 
14 
 
 
O transporte do oxigênio está sob o controle da hemoglobina, ou seja, cada molécula 
de hemoglobina se combina a quatro moléculas de oxigênio, formando assim a 
oxiemoglobina. A hemoglobina aumenta a capacidade do sangue em carrear oxigênio em 
cerca de 65 a 70 vezes acima da quantidade dissolvida no plasma. No momento em que o 
sangue está nos alvéolos pulmonares, o oxigênio difunde-se para os capilares e penetra nas 
hemácias, combinando-se com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico é liberado pelo ar. 
O transporte de oxigênio dos alvéolos para as células implica em três eventos distintos, sendo 
eles a difusão de oxigênio dos alvéolos para o sangue pulmonar; transporte de oxigênio no 
sangue pelas artérias até os capilares teciduais e a difusão de oxigênio dos capilares para as 
células teciduais (STANFIELD, 2013). 
2.3 – Sistema Musculoesquelético: 
2.3.1 – Esqueleto: 
A palavra esqueleto é de origem grega, singnificando “corpo seco” ou “múmia”. A 
estrutura interna do corpo humano é constituída pelo sistema esquelético, o qual é composto 
por ossos, cartilagens e articulações (MARIEB, 2014). Segundo SANTOS, as principais 
funções são: 
a) proteção das estruturas vitais, como cérebro, medula, coração e pulmões; 
b) sustentação do organismo, formando uma armação onde os tecidos e partes moles 
podem se fixar; 
c) base mecânica do movimento, servindo de alavanca; 
d) função hematopoiética, realizando a produção de glóbulos vermelhos, brancos e 
palquetas através da medula; 
e) armazenamento de sais minerais, principalmente cálcio e fósforo (SANTOS, 2014). 
Esta estrututa é composta de 206 ossos divididos em dois grupos, o esqueleto axial, que 
compreende as regiões do crânio, coluna vertebral e caixa torácica, e o esqueleto apendicular, 
omposto pelos membros inferiores e membros superiores. Estes dois esqueletos se u a nem 
através das cinturas pélvica e escapular (MARIEB, 2014). 
Observando o esqueleto axial, temos a região do crânio, região da face e região da 
coluna vertebral. O esqueleto axial-neurocrânio é dividido em duas partes, sendo o 
viscerocrânio e o neurocânio que tem a função de proteger o encéfalo. O neurocrânio é 
15 
 
 
composto por oito ossos planos e irregulares, ligeiramente ligados pelas suturas (BECKER, 
2018). Abaixo, segue a descrição destes ossos: 
a) Osso temporal, em pares, sendo um osso extremamente complexo e importante por 
abrigar o aparelho auditivo; 
b) Osso parietal, em pares, constitui o teto do crânio, tendo sua forma achatada;c) Osso frontal tem uma forma larga ou chata, localizado para frente e para cima do 
crânio, sendo dividido em cavidades orbitais e nasais. É um osso ímpar; 
d) Osso occipital é perfurado pelo forame magno e é por meio dele que a cavidade 
craniana se comunica com o canal vertebral. Também é um osso ímpar; 
e) Osso esfenóide, ímpar e irregular situado anteriormente aos temporais e ao osso 
occipital; 
f) Osso etmóide caracteriza-se por um osso ímpar, irregular e esponjoso leve que se 
encontra na parte interior do crânio. 
Na face, os ossos encontrados são quatorze, sendo pares como maxilas, ossos 
zigomáticos, palatinos, nasais, lacrimais e conchas nasais inferiores. Já os ímpares temos a 
mandibula e osso vômer (SANTOS, 2014). 
A coluna vertebral tem a função de suportar o peso da cabeça e do tronco, além de 
proteger a medula espinal e fornecer local de ligação para os músculos. É composta por 26 
vértebras, distribuídas nas regiões cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea (BECKER, 
2018). As vértebras cervicais são designadas com a letra C, sendo sete em seu número, desde a 
C1 até a C7, já as vértebras torácicas são designadas com a letra T e enumeradas de T1 a T12 e 
as vértebras lomabares, designadas pela letra L, são enumeradas em L1 a L5. As vértebras 
sacrais, totalizando cinco, se fundem formam o osso sacral e por último as vértebras cocícgeas, 
em quantidade de três a cinco, unidas formam o osso cóccix (BECKER, 2018). 
Os membros inferiores são formados por sessenta e dois ossos que se conectam ao 
restante do esqueleto através da cintura pélvica, sendo divididos em ossos do quadril, da coxa, 
da perna e do pé. O fêmur é o osso mais longo e pesado do corpo e é formado pelo corpo e de 
suas extremidades, a distal e a proximal. Na região do joelho, observa-se a patela, um osso 
sesamóide largo que se articula com o fêmur por forma a articulação do joelho. Os ossos da 
perna são formados pela tíbia e fíbula., onde tíbia é o segundo maior osso do corpo humano e 
a fíbula tem a função de fixar os músculos e também estabilizar a articulação do tornozelo. Os 
ossos do pé são constituídos por vinte e seis ossos, sendo eles sete tarsais, cinco metatarsais, e 
quatorze falanges. O tarso é dividido em tálus, calcâneo, cubóide, navicular e três ossos 
16 
 
 
cuneiformes. O metatarso consiste de cinco ossos metatarsais numerados a partir da face medial 
do pé, onde cada metatarso tem uma base proximal, um corpo e uma base distal. As falanges 
são divididas em proximal, medial e distal, com exceção do hálux que tem somente a falange 
proximal e distal. Este conjunto de ossos tem a função de distribuir o peso, manter o equilíbrio 
e absorver o impacto (BECKER, 2018). 
Os membros superiores são formados por 30 ossos sendo divididos em braço, antebraço 
e mão. No braço temos o úmero, o mais longo osso do membro superior. O antebraço composto 
por dois ossos, a ulna que está localizada medialmente e o radio que está localizado 
lateralmente. O esqueleto da mão é composto pelos ossos do carpo, ossos do metacarpo e pelas 
falanges. O carpo é constituído pelos ossos escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, 
trapezóide, capitato e hamato. O metacarpo corresponde aos ossos da palma da mão, sendo eles 
cinco metacarpais numerados a partir do dedo mínimo. As falanges compõem os dedos do 
membro superior, também numeradas de um a cinco, contando a partir do polegar, e 
denominadas em proximal, medial e distal, exceto do polegar que não tem a falange medial 
(BECKER, 2018). 
Quanto a sua forma, os ossos podem ser classificados em: 
a) ossos longos, que são maiores em comprimento do que em largura, tendo um corpo 
e duas extremidades; 
b) ossos curtos, que tem um formato aproximado de cubo; 
c) ossos sesamoides, que são localizados sob tendões; 
d) ossos planos, que são finos, achatados e um pouco curvados; 
e) ossos irregulares, que não se enquadram em nenhuma classificação antetior 
(MARIEB, 2014). 
Outra estrutura que compõe o sistema esquelético são as cartilagens, com sua 
composição de tecido conjuntivo formado por condrócitos e matriz extracelular e 
principalmente de água. Existem três tipos de cartilagem no corpo humano, a cartilagem hialina, 
sendo única com fibra na matriz extracelular e undades de fibrilas de colágeno, fornecendo 
flexibilidade e resistência, devido a quantidade de água em sua susbtância fundamental. A 
segunda chamamos de cartilagem elástica, que tem semlhança com a hialina, mas a diferença é 
que em sua matriz encontramos fibras elásticas junto às fibras de colágeno, tornando-a mais 
elástica e com capacidade de suportar excessivas repetições. E por último a fibrocartilagem 
quetem resistência às forças de compressão e de tensão já que seus condróctios estão envolto 
17 
 
