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Sistema Urinário

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Sistema Urinário 
 
 O sistema urinário é um conjunto de órgãos 
envolvidos com a formação, depósito e eliminação da 
urina. O aparelho é formado por dois rins, uma bexiga e 
uma uretra. 
 
 
 
 
 
 Os rins são um par de órgãos avermelhados, 
localizados entre o peritônio e a parede posterior do 
abdome. Por causa de sua posição posterior ao 
peritônio da cavidade abdominal, são considerados 
retroperitoneais. 
 Os rins estão localizados entre os níveis das últimas 
vértebras torácicas e a terceira vértebra lombar, uma 
posição em que estão parcialmente protegidos pelas 
costelas XI e XII. Se estas costelas inferiores forem 
fraturadas, podem perfurar os rins e causar danos 
significativos, potencialmente fatais. O rim direito está 
discretamente mais baixo do que o esquerdo, porque o 
fígado ocupa um espaço considerável no lado direito 
superior ao rim. 
 
 
 
•Regulação da composição iônica do sangue: Os rins 
ajudam a regular os níveis sanguíneos de vários íons, 
sendo que os mais importantes são os íons sódio (Na+), 
potássio (K+), cálcio (Ca2+), cloreto (Cl–) e fosfato (HPO4 
2–). 
•Regulação do pH do sangue: Os rins excretam uma 
quantidade variável de íons hidrogênio (H +) para a 
urina e preservam os íons bicarbonato (HCO3–), que são 
um importante tampão do H+ no sangue. Ambas as 
atividades ajudam a regular o pH do sangue. 
•Regulação do volume de sangue: Os rins ajustam o 
volume do sangue por meio da conservação ou 
eliminação de água na urina. O aumento do volume de 
sangue eleva a pressão arterial, enquanto a diminuição 
do volume de sangue reduz a pressão arterial. 
•Regulação da pressão arterial: Os rins ajudam a 
regular a pressão arterial por meio da secreção da 
enzima renina, que ativa o sistema renina-
angiotensina-aldosterona. O aumento da renina 
provoca elevação da pressão artéria. 
 Manutenção da osmolaridade do sangue: Ao regular 
separadamente a perda de água e a perda de solutos na 
urina, os rins mantêm uma osmolaridade do sangue 
relativamente constante de aproximadamente 300 
miliosmóis por litro (mOsm/ℓ). 
•Produção de hormônios: Os rins produzem dois 
hormônios. O calcitriol, a forma ativa da vitamina D, 
ajuda a regular a homeostasia do cálcio e a 
eritropoietina, que estimula a produção de eritrócitos. 
•Regulação do nível sanguíneo de glicose: Tal como o 
fígado, os rins podem utilizar o aminoácido glutamina na 
gliconeogênese (síntese de novas moléculas de glicose). 
Eles podem então liberar glicose no sangue para ajudar 
a manter um nível normal de glicemia. 
•Excreção de escórias metabólicas e substâncias 
estranhas: Por meio da formação de urina, os rins 
ajudam a excretar escórias metabólicas (substâncias 
que não têm função útil no corpo). Estes incluem 
amônia e ureia resultantes da desaminação dos 
aminoácidos; bilirrubina proveniente do catabolismo da 
hemoglobina; creatinina resultante da clivagem do 
fosfato de creatina nas fibras musculares e ácido úrico 
originado do catabolismo de ácidos nucleicos. Outras 
escórias metabólicas excretadas na urina são as 
substâncias estranhas da dieta, como fármacos e 
toxinas ambientais. 
 
 
 
➢ Anatomia externa dos rins: 
 Um rim adulto normal tem aproximadamente o 
tamanho de um sabonete comum, sendo três camadas 
de tecido circundam cada rim: 
Rins 
 
 
 
 
 
•Cápsula fibrosa ou fáscia periuretral: A camada mais 
profunda, é uma lâmina lisa e transparente de tecido 
conjuntivo denso não modelado, que serve como uma 
barreira contra traumatismos e ajuda a manter a forma 
do rim. 
 
•Cápsula adiposa ou gordura perirrenal: A camada 
intermediária, é uma massa de tecido adiposo que 
circunda a cápsula fibrosa. Ela também protege o rim de 
traumas e ancora-o firmemente na sua posição na 
cavidade abdominal. 
 
• Fáscia renal: A Camada superficial, é uma camada fina 
de tecido conjuntivo denso não modelado que ancora o 
rim às estruturas vizinhas e à parede abdominal. Na face 
anterior dos rins, a fáscia renal localiza-se 
profundamente ao peritônio. 
 
 
 
➢ Anatomia interna dos rins: 
 Um corte frontal através do rim revela duas regiões 
distintas: 
 
•Medula renal: Região interna mais escura castanha 
avermelhada, consiste em várias pirâmides renais em 
forma de cone. A base (extremidade mais larga) de cada 
pirâmide está voltada para o córtex renal, e seu ápice 
(extremidade mais estreita), chamado papila renal, está 
voltado para o hilo renal. 
 
