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TCC - Steel Frame

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ – CEAP 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
GABRIELA ALMEIDA RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA COSNTRUTIVO LIGHT STEEL FRAMING: estudo de viabilidade do 
sistema para construção de residências unifamiliar na região norte do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAPÁ – AP 
2019 
GABRIELA ALMEIDA RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA COSNTRUTIVO LIGHT STEEL FRAMING: estudo de viabilidade do 
sistema para construção de residências unifamiliar na região norte do Brasil. 
 
 
 
 
Trabalho de Curso apresentado ao Curso 
de Engenharia Civil do Centro de Ensino 
Superior do Amapá – CEAP como requisito 
parcial para obtenção do grau de Bacharel 
em Engenharia Civil. 
 
Prof. Francisco, de Assis Ribeiro - Mestre- 
Orientador 
 
 
 
 
 
 
 
MACAPÁ – AP 
2019 
SISTEMA COSNTRUTIVO LIGHT STEEL FRAMING: estudo de viabilidade do 
sistema para construção de residências unifamiliar na região norte do Brasil. 
 
Por 
 
 
GABRIELA ALMEIDA RODRIGUES 
 
 
 
Trabalho de Curso aprovado como 
requisito parcial para obtenção do grau de 
Bacharel em Engenharia Civil pela Banca 
Examinadora formada por: 
 
 
 
______________________________________________________ 
Presidente Professor Orientador 
 
 
 
______________________________________________________ 
Membro Professor Avaliador 
 
 
 
______________________________________________________ 
Membro Professor Avaliador 
 
 
 
Macapá - AP, 03 de junho de 2019 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 - Estrutura de residência em Light Steel Framing. ..................................................... 18 
Figura 2 - Desenho esquemático de uma residência em Ligth Steel Framig. .......................... 20 
Figura 3 - Detalhe esquemático da ancoragem de painel estrutural à uma laje radier. ............ 22 
Figura 4 - Corte detalhado de fundação sapata corrida. ........................................................... 23 
Figura 5 - Esquema geral de ancoragem química com barra roscada. ..................................... 24 
Figura 6 - Transmissão da carga vertical à fundação. .............................................................. 27 
Figura 7 - Desenho esquemático de painel estrutural com abertura. ........................................ 28 
Figura 8 – Projeto de parede no sistema Light Steel Framing.................................................. 34 
Figura 9 – Estruturas do componentes de uma parede em LSF. .............................................. 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Adaptação dos critérios de desempenho da ISO 6241 (1984) ................. 16 
Tabela 2 - Relação entre espessura e funções e aplicações das placas. ................. 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Revestimento mínimo dos perfis estruturais e não-estruturais. ............... 25 
Quadro 2 - Designações dos perfis de aço formados a frio para o uso em Light Steel 
Framing e suas respectivas aplicações. .................................................................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1.1 PROBLEMA DA PESQUISA .......................................................................... 9 
1.2 HIPÓTESE ..................................................................................................... 9 
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................. 10 
1.3.1 Geral ..................................................................................................... 10 
1.3.2 Específicos ........................................................................................... 10 
1.4 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 10 
 
2.1 DEFINIÇÃO .................................................................................................. 11 
2.2 ORIGEM ....................................................................................................... 12 
2.2.1 O sistema Light Steel Framing no Brasil ........................................... 13 
2.2.2 Normatização da técnica ..................................................................... 14 
2.3 SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEEL FRAMING ................................. 17 
2.3.1 Características do sistema ................................................................. 18 
2.3.2 Métodos construtivos ......................................................................... 20 
2.3.3 Processo construtivo em Light Steel Framing .................................. 21 
2.3.3.1 Fundação ........................................................................................... 21 
2.3.3.2 Fixação dos painéis na fundação ....................................................... 23 
2.3.4 Estrutura ............................................................................................... 24 
2.3.4.1 Perfis de aço formado a frio ............................................................... 24 
2.3.4.2 Painéis ................................................................................................ 26 
2.3.4.3 Lajes ................................................................................................... 29 
2.3.4.4 Cobertura ........................................................................................... 30 
2.3.4.5 Fechamento e acabamento ................................................................ 30 
2.3.4.6 Placa OSB .......................................................................................... 31 
2.3.4.7 Placas Cimentícias ............................................................................. 32 
2.3.4.8 Gesso Acartonado .............................................................................. 33 
2.3.5 Vantagens do sistema ......................................................................... 35 
2.3.6 Aspectos sustentáveis do sistema Steel Framing ............................ 36 
 
3.1 ENQUADRAMENTO DA PESQUISA ........................................................... 37 
3.2 METODOLOGIA APLICADA ........................................................................ 38 
 
9 
 
 INTRODUÇÃO 
 
A Engenharia Civil sempre buscou atender às necessidades do crescimento da 
população garantindo moradia de qualidade a todos os indivíduos, o que se tornou um 
grande desafio na área da construção civil nos dias de hoje. O cuidado com o meio 
ambiente, o uso dos materiais sustentáveis, a redução de resíduos da construção, a 
viabilidade econômica, a qualidade e rapidez, influenciam o setor da construção civil 
a buscar novos processos construtivos e tecnológicos que possam solucionar essas 
adversidades com mais eficiência. 
Hoje, diversos programas governamentais que buscam estimular o crescimento do 
país, como o PAC e Minha Casa, Minha Vida, tem permitido um maior acesso ao 
imobiliário, assim como um crescimento da construção civil. O segmento de obras tem 
progredido em função do aumento de edificações residenciais, que é o resultado de 
maior peso na construção e que é motivado pelo crédito imobiliário. 
Os sistemas construtivos de alvenaria convencional, estrutural e parede de concreto 
são a marca da construção civil no Brasil. Esses métodos construtivos são 
considerados predominantemente artesanais, pois possuem baixa produtividade e 
grande desperdícios de matérias. Por essas características, a indústria da construção 
civil tem demonstrado que essa situação deve ser mudada e que a utilização de novas 
tecnologias nesse ramo seria uma solução eficaz para uma racionalização dos 
processos, redução de tempo e crescimento do mercado. 
 
1.1 PROBLEMA DA PESQUISAPortanto, serão necessárias alterações significativas nas estruturas e processos 
da produção habitacional, mas que continue atendendo às necessidades dos 
moradores. Desta forma, que outros métodos construtivos poderiam ser utilizados 
como alternativa para construções de residência mais viáveis? 
1.2 HIPÓTESE 
Pressupõe-se que o método construtivo Light Steel Framing (LSF), que tem 
ganhado espaço no Brasil e já é usado há anos em países desenvolvidos, pode ser 
uma solução viável para construções de habitações de interesse social. Por ser um 
sistema construtivo auto-portante, composto por vários componentes industrializados 
e materiais “secos”, possibilita uma construção racionalizada, diminuindo o 
10 
 
desperdício de tempo e insumos e aumentando a produtividade, uma vez que permite 
a produção em larga escala com rapidez, o que é importante para alcançar metas de 
construção de moradias planejadas pelos órgãos governamentais. 
 
1.3 OBJETIVOS 
1.3.1 Geral 
Este trabalho tem por objetivo elaborar um estudo sobre o sistema construtivo 
Light Steel Framing (LSF) focando sua utilização como alternativa para execução de 
projetos de habitações de interesse social, servindo assim como material teórico e 
prático para impulsionar a popularização do LSF na região norte do país. 
 
1.3.2 Específicos 
Apresentar o sistema construtivo LSF, abordando sua história, características, e 
materiais empregados; 
 Apresentar as vantagens e desvantagens da utilização do sistema LSF, 
comparando com os demais métodos construtivos; 
 Apresentar dados sobre a construção de interesse social no Brasil e na região 
Norte; 
 Detalhar as etapas construtivas de uma edificação em Light Steel Framing. 
 