 
em fibras de colágeno espessas, sendo uma intermediária entre a cartilagem hialina e cartilagem 
elástica (MARIEB, 2014). 
Finalizando a estrutura do sistema esquelético temos as articulações, que possibilitam 
os movimentos através da junção com os ossos e pela contração muscular. Quanto a função, as 
articulações são divididas em sinartroses, anfiartorses e diartroses. Articulações sinartroses, 
cuja etimologia significa syn = junto; artro = articulação, são articulações imóveis. Articulações 
anfiartroses, amphi = ambos, são ligeiramente móveis. E por último, as articulações diartroses, 
di = dois, são articulações livremente móveis, predominantes nos membros do esqueleto 
apendicular (MARIEB, 2014). 
Quanto a estrutura das articulações, temos a base do material que une aos ossos e 
também a presença ou ausência de cavidade medular, sendo assim podemos classificar em 
articulações fibrosas, articulações cartilagíneas e articulações sinoviais. A fibrosas são ossos 
conectados por um tecido fibroso chamado tecido conjuntivo denso modelado, como as suturas, 
sindesmoses e gonfoses. Já as cartilagíneas, como o próprio nome cita, é a união dos ossos 
através de uma cartilagem, não possuindo cavidade articular e não apresentar muita mobilidade, 
como as sincondroses e sínfises. E as articulações sinoviais que são articulações móveis do 
corpo, sendo todas diartross, contendo uma cavidade articular preenchida por líquido sinovial. 
Neste tipo de articulação, temos uma estrutura definida composta de cartilagem articular 
contendo cartilagem de hialina, cavidade articular, onde possui quantidade de sinóvia, e cápsula 
articular (MARIEB, 2014). 
Os ossos são órgãos formados pelo tecido ósseo, tecido nervoso, tecido sanguíneo e 
tecido epitelial, tem como sua principal função o suporte ao pesso do corpo. Além desta, tem 
ainda as funções de movimento, onde os músculos se fixam-se ao esqueleto pelos tendões, que 
utilizam os ossos como alavanca, a função de proteção, servindo de arcabouço para os órgãos 
vitais, a função de reservatório mineral principalmente como cálcio e fosfato e a função 
hematopoiética com a produção de células sanguíneas, além de estoque de energia, já que os 
ossos contém medula vermelha e amarela (MARIEB, 2014). 
Sobre a composição do tecido ósseo podemos dividi-la por componentes orgânicos, 
células, fibras e substância fundamental, e inorgânicos que são os sais minerais encontrados na 
matriz óssea. Para a flexibilidade e resistência a tração, temos as fibras de colágeno que 
responsável orgânicas por estas características, já a rigidez se dá através dos pequenos cristias 
de cálcio e fosfato encontrados, como já dito, na matriz óssea(MARIEB, 2014). 
18 
 
 
Podemos analisar a estrutura óssea a partir do osso longo, o qual consiste em uma parte 
cilíndrica e longa considerada corpo, que denominamos de diáfise, as regiões terminais distal e 
proximal são as epífises. Nesta última, existe uma lâmina de cartilagem hialina, chamada 
cartilagem articular, onde se unem à outro osso, com a funçã de reduzir e absorver o atrito e o 
cohque ente as articulações móveis. Dentroda diáfise, temos o espaco cilíndrico e oco, 
contendo a medula óssea amarela e vermelha, chamada de cavidade medular. O envoltório 
ósseo, constituído por umtecido conectivo dnso, com grande irrigagação sanguínea, é o 
periósteo que protege, auxilia no reparo, nutre e serve de ponto de fixação para os ligamentos 
e tendões. O endósteo é a camada celular que reveste a superfície externa de todas as cavidades 
internas do osso, sendoconstituído de osteobladtos, osteoclastos e progenitoras osteocondrais 
(BECKER, 2018). 
A osteogênese é o processo de formação do tecido ósseo que inicia-se a partir das células 
mesenquimais que após se agruparem dentro da membrana do tecido conjuntivo, se 
transformam em osteoblastos. Estas células secretam parte orgânica da matriz óssea, 
denomimados osteóides, que então se mineralizam. Uma vez envoltos por sua matriz, os 
osteoblastos transformam-se em ostócitos, gerando um novo tecido ósseo. Finalizando o 
processo, as trabéculas crescem na periferia até que as placas ósseas compactas estejam 
presentes em ambas as superfíces, enquanto na região central, essas mesmas trabéculas 
permanecem separadas, originando assim o osso trabecular ou esponjoso (MARIEB, 2014). 
Os osteoblastos são células percursoras que secretam os componentes orgânicos da 
matriz, sendo resposáveis pela produção de um novo osso. As células osteoprogenitoras são 
células que se dividem para produziz células-filhas. Os osteócitos são células maduras que 
mantém e monitoram o cinteúdo de proteína e minerais da matriz circundante. Os osteoclastos 
são células grandes e multinucleadas que secretam ácidos por meio de exocitose dos lisossomos 
(BECKER, 2018). 
Analisando microscopicamente o osso, observamos um importante componente 
denominado ósteon, que são estruturas cilíndricas longas, dispostas paralelamente ao eixo do 
osso, que tem a função de pilares de sustenção. Cada um deste componente é composto por 
grupos de tubos concêncritos chamados lamela, onde se encontram as fibras de colágeno e os 
sais minerais. Dentro destes ósteon temos o canal central ou canal de havers que fornece 
nutrienes às células ósseas. Além destas estruturas, temos os canais de Volkmann, que conectam 
o suprimento de sangue e a parte nervosa do periósteo aos canais centrais e cavidade medular 
(MARIEB, 2014). 
19 
 