•Córtex renal: Região vermelha clara superficial, é a 
área de textura fina que se estende da cápsula fibrosa 
às bases das pirâmides renais e nos espaços entre elas. 
Ela é dividida em uma zona cortical externa e uma zona 
justamedular interna. As partes do córtex renal que se 
estendem entre as pirâmides renais são chamadas 
colunas renais. 
 Juntos, o córtex renal e as pirâmides renais da 
medula renal constituem o parênquima renal, porção 
funcional do rim. No interior do parênquima estão as 
unidades funcionais dos rins, aproximadamente 1 
milhão de estruturas microscópicas chamadas néfrons. 
O filtrado formado pelos néfrons é drenado para 
grandes ductos coletores, que se estendem através da 
papila renal das pirâmides. Os ductos coletores drenam 
estruturas chamadas cálices renais maiores e cálices 
renais menores. 
 Um cálice renal menor recebe urina dos ductos 
coletores de uma papila renal e a carreia para um cálice 
renal maior. Uma vez que o filtrado entra nos cálices, 
torna-se urina, porque não pode mais ocorrer 
reabsorção. Dos cálices renais maiores, a urina flui para 
a cavidade única chamada pelve renal e em seguida 
para fora pelo ureter até a bexiga urinária. 
 O hilo se expande em uma cavidade no interior do 
rim chamada seio renal, que contém parte da pelve 
renal, os cálices e ramos dos vasos sanguíneos e nervos 
renais. O tecido adiposo ajuda a estabilizar a posição 
destas estruturas no seio renal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circulação sanguínea e inervação dos rins 
 Cada rim recebe sangue por uma artéria renal, 
que antes de penetrar o órgão, divide-se geralmente 
em dois ramos. Um ramo irriga a parte anterior 
(ventral) e o outro a parte posterior (dorsal) do rim. 
Ainda no hilo, esses ramos dão origem às artérias 
interlobares que seguem entre as pirântides renais. 
Na altura da junção corticomedular (base das 
pirâmides), as artérias interlobares formam as 
arciformes, que seguem um trajeto paralelo à 
cápsula do órgão, percorrendo o limite entre 
medular e cortical. Das arciformes partem as 
artérias interlobulares, que situam-se entre os raios 
medulares que, com a cortical adjacente, formam os 
lóbulos do rim. 
 Das artérias interlobulares originam-se as 
arteríolas aferentes dos glomérulos que levam 
sangue para os capilares glomerulares. Destes 
capilares, o sangue passa para as arteríolas efentes, 
que se ramificam novamente para formar a rede 
capilar peritubular, responsável pela nutrição e 
oxigenação da cortical, e pela remoção dos refugos 
do metabolismo. 
 As arteríolas eferentes dos glomérulos situados 
próximo da medular (glomérulos justamedulares) 
formam também vasos longos e retilíneos que se 
dirigem no sentido da medular, onde se dobram e 
retornam para a cortical. Essas alças capilares 
constituem os vasos retos. Em virtude de sua 
disposição em alça, os vasos retos não alteram o 
gradiente de hipertonicidade da medular. 
 Os capilares da parte superficial da cortical 
reúnem-se para formar as veias estreladas, que se 
unem às interlobulares e estas vão formar as veias 
arciformes, que dão origem às veias interlobares. As 
veias interlobares convergem para formar a veia 
renal, pelaqual o sangue sai de cada um dos rins. 
 
Néfron 
 Os néfrons são as unidades funcionais dos rins. 
Cada néfron consiste em duas partes: 
 
Corpúsculo renal: Onde o plasma sanguíneo é 
filtrado. Seus dois componentes são o glomérulo e a 
cápsula glomerular (cápsula de Bowman), uma 
estrutura epitelial de parede dupla que circunda os 
capilares glomerulares. 
 
Túbulo renal: Túbulo pelo qual passa o líquido 
filtrado (filtrado glomerular). O plasma sanguíneo é 
filtrado na cápsula glomerular, e então o líquido 
filtrado passa para o túbulo renal, que tem três 
partes principais. Em ordem de recebimento do 
líquido que passa por eles consiste em: 
 
1. túbulo contorcido proximal (TCP) 
2. alça de Henle 
3. túbulo contorcido distal (TCD) 
 
 
 
Formação da urina 
 Para produzir urina, os néfrons e os ductos coletores 
realizam três processos básicos – filtração glomerular, 
reabsorção tubular e secreção tubular. 
 
 
 
➢ Filtração glomerular: 
 Na primeira etapa da produção de urina, a água e a 
maior parte dos solutos do plasma sanguíneo 
atravessam a parede dos capilares glomerulares, onde 
são filtrados e passam para o interior da cápsula 
glomerular e, em seguida, para o túbulo renal. 
 O líquido que entra no espaço capsular é chamado 
filtrado glomerular. A fração de plasma sanguíneo nas 
arteríolas glomerulares aferentes dos rins que se torna 
filtrado glomerular é a fração de filtração. 
 