1.4 JUSTIFICATIVA 
 
O tema foi escolhido analisando a realidade brasileira atual da construção civil, 
onde é possível ver que há espaço para melhorias na metodologia construtiva 
adotada, podendo reduzir significativamente impactos ao meio ambiente e reduzir 
também os custos financeiros relativos a materiais e mão-de-obra. 
O Steel Framing é muito utilizado para a construção de residências populares e 
habitações de interesse social, residências de médio e alto padrão, fechamento e 
reformas de fachadas, fechamento de shopping e galpões industriais, fechamento 
interno em paredes de prédios – corredores, paredes geminadas, poços de iluminação 
e shafts – telhados e mezaninos. 
11 
 
Pensando nas consequências ambientais, o LSF é fabricado de um produto com 
componentes 100% recicláveis, gerando não apenas a economia de energia, mas 
também a de água. O processo de construção em LSF é extremamente dinâmico e 
rápido, diminuindo assim, os gastos com a mão de obra e o tempo de execução. Além 
dessas vantagens, esse sistema construtivo é projetado segundo normas específicas, 
e o materiais são resistentes ao fogo e a corrosão, o que acaba contribuindo para a 
diminuição de custos com a manutenção. 
O Light Steel Framing também oferece diversas opções de acabamento, além de um 
maior conforto termo acústico e a precisão do orçamento de cada projeto, zelando 
também pela segurança nas instalações e a fidelidade estética das construções. 
 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 DEFINIÇÃO 
O Light Steel Framing é um denominação empregada internacionalmente para 
representar o método construtivo que usa perfis de aço galvanizado formado a frio 
como elemento estrutural gerando elementos de baixo peso. Esses perfis são 
projetados para suportar as cargas da edificação para garantir os requisitos de 
funcionamento desta. É uma construção que não utiliza tijolo ou cimento, exceto para 
executar a fundação. O sistema construtivo Light Steel Framing também conhecido 
como construção LSF faz parte do sistema CES (Construção Energitérmica 
Sustentável). 
O Light Steel Framing é um sistema construtivo estruturado em 
perfis de aço galvanizado formados a frio, projetados para 
suportar as cargas da edificação e trabalhar em conjunto com 
outros subsistemas industrializados, de forma a garantir os 
requisitos de funcionamento da edificação. É um sistema 
construtivo aberto – que permite a utilização de diversos 
materiais, flexível – pois não apresenta grandes restrições aos 
projetos, racionalizado – otimizando a utilização dos recursos e 
o gerenciamento das perdas, customizável – permitindo total 
controle dos gastos já na fase de projeto; além de durável e 
reciclável (JARDIM; CAMPOS, 2006). 
O título do sistema Light Steel Framing tem origem da língua inglesa, que traduzindo 
para o português fica Estrutura em Aço Leve. A palavra Steel significa aço, que 
representa a matéria prima usada na estrutura. O Light, ou leve, indica que os 
elementos em aço são de baixo peso uma vez que são produzidos a partir de chapa 
de aço com espessura reduzida. E Framing é a designação usada na língua inglesa 
https://www.sinonimos.com.br/denominacao/
12 
 
para definir um esqueleto estrutural composto por diversos elementos ligados entre si, 
funcionando como um conjunto e que dará forma e suportará a edificação. 
2.2 ORIGEM 
Por volta do século XIX, ocorria nos Estados Unidos um movimento que ficou 
conhecido como “ marcha para o Oeste” que tinha como o foco a expansão territorial 
da nação, gerando assim um crescimento da população americana. Com isso, para 
atender a demanda por habitação em um período curto de tempo, foi necessário 
buscar uma forma de construir usado matéria prima que havia no local, nesse caso a 
madeira, utilizando conceitos de praticidade, velocidade e produtividade. 
Esse método foi denominado como Balloon Framing, e consistia em uma estrutura de 
peças com madeira serrada de pequena seção transversal, espaçadas regularmente 
e fechadas por peças de madeira, originando o sistema construtivo Wood Frame que 
se tornou o modelo do padrão residencial mais comum nos Estados Unidos. O Steel 
frame surgiu como uma evolução do Wood Frame, que possui o mesmo conceito 
estrutural, mas executado com aço. O Steel frame foi apresentado pela primeira vez 
na Feira de Construção de Chicago em 1933 nos Estados Unidos. 
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o aço tinha se tornado muito utilizado e sua 
produção obteve grandes avanços em virtude da guerra, o que impulsionou a 
popularização do LSF com uma solução para reconstrução rápida e viável dos países 
europeus pós-guerra. 
Segundo Freitas e Crasto (2006), o crescimento econômico americano e a abundância 
na produção de aço no período pós-Segunda Guerra Mundial permitiram um avanço 
nos processos de produção de perfis formados a frio, e o uso dos perfis de aço no 
lugar da madeira passou a ser vantajoso devido à maior resistência e eficiência 
estrutural do aço, e à capacidade de a estrutura resistir a catástrofes naturais como 
terremotos e furacões. 
Entretanto, apesar do LSF viesse sendo utilizado há quase 40 anos, apenas na 
década de 1990 a indústria de aço norte-americana foi alavancada devido à alta dos 
preços da madeira. Em 1993, criaram associações de técnicos e construtores e o Steel 
Framing passou a ser visto de profissionalmente. Nesse mesmo ano, foi publicado um 
estudo pela National Association of Home Builders (NAHB, 1993), em que o aço era 
13 
 
caracterizado como a melhor opção para a construção de habitações em sistema 
framing. 
2.2.1 O sistema Light Steel Framing no Brasil 
Ao longo dos séculos, a habitação no Brasil foi influenciada por fatores ligados 
a processos históricos. A herança de colônia extrativista, a influência de diversas 
culturas que habitaram o território brasileiro, assim como a forte presença indígena e 
africana, notoriamente fizeram parte da construção da atual configuração habitacional 
brasileira. 
Os índios utilizavam em suas habitações matérias-primas disponíveis na natureza. 
Organizavam-se em aldeias e todas as construções seguiam padrões similares. Já os 
portugueses trouxeram para o Brasil uma tecnologia de construçãomais complexa, 
baseada principalmente na utilização de tijolos e blocos, mas também utilizando 
materiais naturais que encontravam a disposição. Nesse período, tais técnicas 
provindas da Europa e adaptadas ao meio e às condições de trabalho coloniais, eram 
aplicadas a construção de igrejas, fortalezas e edifícios. 
A construção com tijolos, ao longo dos anos, passou por vários processos de 
aperfeiçoamento. Com o avanço da sociedade brasileira, a forma de construir e 
pensar as casas sofria mudanças, e até hoje é um dos principais meios de se 
fundamentar as construções no país. 
Na década de 1990 o sistema finalmente chegou no Brasil. Embora o LSF seja bastante 
usado em muitos países em que possui uma construção civil industrializada, no Brasil, 
ainda é considerada uma tecnologia nova e pouco empregada. A primeira obra em 
Steel Frame no Brasil foi construída em 1998 pela construtora paulista Sequência, um 
condomínio de casas de alto padrão executado em cem dias com quase todos os 
componentes importados. 
Apesar de hoje possuirmos uma das maiores indústrias de aço do mundo e já ser 
capaz de produzir todos os materiais e componentes necessários no próprio país, o 
Brasil não é conhecido por um setor de construção civil industrializado, mas sim 
artesanal. 
A cultura do tijolo e cimento tem raízes profundas no país e a falta de recursos siderúrgicos 
adequados até a década de 80 impossibilitaram um maior crescimento da utilização o 
LSF. Não era comum usar estruturas metálicas para construções residenciais, 
consequentemente não era uma opção para engenheiros e arquitetos. Segundo uma 
14 
 
publicação feita em 2014 pelo Centro Brasileira da Construção em Aço (CBCA), a 
mão-de-obra barata no país tornava a construção convencional mais vantajosa no 
país, e por esse motivo o concreto ganhou tanto destaque na construção civil 
brasileira. 
A inexistência de uma indústria siderúrgica e a influência da 
arquitetura europeia, principalmente através de seu expoente Le 
Corbusier, iriam marcar a linguagem formal de toda arquitetura 
moderna brasileira, que teve no uso do concreto armado o 
componente estrutural básico, constituindo-se no sistema 
construtivo principal da construção civil, atingindo alto 
desenvolvimento tecnológico (CALDEIRA, 2001). 
 