 
2.3.2 – Músculo: 
Não podemos falar do sistema esquelético sem citar o sistema muscular, já que os estes 
dois sistemas se complementam. E para abordamos este sistema, precisamos entender melhor 
sobre os músculos. 
A palavra músculo vem do latim musculus, que tem significado “rato pequeno”. O 
tecido muscular é um tecido composto de células musculares e tecidos conjuntivos e possui 
algumas funcionalidades que os diferenciam dos demais tecidos. São elas (MARIEB, 2014): 
a) Contratibilidade, onde o tecido muscular contrai através das células mujsculares 
que contém miofilamentos de actina e miosina que são responsáveis pelo encurtamento 
muscular; 
b) Excitabilidade, no qual os sinais nervosos ou outros estímulos excitam as células 
musculares, fazendo com que os impulsos elétricos percorram pela membrana plasmática das 
células, consequentemente inicia o processo de contração das células musculares; 
c) Extensibilidade, onde o tecido muscular pode ser esticado, ou seja, a contração 
de um músculo pode esticar o músculo oposto; 
d) Elasticidade, na qual o tecido muscular retorna ao tamanho que estava np 
momento de repouso. 
Os músculos esquléticos estriados são compostos por centenas ou milhares de células 
denominadas fibras musculares que estão envolvidas por tecidos conectivos e supridas por 
vasos sanguíneos e nervos que penetram nos músculos (BECKER, 2018). 
As células deste tecido são células alongadas e cilíndricas com, inúmeros núcleos 
localizados na periferia de cada fibras, logo abaixo do sarcolema que é a membrana que envolve 
estas células. São células que possuem estrias claras e escuras, sendo resultados de organelas 
alongadas e contráteis em forma de bastão denominadas miofribrilas que são separadas umas 
das outras pelos componentes do citoplasma, o qual chamamos de sarcoplasma. Seu retículo 
endoplasmático é importante para o armazenamento de cálcio, o qual denominamos retículo 
sarcoplasmático. Além disso, estas células são inervadas pela divisão voluntária do sistema 
nervoso (MARIEB, 2014). 
O epimísio é a camada de tecido conectivo denso não modelado que circunda o musculo 
inteiro. As fibras musculares, que são envolvidas por um endomísio, são agrupadas em 
20 
 
 
fascículos e circundados por uma camada de tecido conectivo frmado por fibras reticulares que 
envolvem individualmente cada fibras muscular (BECKER, 2018). 
Cada miofibrila é formada pelos sarcômeros separados pelos discos Z com cortes 
longitudinais que são as linhas Z, onde os filamentos de actina se ligam, A banda I estende-se 
da linha Z até o começo dos filamentos de miosina, compondo a banda A. A zona H está no 
centro do sarcômero e a linha M é o disco de filamentos localizados no meio da zona H. As 
células muculares tem invaginações que são chamados de túbulos T, contendo líquido 
extracelular (WARD, 2014). 
Os feixes claros contém filamenos de actina que são isotrópicos à luz polarizada, e 
denominados como faixa I. Já os feixes escuros são compostos de filamentos de miosina, 
anisotrópicas à luz polarizada, o qual chamamos de faixa A. Estes filamentos de miosina 
possuem pequenas projeções laterais, chamados de ponte cruzada, onde se interagem com os 
filamentos de actina, assim gerando o movimento de contração (HALL, 2011). 
As extremidades de filamentos de actina estão ligados ao chamado disco Z, que é 
composto por proteínas e a partir deste ponto, os filamentos se estendem am ambas direções 
para que se interdigitem com os filamentos de miosina. O segmento de miofibrilas que se 
localiza entre os discos Z é chamdo de sarcômero, que é a área que os filamentos de actina se 
sobrepõe completamente aos filamentos de miosina. Entre as miofibrilas existe o líquidjo 
intracelular denomimado de sarcoplasma, que é rico em potássio, magnésio e fosfato, além de 
possuir grande número de miticôndrias, responsáveis por fornecer energia na forma de ATP 
(adenosina trifostato) (HALL, 2011). 
Em relação ao mecanismo de contração muscular, podemos dizer que se inicia com os 
potenciais de ação, que se movimenta pelo nervo motor até as terminações nas fibras 
musculares, onde denominamos placa motora. Cada terminação secreta uma quantidade de 
neutrotransmissor, a acetilcolina, que interage localmente com a mebrana da fibra, abrindo 
canais de cátion, por onde haverá uma difusão de íons de cálcio, causando assim a 
despolarização local. Os íons de cálcio ativam as forças atrativas entre os filamentos de miosina 
e actina, que deslizam um sobre o outro (HALL, 2011). 
 Ainda segundo Hall, antes do início da contração, as pontes cruzadas se ligam ao ATP, 
realizando ATPase, e assim quebrando a molécula em ADP e íon fosfato. Quando o complexo 
tropinina-tropomiosina se liga aos íons de cálcio, os locais ativos no filamento de actina são 
21 
 