•Membrana de filtração: Juntos, os capilares 
glomerulares e os podócitos, que circundam 
completamente os capilares, formam uma barreira 
permeável conhecida como membrana de filtração. Esta 
configuração em sanduíche possibilita a filtração de 
água e pequenos solutos, mas impede a filtração da 
maior parte das proteínas plasmáticas, células 
sanguíneas e plaquetas. As substâncias filtradas do 
sangue atravessam três barreiras de filtração: 
 
1. Célula endotelial glomerular: São bastante 
permeáveis, porque têm grandes fenestrações. Seu 
tamanho possibilita que todos os solutos do plasma 
sanguíneo saiam dos capilares glomerulares, mas 
impede a filtração de células sanguíneas e plaquetas. 
Localizadas entre os capilares glomerulares e na fenda 
entre as arteríolas glomerulares aferentes e eferentes 
estão as células mesangiais, que ajudam a regular a 
filtração glomerular. 
2. Lâmina basal: Uma camada de material acelular entre 
o endotélio e os podócitos, consiste em fibras colágenas 
minúsculas e proteoglicanos em uma matriz 
glicoproteica. As cargas negativas na matriz impedem a 
filtração de proteínas plasmáticas maiores carregadas 
negativamente. 
3. Uma fenda de filtração formada por um podócito: 
Estende-se de cada podócito os pedicelos, que 
envolvem os capilares glomerulares. Os espaços entre 
os pedicelos são as fendas de filtração, ela possibilita a 
passagem de moléculas que têm um diâmetro menor, 
incluindo a água, a glicose, as vitaminas, os 
aminoácidos, as proteínas plasmáticas muito pequenas, 
a amônia, a ureia e os íons. 
 
 
 
• Pressão efetiva de filtração: O princípio da filtração (o 
uso da pressão para forçar os líquidos e solutos através 
de uma membrana) é o mesmo tanto nos capilares 
glomerulares quanto nos capilares sanguíneos de outras 
partes do corpo, pela lei de Starling dos capilares. No 
entanto, o volume de líquido filtrado pelo corpúsculo 
renal é muito maior do que em outros capilares 
sanguíneos do corpo. A filtração glomerular depende 
de três pressões principais: 
 
✓Pressão hidrostática glomerular do sangue (PHGS): é 
a pressão do sangue nos capilares glomerulares, é de 
aproximadamente 55 mmHg. Ela promove a filtração, 
forçando a água e os solutos do plasma sanguíneo 
através da membrana de filtração. 
✓Pressão hidrostática capsular (PHC): é a pressão 
hidrostática exercida contra a membrana de filtração 
pelo líquido que está no espaço capsular e no túbulo 
renal, é de aproximadamente 15 mmHg. A PHC se opõe 
à filtração e representa uma “pressão de retorno”. 
✓Pressão coloidosmótica do sangue (PCOS): é 
decorrente da presença de proteínas (como a albumina, 
as globulinas, o fibrinogênio no plasma e no sangue), é 
de aproximadamente 30 mmHg. Ela também se opõe à 
filtração. 
 
 
 
 
 A pressão de filtração efetiva (PFE), a pressão total 
que promove a filtração, é determinada como: 
 
PFE = PHSG – PHC – PCOS 
 
•Taxa de filtração glomerular: A quantidade de filtrado 
formado em todos os corpúsculos renais de ambos os 
rins a cada minuto determina a taxa de filtração 
glomerular (TFG). No adulto, a TFG média é de 125 
mℓ/min em homens e 105 mℓ /min em mulheres. 
 A homeostasia dos líquidos corporais exige que os 
rins mantenham uma taxa de filtração glomerular 
relativamente constante. Se a TFG for demasiadamente 
elevada, as substâncias necessárias podem passar tão 
rapidamente pelos túbulos renais que algumas não são 
reabsorvidas e são perdidas na urina. Se a TFG for muito 
baixa, quase todo o filtrado pode ser reabsorvido e 
determinadas escórias metabólicas podem não ser 
excretadas. 
 A TFG está diretamente relacionada com as 
pressões que determinam a pressão efetiva de filtração, 
qualquer mudança na pressão de filtração efetiva 
influencia a TFG. A perda importante de sangue, por 
exemplo, reduz a pressão arterial média (PAM) e 
diminui a pressão hidrostática do sangue glomerular. 
 Os mecanismos que regulam a TFG operam por dois 
modos principais: ajustando o fluxo sanguíneo para 
dentro e para fora do glomérulo; e alterando a área de 
superfície disponível para filtração capilar glomerular. A 
TFG aumenta quando o fluxo sanguíneo nos capilares 
glomerulares aumenta. O controle coordenado do 
diâmetro das arteríolas glomerulares aferentes e 
eferentes regula o fluxo sanguíneo glomerular. A 
constrição da arteríola glomerular aferente diminui o 
fluxo sanguíneo no glomérulo, enquanto a dilatação da 
arteríola glomerular aferente o aumenta. Três 
mecanismos controlam a TFG: 
 
✓Auto-regulação renal da TFG: Os rins por si sós 
ajudam a manter o fluxo sanguíneo renal e a TFG 
constantes, apesar das mudanças normais na pressão 
arterial, como as que ocorrem durante o exercício. Esse 
recurso é chamado autorregulação renal, e é composto 
por dois mecanismos: 
 
1. Mecanismo miogênico: ocorre quando a distensão 
dispara a contração das células musculares lisas das 
paredes das arteríolas glomerulares aferentes. 
Conforme a pressão arterial sobe, a TFG também 
aumenta, porque o fluxo sanguíneo renal aumenta. No 
entanto, a pressão arterial elevada distende as paredes 
das arteríolas glomerulares aferentes. Em resposta, as 
fibras de músculo liso da parede da arteríola glomerular 
aferente se contraem, o que reduz o lúmen da arteríola. 
Como resultado, o fluxo sanguíneo renal diminui, 
reduzindo assim a TFG para o nível prévio. 
 Inversamente, quando a pressão arterial diminui, as 
células de músculo liso são menos distendidas e assim 
relaxam. As arteríolas glomerulares aferentes se 
dilatam, o fluxo sanguíneo renal se eleva e a TFG 
aumenta. O mecanismo miogênico normaliza o fluxo 
sanguíneo renal e a TFG segundos depois de uma 
alteração na pressão sanguínea. 
 
