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Parasitologia Clínica - Introdução a Parasitologia

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Parasitologia Clínica
-------------- Introdução a Parasitologia ---------------
O parasitismo é definido como o estudo de um tipo
particular de associação entre seres vivos, em que
alguns organismos podem estar engajados de
modo ocasional ou permanente.
Em geral, define-se uma relação como parasitária
quando ocorrem prejuízos mensuráveis na
população de hospedeiros, tais como maior
mortalidade ou retardo de crescimento.
Na Parasitologia humana, entretanto, o prejuízo
para o hospedeiro caracteriza-se, em termos bem
mais subjetivos, como doença.
A maioria dos parasitas tem como característica
sintomatológica, a diarreia (casos isolados ou
constantes); também pode ter casos
assintomáticos, depende de vários fatores.
Helmintos e Protozoários parasitos do homem
O termo verme refere-se, genericamente, a um
grupo de metazoários com corpo alongado –
achatados (platelmintos) ou cilíndricos
(nematelmintos), capazes de existir em diferentes
ambientes (tanto em vida livre, espaços aquáticos
e/ou terrestres, e em vida parasitária.
Os ciclos biológicos dos helmintos capazes de
parasitar animais – humanos e não humanos –
costumam ser bastante complexos, destacando-se
o desenvolvimento de estágios evolutivos
sequenciais, dentro e fora dos hospedeiros.
Destaca-se que a interação helmito/hospedeiro(s)
tem distintas possibilidades de desenlace, desde
situações nas quais não se produz doença
(clinicamente manifesta).
Obs: Helmintos produzem ovos e protozoários produzem
cistos, caso erre isso em um laudo, o faz ficar inválido.
Helmintos Filo Platyhelmintes -
Taenia solium, Taenia saginata,
Hymenolepis nana.
Echinococcus granulosus, Schistosoma
mansoni.
Filo Nematoda -
Ascaris lumbricoides, Toxocara canis,
Trichuiris trichiura.
Enterobius vermicularis, Strongyloides
stercoralis.
Ancylostona duodenale, Nector
americanus.
Wuchereria bancrofti (Filariose linfática),
Onchocerca volvulus (Oncocercose).
● Helmintos - formas evolutivas eliminadas
nas fezes:
❖ OVOS
- Ascaris lumbricoides
- Trichuris Trichiura
- Enterobius vermicularis
- Ancilostomídeos (Ancylostoma duodenale e
Necator americanus).
- Taenia solium
- Taenia saginata
- Hymenolepis nana
- Schistosoma mansoni
❖ LARVAS
- Migrans cutâneas
- Migrans visceral (infecções pelo genero
toxocara)
Protozoários
Os protozoários são organismos microscópicos,
unicelulares e eucariontes, isto é, providos de um
núcleo diferenciado e de outras organelas
membranosas, como mitocôndrias, aparelho de
Golgi, lisossomos, vacúolos, dentre outras.
A transmissão dos protozoários intestinais,
normalmente, ocorre através da via fecal-oral,
enquanto os que vivem no sangue ou nos tecidos
do Homo sapiens são transmitidos a outros seres
humanos, por exemplo a partir de artrópodes
vetores.
Parasitologia Clínica
Trypanosoma cruzy. Leishmania spp.
Giardia intestinalis.
Trichomonas vaginalis. Entamoeba coli,
Entamoeba histolytica/dispar, Endolimax nana,
Iodamoeba butschlii. Toxoplasma gondii.
Plasmodium spp.
Coccídeos: Cryptosporidium sp, Isospora belli,
Sarcoystis hominis, Cyclospora cayetanensis.
● Protozoários - Formas evolutivas
eliminadas nas fezes:
❖ CISTOS/TROFOIZOITOS
- Giardia lamblia
- Entamoeba histolytica/E. dispar
- Entamoeba coli
- Endolimax nana
- Iodamoeba butschlii
- Blastocystis hominis (apenas cisto)
❖ OOCISTOS dos Coccídeos:
- Cryptosporidium sp
- Isospora berli
- Sarcoystis hominis
- Cyclospora cayetanensis
--------------------------------------------------------------------
ASSUNTOS A SEREM ABORDADOS:
● Biossegurança no laboratórios de
Parasitologia.
● Coleta e Conservação de material para
coproscopia.
● Exame macroscópico e microscópico das
fezes.