 
descobertos e as cabeças de miosina se ligam a eles, acontecendo assim o deslizamento entre 
os filamentos. 
2.4 Sistema Nervoso: 
2.4.1 Neurônios e células gliais 
O sistema nervoso pode ser dividido em duas partes principais, o sistema nervoso central 
(SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O primeiro consiste no encéfalo e na medula 
espinal, recebendo e processando as informações dos órgãos sensoriais. O sistema nervoso 
central capta as informações, codifica e em seguida toma as ações apropriadas instruindo cada 
um dos órgãos a cumpri-las. No SNC também é o local de aprendizado, memoria, emoções, 
pensamentos e linguagem (STANFIELD, 2013). 
Já o sistema nervoso periférico temos os neurônios que se comunicam com o SNC e os 
órgãos de todo o corpo. Estesistema está dividido em duas partes, sendo o primeiro aferente, 
onde os neurônios desta região transmitem informações sensoriais dos órgãos para o SNC e a 
parte eferente, onde são transmitidas as informações do SNC para os órgãos periféricos 
(TORTORA, 2019). 
A região eferente pode ser ainda dividida em sistema nervoso somático, que consiste 
em neurônios motores que regulam as contrações dos músculos esqueléticos, e o sistema 
nervoso autônomo, o qual é composto por neurônios que regulam as funções dos órgãos 
internos e outras estruturas. Este último é subdividido em sistema nervoso simpático e 
parassimpático (SANTOS, 2014). 
Todo este complexo nervoso é constituído por células de duas principais classes, os 
neurônios e as células gliais. O neurônio é a unidade funcional do sistema nervoso, ou seja, é 
menor parte de um tecido que consegue realizar as funções determinadas para este tecido. Estas 
células são capazes de transmitir impulsos elétricos, os quais chamamos de potenciais de ação. 
Cada neurônio tem sua formação anatômica em corpo celular, dendritos e um axônio 
(STANFIELD, 2013). 
O corpo celular dos neurônios é composto de núcleo celular, reticulo endoplasmático, 
aparelho de Golgi, ribossomos livres e mitocôndrias. Toda esta estrutura realiza as funções das 
células, como a síntese proteica e o metabolismo celular. Os dendritos são ramificações que 
surgem a partir do corpo celular e recebem as informações de outros neurônios em junções 
especificas, denominadas sinapses. Cada ramificação é uma amostra do número de sinapses 
22 
 
 
com outro neurônio. Além estas estruturas, os neurônios possuem ainda uma ramificação 
chamada axônio, o qual envia as informações, através de transmissão rápida, ou seja, os 
potenciais de ação (STANFIELD, 2013). 
Mas o que são estes potenciais de ação? Estes são identificados quando o interior da 
célula se torna positivamente carregado em relação ao exterior. O axônio possui uma estrutura 
localizada em sua origem do corpo celular, chamada cone axonal, onde se inicia os potenciais 
de ação e este é transmitido para o botão terminal, ou terminal axonal, o qual libera os 
neurotransmissores. As moléculas destes neurotransmissores transportam sinais para as células 
pós-sináptica, encontradas no dendrito de outro neurônio (HALL, 2011). 
Os neurônios podem ser classificados de acordo com o número de processos que 
realizam partindo do corpo celular. Podem ser: 
a) Bipolares – neurônios sensoriais com duas projeções, sendo um axônio e um 
dendrito, originados do corpo celular. Estes estão ligados aos sentidos do olfato 
e da visão; 
b) Multipolares – neurônios mais comuns, com múltiplas projeções a partir do 
corpo celular, sendo um axônio e todas as outras dendritos. 
Quanto a sua funcionalidade os neurônios podem ser eferentes, que transmitem 
informações do SNC para os órgãos efetores; os neurônios aferentes que transmitem 
informações dos receptores sensoriais para o SNC; e por último os neurônios interneurônios 
que se localizam no interior do SNC, realizando todo o processamento de informações 
sensoriais vindas dos neurônios aferentes, criando e enviando os comandos para os órgãos 
através dos neurônios efetores, além de estarem ligados as funções como pensamento, memória 
e emoções (STANFIELD, 2013). 
A segunda classe de células, que compõe o sistema nervoso, são as células gliais, cuja 
a função principal é proporcionar a integridade estrutural ao sistema e o suporte anatômico e 
químico, que permite que os neurônios realizem suas funções (WARD, 2014). 
As células gliais são divididas em quatro tipos, sendo astrócitos, microglia, 
oligodendrócitos e células de Schwann. Estas duas últimas têm funções importantes na 
transmissão elétrica nos neurônios, onde formam uma camada isolante de mielina ao redor dos 
axônios, permitindo assim que os neurônios transmitam os potenciais de ação de forma rápida 
e eficiente. Ressaltamos ainda que os oligodendrócitos formam este envolto ao redor dos 
23 
 
 
neurônios do SNC e as células de Schwann formam a bainha de mielina nos axônios do sistema 
nervoso periférico (STANFIELD, 2013). 
2.4.2 Sinapses elétricas e químicas: 
Encontramos no sistema nervoso dois tipos de sinapses, sendo uma elétrica e a outra 
química. 
As sinapses elétricas existem células adjacentes que quando emitem um sinal elétrico, 
este é transferido diretamente através do fluxo de íons pelas junções comunicantes. Estas 
sinapses permitem a rápida comunicação entre os neurônios, sendo de maneira bidirecional, 
podendo ser excitatória ou inibitória já que corrente despolarizada ou hiperpolarizada podem 
passar pelas junções (TORTORA, 2019). 
A maioria das sinapses que acontecem em nosso organismo são sinapses químicas, onde 
um neurônio secreta um neurotransmissor para o líquido extracelular em resposta a um 
potencial de ação que chefa ao terminal do axônio. Este neurotransmissor liga-se aos receptores 
da membrana plasmática da outra célula desencadeando um sinal elétrico. Os neurônios que 
transmitem estes sinais são conhecidos como neurônios pré-sinápticos e os que recebem são 
denominados pós-sinápticos, existindo um espaço entre estes dois neurônios chamado de fenda 
sináptica (TORTORA, 2019). 
Os neurotransmissores são armazenados nas vesículas sinápticas e são sintetizados no 
citosol pelo cálcio citosólico que os libera por meio da exocitose e se difundem rapidamente 
através da fenda e se ligam aos receptores do neurônios pós-sinápticos, ocorrendo a produção 
de uma resposta para a transdução dos sinais. Quando o terminal é despolarizado, há a tendência 
dos canais iônicos se abrirem para o cálcio, gerando assim o potencial de ação. Uma vez no 
interior do neurônio, estas moléculas do neurotransmissor são degradadas e os produtos desta 
decomposição são utilizados para a formação de novos neurotransmissores. E assim o processo 
segue continuadamente, passando do neurônio pré-sináptico peça fenda sináptica até chegar ao 
neurônio pós-sináptico (STANFIELD, 2013). 
2.4.3 Sistema Nervoso Central: 
O sistema nervoso central (SNC) é composto pelo encéfalo e a medula espinal, sendo 
protegidos pelo crânio e a coluna vertebral, respectivamente. As meninges são membranas de 
tecido conjuntivo que separam o tecido do SNC do osso circunjacente. Elas são divididas em 
dura-máter, camada mais externa composta por um tecido fibroso de alta resistência; a 
24 
 