2. Mecanismo de feedback tubuloglomerular: é assim 
chamado porque parte dos túbulos renais, mácula 
densa, fornece feedback ao glomérulo. Quando a TFG 
está acima do normal em decorrência da pressão 
arterial sistêmica elevada, o líquido filtrado flui mais 
rapidamente ao longo dos túbulos renais. Como 
resultado, o túbulo contorcido proximal e a alça de 
Henle têm menos tempo para reabsorver Na+, Cl – e 
água. Acredita-se que as células da mácula densa 
detectem o aumento do aporte de Na +, Cl – e água e 
inibam a liberação de óxido nítrico (NO) das células do 
aparelho justaglomerular (AJG). 
 Como o NO provoca vasodilatação, as arteríolas 
glomerularesaferentes se contraem quando o nível de 
NO diminui. Como resultado, menos sangue flui para os 
capilares glomerulares, e a TFG diminui. O feedback 
tubuloglomerular é mais lento do que o mecanismo 
miogênico. 
 
✓Regulação neural da TFG: Como a maior parte dos 
vasos sanguíneos do corpo, os dos rins são inervados 
por fibras simpáticas do SNA que liberam norepinefrina. 
A norepinefrina causa vasoconstrição pela ativação de 
receptores α1, que são abundantes nas fibras 
musculares lisas das arteríolas glomerulares aferentes. 
 Em repouso, a estimulação simpática é 
moderadamente baixa, as arteríolas glomerulares 
aferentes e eferentes estão dilatadas, e a 
autorregulação renal da TFG prevalece. Com maior 
estimulação simpática, no entanto, como ocorre 
durante o exercício ou hemorragia, a constrição das 
arteríolas glomerulares aferentes predomina. Como 
resultado, o fluxo sanguíneo para os vasos capilares 
glomerulares é muito reduzido, e a TFG diminui. Esta 
redução no fluxo sanguíneo renal tem duas 
consequências: reduz o débito urinário, o que ajuda a 
conservar o volume de sangue; e possibilita um maior 
fluxo sanguíneo para os outros tecidos do corpo. 
 
✓Regulação hormonal da TFG: Dois hormônios 
contribuem para a regulação da TFG: A angiotensina II 
reduz a TFG, ela é um vasoconstritor muito potente que 
estreita as arteríolas glomerulares aferentes e eferentes 
e reduz o fluxo sanguíneo renal, diminuindo assim a 
TFG. O peptídio natriurético atrial (PNA) aumenta a 
TFG. A distensão dos átrios, como ocorre quando o 
volume sanguíneo aumenta, estimula a secreção de 
PNA, ao causar o relaxamento das células mesangiais 
glomerulares, o PNA aumenta a área de superfície 
 
 
disponível para a filtração capilar. Assim a TFG aumenta 
à medida que a área de superfície aumenta. 
 
➢ Reabsorção e secreção tubular: 
 
•Princípios da reabsorção e secreção tubular: O volume 
de líquido que entra nos túbulos renais proximais em 
apenas 30 min é maior do que o volume total de plasma 
sanguíneo, porque a TFG normal é muito elevada. 
 Parte deste líquido deve ser devolvida de algum 
modo à corrente sanguínea. A reabsorção (o retorno da 
maior parte da água filtrada e de muitos dos solutos 
filtrados para a corrente sanguínea) é a segunda função 
básica do néfron e do coletor coletor. Normalmente, 
cerca de 99% da água filtrada são reabsorvidos. As 
células epiteliais ao longo dos túbulos e ductos renais 
realizam a reabsorção, mas as células do túbulo 
contorcido proximal dão a maior contribuição. Os 
solutos que são reabsorvidos por processos ativos e 
passivos incluem glicose, aminoácidos, ureia e íons 
como Na+ (sódio), K+ (potássio), Ca2+ (cálcio), Cl– 
(cloreto), HCO3– (bicarbonato) e HPO42– (fosfato). 
 A maior parte das proteínas e peptídios pequenos 
que passam através do filtro também é reabsorvida, 
geralmente via pinocitose. 
 A terceira função dos néfrons e ductos coletores é a 
secreção tubular, a transferência de materiais das 
células do sangue e do túbulo para o filtrado glomerular. 
As substâncias secretadas incluem íons H+, K+, íons 
amônia (NH4+), creatinina e determinados fármacos, 
como a penicilina. A secreção tubular tem dois 
resultados importantes: 
 
1. A secreção de H+ ajuda a controlar o pH sanguíneo. 
2. A secreção de outras substâncias ajuda a eliminá-las 
do corpo pela urina. 
 