● Conservação das fezes: MIF
(mercurocromo ou mertiolate, iodo e formol,
SAF (acetado de sódio, ácido acético
glacial, formol e água destilada), solução de
Formaldeído.
● Normas de acondicionamento e transporte
biológico.
MÉTODOS
❖ Métodos Diretos
- Exame direto a fresco
❖ Métodos de Concentração
- Método de Hoffman, Pons e Janer
(sedimentação espontanea).
- Método de Willis (flutuação em solução
saturada de cloreto de sódio).
- Método Faust e cols (flutuação em solução
de sulfato de Zinco).
- Método de Coproplus.
❖ Método Quantitativo
- Kato e Katz
❖ Métodos para isolamento de Larvas
- Método de Rugai
❖ Pesquisa de Oocistos
- Método de Henriksen e Pohlenz (Coloração
por Kinyon).
❖ Pesquisa de sangue oculto nas fezes
❖ Diagnóstico de hematozoários
- Método direto a fresco.
- Esfregaço em camada delgada e em gota
espessa.
- Método de Coloração Panótico e Giemsa.
EXAMES PARASITOLÓGICOS
(para helmintos e protozoários)
Fezes: diagnóstico de ovos ou larvas de helmintos,
cistos, trofozoítos ou oocistos de protozoários
❖ O exame parasitológico de fezes engloba
duas etapas: uma macroscópica e outra
microscópica
- A primeira através da qual é
possível detectar e identificar
macroparasitos eliminados.
- E a outra que identifica a existência
de cistos e trofozoítos de
protozoários, e de larvas e ovos de
helmintos.
Parasitologia Clínica
Sangue: formas sanguíneas.
❖ Pode ser realizado por dois métodos
diferentes: gota espessa e distensão
sanguínea
- Na primeira técnica, o sangue é
coletado por punção venosa ou
digital e colocado sobre a lâmina de
microscopia, na qual permanece
secando para o exame, sem a
utilização de anticoagulantes.
- No método de distensão sanguínea,
coleta-se uma microgota, a qual é
espalhada sobre a lâmina. Após a
coloração da lâmina, verifica-se a
existência de hemoparasitos.
COLETA DE AMOSTRA
● As amostras fecais devem ser colhidas,
sem contaminação com urina, nem detritos
do solo, em recipientes limpos, de boca
larga, sem vazamentos;
● Evitar amostras colhidas até 1 semana
depois da administração de laxantes
potentes;
● Refrigeração/uso de preservadores;
● As fezes formadas não devem ser
incubadas a 37 graus C, nem congeladas;
● Coleta em dias alternados (pode ser que
um dia tenha ovos e no outro não, serve
pra aumentar a sensibilidade);
● Fezes sólidas permanecem adequadas
para exames parasitológicos por tempo
relativamente longo, especialmente se
mantidas sob refrigeração, torna, em muitos
casos, desnecessário o uso de
preservadores;
● Quando a refrigeração não é possível,
devem-se usar preservadores compatíveis
com os métodos de exame a serem
utilizados a seguir.
Obs: Coleta de fezes tem que ser um exame periódico para
profissionais que trabalham com alimentos.
CONSERVANTES/PRESERVADORES
● MIF (mercurocromo ou mertiolate, iodo e
formol) = +popular e - utilizado
● Formol 5 ou 10 % tamponado = proibição
do mercúrio
● SAF (acetado de sódio, ácido acético
glacial, formol e água destilada) = bom para
trofozoítos em fezes diarreicas
● Embrulhar em papel aluminio e
armazenar na geladeira (5 a 10 graus C) ou
isopor com gelo = até 48 horas.
COLETA DA AMOSTRA/RECEPÇÃO DO
MATERIAL
● Identificar o frasco com letra legível,
indicando nome do paciente, data e hoa da
coleta: lápis (não borrar com o
conservante).
● Tempo de entrega do material dependende
da suspeita clínica - Fezes diarreicas -
Giardia 30 min - estrongiloidose com exame
de larvas vivas imediatamente após a
emissão das fezes.
● De preferência - coleta pela manhã no
laboratório ou enviada rapidamente.
EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES (EPF)
Tem como objetivo diagnosticar os parasitos
intestinais, por meio da pesquisa das diferentes
formas parasitárias que são eliminadas nas fezes.