 
aracnoide-máter que é a camada média e a pia-máter que se localiza mais internamente e 
imediatamente adjacente ao tecido nervoso. Entre as camadas dura-máter e aracnoide-máter 
normalmente não possui espaço entre elas, porem entre as camadas aracnoide-máter e pia-máter 
existe um espaço, onde encontramos o líquido cerebrospinal, que é um líquido aquoso e claro 
com composição semelhante ao plasma, envolvendo por completo o SNC e preenchendo as 
diversas cavidades internas do encéfalo e da medula espinal (WARD, 2014). 
O encéfalo possui quatro cavidades denominadas de ventrículos, sendo dois ventrículos 
laterais em formato de C, conectados a um terceiro ventrículo mediano, por meio do forame 
interventricular. A conexão entre o terceiro e quarto ventrículo é realizada através do aqueduto 
do mesencéfalo, que é continuo com o canal central da medula espinal. O revestimento 
vascularizado dos ventrículos forma um tecido que consiste na pia-máter, capilares e células 
ependimárias e que atuam na síntese do líquido cerebrospinal. Este líquido possui as funções 
de amortecer os impactos entre o tecido nervoso contra o osso do crânio, também atua como 
líquido intersticial que banha os neurônios e as células gliais, nutrindo e removendo seus 
produtos de excreção e manter o equilíbrio iônico em torno dos neurônios (STANFIELD, 
2013). 
As três principais partes do encéfalo são o prosencéfalo, cerebelo e tronco encefálico. A 
primeira parte, que é a maior e mais superior, édividida em duas metades esquerda e direita, 
que são os hemisférios cerebrais e consiste em cérebro e diencéfalo. O cérebro é uma grande 
estrutura contendo substâncias cinzenta (córtex cerebral superficial e núcleos subcorticais 
profundos) e branca. O córtex cerebral é a parte mais externa do cérebro, sendo a mais 
importante no processamento neural. É nesta região que formulamos as ideias, vivenciamos 
emoções, recordamos momentos e comandamos a movimentação do corpo (BECKER, 2018). 
O diencéfalo consiste em tálamo, que é o agrupamento de núcleos que atua como centro 
de retransmissão, relacionada ao olfato e também retransmite informações do cerebelo para o 
córtex motor fornecendo a retroalimentação para o controle dos movimentos. Outra estrutura 
que compõe o diencéfalo é o hipotálamo, que tem o papel de regulação da homeostase, ligando 
os sistemas endócrino e nervoso, onde libera hormônios que regulam a liberação de hormônios 
da adeno-hipófise, controla a liberação de hormônios da neuro-hipófise, contém centros de 
saciedade e fome, centros de sede e está diretamente ligado ao centro de termorregulação 
(BECKER, 2018). 
25 
 
 
O cerebelo é bilateralmente simétrico com um córtex externo e núcleos internos e se 
localiza caudalmente ao prosencéfalo e dorsalmente ao tronco encefálico. Este atua na 
coordenação motora e no equilíbrio (STANFIELD, 2013) 
O tronco encefálico conecta o prosencéfalo e o cerebelo à medula espinal. Ele consiste 
em três regiões principais sendo elas a mesencéfalo, a ponte e medula oblonga. No tronco estão 
contidos os centros de processamentos de 10 nervos cranianos que saem diretamente do 
encéfalo. Também se localiza a rede difusa de núcleos que tem o papel importante na 
estimulação do córtex cerebral e na consciência, além de funções involuntárias como a função 
cardiovascular e a digestão (TORTORA, 2019). 
2.4.4 Sistema Nervoso Autônomo e Sistema Nervoso Somático: 
Como vimos, o sistema o sistema nervoso eferente é composto por duas divisões, o 
sistema autônomo e o sistema somático. O sistema autônomo inerva a maioria dos órgãos 
efetores e tecidos do corpo, incluindo os músculos cardíacos e liso e também diversas vísceras, 
glândulas e tecido adiposo. Sua denominação é dada porque suas funções acontecem em nível 
subconsciente, ou seja, não há o controle das atividades (TORTORA, 2019). 
A característica principal é as inervações, que são duplas, porém isso não gera conflito 
na execução das atividades, como por exemplo o sistema nervoso parassimpático é mais ativo 
no estado de repouso, quando estimula os órgãos digestivos e inibe o sistema circulatório, e em 
contrapartida o sistema simpático é mais ativo durante o período de atividade física, quando 
coordena as alterações fisiológicas para combater um intenso esforço físico, portanto podemos 
concluir que a função do sistema nervoso autônomo é a regulação das funções dos órgãos 
efetores, afim de manter a homeostase do organismo (STAINFIELD, 2013). 
A anatomia do sistema nervoso autônomo consiste em dois tipos de neurônios dispostos 
em série que proporcionam a ligação do SNC e os órgãos efetores. A comunicação entre estes 
neurônios é feita através de estruturas periféricas denominadas gânglios autônomos. Os 
neurônios do sistema nervoso simpático emergem das regiões torácicas e lombar da medula 
espinal, originando do corno lateral e deixando pela raiz ventral, um axônio curto. Diversos 
gânglios simpáticos formam uma estrutura que corre paralelamente à coluna vertebral, 
chamadas de cadeias simpáticas ou tronco simpáticos (STANFIELD, 2013). 
No tronco encefálico ou na região sacral da medula espinal origina-se os neurônios do 
sistema nervoso parassimpático, assim são relativamente longos, pois terminam nem gânglios 
26 
 