 Em decorrência da secreção tubular, determinadas 
substâncias passam do sangue para a urina. É 
especialmente importante para testar atletas à procura 
de substâncias que intensifiquem o desempenho, como 
esteroides anabolizantes. 
 
•Vias de reabsorção: Uma substância que está sendo 
reabsorvida do líquido no lúmen dos túbulos pode 
seguir uma de duas vias antes de entrar em um capilar 
peritubular: pode mover-se entre células tubulares 
adjacentes ou através de uma célula tubular individual. 
 O líquido pode vazar entre as células em um 
processo passivo conhecido como reabsorção 
paracelular. Mesmo que as células epiteliais estejam 
ligadas por junções oclusivas, estas junções entre as 
células dos túbulos renais proximais são “permeáveis” e 
possibilitam que algumas substâncias reabsorvidas 
passem entre as células para os capilares peritubulares. 
Na reabsorção transcelular, uma substância passa do 
líquido no lúmen tubular através da membrana apical de 
uma célula do túbulo, cruza o citosol e sai para o líquido 
intersticial através da membrana basolateral. 
 
 
 
•Mecanismos de transporte: Quando as células renais 
transportam os solutos para fora ou para dentro do 
líquido tubular, elas movem substâncias em apenas uma 
direção. Lembre-se o transporte através das 
membranas pode ser ativo ou passivo. 
 As junções oclusivas formam uma barreira que 
impede a mistura de proteínas nos compartimentos das 
membranas apical e basolateral. A reabsorção de Na+ 
pelos túbulos renais é especialmente importante em 
decorrência da grande quantidade de íons sódio que 
passa através dos filtros glomerulares. 
 O líquido filtrado se torna líquido tubular quando 
entra no túbulo contorcido proximal. A composição do 
líquido tubular muda conforme ele flui ao longo do 
néfron e do ducto coletor, em decorrência da 
reabsorção e secreção. O líquido que flui dos ductos 
papilares para a pelve renal é a urina. 
 
✓Secreção e reabsorção no túbulo contorcido 
proximal: A maior quantidade de reabsorção de soluto 
e água a partir do líquido filtrado ocorre nos túbulos 
contorcidos proximais, que reabsorvem 65% da água 
filtrada, Na+ e K+ ; e 100% da maior parte dos solutos 
orgânicos filtrados, como a glicose e os aminoácidos; 
50% do Cl– filtrado; 90% do HCO3 – filtrado; 50% da 
ureia filtrada; e uma quantidade variável dos íons Ca 2+, 
Mg 2+ e HPO4 2– (fosfato), NH4+, H+ e ureia. 
 A maior parte da reabsorção de solutos no túbulo 
contorcido proximal (TCP) envolve o Na+. O transporte 
de Na+ ocorre via mecanismos utilizando simportadores 
e antiportadores no túbulo contorcido proximal. 
Normalmente, a glicose, os aminoácidos, o ácido láctico, 
as vitaminas hidrossolúveis e outros nutrientes filtrados 
não são perdidos na urina. Em vez disso, são 
completamente reabsorvidos na primeira metade do 
túbulo contorcido proximal por simportadores de Na+ 
localizados na membrana apical. 
 
 
 Dois íons Na+ e uma molécula de glicose se ligam à 
proteína simportadora, que os transporta do líquido 
tubular para dentro da célula do túbulo. As moléculas 
de glicose então saem através da membrana basolateral 
via difusão facilitada e se difundem para os capilares 
peritubulares. Outros simportadores Na+ no TCP 
recuperam os íons HPO4 2–(fosfato) e SO4 2–(sulfato), 
todos os aminoácidos e o ácido láctico filtrados de um 
modo semelhante. 
 
 
 
 
 
✓Reabsorção na alça de Henle: Aproximadamente 80% 
da água filtrada agora foram reabsorvidos. A 
composição química do líquido tubular agora é muito 
diferente daquela do filtrado glomerular, porque a 
glicose, os aminoácidos e outros nutrientes não estão 
mais presentes. Contudo, a osmolaridade do líquido 
tubular ainda é semelhante à osmolaridade do sangue, 
porque a reabsorção de água por osmose mantém o 
ritmo com a reabsorção de solutos ao longo do túbulo 
contorcido proximal. 
 A alça de Henle reabsorve aproximadamente 15% 
da água filtrada, 30% do Na+ e K+ filtrados, 35% do Cl– 
filtrado, 20% do HCO3– filtrado e uma quantidade 
variável do Ca2+ e Mg2+ filtrados. Aqui, pela primeira 
vez, a reabsorção de água por osmose não é 
automaticamente acoplada à reabsorção de solutos 
filtrados, porque parte da alça de Henle é relativamente 
impermeável à água. Define assim o cenário para a 
regulação independente tanto do volume quanto da 
osmolaridade dos líquidos corporais. 
 As membranas apicais das células da parte 
ascendenteespessa da alça de Henle têm 
simportadores Na+, K+ e 2Cl– que simultaneamente 
recuperam um Na+, um K+ e dois Cl– do líquido no 
lúmen tubular. O Na + que é transportado ativamente 
para o líquido intersticial na base e nas laterais da célula 
se difunde para as arteríolas retas. O Cl– se move pelos 
canais de vazamento na membrana basolateral para o 
líquido intersticial e, em seguida, para as arteríolas 
retas. Como muitos canais de vazamento de K+ estão 
presentes na membrana apical, a maior parte do K+ 
trazido pelos simportadores se move a favor do seu 
gradiente de concentração de volta para o líquido 
tubular. Assim, o principal efeito dos simportadores 
Na+, K+, 2Cl– é a reabsorção de Na+ e Cl–. 
 