Atualmente o Steel Frame desenvolveu-se bastante, contudo, ainda passa por um processo 
de desenvolvimento e aceitação no mercado brasileiro. No país, embora o Steel Frame 
venha sendo mais usado em grandes centros urbanos com São Paulo, Belo Horizonte 
e Curitiba, aos poucos se expande para outras regiões do país, pois por possuir 
componentes leves podem ser transportados. 
Embora em outros países o LSF ser utilizado para se precaver de desastres, na região 
norte do Brasil, o Steel Frame pode ser uma ótima opção para quem pretende fugir 
das altas temperatura devido ao clima tropical, pois, ao contrário da alvenaria 
convencional, que acumula calor durante o dia e como resultado se faz necessário a 
utilização de climatização artificial, o sistema permite isolamento térmico do ambiente. 
 
2.2.2 Normatização da técnica 
Para a execução de uma edificação necessitasse de cuidados pois é um 
processo de extrema complexidade, tanto daqueles que são responsáveis pela 
concepção, quanto por sua execução. Por essa razão, ao longo dos anos foram 
elaboradas regulamentações e normas, com o propósito de estipular parâmetros e 
assegurar a segurança das edificações durante todo o desenvolvimento do projeto até 
seu término. 
Os projetos para se executar uma construção precisar passar por etapas, a primeira 
dela ser aprovado pela prefeitura da cidade, de um responsável para certificar o 
atendimento do projeto e de pessoas para concretizar o projeto. A próxima etapa é a 
regulamentação do prédio, após o fim da construção, com a certificação via cartório, 
tanto do cumprimento da planta inicialmente aprovada como certificados de compras 
efetuadas. 
15 
 
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é um órgão responsável em criar 
diferentes normas que visam a normatização de diversos procedimentos dentro do 
país. Se a regulamentação de execução do projeto ocorre em sua maioria através de 
leis, logo as normais técnicas desempenham uma grande importância nas 
construções. 
O guia de normas obre a construção civil é bastante extenso, abrangendo 
regulamentação desde a estrutura e a execução do projeto até a maneira que 
precisam ser elaborados. Todos os que fazem parte do ramo da construção civil 
necessitam compreender e atentar as normas, pois é necessária e obrigatória sua 
aplicação para se obter um bom andamento do projeto. 
As normas mais citadas e empregadas quando se refere a edificação são: 
a) ABNT NBR 14037 – Diretrizes para elaboração de manuais 
de uso, operação e manutenção das edificações – Requisitos 
para elaboração e apresentação dos conteúdos. 
 b) ABNT NBR 5674 – Manutenção de edificações – Requisitos 
para o sistema de gestão de manutenção. 
 c) ABNT NBR 15575 – Edificações habitacionais – 
Desempenho. 
d) ABNT NBR 16280 – Reforma em edificações – Sistema de 
gestão de reformas – Requisitos. (Câmara Brasileira da 
Indústria da Construção, Sindicato da Indústria da Construção 
Civil do Estado de São Paulo, Secovi-SP, 2016). 
 
Segundo o CBCA, a ABNT ainda não possui uma norma especifica que abranja a 
montagem do sistema Light Steel Frame, porém, uma futura normalização para esse 
sistema está em desenvolvimento. 
Algumas outras normas de referência são: 
 ABNT NBR 6.355:2003 - Perfis Estruturais de Aço Formados a Frio – 
Padronização. 
 ABNT NBR 14.715:2001 - Chapas de Gesso Acartonado – Requisitos. 
 ABNT NBR 14.717:2001 - Chapas de Gesso Acartonado - Determinação das 
Características Físicas. 
 ABNT NBR 14.762:2001 - Dimensionamento de Estruturas de Aço 
Constituídas por Perfis Formados a Frio – Procedimento. 
 ABNT NBR 15.217:2009 - Perfis de Aço para Sistemas de Gesso Acartonado 
– Requisitos. 
 ABNT NBR 15.253:2005 - Perfis de Aço Formados a Frio, com Revestimento 
Metálico, para Painéis Reticulados em Edificações - Requisitos Gerais. 
16 
 
 ABNT NBR 15.498:2007 - Placa Plana Cimentícia sem Amianto - Requisitos e 
Métodos de Ensaio. 
 DIRETRIZ SINAT Nº 003: Sistemas Construtivos em Perfis Leves de Aço 
Conformados a Frio, com Fechamento em Chapas Delgadas (sistema leves 
tipo "Light Steel Framing”). 
A NBR 15.575 estabelece algumas exigências no quesito de conforto e qualidade, em 
cada um dos sistemas que compõem uma edificação: estrutura, vedações, pisos, 
instalações e coberturas. A NBR 15575 é a primeira norma a tratar da qualidade dos 
produtos da construção civil, que permitem a avaliação de um edifício residencial em 
diversos aspectos relacionados a adequação às demandas dos usuários. 
Por serem conceitos que podem ter a percepção alterada de pessoa para pessoa, 
podendo ser aplicados em lugares com condições climáticas diferentes e utilizados de 
maneira diferente, é necessário estabelecer critérios para a avaliação e determinação 
do desempenho. 
Para a ABNT, os requisitos de desempenho são quantitativos, permitindo assim uma 
avaliação mais objetiva. 
Baseados na norma ISSO 6241 (1984) e adaptados para a realidade brasileira, são 
previstos doze critérios de desempenho de acordo com a Tabela 1: 
 
Tabela 1 - Adaptação dos critérios de desempenho da ISO 6241 (1984) 
 
Fonte: Possam e Demoliner (2015). 
 
A NBR 15575 é de grande importância para os empreendimentos habitacionais pois 
define requisitos e critérios de desempenho para as edificações. Em 2013 entrou em 
17 
 
vigor a atualização da norma que tem o objetivo de promover a garantia do 
cumprimento de requisitos mínimos de desempenho em edificações e deve ser 
seguida por todas as empresas no setor da construção civil garantindo assim a 
segurança de todos os envolvidos. 
 
2.3 SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEELFRAMING 
O Light Steel Framing é conhecido por ser um método industrializado e pré-
fabricado. É um sistema construtivo aberto, que possibilita a utilização de diversos 
materiais para revestimento; flexível, devido a facilidade de reformas e ampliações e 
que viabiliza uma rapidez na execução. Possui componentes e subsistemas, como 
fundação, isolamento termo acústico, fechamento interno e externo, e instalações 
hidráulicas e elétricas, elementos dão forma à edificação e garantem sua 
habitabilidade. Os principais componentes que fazem parte do método construtivo são 
os encarregados pela integridade da construção, que resistem aos esforços 
solicitados pela estrutura. 
Processo pelo qual compõe-se um esqueleto estrutural em aço 
formado por diversos elementos individuais ligados entre si, 
passando estes a funcionar em conjunto para resistir às cargas 
que solicitam a edificação e dando forma à mesma. 
(SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012, p.12). 
 