 
localizados nas proximidades dos órgãos efetores. Na parte cranial, os axônios destes neurônios 
se originam em núcleos de nervos cranianos, localizados no tronco encefálico formando os 
nervos cranianos. Um importante nervo craniano é o nervo vago que se origina na medula 
oblonga e inerva parte dos pulmões, coração, estomago, intestino delgado e fígado. O nervo 
oculomotor são outros nervos cranianos que inervam os músculos lisos do olho, o nervo facial 
que inerva as glândulas salivares e o nervo glossofaríngeo que inerva a musculatura lias e as 
glândulas da faringe, vísceras torácicas e abdominais (HALL, 2011). 
O sistema nervoso somático, ou sistema nervoso motor, controla um único tipo de órgão 
efetor que é o músculo esquelético, onde a maioria destes músculos se inervam nos ossos, 
atuando assim na sustentação e no movimento do corpo. Para estas funções, temos apenas um 
tipo de neurônio, o neurônio motor, que se dirige do SNC para inervar as células musculares 
esqueléticas. Estes se originam do corno ventral da medula espinal e recebem aferência de 
múltiplas fontes, inervando muitas células musculares. Este único neurônio e todas as células 
musculares por ele inervadas é denominada de unidade motora (TORTORA, 2019). 
2.5 Sistema Endócrino: 
Os órgãos do sistema endócrino consistem em glândulas endócrinas encontradas em 
diversos órgãos. Podem ser divididos em órgãos endócrinos primários, o qual a função é a 
secreção de hormônios e alguns estão localizados no interior do encéfalo, como por exemplo o 
hipotálamo, a glândula hipófise e a glândula pineal, porem a maioria se encontra fora do sistema 
nervoso como a glândula tireoide, glândula paratireoide, o tio, as glândulas suprarrenais, o 
pâncreas e as gônadas. O outro órgão seria o órgão endócrino secundário, quando a secreção de 
hormônios é uma função secundaria (BECKER, 2013). 
Em relação ao hipotálamo e a hipófise, estes dois tem a função de regular o sistema 
corpora. O hipotálamo é uma estrutura na composição do encéfalo, secretando hormônios que 
afetam a hipófise. Esta se divide em duas seções estruturalmente e funcionalmente distintas, 
denominadas lobo anterior e lobo posterior, derivadas de tecido epitelial e tecido neural, 
respectivamente (BECKER, 2013). 
Este lobo posterior consiste nos terminais axonais de neurônios originários do 
hipotálamo, que secretam dois hormônios peptídeos, o hormônio antidiurético e a ocitocina. Os 
hormônios são transportados e liberados por exocitose assim que recebem um sinal, 
denominado reflexo neuroendócrino (STANFIELD, 2013). 
27 
 
 
A liberação dos hormônios tróficos que regulam a secreção de outros hormônios é dada 
pelo lobo anterior e também pelas células do hipotálamo. Estes hormônios podem ser tanto 
estimuladores quanto inibidores. O hipotálamo libera o hormônio trófico, que liberação de outro 
hormônio trófico da hipófise anterior, que faz com que a gandula endócrina libere outro 
hormônio para só assim chegar as células-alvo para exercer os efeitos desejados (TORTORA, 
2019). 
A secreção dos hormônios tróficos hipotalâmicos é regulada por estímulos neurais aos 
neurônios hipotalâmicos. A relação entre cada hormônio trófico hipotalâmico com seu 
hormônio trófico da hipófise anterior e a glândula endócrina alvo é chamado de eixo. Podemos 
descrever os hormônios da hipófise anterior conforme abaixo: 
a) Hormônio liberador da prolactina estimula a hipófise anterior a liberar prolactina, 
que estimula o desenvolvimento da glândula mamaria e a secreção de leite nas 
mulheres; 
b) Hormônio inibidor de prolactina, ou dopamina que inibe a liberação de prolactina; 
c) Hormônio liberador de corticotrofina estimula a liberação do hormônio 
adrenocorticotrófico pela hipófise anterior, e assim estimula a secreção de 
glicocorticoides, como cortisol, do córtex suprarrenal, a camada externa da glândula 
suprarrenal. O cortisol é o principal hormônio que regula o metabolismo quando o 
corpo está sob estresse; 
d) Hormônio liberador de hormônio de crescimento estimula a secreção de hormônio 
de crescimento pela hipófise anterior. Este hormônio regula o crescimento eo 
metabolismo energético, mas também funciona como um hormônio trófico 
estimular a secreção de fatores de crescimento semelhantes à insulina pelo fígado; 
e) Hormônio inibidor do hormônio do crescimento, ou somatostatina, que inibe a 
secreção de hormônio do crescimento pela hipófise anterior, diminuindo assim a 
liberação de fatores do crescimento semelhantes à insulina; 
f) Hormônio liberador de gonadotrofina estimula a liberação de gonadotrofinas, do 
hormônio folículo-estimulante e do hormônio luteinizante pela hipófise anterior. 
Este hormônio estimula a ovulação em mulheres e a secreção de hormônios sexuais 
pelas gônadas. O hormônio folículo-estimulante promove o desenvolvimento de 
óvulos nas mulheres e espermatozoides nos homens e estimula a secreção de 
estrógenos nas mulheres e inibina nos dois sexos (STANFIELD, 2013). 
28 
 
 
A glândula pineal está localizada no interior do encéfalo e composta de tecido epitelial 
e secreta o hormônio melatonina, que é importante para estabelecer o ritmo circadiano, ou seja, 
regula as atividades corporais no ciclo dia-noite. Este hormônio também é usado para induzir o 
sono e ajuda na recuperação do jet lag, além de melhorar a função imune e exerce um efeito 
supressor na função reprodutiva (HALL, 2011). 
A glândula tireoide é uma estrutura em forma de borboleta localizada na superfície 
ventral da traqueia, onde secreta dois hormônios, o hormônio tetraiodotironina e o 
triiodotironina, além do hormônio calcitonina. Estes hormônios regulam a taxa metabólica do 
corpo e são necessários ao crescimento e ao desenvolvimento normais. As quatros glândulas 
paratireoides são estruturas menores localizadas na superfície posterior da glândula tireoide, 
sendo um importante regulador dos níveis de cálcio no sangue, agindo nos ossos, rins e 
intestinos (HALL, 2011). 
O timo fica próximo ao coração e secreta o hormônio timosina, que regula a função das 
células T, ou seja, atua na função imune, pois estas células são essenciais a respostas imunes 
eficazes contra micro-organismos invasores. As glândulas suprarrenais estão localizadas acima 
dos rins, consistindo em uma camada externa denominada córtex, derivado de tecido epitelial 
e um cerne denominado medula derivado de tecido neural. 
O córtex suprarrenal secreta hormônios chamados de adrenocorticoides, incluindo: 
a) Mineralocorticoides, que são secretados exclusivamente pelas células na zona 
glomerulosa, regulando a reabsorção de sódio e a excreção de potássio pelos rins; 
b) Glicocorticoides, que são secretados pelas células da zona fasciculada e zona 
reticular. Regulam a resposta corporal ao estresse, o metabolismo de proteínas, 
carboidratos e lipídios e os níveis de glicose no sangue; 
c) Hormônios sexuais, que são secretados por células na zona fasciculada e na zona 
reticular, regulando as funções reprodutivas (STANFIELD, 2013). 
A medula suprarrenal secreta catecolaminas como a epinefrina, norepinefrina e 
dopamina. Estes são liberados após episódios de estresse ou excitação, tendo seu estimulo 
primário o estimulo neural (SANTOS, 2014). 
O pâncreas tem as funções de glândula endócrina como glândula exócrina. Esta última 
secreta enzimas e liquido no trato gastrintestinal. A função endócrina é exercida pelas ilhotas 
de Langerhans, que são fonte de dois hormônios, a insulina secretada pelas células beta e o 
29 
 