✓Reabsorção no início do túbulo contorcido distal: 
Aproximadamente 80% da água filtrada agora foram 
reabsorvidos. A parte inicial do túbulo contorcido distal 
(TCD) reabsorve aproximadamente 10 a 15% da água 
filtrada, 5% do N + filtrado e 5% do Cl– filtrado. 
 A reabsorção de Na+ e Cl– ocorre por meio dos 
simportadores Na+ Cl– nas membranas apicais. As 
bombas de sódio-potássio e os canais de vazamento de 
Cl– nas membranas basolaterais então possibilitam a 
reabsorção de Na+ e Cl– para os capilares peritubulares. 
O início do TCD também é um importante local onde o 
hormônio paratireóideo (PTH) estimula a reabsorção de 
Ca2+. A quantidade de reabsorção de Ca2+ no início do 
TCD varia de acordo com as necessidades do organismo. 
 
✓Reabsorção e secreção no final do túbulo contorcido 
distal e no ducto coleto: No momento em que o líquido 
alcança o final do túbulo contorcido distal, 90 a 95% dos 
solutos filtrados e água retornaram para a corrente 
sanguínea. Lembrem-se de que existem dois tipos 
diferentes de células (principais e intercaladas) na parte 
final ou terminal do túbulo contorcido distal e ao longo 
do ducto coletor. 
 As células principais reabsorvem Na+ e secretam K+; 
as células intercaladas reabsorvem K+ e HCO3– e 
secretam H+. Na parte final dos túbulos contorcidos 
distais e nos ductos coletores, a reabsorção de água e 
solutos e a secreção de soluto variam de acordo com as 
necessidades do organismo. 
 Em contraste com os segmentos prévios do néfron, 
o Na+ atravessa a membrana apical das células 
principais via canais de saída de Na+, e não por meio de 
simportadores ou contratransportadores. A 
concentração de Na+ no citosol permanece baixa, como 
de costume, porque bombas de sódio-potássio 
transportam ativamente o Na+ através das membranas 
basolaterais. O Na+ então se difunde passivamente para 
os capilares peritubulares dos espaços intersticiais em 
torno das células tubulares. 
 Normalmente, a reabsorção transcelular e 
paracelular no túbulo contorcido proximal e na alça de 
Henle retornam a maior parte do K+ filtrado para a 
corrente sanguínea. Para se ajustar o potássio e manter 
um nível estável de K+ nos líquidos do corpo, as células 
 
 
principais secretam uma quantidade variável de K+. 
Como as bombas de sódiopotássio basolaterais trazem 
continuamente K+ para as células principais, a 
concentração intracelular de K+ permanece alta. Os 
canais de vazamento de K+ estão presentes nas 
membranas apical e basolateral. Assim, um pouco do K+ 
se difunde a favor do seu gradiente de concentração no 
líquido tubular, onde a concentração de K+ é muito 
baixa. Este mecanismo de secreção é a principal fonte 
do K + secretado na urina. 
 
 
 
 
 
•Regulação hormonal da reabsorção e da secreção 
tubular: Cinco hormônios afetam a extensão da 
reabsorção de Na+, Cl–, Ca2+ e água, bem como a 
secreção de K+ pelos túbulos renais. Esses hormônios 
incluem a angiotensina II, a aldosterona, o hormônio 
antidiurético, o peptídio natriurético atrial e o hormônio 
paratireóideo. 
 
 
Produção de urina diluída e concentrada 
 Mesmo que a ingestão de líquidos seja muito 
variável, o volume total de líquido no corpo humano 
normalmente permanece estável. A homeostasia do 
volume de líquido corporal depende, em grande parte, 
da capacidade dos rins de regular a taxa de perda de 
água na urina. Os rins com funcionamento normal 
produzem um grande volume de urina diluída quando a 
ingestão de líquidos é elevada; e um pequeno volume 
de urina concentrada quando a ingestão de líquidos é 
baixa ou a perda de líquidos é grande. 
 O hormônio antidiurético controla se é formada 
urina diluída ou urina concentrada. Se não houver HAD, 
a urina é muito diluída. No entanto, um nível elevado de 
HAD estimula a reabsorção de mais água para o sangue, 
produzindo a urina concentrada. 
 