Associando esses elementos, é possível proporcionar um maior domínio dos 
processos da construção de forma racionalizada, oferecendo mais segurança e 
menos risco de desencaminhamento nos procedimentos tanto na administração de 
materiais quanto nos serviços desenvolvidos no decorrer das etapas construtivas. 
Os materiais usados para a execução de uma edificação em LSF, passam por um 
controle de qualidade exigente. É supervisionado sua técnica de fabricação, suas 
particularidades e o acabamento afim de garantir agilidade construtiva, diminuição de 
perdas e qualidade do produto final, gerando uma eficiente solução para problemas 
construtivos e permitindo controle dos gastos ainda na fase de projeto; além de 
durável e reciclável. 
Um atributo importante desse sistema é o fato de possuir materiais muito leves, como 
os perfis de aço galvanizado formados a frio, que faz parte da estrutura de uma 
construção (paredes, vigas, vergas, etc.); as placas de fechamento e os materiais de 
preenchimento, que integram praticamente toda a construção. Aliás, por razão da 
18 
 
leveza dos materiais utilizados, a carga sobre a fundação é menor do que de uma 
construção de alvenaria convencional, permitindo economia nessa etapa construtiva. 
Outra característica do LSF é a necessidade de uma equipe bem qualificada de 
experiente para a execução. Como o sistema é composto por peças industrializadas, 
a precisão na montagem dos elementos é essencial. Por causa disso, contratar uma 
mão de obra especializada é focar na segurança da estrutura e qualidade da 
construção, além de reduzir o tempo da execução e o desperdício de materiais. 
Diferente do sistema de alvenaria convencional, encontrar mão de obra qualificada 
em construir em Steel Frame ainda é muito difícil, fato agravado por sistemas 
construtivos vigente, em sua maioria, arcaicos. 
 
Figura 1 - Estrutura de residência em Light Steel Framing. 
 
Fonte: Vivan, Paliari e Novaes (2012). 
 
2.3.1 Características do sistema 
De acordo com Santiago, Freitas e Castro (2012) a forma de construir e projetar 
uma edificação utilizando o sistema Light Steel Framing pode ser definida pela a 
estrutura, que usa painéis estruturais; a modulação de materiais e a estrutura 
alinhada, também chamada de “in-line framing”. Para que a transferência de carga 
possua caráter axial, esses componentes estruturais devem estar compatibilizados. 
As dimensões das placas de fechamento e perfis de aço utilizados são padronizadas. 
Em um projeto de edificação em LSF é construído por módulos, o tornando eficiente 
19 
 
e permitindo a diminuição de custo e desperdício. Além disso, o sistema não possui 
limitações arquitetônicas, porém deve ser calculado corretamente, assim como sua 
altura. Considerando os parâmetros brasileiros, muitas fontes afirmam que o sistema 
construtivo Light Steel Frame é adequado a edifícios de no máximo quatro 
pavimentos, enquanto outra dizem que pode chegar a seis, no entanto isso depende 
de uma análise do tipo de edificação a ser construída e se a carga gerada pela mesma 
será suportada pela estrutura. Uma grande função de LSF é satisfazer aos requisitos 
de desempenho para uma edificação, elaborando um bom planejamento que viabilize 
o controle da execução aproveitando ao máximo o sistema, e após de pronta, a 
construção seja idêntica à uma convencional. 
Ainda segundo Santiago, Freitas e Crasto (2012, p.14), “a estrutura em LSF é 
composta de paredes, pisos e cobertura. Reunidos, eles possibilitam a integridade 
estrutural da edificação, resistindo aos esforços que solicitam a estrutura”. Embora 
sejam elementos que fazem parte das edificações, no sistema Light Steel Framing é 
diferente. Devido seus componentes serem pré-fabricado e acompanhados em 
ambiente industrial, a utilização de água no canteiro de obra não é necessária, exceto 
para a etapa de fundação e revestimentos usados. Por isso conhecida como sistema 
de construção a seco. 
De acordo com Gaspar (2013), para compreender o funcionamento do sistema de 
Light Steel Framing é fundamental conhecer os elementos que fazem parte: 
 Bloqueador: Perfil utilizado para travamento lateral de montantes e vigas; 
 Perfil U: Perfil usado na base e topo dos painéis de parede e no encabeçamento 
de vigas; 
 Fita Metálica: Fita de aço galvanizado usada para o contraventamento de 
painéis e vigas; 
 Lintel: Perfis usados, na horizontal, sobre as aberturas dos painéis para 
suportar a estrutura; 
 Montante: Perfil vertical usado na constituição dos painéis de parede; 
 Viga: Perfis usados nas lajes de piso e coberturas planas; 
 Revestimento Estrutural de Fechamento Externo: Placa estrutural de 
revestimento externo do edifício; 
 Revestimento de Fechamento Interno: Placa usada para revestir os painéis do 
interior do edifício. 
20 
 
Figura 2 - Desenho esquemático de uma residência em Ligth Steel Framig. 
 
 Fonte: Manual do aço- Stell Frame. 
 
2.3.2 Métodos construtivos 
Para os autores Freitas e Crasto (2006) o sistema construtivo Light Steel 
Framing pode ser executado através de três métodos: o tradicional ou Stick, em que 
os perfis são cortados no local da obra; o método por painéis, onde os painéis, lajes e 
telhado são preparados na indústria; e o método de construção modular, em que os 
módulos são completamente pré-fabricado e entregues com acabamentos no local da 
obra. 
O método mais comumente utilização no mundo da construção civil é o método Stick. 
Nele, o corte e a montagem dos elementos estruturais são feitas no canteiro de obra, 
ou seja, um nível menor de pré-fabricação. Os perfis podem vir já perfurados para ser 
colocada as instalações elétricas e hidráulicas. Esse método é uma ótima solução 
para locais em que a pré-fabricação não é possível, o que facilita os transportes dos 
elementos. 
No método por painéis, seus elementos estruturais ou não, como painéis; 
contraventamento; laje e treliças de telhado, são levados para o canteiro de obra 
21 
 
prontos. A vantagem desse método é a velocidade de montagem, o alto controle da 
qualidade na formação, menos trabalho no canteiro e maior precisão dimensional. 
Enquanto o último método mencionado, o modular, é uma construção por unidades 
completamente pré-fabricada, e pode ser entregue no local da obra como todos os 
acabamentos internos como revestimentos, louças sanitárias, instalação elétrica e 
hidráulica, mobiliários fixos e entre outros. 
Ainda segundo os autores Santiago, Freitas e Crasto (2012, p. 16) a estrutura de aço 
é o principal elemento do sistema LSF. E para forma um conjunto autoportante que 
consiga suportar aos esforços solicitados pelos componentes da edificação, os perfis 
de aço e o projeto estrutural, deve ser dimensionado e executado por profissionais 
especializados e seguindo as normas brasileiras para perfis formados a frio. 
 
2.3.3 Processo construtivo em Light Steel Framing 
2.3.3.1 Fundação 
A seleção do tipode fundação que será empregada em uma edificação 
depende de alguns parâmetros como topografia e resistência do solo por exemplo. 
Por ter uma limitação de números de pavimentos, o sistema LSF é mais usado em 
residências familiares. No sistema LSF há uma vantagem quanto a fundação. Devido 
a estrutura da edificação ser leve comparado com outros métodos construtivos, os 
esforços transmitidos para a fundação são menores, sendo mais econômica. No 
entanto, como a distribuição de carga ocorre de formar linearmente ao longo dos 
painéis, a fundação precisará ser continua. Entres os tipos de fundações existem, as 
melhores opções de fundação que se encaixa à necessidade do sistema LSF é o 
radier e a sapata corrida. 
As fundações são executadas da forma convencional, e como qualquer fundação, 
necessitando também de uma boa impermeabilização para se evitar umidade e 
infiltração, pois a eficiência estrutural depende de um bom projeto e execução da 
fundação. 
O radier é uma fundação rasa formada por uma laje de concreto armado apoiado 
sobre terreno nivelado e compactado. Ou seja, é uma laje que distribui o peso todo o 
peso para a base da construção, não existe cargas concentradas, pois os elementos 
que transferem o peso ao solo não são apenas colunas isoladas e sim paredes 
inteiras. 
22 
 
De acordo com Castro (2005), na fundação de radier é aconselhável, quando 
executada para estruturas em LSF, a aplicação de vigas sob das paredes portantes, 
para uma maior rigidez da fundação. E devem ser instaladas antes da concretagem 
as instalações hidrosanitarias e elétricas, porém abaixo da manta de 
impermeabilização para impedir a passagem da umidade. 
Segundo Santiago (2012) o dimensionamento do radier resultará do cálculo estrutural 
e sua execução deve atender algumas condições como: 
 Prever o nível do contra piso de no mínimo 15 cm da altura do solo, a fim de evitar 
umidade do solo e infiltrações. 
 Prever inclinação de pelo menos 5% nas calcadas ao redor da edificação, garagens 
e terraços, permitindo o escoamento das agua pluviais. 
 