● O exame macroscópico permite a
verificação da consistência das fezes, do
odor, da presença de elementos anormais,
como muco ou sangue, e de vermes
adultos ou partes deles.
● O exame microscópico permite a
visualização dos ovos ou larvas de
helmintos, cistos, trofozoítos ou oocistos de
protozoários. Pode ser quantitativo
(contagem de ovos) ou qualitativo.
Parasitologia Clínica
Rotina: A grande maioria dos métodos é apenas
QUALITATIVO (apenas indica a presença ou não
do parasita).
Quantitativo: Kato-Katz - é empregado para
investigar a presença de ovos de Schistosoma
mansoni (no material fecal) e, menos
frequentemente,de outros helmintos. A técnica
tem menor reprodutibilidade.
OBS: Não é método para protozoário. E é padrão ouro para
identificar esquitossomose.
As fezes podem estar em diferentes consistências:
- Formadas/ Sólidas (O processo de
reabsorção de líquido ocorreu
normalmente, nas líquidas não dá tempo
desse processo ocorrer).
- Semiformadas.
- Pastosas.
- Líquidas/ Diarréicas.
O ciclo do protozoário é a causa de se esperar
encontrar cistos em fezes formadas, esse processo
se chama encistamento (formação de cistos).
Em relação aos ovos, eles podem ser encontrados
tanto em fezes formadas, quanto as líquidas.
ESCOLHA DO MÉTODO
Não existe um método capaz de diagnosticar, ao
mesmo tempo, todas as formas parasitárias.
Alguns métodos são mais gerais, permitindo o
diagnóstico de vários parasitos intestinais, outros
são métodos específicos, indicados para um
parasito em especial.
Métodos gerais: método de sedimentação de
Hoffman, Pons e Janer e Coproplus e os métodos
de centrifugação (MIFc, Ritchie).
Suspeita clínica não relatada: método geral.
● Qualidade no EPF:
1 - algumas espécie de parasitos só são
evidenciados por técnicas especiais;
2 - um exame isolado, onde o resultado é
negativo, não deve ser conclusivo, sendo
recomendável a sua repetição com outra
amostra;
3 - A produção de cistos, ovos ou larvas
não é uniforme ao longo do dia ou do ciclo
do parasito.
● Métodos utilizados nos Exames
parasitológicos
❖ Exame de fezes direto a fresco.
- Procedimento simples;
- 2mg de amostra;
- Permite visualizar trofozoítos vivos;
- obtida diretamente da amostra fecal,
sem conservante, pouco material
(falso-negativo);
- Métodos de concentração são
melhores: maior quantidade de
amostra, maior sensibilidade.
❖ Técnicas de concentração - Muitas vezes
o número de formas parasitárias é
pequeno, havendo necessidade de recorrer
a processos de enriquecimento para
concentrá-las.
- Flutuação ou sedimentação
- Espontânea ou por centrifugação
(método de Faust et al. - centrifugação-flutuação/
método de Hoffman, Pons e Janer ou de Lutz -
sedimentação espontânea).
❖ Método de Willis -
❖ Coproplus
❖ Método de Ritchie -
❖ Método de Henriksen e Pohlenz (Coloração
por Kinyon).
❖ Método de Rugai -
❖ Método de kato-kantz (quantitativo) -
Obs: Se tiver + alimento não digerido do que material fecal, colocar no
laudo, caso não seja o caso, não é necessário relatar.
--------------------------------------------------------------------
● Alguns conceitos:
Parasitologia Clínica
- Acolia: ausência de cor, fezes
esbranquiçadas, pode ser um sinal de
alterações/doenças hepáticas
- Melena: amarronzado, fezes escurecidas,
fezes borrachudas…
- Presença de muco nas fezes: coletar para
análise, pode estar presente por lentidão no
fluxo intestinal.
- Em casos de taenia é comum aparecer
várias proglotes(partes dos parasitas) nas
fezes, em outros casos podem aparecer o
parasita todo.
- Protozoários não dá pra ver na
macroscopia, mas talvez os helmintos sim.
- Sulfato ferroso é uma medicação que pode
alterar a coloração das fezes, assim como
outros medicamentos.
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Bibliografia:
Parasitologia - Fundamentos e Prática Clínica
SIQUEIRA-BATISTA, Rodrigo et al.
Mais opções de livro
Parasitologia Contemporânea - FERREIRA
--------------------------------------------------------------------
Por Dávylla Pinheiro.

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