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IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
1 
fisiologia da secreção gástrica e alteração nos 
fatores de proteção da mucosa 
O estômago é um órgão muscular dividido 
em cardia, fundo, corpo, antro e canal 
pilórico. 
• SECREÇÃO DE HCL E DE PEPSINA: a secreção 
de HCl possui uma fase cefálica (30%) e uma 
fase gástrica (60%). Dessa forma, percebe-se 
que a maior parte dos estímulos deriva da 
presença do alimento no estômago. 
 
- ATIVDADE HIDROGÊNIO/POTÁSSIO/ATPASE 
ou BOMBA DE PRÓTONS (NO LÚMEN): 
A secreção de hidrogênio para o lúmen e a 
absorção de potássio. 
A célula parietal possui a anidrase carbônica, 
que apressa a reação de CO2 e H2O, que 
libera gás carbônico. 
Outro produto é o bicarbonato, que captura 
cloreto. Esse cloreto vai sair junto com o 
potássio que havia entrado na célula. Isso 
resulta na secreção do H+. 
O potássio que saiu junto com o Cl- é 
recapturado, deixando a secreção gástrica 
possui pouco potássio e bastante ácido 
clorídrico. 
à NA CLÍNICA: Ou seja, a pessoa que vomita 
perde pouco potássio, mas perde mais ácido 
clorídrico. 
 
 
O ESTÍMULO COLINÉRGICO DIRETO PARA A CÉLULA OXÍNTICA, 
O ESTÍMULO HORMONAL DIRETO QUE SE FAZ PARA A CÉLULA 
OXÍNTICA, E A LIBERAÇÃO DE HISTAMINA PELO ESTÍMULO 
PARASSIMPÁTICO FAZEM COM QUE A ATIVIDADE 
H+/K+/ATPASE AUMENTE. 
 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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fisiologia da secreção gástrica e alteração nos 
fatores de proteção da mucosa 
O lúmen do antro (parte distal), além da 
presença das células parietais e 
enterocromafins, conta também com as 
células G, que secretam gastrina. 
Quando o alimento egresso do fundo do 
corpo vai para o antro, a células do antro são 
estimulados por peptídeos que vem da 
digestão prévia e da distensão do antro. Esses 
eventos estimulam a célula G a liberar 
gastrina. A atividade vagal também está 
aumentada no estado pós-prandial (estímulo 
parassimpático). 
Logo, podemos concluir que a célula G 
secreta gastrina quando: recebe estímulos 
proteicos, ocorre a distensão do antro e/ou 
recebe estímulo pelo nervo vago (reflexo 
vagal). 
No antro do lúmen, existem receptores que 
identificam a presença de acidez que 
estimula as células D a produzirem 
somatostatina, que vão limitar a secreção de 
gastrina. 
à MECANISMO DE FEEDBACK: ↑ Secreção de 
gastrina = ↑ [H+] no lúmen. Isso estimula a 
somatostatina, que reduz a gastrina, gerando 
um equilíbrio. 
 
Quando a parte de fundo e do corpo 
acumula alimento, o antro-pilórico começa a 
realizar um peristaltimo mais intenso. Com o 
piloro fechado, o alimento é conduzido ao 
antro-pilórico, onde é triturado/digerido 
parcialmente nessa região antral. 
A secreção de ácido ocorre no fundo e, 
principalmente, no corpo, assim como a 
produção de pepsinogênio. 
A mucosa gástrica é variável na sua estrutura, 
especialmente no corpo e no antro-pilórico. 
As glândulas gástricas são mais vistas no 
corpo e no fundo do que nas outras partes. 
 
FOVÉOLA OU CRIPTA GÁSTRICA: PERMITEM A SECREÇÃO DA 
GLÂNDULA ATINGIR O LÚMEN. EPITÉLIO COLUNAR SIMPLES QUE 
PRODUZ MUCO ALCALINO. 
O pH no lúmen do estômago é de 2-2,5. Mas 
na superfície da célula, que é recoberta por 
esse muco alcalino, o pH é de 7. 
• PROTEÇÃO DA MUCOSA: temos uma 
proteção alcalina da mucosa a presença de 
bicarbonato. Quem produz o muco e o 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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fisiologia da secreção gástrica e alteração nos 
fatores de proteção da mucosa 
bicarbonato são as células do colo da cripta 
gástrica. 
Essa mucosa que promove essa proteção é 
lesada se tivermos um pH muito ácido ou, o 
que é mais frequente, o muco alcalino ficar 
deficitário. 
 