Figura 3 - Detalhe esquemático da ancoragem de painel estrutural à uma laje radier. 
 
Fonte: Terni, Santiago e Pianheri (2008). 
 
 
Em uma fundação de sapata corrida em concreto armado, as vigas são posicionadas 
abaixo e ao longo dos painéis estruturais do LSF. Essa fundação é mais adequada 
para terrenos de grande resistência. O contrapiso pode ser executado em concreto, 
ou utilizando os perfis galvanizados apoiados nas sapatas. Esse método é mais 
demorado. 
23 
 
A sapata corrida é um tipo de fundação indicada para 
construções com paredes portantes, onde a distribuição de 
carga é continua ao longo das paredes. Constitui-se de vigas, 
que podem ser de concreto armado, de blocos de concreto ou 
alvenaria que são locados sob os painéis estruturais. (FREITAS; 
CRASTO, 2006, p 27). 
 
Figura 4 - Corte detalhado de fundação sapata corrida. 
 
Fonte Santiago, Freitas e Crasto, 2012. 
 
2.3.3.2 Fixação dos painéis na fundação 
Para que a estrutura e a fundação estejam em harmonia, sem causar 
deslocamento, deve haver uma ancoragem da estrutural e deve ser bem 
dimensionada e executada. Essa ancoragem é a maneira construtiva da estrutura se 
prender a fundação, assegurando a transferência de carga e evitar os movimentos de 
translação e tombamento da estrutura devido à pressão do vento. 
De acordo com a Consul Steel (2002) O tipo de ancoragem é definido através do tipo 
de fundação, as solicitações que ocorrem na estrutura devido as cargas, as condições 
climáticas e ocorrência de abalos sísmicos. As dimensões e espaçamento são 
definidos de acordo com o cálculo estrutural, e as formas de ancoragem mais usadas 
são a química com barra roscada e a expansível com parabolts. 
24 
 
Figura 5 - Esquema geral de ancoragem química com barra roscada. 
 
Fonte: Terni, Santiago e Pianheri (2008b). 
 
2.3.4 Estrutura 
2.3.4.1 Perfis de aço formado a frio 
Sobretudo, o esqueleto da estrutura de LSF, a superestrutura, é composto por 
paredes, pisos e cobertura de perfis leves de aço. Esses perfis de aço típicos para o 
uso em Light Steel Frame são obtidos por perfilagem por conta de bobinas de 
revestidas com zinco ou liga alumínio-zinco pelo processo contínuo de imersão a 
quente ou por eletrodeposição, conhecido como aço galvanizado. A camada mínima 
de revestimento de proteção do aço é estabelecida pela NBR 15.253:2005, e podendo 
variar de 150 a 180g/m² para perfis estruturais e 100g/m² para perfis não estruturais. 
A estrutura de sustentação sugerida para as edificações em LSF 
utilizam perfis leves de aço zincado por imersão a quente e 
formados a frio, a partir de bobinas de aço galvanizado Z180 
conforme definido na Norma NBR 7008, produzidos, no Brasil, 
em grande escala, pelas Usinas Siderúrgicas Usiminas, CSN e 
Vega / Arcelor Mittal. Os perfis são formados a frio a partir de 
bobinas de aço galvanizado e apresentam dimensões definidas 
pelo calculista, dentre os perfis padronizados pelas Normas 
ABNTNBR 6355:2003 e NBR 15.253:2005. (PENNA ,2009. 
p.33). 
 
25 
 
Quadro 1 - Revestimento mínimo dos perfis estruturais e não-estruturais. 
 
Fonte: ABNT NBR 15253:2005. 
 
De acordo com Santiago, Freitas e Castro (2012) são comumente usados perfis que 
têm seção transversal do tipo “U”, “Ue” (enrijecido) e o perfil L. Usado como guias, o 
perfil U simples tem alma e mesa, mas não possui borda, diferentemente do Ue. A 
sua largura da alma é maior do que Ue, o que possibilita que os perfis se encaixem. 
A cantoneira é usada para conectar componentes enquanto o cartola é usado como 
ripas de telhado. 
As determinações das seções, espessura, propriedades geométricas de perfis steel 
frame são determinados pelas normas NBR 15253 – Perfis de Aço Formados a Frio, 
com revestimento Metálico, para Painéis Reticulados em Edificações: Requisitos 
Gerais e NBR 6355 – Perfis Estruturais de Aço Formados a Frio: Padronização. 
De acordo com a NBR 15253 (2005), os tipos de perfis que são empregados no 
sistema LSF, conforme o Quadro 2. 
 U simples: utilizado como guia, ripa, bloqueador e sanefa; 
 U enrijecido: utilizado como bloqueador, enrijecedor de alma, verga e viga; 
 Cartola: utilizado como ripa; 
 Cantoneira de abas desiguais: utilizado como cantoneira 
26 
 
Quadro 2 - Designações dos perfis de aço formados a frio para o uso em Light Steel Framing e suas 
respectivas aplicações. 
 
Fonte: NBR 15253: 2005. 
 
Segundo Santiago, Freitas e Crasto (2012), as dimensões da alma dos perfis Ue 
variam entre 90 a 300 mm (medidas externas), apesar de ser possível utilizar outras 
dimensões. Além da espessura (tn), a resistência de um perfil de aço depende da 
dimensão, forma e limite de elasticidade do aço. 
No Brasil, as dimensões da alma dos perfis Ue comercializadas são de 90, 140 e 200 
mm. As mesas podem variar de 35 a 40 mm, dependendo do fabricante e do tipo de 
perfil. 
Ainda segundo Santiago, Freitas e Crasto (2012, p. 21), o uso de estruturas de aço 
compostas por perfis formados a frio está em um rápido processo crescimento na 
indústria da construção civil no país, graças a inúmeras vantagens que as aplicações 
dos perfis promovem. 
 
2.3.4.2 Painéis 
A estrutura do sistema LSF possui painéis que podem se ter função estrutural 
ou não. Os painéis auto-portantes (estruturais) são os encarregados por absorver as 
cargas horizontais como o vento e abalos sísmicos, e verticais como o peso próprio e 
27 
 
sobrecarga, e assim conduzi-las até a fundação. Já os painéis não estruturais 
funcionam apenas como fechamento externo ou divisória interna. 
Segundo o Manual de Aço – Steel Framing, os painéis são compostos por 
determinada quantidade de elementos verticais de seção transversal tipo U enrijecido, 
que são denominados montantes, e elementos horizontais de seção transversal tipo 
U denominados guias. Sendo este último responsávelpor fixar os montantes. As guias 
definem o tamanho do painel e os montantes sua altura. 
A distribuição dos montantes no painel se dá de forma alinhada e a distância entre 
eles é determinada de acordo com a solicitação da estrutura. Para Castro (2005) tais 
espaçamentos variam usualmente entre 400mm e 600mm, podendo chegar a até 
200mm no caso de grandes cargas. O dimensionamento destes perfis é feito pela 
verificação dos esforços de flexo compressão e de flexo tração. Quanto maior o 
carregamento aplicado sob os painéis, menor deverá ser o espaçamento entre 
montantes, e maior o número de montantes a serem utilizados. A conexão entre 
montantes e guias é feita com parafusos galvanizados. 
 
Figura 6 - Transmissão da carga vertical à fundação. 
 
Fonte: Freitas e Crasto (2009). 
 