➢ Formação de urina diluída: 
 O filtrado glomerular tem a mesma proporção de 
água e partículas de solutos que o sangue. O líquido que 
deixa o túbulo contorcido proximal ainda é isotônico em 
relação ao plasma. Quando está sendo formada urina 
diluída, a osmolaridade do líquido no lúmen tubular 
aumenta à medida que ele flui para baixo para a parte 
descendente da alça de Henle; diminui à medida que ele 
flui para cima pela parte ascendente; e diminui ainda 
mais quando ele flui pelo restante do néfron e pelo 
ducto coletor. Estas alterações na osmolaridade 
resultam das seguintes condições ao longo do trajeto do 
líquido tubular: 
 
•Como a osmolaridade do líquido intersticial da medula 
renal se torna progressivamente maior, mais e mais 
água é reabsorvida por osmose conforme o líquido 
tubular flui ao longo da parte descendente em direção à 
ponta da alça de Henle. Como resultado, o líquido que 
permanece no lúmen torna-se progressivamente mais 
concentrado. 
•Embora os solutos estejam sendo reabsorvidos na 
parte ascendente espessa, a permeabilidade à água 
desta porção do néfron é sempre muito baixa, por isso 
a água não pode seguir por osmose. Conforme os 
solutos estão deixando o líquido tubular, sua 
osmolaridade cai e o líquido que entra no tubo 
contorcido distal é, portanto, mais diluído do que o 
plasma. 
•Enquanto o líquido continua fluindo ao longo do túbulo 
contorcido distal, são reabsorvidos solutos adicionais, e 
apenas algumas moléculas de água. As células da parte 
inicial do túbulo contorcido distal não são muito 
permeáveis à água e não são reguladas pelo HAD. 
 Por fim, as células principais da parte final dos 
túbulos contorcidos distais e ductos coletores são 
impermeáveis à água quando o nível de HAD é muito 
baixo. Assim, o líquido tubular torna-se 
 
 
progressivamente mais diluído à medida que flui 
adiante. No momento em que o líquido tubular flui para 
a pelve renal, sua concentração pode estar em 65 a 70 
mOsm/ℓ. Isto é quatro vezes mais diluído do que o 
plasma sanguíneo ou o filtrado glomerular. 
 
 
 
➢ Formação de urina concentrada: 
 Quando a ingestão de água é baixa ou a perda de 
água é elevada, os rins precisam conservar a água 
enquanto eliminam escórias metabólicas e o excesso de 
íons. Sob influência do HAD, os rins produzem um 
pequeno volume de urina altamente concentrada. A 
urina pode ser quatro vezes mais concentrada (até 
1.200 mOsm/ℓ) do que o plasma sanguíneo ou o filtrado 
glomerular (300 mOsm/ℓ). 
 A capacidade do hormônio antidiurético de causar a 
excreção de urina concentrada depende da existência 
de um gradiente osmótico de solutos no líquido 
intersticial da medula renal. Os três principais solutos 
que contribuem para esta alta osmolaridade são Na+, 
Cl– e ureia. Dois fatores principais que contribuem para 
a formação e manutenção deste gradiente osmótico 
são: as diferenças de soluto e permeabilidade à água, e 
a reabsorção em diferentes porções das alças de Henle 
longas e ductos coletores; e o fluxo em contracorrente 
de líquido ao longo de estruturas em forma de tubo na 
medula renal. 
 O fluxo em contracorrente se refere ao fluxo de 
líquido em sentidos opostos. Isto ocorre quando o 
líquido que entra emum túbulo contraria a um líquido 
que flui em um túbulo paralelo das proximidades. 
Existem dois tipos de mecanismos de contracorrente 
nos rins: a multiplicação em contracorrente e a troca em 
contracorrente. 
 
•Multiplicação em contracorrente: É o processo pelo 
qual um gradiente osmótico que aumenta 
progressivamente é formado no líquido intersticial da 
medula renal como resultado do fluxo em 
contracorrente. 
 A parte descendente da alça de Henle transporta 
líquido tubular do córtex renal profundo para a medula, 
e a parte ascendente transporta o na direção oposta. 
Uma vez que o fluxo em contracorrente ao longo das 
alças descendente e ascendente da alça de Henle longa 
estabelece o gradiente osmótico na medula renal, diz-
se que a alça de Henle longa atua como um 
multiplicador por contracorrente. 
 
•Troca em contracorrente: É o processo pelo qual a 
água e os solutos são passivamente trocados entre o 
sangue das arteríolas retas e o líquido intersticial da 
medula renal, como resultado do fluxo em 
contracorrente. Assim como o líquido tubular flui em 
direções opostas na alça de Henle, o sangue flui em 
direções opostas nas partes ascendente e descendente 
das arteríolas retas. Uma vez que o fluxo em 
contracorrente entre as partes descendente e 
ascendente das arteríolas retas, possibilita a troca de 
solutos e água, entre o sangue e o líquido intersticial da 
medula renal, diz-se que as arteríolas retas atuam como 
um trocador por contracorrente. 
 À medida que o sangue flui ao longo da parte 
descendente para a medula renal, onde o líquido 
intersticial se torna cada vez mais concentrado, o Na+, 
o Cl– e a ureia se difundem do líquido intersticial para o 
sangue e a água se difunde do sangue para o líquido 
intersticial. Mas depois que a osmolaridade aumenta, o 
sangue flui para a parte ascendente das arteríolas retas. 
Aqui, o sangue flui por uma região em que o líquido 
intersticial se torna cada vez menos concentrado. Como 
resultado, o Na+, o Cl– e a ureia se difundem do sangue 
de volta para o líquido intersticial, e a água se difunde 
do líquido intersticial de volta para as arteríolas retas. 
 A osmolaridade do sangue que sai das arteríolas 
retas é apenas ligeiramente maior do que a 
osmolaridade do sangue que entra nas arteríolas retas. 
Assim, as arteríolas retas fornecem oxigênio e 
nutrientes para a medula renal sem extinguir nem 
diminuir o gradiente osmótico. A alça de Henle longa 
estabelece o gradiente osmótico na medula renal por 
meio da multiplicação em contracorrente, mas as 
arteríolas retas mantêm o gradiente osmótico na 
medula renal por troca em contracorrente. 
 
