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Rebeca Belchior- M9 Sistema Urinário ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SIST. URINÁRIO O sistema urinário retira do organismo, através da urina, as substâncias em excesso e os produtos residuais do metabolismo, contribuindo para a manutenção da homeostase, ou seja, da composição química do meio interno O sistema urinário contribui para a homeostasia, alterando a composição, o pH, o volume e a pressão do sangue; mantendo a osmolaridade do sangue; excretando escórias metabólicas e substâncias estranhas; e produzindo hormônios. O sistema urinário consiste em dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. FUNÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO ▪ Os rins regulam o volume e a composição sanguíneos; ajudam a regular a pressão arterial, o pH e os níveis de glicose; produzem dois hormônios (calcitriol e eritropoetina); e excretam escórias metabólicas na urina. Os ureteres transportam a urina dos rins para a bexiga urinária. A bexiga urinária armazena a urina e depois a expele pela uretra. A uretra elimina a urina do corpo. O sangue que flui pela circulação renal encontra alta resistência, primeiro na arteríola aferente e, depois, na eferente. Como resultado, a pressão sangüínea renal diminui de cerca de 95 mmHg nas artérias renais para 8 mmHg ou menos nas veias renais. A resistência nas arteríolas aferentes protege o glomérulo das grandes flutuações da pressão sangüínea sistêmica. A resistência nas arteríolas eferentes reforça a alta pressão glomerular e reduz a pressão hidrostática nos capilares peritubulares. A membrana de filtração está entre o sangue e o interior da cápsula glomerular (Figura 24.7). É uma membrana porosa que permite a livre passagem de água e de solutos menores que as proteínas plasmáticas. Suas três camadas são (1) o endotélio fenestrado dos capilares glomerulares, (2) o folheto visceral da cápsula glomerular, composta por podócitos, e (3) a membrana basal intermediária composta pela fusão das lâminas basais das outras camadas. ESTUDO PARA TUTORIA 1. Descrever as principais estruturas renais. Os rins possuem duas zonas internas: o córtex e a medula renal. O córtex é a camada mais externa e nela encontram-se os néfrons: a unidade funcional dos rins, isto é, a estrutura responsável pela formação da urina. 2. Entender como ocorre os processos de formação da urina: filtração glomerular, de reabsorção e de secreção tubular. Filtração: A primeira etapa da formação da urina é o processo de filtração, que ocorre no interior do corpúsculo renal. Em razão da alta pressão do sangue no interior dos capilares do glomérulo, substâncias extravasam para o interior da cápsula renal. O filtrado resultante, que possui composição semelhante à do plasma sanguíneo, mas com menor quantidade de proteínas, segue em direção aos túbulos renais. Aproximadamente 1,6 mil litros de sangue são filtrados diariamente, formando 180 litros de filtrado. Desses 180 litros, são formados apenas dois litros de urina por dia, o que demonstra uma grande reabsorção. Reabsorção: Nessa etapa, algumas substâncias do filtrado são reabsorvidas para o sangue. Estima-se que 65% do total de sódio e água presentes no filtrado sejam reabsorvidos no túbulo proximal. A glicose e os aminoácidos são quase que completamente reabsorvidos. Na alça néfrica, são reabsorvidos principalmente sais. Já o túbulo distal apresenta alta capacidade de reabsorção de íons. Estima-se que cerca de 99% do filtrado seja reabsorvido nessa etapa de formação da urina. Rebeca Belchior- M9 Secreção: ocorre a transferência de moléculas presentes no sangue para dentro do lúmen do néfron. Entre os principais produtos secretados, podemos citar o hidrogênio, potássio e amônia. 3. Citar os hormônios renais. Renina: age como uma enzima que ajuda a regular a pressão sanguínea e a função renal Eritropoetina: estimula a produção de eritrócitos. 4. Explicar o processo de diluição e concentração da urina. Quando o rim gera água livre, a urina torna-se diluída. Contrariamente, quando o rim remove água de um fluido isosmótico, a urina torna-se concentrada. Os rins geram urina diluída bombeando sais para fora da luz dos segmentos tubulares que são impermeáveis à água. O que é deixado para trás é um fluido tubular que é hiposmótico em relação ao sangue. Já a geração de urina concentrada se deve à passagem do fluido por segmentos tubulares (ducto coletor medular) que estão mergulhados em um compartimento hiperosmótico (medula renal). Desta maneira, por osmose, a água deixará o túbulo, indo para a medula e criando uma urina concentrada. Se a urina é mais diluída ou mais concentrada depende se a reabsorção de água ocorre nos segmentos mais distais: túbulos coletores iniciais e corticais, e ductos coletores medulares internos e externos. Uma importante observação é que o ADH regula a fração variável de reabsorção de água nesses quatro segmentos. Em suma, os dois principais elementos para que se forme urina concentrada são: o interstício hiperosmótico medular, que proporciona o gradiente osmótico e o ADH, que eleva a permeabilidade à água no néfron distal. O Ducto Coletor Medular é a porção final do ducto coletor, que após sair da zona cortical, mergulha na zona medular hiperosmótica, sendo possível, dependendo das circunstâncias, produzir uma urina concentrada. Esse processo é dirigido pelo gradiente de NaCl entre o interstício medular e a luz do ducto. A parede do ducto coletor medular possui 3 importantes propriedades de permeabilidade: 1. Na ausência de ADH, é relativamente impermeável à água, uréia e NaCl em toda a sua extensão; 2. O ADH aumenta a permeabilidade à água em toda sua extensão; 3. O ADH aumenta a permeabilidade à uréia apenas na porção teminal PAPEL DO ADH O hormônio antidiurético, também conhecido como vasopressina ou argipressina devido ao seu leve efeito vasoconstritor, é um hormônio hipotalâmico secretado pela neurohipófise que tem como efeito principal a conservação de líquido corporal, alcança a por um aumento da reabsorção de água em nível renal. Antes de entrar no mecanismo de ação do Hormônio antidiurético, vale ressaltar que, em condições normais, a permeabilidade à água em bem maior no Túbulo Proximal e na Porção descendente delgada da Alça de Henle, graças à abundante presença de canais de água chamados de Aquaporinas tipo 1 (AQP1). O ADH consegue aumentar a reabsorção de líquido no rim, agindo principalmente nos ductos coletores, onde há receptores de vasopressina tipo 2 (V2R) situados na suas membranas basais laterais. A interação entre o hormônio e seu receptor ativa a proteína Gs, que estimula a adenilato-ciclase e a produ-ção de AMPc, com ativação da proteína kinase a. Esse processo inicia uma cascata de fosforilação até promover a translocação de canais de água da aquapo-rina tipo 2 (AQP2) para a membrana apical da célula, aumentando assim a permeabilidade desta região à água. Na ausência de ADH, os canais de aquaporina tipo 2 sofrem endocitose e retornam às vesículas para reciclagem. Além desse efeito, pode-se elencar outros 3 efeitos renais: 1. Aumenta a permeabilidade à água em todos os segmentos do néfron; 2. Aumenta a permeabilidade à uréia no Ducto Coletor Medular Interno; 3. Aumenta a reabsorção ativa de NaCl na alça de Henle. Só para finalizar, vale ressaltar que o etanol é um potente inibidor da secreção de ADH, fato que impede a expressão da AQP2 e a consequente reabsorção de água nos ductos coletores, o que gera adeptos de bebidas alcóolicas, principalmente da Cerveja, uma diurese exagerada.
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