 
glucagon secretados pelas células alfa. Estes dois hormônios regulam o metabolismo energético 
e os níveis de glicose no sangue. Além destas duas células também, podemos encontrar as 
células delta que secretam somatostatina que ajuda na regulação da digestão e absorção de 
nutrientes, e a células F que secreta polipeptídio pancreático que inibe secreções exócrinas do 
pâncreas e contrações da vesícula biliar (SANTOS, 2014). 
Assim como o pâncreas, as gônadas possuem funções endócrinas e exócrinas, 
secretando hormônios sexuais. Nos homens, os hormônios que predominam são os andrógenos, 
testosterona e androstenediona e nas mulheres, os principais hormônios são estradiol e 
progesterona (SANTOS, 2014). 
2.6 Sistema Digestório: 
A maioria os nutrientes dos alimentos, necessário para o organismo, tem suas moléculas 
grandes para que possam entrar na corrente sanguínea. Para isso é preciso que sejam quebradas, 
por enzimas na luz do trato gastrintestinal, em moléculas menores. O processo de decomposição 
destas moléculas, inicia-se por degradação mecânica, passando por degradação enzimática até 
chegar ao tamanho ideal para que acontece a absorção pela circulação sanguínea (TORTORA, 
2019). 
Para que tudo isso acontece, tem uma estrutura conhecida como sistema digestório, ou 
gastrintestinal. Este sistema abrange duas principais divisões, o trato gastrintestinal e as 
glândulas acessórias. A primeira divisão é formada por um conjunto de órgãos em seria por 
onde os alimentos são conduzidos. A segunda divisão, localizada fora deste sistema, secreta 
diversos líquidos e enzimas para a luz do trato afim de auxiliar o processo digestório (WARD, 
2014). 
Este sistema compreende a boca, a faringe, o esôfago, o estomago, o intestino delgado, 
cólon, reto e ânus. A parede de grande parte do trato gastrintestinal (TGI) tem a mesma 
característica, com exceção da boca, faringe, parte do esôfago e porção externa do ânus. São 
quatro camadas distintas encontradas no sistema digestório, a mucosa, submucosa, muscular 
externa e serosa. 
A mucosa, que reveste a luz do trato gastrintestinal é composta de três outras camadas, 
a membrana mucosa, que é uma camada de células epiteliais que reveste o interior do TGI 
formando uma barreira contínua e que separa o lúmen do ambiente interno; a lâmina própria é 
uma camada de tecido conjuntivo subjacente à membrana mucosa, onde encontramos pequenos 
30 
 
 
vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos, contém ainda tecido linfoide com nódulos linfáticos 
e placas de Peyer, que são importantes na defesa do corpo contra bactérias; e muscular da 
mucosa que é a camada fina de músculo liso que serve para contrair a mucosa em dobramentos 
e em seu interior entramos fibras musculares longitudinais e fibras musculares circulares 
(SANTOS, 2014). 
A composição da submucosa é uma camada espessa de tecido conjuntivo, com isso 
proporciona a distensibilidade e elasticidade. Esta camada contém muitos vasos sanguíneos e 
linfáticos. Sua borda externa, encontramos uma rede de células nervosa conhecida por plexo de 
Meissner que se comunica com outra rede de células nervosas da muscular externa, nomeada 
plexo de Auerbach. Estes dois constituem o sistema nervoso entérico que abrange os neurônios 
sensoriais, motores e interneurônios que são capazes de regular as funções do TGI (SANTOS, 
2014). 
A motilidade do TGI ocorre através da muscular externa que contém duas camadas 
separadas de musculo liso, uma camada de músculo circular e a outra músculo longitudinal. A 
camada do musculo circular é responsável pelas contrações reduzindo o diâmetro do lúmen do 
TGI. Já a camada de musculo longitudinal consiste em músculo liso multiunitário, que recebe 
estímulos neurais para a contração. Estas contrações coordenadas que propulsionam os 
conteúdos luminais através do TGI e misturam os conteúdos com secreções que ajudam a 
digerir partículas de alimentos (MARIEB, 2014). 
Por último temos a camada serosa, que é a camada mais externa da parede do TGI. Sua 
camada interna é composta por tecido conjuntivo fibroso que propicia um suporte estrutural. E 
sua camada externa é composta de tecido epitelial, chamado mesotélio, que secreta o líquido 
lubrificante aquoso que facilita o deslizamento dos órgãos um sobre os outros (MARIEB, 
2014). 
A boca ou a cavidade oral é o início do TGI, por onde o alimento entra e começamos o 
processo de decomposição mecânica e a digestão. O processo da mastigação tem a função de 
diminuir o tamanho das moléculas de alimento e misturá-las coma saliva. Esta lubrifica o 
alimento e contém uma enzima chamada amilase salivar, que ajuda na quebra de carboidratos 
em amido e glicogênio. Com auxílio da língua, o alimento é conduzido para a faringe, que é a 
via de passagem de alimento e ar. Ao final da faringe, o alimento entra no esôfago que é o tubo 
muscular, com função de conduzir o alimento até o estômago, tem paredes compostas de 
músculo esquelético e músculo liso (STANFIELD, 2013). 
31 
 