28 
 
Para a abertura de vãos nos painéis referentes a portas e janelas, é preciso que se 
faça um reforço estrutural, uma vez que alguns montantes são interrompidos. Esse 
processo se dá por meio das vergas, que transmitem o carregamento para os 
montantes que delimitam lateralmente o vão, chamados ombreiras. 
A verga é obtida com o agrupamento de dois ou mais perfis conectados. As ombreiras, 
que são os perfis que delimitam o vão, são montadas de cada lado da abertura. O LSF 
possibilita aberturas de grandes vãos, mas nesse caso, as vergas devem ser 
formadas por vigas treliçadas. 
Segundo o Manual de Aço, a guia da verga é conectada às ombreiras, a fim de evitar 
a rotação da verga e também permite a fixação dos montantes de composição 
(cripples), que não tem função estrutural e estão localizados entre a verga e a 
abertura, a fim de permitir a fixação das placas de fechamento. 
 
Figura 7 - Desenho esquemático de painel estrutural com abertura. 
 
Fonte: Manual do aço – Steel Framing. 
 
Para estabilizar a estrutura, se faz necessário fazer uma ligação rígida ou com um 
elemento que capaz de transportar os esforços para as fundações. Isoladamente os 
montantes não conseguem resistir as cargas horizontais solicitadas, como o vento por 
29 
 
exemplo, podendo ocasionar a perda da estabilidade da estrutura da edificação e 
podendo levá-la ao colapso. 
Para solucionar esse problema, os métodos mais usados são o contraventamento em 
“X”, em que uma fita de aço galvanizado é colocada na face do painel, da qual a 
largura, espessura e localização é definida no projeto estrutural. Essa fixação é 
tensionada para não ocorrer folgas que comprometeriam a sua eficiência, além de 
deformar os painéis. De acordo com Freitas e Crasto (2006) a angulação formada 
entra a base do painel e a diagonal for pequena, menor será a tensão da fita metálica, 
log, para uma maior eficiência, a inclinação das diagonais deve estar entre 30º e 60º. 
Além do mais, o uso dos contraventamentos pode acabar interferindo na colocação 
das aberturas, então se deve adotar um ângulo de inclinação grande da diagonal. 
Os painéis não estruturais não estão aptos a suportas cargas, exceto o peso próprio 
dos componentes que a constituem. De acordo com Crasto (2005), os painéis não 
estruturais funcionam apenas como divisórias, tendo função somente de fechamento 
externo e divisórias internas. Um sistema de divisórias, bem conhecido, é o dryWall, 
sistema de gesso acartonado. 
Esses painéis são bem menos complexos, um exemplo disso é o fato das aberturas 
de portas e janelas serem feitas de maneira mais simples, sem vergas ou ombreiras, 
pois não existem cargas verticais atuando no painel. 
 
2.3.4.3 Lajes 
As lajes no sistema LSF possui o mesmo princípio dos painéis, são constituídas 
de perfis galvanizados de seção “Ue” dispostos horizontalmente, denominados de 
vigas de piso, obedecendo à mesma modulação dos montantes. Essas vigas de piso 
desempenham um papel de estrutura de apoio aos materiais que compõe a superfície 
do contrapiso como pessoas, mobília, e equipamentos, assim como transferir essas 
cargas para os painéis 
De acordo com Santiago (2012) além das vigas de piso outros elementos estruturais 
são necessários para que uma laje de Light Steel Framing exerça suas funções 
estruturais de forma correta são elas: safena ou guia, enrijecedor de alma, viga caixa 
de borda e viga composta. 
30 
 
2.3.4.4 Cobertura 
Existem várias opções de estrutura de cobertura para o sistema Steel Framing 
e que possui a mesma versatilidade que o sistema convencional de construção, 
possibilitando realizar vários tipos projetos de cobertura. Porém, Scharff (1996) 
ressalta que a solução mais comum para edificações residenciais são as coberturas 
estruturadas por treliças e tesouras, capazes de cobrir grandes vãos sem precisar de 
apoios intermediários. Ainda de acordo com o autor, as treliças de aço vêm 
substituindo gradativamente as treliças de madeira no Brasil, em função da grande 
resistência estrutural do aço, leveza dos perfis e por ser um material incombustível. 
 
Segundo Castro (2005), para a execução de coberturas na estrutura de LSF, são 
utilizados os mesmos perfis de aço galvanizado dos painéis estruturais, que são os 
perfis U e Ue, com alma de 90mm, 149mm, ou até 200mm de altura. Os perfis devem 
ser colocados de maneira que transmitam as cargas sem gerar efeitos substanciais 
de segunda ordem. Os perfis que compõem a tesoura, treliça ou conjunto de caibros 
devem estar alinhados aos montantes de paredes estruturais. Pode-se utilizar nos 
telhados telhas cerâmicas, metálicas, de fibrocimento entre outras comumente 
utilizadas em edificações convencionais. 
As treliças podem vir prontas (pré-fabricada) ou serem montadas no local da obra. 
Para Santiago (2012, p. 65) a cobertura inclinada estruturada com treliças é a mais 
comum para ser utilizada em LSF e é formado da mesma forma do convencional, 
porem a armação é substituída por perfis galvanizados, e para ter o comportamento 
estrutural esperado as almas dos perfis das treliças devem estar alinhadas com as 
almas dos montantes. 
 
2.3.4.5 Fechamento e acabamento 
É a parte da estrutura de Steel Framing composta por paredes externa, isolante 
térmico e acústico e parede interna e que devem possuir elementos o mais leve 
possível para esta de acordo com a ideia do sistema construtivo. Os componentes de 
fechamento são colocados externamente à estrutura de aço, primeiro fechamento é 
colocado para o lado externo da edificação e é responsável por delimita as áreas 
molháveis, e o fechamento interno, que é instalado nas áreas seca ou úmida, mas não 
31 
 
são molhadas, enquanto os isolamentos são aplicados entre as placas e entre os 
montantes. 
A norma ISO 6241:1984 estabelece os requisitos fundamentais para atender essas 
necessidades. A segurança estrutural, a segurança ao fogo, a estanqueidade, o 
conforto termo-acústico, tátil e visual também são importantes condições para a 
aplicação de um sistema de fechamento, além, é claro, da durabilidade e economia. 
De acordo com Oliveira, Waelkens e Mitidieri (2012) em relação às chapas de 
fechamento externo, é importante avaliar e especificar as seguintes características: 
resistência à flexão, absorção de água, variação dimensional em razão da variação 
de umidade e do efeito de temperatura, e a resistência às intempéries. Geralmente, 
quanto maior a absorção de água, maior a variação dimensional por efeito de umidade 
e, portanto, maior a movimentação das chapas; quanto maior a movimentação das 
chapas, maior deve ser a capacidade do material usado para o preenchimento das 
juntas entre chapas de absorver tal. 
Para efetuar os fechamentos das paredes internas podem ser usados os mesmos 
materiais de fechamento externo, porém, segundo Campos (2012) o gesso 
acartonado é o material mais indicado. 
Hoje no mercado nacional os produtos mais usados fechamentos de construções em 
LSF são fornecidos em placas ou chapas, com várias espessuras e os mais utilizados 
são o OSB, a placa cimentícia e o gesso acartonado, sendoesse último, usado apenas 
em aplicações internas. 
 