Existem 3 fases de proteção dessa mucosa: 
pré-epitelial, epitelial e pós-epitelial 
(submucosa). 
 
- PROTEÇÃO PRÉ-EPITELIAL: camada 
estacionária com barreira de HCO3-, muco e 
fosfolipídeos. 
 
- PROTEÇÃO EPITELIAL: presença de junções 
firmes intercelulares, neutralização ácida 
intracelular, rápida renovação da camada 
células e produção de prostaglandinas (PGE2 
e PGI2). 
 
- PROTEÇÃO PÓS-EPITELIAL: presença de 
inervação, estímulo endotelial, NO e 
prostaglandinas e aumento de fluxo 
microcirculatório. 
 
A inervação da mucosa por canais iônico e 
neurotransmissores vão estimular a liberação 
de NO, que vai provocar a vasodilatação 
(hiperemia da mucosa), aumentando a 
resistência a injúria. Se a irrigação estiver 
comprometida, haverá uma redução o fluxo 
para a mucosa, prejudica. Um stress agudo 
ou crônico, libera-se noradrenalina e 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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fisiologia da secreção gástrica e alteração nos 
fatores de proteção da mucosa 
adrenalina, que são vasoconstrictores para a 
mucosa. 
 
Células tronco dão uma renovação contínua 
ao epitélio superficial. O tempo de vida dela 
é de 4/5 dias. 
§ CÉLULAS PARIETAIS OU OXÍNTICAS: 
produzem ácido clorídrico e o fator 
intrínseco. É um fator produzido pelo 
estomago que favorece a absorção 
de vitamina B12 no íleo. 
§ CÉLULAS ECL: secretam histamina. No 
estomago, estimula a produção de 
ácido. 
§ CÉLULAS PRINCIPAIS: secretam 
pepsinogênio, uma pró-enzima, que é 
clivada na presença de um pH muito 
ácido. 
A digestão proteica começa no estomago, 
mas não termina no estomago. A digestão 
péptica não é imprescindível a digestão 
proteica. A digestão proteica pode ser feita 
pelas enzimas pancreáticas. 
 
A célula G que produz gastrina, que estimula 
a produção de ácido pelo corpo e pelo 
fundo, é uma importante célula do antro. Esse 
hormônio é secretado e circula na 
circulação, estimulando a produção de HCl. 
Células D e G estão no antro. Células 
principais e parietais estão pouco 
representadas. 
 
• AGRESSÃO À MUCOSA: existem alguns 
fatores que podem expor a mucosa gástrica 
à exposição, como por exemplo: doenças 
autoimunes, pH ácido excessivo, diminuição 
 
 
 
IGOR DE ANGELI • MEDICINA – TURMA XXVIII 
 
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fisiologia da secreção gástrica e alteração nos 
fatores de proteção da mucosa 
dos fatores de proteção, AINES, H. pylori e 
estresse. 
- AINES: o uso de AAS e anti-inflamatórios não 
esteroides inibem a síntese de 
prostaglandinas, prejudicando a proteção 
oferecida pelo muco. 
 
FUNCÃO DAS PROSTAGLANDINAS. 
- Helicobacter pylori: bactéria Gram-netativa 
espiralada que não invade os tecidos, mas 
induz respostas inflamatórias e imunes 
intensas. Provoca o aumento da produção 
de citocinas pró-inflamatórias, uréase (que 
lisa a uréia, gerando produtos tóxicos), 
aumenta a produção de H+ e reduz a 
produção de muco. 
 
- ESTRESSE: o estresse e a hipovolemia levam 
ao aumento de glicocorticoides e 
noradrenalina, que leva a diminuição da 
produção de PGE2 e provoca 
vasoconstrição, respectivamente. Dessa 
forma, há aumento da secreção de HCl e 
diminuição da produção de muco. 
• TESTE DA URÉASE: é um teste rápido, barato 
e simples, muito usado no exame de 
endoscopia para verificar a presença da 
bactéria Helicobacter pylori. 
O fragmento de mucosa gástrica é colocado 
em um tubo ou gel contendo ureia e um 
indicador de pH (vermelho de fenol). O pH 
desta solução, geralmente, é de 5,9. 
Se a urease produzida pelo Helicobacter 
pylori estiver presente no fragmento, ocorrerá 
hidrólise da ureia formando amônia. A 
amônia alcaliniza o meio, promovendo a 
mudança de cor do amarelo para o rosa.

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