 
A função do estomago é armazenar o alimento após a deglutição e liberá-lo para o 
intestino delgado. O revestimento do estômago contém glândulas que secretam um líquido 
aquoso denominado suco gástrico. A atividade contrátil do musculo liso na parede do estomago 
pulveriza o alimento em partículas menores e mistura-se ao suco gástrico formando o que 
chamamos de quimo. Anatomicamente, o estomago é dividido em três regiões, o fundo, corpo 
e antro. As contrações do antro propulsionam o quimo para o intestino delgado, através de uma 
passagem estreita, chamada piloro. As paredes do estomago possuem criptas gástricas que 
possuem células secretoras como: 
a) Células principais que secretam pepsinogênio responsável pela enzima pepsina; 
b) Células parietais que excretam íons hidrogênio para acidificar o conteúdo do 
estomago; 
c) Células G que secretam o hormônio gastrina (HALL, 2011). 
Saindo do estômago, o quimo entra no intestino delgado, que é um tubo com cerca de 
2,5 a 3 metros de comprimento, onde se inicia a digestão de todos os nutrientes dos alimentos, 
além da absorção da água, vitaminas e minerais. O intestino delgado se divide em duodeno, 
jejuno e íleo. 
No duodeno, o quimo é misturado com uma secreção aquosa do pâncreas conhecido 
como suco pancreático que é rico em bicarbonato que neutraliza o ácido do quimo, pois as 
enzimas do suco pancreático trabalham em um pH neutro. Além deste suco pancreático, o 
duodeno recebe bile, que é um líquido secretado pelo fígado composto de bicarbonato e sais 
biliares, que auxiliam na digestão de gorduras (HALL, 2011). 
As enzimas que compõem os nutrientes no quimo e os produtos finais da digestão são 
absorvidos pelas células no epitélio mucoso que possui projeções digitiformes chamadas 
vilosidades, com a função de aumentar a área superficial para maior absorção dos nutrientes. O 
intestino delgado desemboca no cólon, que se divide em regiões como o cólon ascendente, 
cólon transverso, cólon descendente e cólon sigmoide. Os três primeiros são responsáveis pela 
absorção de água e íons do quimo, já o cólon sigmoide tem a função de armazenar material que 
não foi absorvido após o processo gastrintestinal. Este material não absorvido denominado 
fezes, será eliminado pelo intestino grosso, formado pelo ceco, cólon e reto. O cólon se contrai 
propelindo as fezes para o reto, que tem como abertura controladora os esfíncteres anais interno 
e externo (TORTORA, 2019). 
32 
 
 
Além deste sistema complexo de digestão, passando por todos os componentes do trato 
gastrintestinal, o processo tem o auxílio das glândulas acessórias. São elas as glândulas 
salivares, que secretam saliva; o pâncreas, que secreta o suco pancreático; e o fígado, que 
secreta a bile. 
A saliva é produzida por três pares de glândulas maiores: as glândulas parótidas, 
localizadas nos dois lados da cabeça perto do nível da orelha; as glândulas sublinguais, 
localizadas sob a língua nos dois lados; e as glândulas submandibulares, localizadas sob a 
mandíbula inferior também dos dois lados. Dentre os componentes da saliva temos o 
bicarbonato que ajuda a neutralizar os ácidos, o muco que lubrifica os alimentos e protege o 
revestimento da boca, a amilase salivar com enzima digestória que quebra o amido e o 
glicogênio e a lisozima, enzima que ajuda a prevenir as cáries (WARD, 2014). 
O pâncreas secreta o suco pancreático que é rico em bicarbonato contendo enzimas 
como amilase pancreática e lipases pancreáticas, que respectivamente, decompõem amido e 
glicogênio e gorduras. Também estão presentes proteases que decompõem proteínas e 
nucleases que degradam ácidos nucleicos. O fígado possui diversas funções como secreção de 
bile, processamento metabólico de nutriente, remoção de eritrócitos velhos do sangue, 
eliminação de restos do corpo, síntese de proteínas plasmáticas, secreção e modificação de 
hormônios e reserva de moléculas essenciais (TORTORA, 2019). 
2.7 Sistema Urinário: 
O sistema urinário é formado por dois rins, dois ureteres, a bexiga urinaria e a uretra. 
Os rins produzem a urina, e através dos ureteres é encaminhada para a bexiga, que armazena o 
líquido até o momento de excretá-la, passando pela uretra e assim eliminada do organismo. 
Os rins são órgãos pareados, que recebem suprimento sanguíneo das artérias renais, as 
quais se originam da aorta e ingressam em cada rim em uma região chamada bilo renal. Este 
suprimento tem grande importância, pois, além de fornecer oxigênio e nutrientes a eles próprios, 
também permite que remova os solutos e água desnecessários do sangue. Anatomicamente, os 
rins possuem duas regiões principais: a camada externa chamada córtex e a região interna 
denominada medula, que se subdivide em seções cônicas chamadas pirâmides renais, onde nas 
pontas dessas pirâmides, temos as papilas e os ductos coletores, que são túbulos que 
desembocam em vias de condução chamadas cálices menores. Estes se convergem formando 
duas a três vias de condução maiores, os cálices maiores, que drenam em uma única estrutura 
afunilada, denominada pelve renal, que é a porção inicial do ureter (MARIEB, 2014). 
33 
 
 
No interior das pirâmides renais, encontramos as unidades funcionais dos rins, que são 
os néfrons, cuja a função é filtrar o sangue e formar a urina. O néfron é formado por um tubo 
espiralado longo, que denominamos túbulo renal, e forma uma alça. Durante o processo de 
formação da urina, o líquido flui pelos túbulos renais, onde acontece a troca com o líquido 
intersticial, modificando assim a composição e segue para os ductos coletores que também 
modifica a composição deste líquido tornando-o em urina (HALL, 2011). 
Os néfrons são compostos por duas partes, o corpúsculo renal que filtra o sangue, e o 
túbulo renal que forma a urina. O corpúsculo renal consiste em duas partes, sendo uma estrutura 
esférica na extremidade dos túbulos renais chamada de cápsula de Bowman e um tufo de 
capilares, chamados glomérulo. O corpúsculo renal é a região responsável pela filtração do 
sangue e com isso origina o líquido tubular. Quando este líquido e formado, ele flui pelas 
cápsulas de Bowman para a porção inicial do túbulo renal que caminha para o ducto coletor, 
desembocando nos cálices menores (SANTOS, 2014). 
Os rins regulam a composição do plasma, ao eliminar excesso de água e solutos e ao 
reter água e os solutos necessários. Ao regular o volume de água no plasma os rins também 
regulam a pressão artérias média. Os rins tem o papel fundamental na manutenção da 
excitabilidade normal de nervos e tecidos musculares. Os rins são necessários para manter os 
níveis plasmáticos desde íons. Os rins também participam do equilíbrio acidobásico, regulando 
a taxa de excreção de íons hidrogênio e a concentração plasmática de bicarbonato. Para que os 
rins realizem as funções, eles precisam de ATP para realizar o transporte ativo. Os rins estão 
sob controle hormonal e controle neural pelo sistema nervoso autônomo. Os rins tem a função 
de filtração do sangue para eliminar os produtos de degradação e excesso de água ou solutos. 
Em resumo os rins controlam o volume e a composição de todos os líquidos corporais (HALL, 
2011). 
Os rins desempenham as seguintes funções primárias: 
a) A regulação da composição iônica do plasma, onde aumenta ou diminui a excreção 
de íons, ou seja, regula a concentração de íons como sódio, potássio, cálcio, 
magnésio, cloreto, bicarbonato, hidrogênio e fosfato; 
b) Regulação do

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