2.3.4.6 Placa OSB 
Os compensados de OSB (Oriented Strand Board), são formados de colagem 
de madeira, geralmente em números impares de camadas, sobrepostas com adição 
de fibras das camadas sucessivas formando ângulos retos (KOLLMANN et al, 1975; 
TSOUMIS, 1991). 
As placas de OSB são leves e de fácil instalação, porem são usadas apenas em 
ambientes que não apresentam umidade. Para ambiente molhados, o sistema 
necessita de placas cimentícias para que a mesma resista à ação da umidade tais 
como banheiros, cozinha e áreas de serviço (LOTURCO, 2003). 
Os painéis de OBS também auxilia no contraventamento das paredes visto que pode 
ser aplicado direto nos painéis estruturais, trabalhando como um diafragma rígido, ou 
32 
 
sem função estrutural, apenas para fechamentos das paredes. O OBS não pode ser 
colocado em locais expostos a intempéries, devido aos elementos usado para a sua 
confecção não possuírem resistência a umidade. 
A colocação desses painéis não é difícil, uma vez que são comercializados nas 
dimensões de 1,22 m x 2,44 m e com espessuras de 9, 12, 15 e 18 mm, o que permite 
o transporte manual e fixação com parafusos auto-atarraxantes. 
É importante que as juntas de dilatação sejam previstas e ter um espaçamento de 
3mm em todo o perímetro da placa, fixadas adequadamente em montantes, e que 
estas estejam desencontradas entre si. Em paredes com dimensões maiores que 24 
metros devem ser calculados as juntas de movimentação. 
No entanto, por causa de suas características, as placas de OSB devem ter um 
acabamento impermeável quando expostas às intempéries através de uma manta de 
polietileno de alta densidade que reveste toda área externa das placas, além de um 
revestimento final que pode ser executado utilizando o siding vinílico ou argamassa 
seguida de pintura. 
O “siding” vinílico proporciona uma construção mais rápida e limpa que os 
revestimentos tradicionais – argamassa, pintura, revestimento cerâmico – além de se 
adaptar melhor ao fechamento em OSB. Não necessita de muitos cuidados e 
manutenção. É lavável e pode ser pintado. No mercado encontram-se as tiras de 
5,00m de comprimento por 25cm de largura, na cor branca ou texturizada tipo 
madeira. 
 
2.3.4.7 Placas Cimentícias 
Já as placas cimentícias são placas delgadas de concreto, fabricadas a partir 
de argamassas especiais contendo aditivos e uma elevada porcentagem de cimento. 
Geralmente são fabricadas a partir de moldes metálicos, utilizando a mesma 
tecnologia do concreto pré-moldado (DOMARASCKI; FAGIANI, 2009). 
Essas placas podem ser utilizadas como fechamento tanto na parte externa quanto 
interna, principalmente em áreas molháveis, tendo como virtudes elevada resistência 
a impactos, grande resistência a umidade, incombustíveis, relativamente leves tendo 
em média 18 kg/m², boa compatibilidade, e rapidez na execução. 
33 
 
As placas utilizadas no sistema LSF normalmente possuem dimensão fixa de 1,20m 
de largura, apresentando espessura de acordo com a função e aplicação da placa 
mostradas na Tabela 2. 
Tabela 2 - Relação entre espessura e funções e aplicações das placas. 
 
Fonte: BRASILIT (2014). 
 
2.3.4.8 Gesso Acartonado 
As placas de gesso acartonado utilizada no sistema LSF são usadas como 
componente do fechamento vertical do lado interno dos painéis estruturais e não 
estruturais, e utilizada para separação de ambientes internos nas edificações. Para 
painéis internos não estruturais é utilizado o sistema drywall. 
As chapas de gesso acartonado são vedações leves, pois não possuem função 
estrutural, porém permite composições de acordo com as necessidades de resistência 
à umidade, fogo, isolamento acústico (FREITAS; de CRASTO, 2006). 
Segundo os autores, o termo drywall é usado usualmente nos Estados Unidos e vem 
sendo utilizado no Brasil para se referir às divisórias de gesso acartonado com 
estrutura em perfil galvanizado. Porém, o termo refere-se aos componentes de 
fechamento utilizados na construção a seco, sendo as chapas de gesso acartonado 
apenas um dos inúmeros tipos de drywall. Inclusive, as placas de OSB e as placas 
cimentícias citadas anteriormente também são consideradas como drywall. 
Isolamento Térmico e Acústico 
Segundo Campos (2014) as paredes do sistema LSF são em sua maioria ocas. 
Sendo assim são necessários tratamentos para que haja um conforto térmico e 
acústico na edificação 
34 
 
A aptidão em permitir condições adequadas de qualidade para realizar tarefas qual foi 
elaborada uma edificação define o seu desempenho termo-acústico. Esse isolamento 
foi o meio encontrada para impedir a passagem de sons e os ganhos ou perdas de 
calor para o meio externo, não possibilitando que interferências externas influenciem 
sobre as internas. Logo, o fechamento vertical é essencial para uma edificação, pois 
através dele são criadas as barreiras físicas entre os ambientes e o lado externo. 
Logo, o isolamento térmico tem o intuito de equilibrar as perdas de calor nos dias frios 
e os ganhos nos quentes, sendo preciso avaliar e as trocas térmicas dinâmicas que 
ocorrem nos ambientes. 
A solução mais adequada representa, portanto, um equilíbrio 
entre as perdas e ganhos de calor, que variam conforme o tipo 
de edificação, as condições de ocupação, as características do 
clima local e os materiais empregados na construção. Quanto 
aos materiais é importante observar propriedades tais como: 
capacidade térmica especifica, densidade de massa, 
condutividade térmica, transmitância, refletância e absorbância 
à radiação solar, emissividade e forma, além das dimensões e 
orientações dos mesmos. (FREITAS; CASTRO, 2006, p. 92). 
 
No Brasil não há estudo sobre desempenho térmico de edificações em LSF, ou seja, 
ainda não se pode analisar qual é a melhor condição de fechamento. Podem ser usar 
como isolantes temo-acústico: lã de poliéster, produzida a partir de garrafas pet, lã 
de rocha, fibra de vidro, manta de fibra cerâmica, poliestireno expandido, poliestireno 
extrudado, espuma de poliuretano, aglomerados de cortiça, entre outros. 
 
 
Figura 8 – Projeto de parede no sistema Light Steel Framing. 
 
Fonte: https://construa2011.blogspot.com/ 
 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Poli%C3%A9ster
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Garrafas_PET
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/L%C3%A3_de_rocha
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/L%C3%A3_de_rocha
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fibra_de_vidro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fibra_cer%C3%A2mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Poliestireno_expandido
https://pt.m.wikipedia.org/w/index.php?title=Poliestireno_extrudado&action=edit&redlink=1
https://pt.m.wikipedia.org/w/index.php?title=Poliestireno_extrudado&action=edit&redlink=1
https://pt.m.wikipedia.org/w/index.php?title=Espuma_de_poliuretano&action=edit&redlink=1
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Corti%C3%A7a
https://construa2011.blogspot.com/
35 
 
Figura 9 – Estruturas do componentes de uma parede em LSF. 
 
Fonte: https://oazulejista.blogspot.com/2016/07/conheca-2-sistemas-incriveis-de.html#axzz5pnit9j 
 
2.3.5 Vantagens do sistema 
 
 De acordo com Santiago, Freitas e Castro (2012, p. 16), por tratar-se de um 
processo com alto nível de industrialização frente do sistema construtivo 
convencional, e podendo enumerar as 10 principais vantagens desse sistema: 
1. Os produtos que constituem o sistema são padronizados de tecnologia 
avançada, onde a matéria prima utilizada, os processos de fabricação, suas 
características técnicas e acabamento passam por rigorosos controles de 
qualidade; 
2. Possibilidade da melhoria dos níveis de desempenho termo-acústico através 
da combinação de materiais de fechamento e da instalação de lã mineral entre 
os painéis e forro; 
3. O aço pode ser reciclado e reaproveitado inúmeras vezes sem perder suas 
características básicas de qualidade e resistência; 
4. Os perfis de aço galvanizado nãocontribuem para a propagação do fogo; 
https://oazulejista.blogspot.com/2016/07/conheca-2-sistemas-incriveis-de.html#axzz5pnit9j
36 
 
5. O alto controle de qualidade dos processos de produção torna os perfis de aço 
galvanizado um produto de comprovada resistência e com grande precisão 
dimensional, permitindo o melhor desempenho da estrutura; 
6. O processo de galvanização dos perfis, de acordo com as especificações de 
revestimento mínimo exigido pela NBR 15253 (2005) proporciona a 
durabilidade e a proteção dos perfis de aço, garantindo a proteção e 
longevidade da estrutura; 
7. O sistema garante grande agilidade de execução, proporcionando a montagem 
e fabricação de componentes fora do canteiro de obras, o que resulta na 
diminuição dos prazos de construção; 
8. Os perfis formados a frio são extremamente leves, proporcionando maior 
facilidade no transporte, manuseio e montagem dos mesmos; 
9. Os perfis de aço galvanizado perfurados previamente na sua fabricação em 
conjunto com a utilização de painéis de gesso acartonado, facilitam as 
instalações elétricas e hidráulicas; 
10. Antecipação do retorno do investimento em função da maior velocidade de 
execução da obra, havendo um ganho adicional pela ocupação antecipada do 
imóvel e pela rapidez no retorno do capital investido. 
 
2.3.6 Aspectos sustentáveis do sistema Steel Framing 
 
Uns dos assuntos bastante falado na atualidade é a questão da 
sustentabilidade em diversos setores da sociedade. Como o ser humano pode mudar 
algumas práticas do cotidiano para garantir a sobrevivência dos recursos naturais do 
planeta, e que permitem suprir as necessidades da geração presente sem 
comprometer as futuras. 
E não é diferente no ramo da engenharia civil, o advento do Light Steel Framing na 
indústria da construção civil proporcionou uma nova solução para a evolução de obras 
mais sustentáveis. A construção civil possui um papel importante ao que se refere 
sustentabilidade, pois, segundo o Conselho Internacional da Construção (CIB), a 
construção civil é a que mais agride o meio ambiente devido ao consumo de matéria 
prima, energia elétrica e geração de resíduos sólidos. 
O LSF vem contribuindo para as práticas sustentáveis fundamentais hoje, uma vez 
que substitui as casas de madeira por exemplo, que consome recursos naturais. 
37 
 
Porém, o que faz o Steel Frame ser um sistema sustentável é a combinação de várias 
características. 
Por ser uma construção a seco, o consumo de água para a execução de uma obra é 
mínimo, algo muito positivo por se tratar de um importantíssimo elemento natural e 
que deve ser economizado. A água é praticamente usada apenas na etapa de 
fundação e limpeza dos equipamentos, enquanto em uma obra de alvenaria 
convencional, ela é utilizada constantemente. 
Além disso, o sistema LSF aproveita produtos reciclados como por exemplo a lã de 
PET, utilizada um isolamento da construção. Fabricada a partir de garrafas PET, tem 
sido muito aplicada por conta de seu baixo valor. O aço da estrutura também pode é 
considerado um produto reciclado, pois pode ser reusado várias vezes sem perder a 
qualidade e atributos estruturais. 
Uma das maiores virtudes do sistema Light Steel Framing é o baixo desperdício de 
material, e dependendo da obra e da gestão do projeto o incide de resíduos pode 
chegar a zero. Ou seja, quanto menos lixo produzido mais sustentável o nosso planeta 
fica. 
Outra característica muito importante e que afeta diretamente ao morador é a 
economia de energia elétrica. Por se trata de uma construção que possui isolamento 
térmico, a troca de temperatura entre o ambiente externo e interno ocorre de forma 
mais rápida, permitindo um conforto térmico e diminuindo assim o consumo de ar 
condicionado. 
Portanto, escolher o Light Steel Framing para uma obra não é apenas optar por uma 
construção sustentável, mas sim uma solução moderna que proporciona economia e 
conforto para quem reside. 
 
 METODOLOGIA 
3.1 ENQUADRAMENTO DA PESQUISA 
O presente trabalho, por sua finalidade, se caracteriza com uma pesquisa 
aplicada, que, segundo Appolinário (2004, p.152), tem o objetivo de “resolver 
problema ou necessidades concretas e imediatas”. Ou seja, tem o intuito de gerar 
conhecimento para aplicação prática, direcionada a soluções de problemas 
específicos. O objetivo da revisão de conteúdos similares ao apresentado tende à 
geração de conhecimento científico a respeito do sistema construtivo Light Steel 
38 
 
Frame para execução de projetos residências e avanço da construção civil no norte 
do país. 
Quanto ao método de abordagem, as pesquisas podem ser classificadas como 
quantitativa ou qualitativa. Segundo Motta et. al. (2013), 
Na pesquisa quantitativa, o pesquisador está preocupado em 
encontrar o melhor teste estatístico para validar sua hipótese, 
enquanto que, na qualitativa, ele apresenta as questões de 
pesquisa, procura estabelecer estratégias, no âmbito da 
pesquisa exploratória, para poder sistematizar as ideias e, 
assim, construir suas categorias de análise. (Motta et. al., 2013). 
 
Assim, esta pesquisa pode ser classificada como qualitativa, onde objetiva entender 
e compreender o uso do sistema construtivo, os materiais e os processos. 
Quanto ao objetivo, a pesquisa é exploratória, uma vez que procura proporcionar 
maior familiaridade com o objeto de estudo (MOTTA, 2013), neste caso, apresentando 
as principais características do sistema construtivo estudado. 
O procedimento metodológico usado para coletar dados e informações caracteriza a 
pesquisa como bibliográfica. Segundo FONSECA (2002, p. 32), “a pesquisa 
bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e 
publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas 
de web sites. ” 
3.2 METODOLOGIA APLICADA 
A metodologia está baseada em pesquisas em livros, artigos, normas, manuais 
técnicos, ou seja, materiais teóricos tanto nacionais quanto internacionais a respeito 
do sistema construtivo estudado, para se obter um maior conhecimento acerca do 
tema e servindo como base para a elaboração do trabalho. 
Será realizada também um levantamento de informações e dados junto a empresas 
da área da construção civil, relacionadas ao emprego do sistema construtivo Light 
Steel Framing no Estado do Amapá e na região norte do país. 
 Através da obtenção dos dados com as empresas, será feito um estudo de custos 
para a execução de uma construção em LSF, assim servindo como base para verificar 
a viabilidade tanto técnica quando mercadológica do sistema. 
 
 
 
 
39 
 
 REFERÊNCIAS 
 
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=29&Cod=85 
http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/112/artigo285545-4.aspx 
http://pet.ecv.ufsc.br/2016/09/light-steel-frame-um-sistema-construtivo-alternativo/ 
http://steelframebrasil.com.br/quando-o-steel-frame-chegou-no-brasil-e-sua-historia/ 
https://www.espacosmart.com.br/steel-framing/#estrutura 
https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/light-steel-frame-garante-obras-rapidas-e-
limpas_13620_10_0 
http://wwwo.metalica.com.br/sistema-industrializado-de-construcao-steel-framing 
http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/noticias-detalhes.php?cod=7050 
http://coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2014/TCC_ANA%20LARISSA%20KORE
N%20BORTOLOTTO.pdf 
ABNT NBR 6.355:2003 - Perfis Estruturais de Aço Formados a Frio - Padronização 
ABNT NBR 14.715:2001 - Chapas de Gesso Acartonado - Requisitos 
ABNT NBR 14.717:2001 - Chapas de Gesso Acartonado - Determinação das 
Características Físicas. 
ABNT NBR 14.762:2001 - Dimensionamento de Estruturas de Aço Constituídas por 
Perfis Formados a Frio – Procedimento. 
ABNT NBR 15.217:2009 - Perfis de Aço para Sistemas de Gesso Acartonado - 
Requisitos 
ABNT NBR 15.253:2005 - Perfis de Aço Formados a Frio, com Revestimento Metálico, 
para Painéis Reticulados em Edificações - RequisitosGerais 
ABNT NBR 15.498:2007 - Placa Plana Cimentícia sem Amianto - Requisitos e 
Métodos de Ensaio 
DIRETRIZ SINAT Nº 003: Sistemas Construtivos em Perfis Leves de Aço 
Conformados a Frio, com Fechamento em Chapas Delgadas (sistema leves tipo "Light 
Steel Framing). 
ABNT NBR 15575 – Edificações habitacionais – Desempenho. 
 
http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/112/artigo285545-4.aspx
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https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/light-steel-frame-garante-obras-rapidas-e-limpas_13620_10_0
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http://coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2014/TCC_ANA%20LARISSA%20KOREN%20BORTOLOTTO.pdf
http://coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2014/TCC_ANA%20LARISSA%20KOREN%20BORTOLOTTO.pdf

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