 A produção de urina concentrada pelos rins ocorre: 
 
•Simportadores nas células da parte ascendente 
espessa da alça de Henle causam um acúmulo de Na+ 
e Cl– na medula renal: Na parte ascendente espessa da 
alça de Henle, os simportadores Na+ K+ 2Cl– 
reabsorvem Na+ e Cl– do líquido tubular. A água não é 
reabsorvida neste segmento, porque as células são 
impermeáveis à água. Como resultado, há um acúmulo 
de íons Na+ e Cl– no líquido intersticial da medula. 
 
 
 
•O fluxo em contracorrente pelas partes descendente 
e ascendente da alça de Henle estabelece um gradiente 
osmótico na medula renal: Como o líquido tubular se 
move constantemente da parte descendente para a 
parte ascendente espessa da alça de Henle, a parte 
ascendente espessa está constantemente 
reabsorvendo Na+ e Cl–. Por conseguinte, o Na+ e o Cl– 
reabsorvidos se tornam cada vez mais concentrados no 
líquido intersticial da medula renal, o que resulta na 
formação de um gradiente osmótico que varia de 300 
mOsm/ℓ na medula externa a 1.200 mOsm/ℓ 
profundamente na medula interna. 
 A parte descendente da alça de Henle é muito 
permeável à água, mas é impermeável a solutos, exceto 
a ureia. Como a osmolaridade do líquido intersticial fora 
da parte descendente é maior do que a do líquido 
tubular dentro dela, a água se move para fora da parte 
descendente via osmose. Isto faz com que a 
osmolaridade do líquido tubular aumente. À medida 
que o líquido prossegue ao longo da parte descendente, 
sua osmolaridade aumenta ainda mais. 
 Parte ascendente da alça de Henle é impermeável à 
água, mas seus simportadores reabsorvem Na+ e Cl– do 
líquido tubular para o líquido intersticial da medula 
renal, de modo que a osmolaridade do líquido tubular 
diminui progressivamente à medida que ele flui pela 
parte ascendente. Na junção entre a medula e o córtex, 
a osmolaridade do líquido tubular cai e se torna 
progressivamente mais concentrado conforme flui ao 
longo da parte descendente e progressivamente mais 
diluído enquanto passa ao longo da parte ascendente. 
 
•Células nos ductos coletores reabsorvem mais água e 
ureia: Quando o HAD aumenta a permeabilidade à água 
das células principais, a água se move rapidamente por 
osmose para fora do líquido do ducto coletor para o 
líquido intersticial da medula interna, e então para as 
arteríolas retas. 
 Com a perda de água, a ureia deixada para trás no 
líquido tubular do ducto coletor torna-se cada vez mais 
concentrada. Como as células tubulares profundas da 
medula são permeáveis à ureia, ela se difunde do líquido 
no túbulo para o líquido intersticial da medula. 
 
• A reciclagem de ureia provoca seu acúmulo na 
medula renal: Conforme a ureia se acumula no líquido 
intersticial, um pouco dela se difunde para o líquido 
tubular nas partes descendente e ascendente delgada 
das alças de Henles longas, que também são permeáveis 
à ureia. No entanto, enquanto o líquido flui pela parte 
ascendente espessa, túbulo contorcido distal e parte 
cortical do ducto coletor, a ureia permanece no lúmen 
porque as células nesses segmentos são impermeáveis 
a ela. 
 Conforme o líquido flui pelos ductos coletores, a 
reabsorção de água continua via osmose porque existe 
HAD. Esta reabsorção de água aumenta ainda mais a 
concentração de ureia no líquido tubular, mais ureia se 
difunde para o líquido intersticial da medula renal 
interna, e o ciclo se repete. 
 A transferência constante de ureia entre os 
segmentos do túbulo renal e o líquido intersticial da 
medula é chamada reciclagem de ureia. Desta maneira, 
a reabsorção de água a partir do líquido dos túbulos 
promove o acúmulo de ureia no líquido intersticial da 
medula renal, o que por sua vez promove a reabsorção 
de água. Os solutos deixados para trás no lúmen então 
se tornam muito concentrados, e um pequeno volume 
de urina concentrada é excretado. 
 
 
 
 
Avaliação da função renal 
➢ Exame de urina (EAS, urinálise): 
 A água representa aproximadamente 95% do 
volume total da urina. Os 5% restantes consistem em 
eletrólitos, solutos derivados do metabolismo celular e 
substâncias exógenas, como fármacos. A urina normal 
praticamente não contém proteína. 
 Os solutos típicos encontrados na urina incluem os 
eletrólitos filtrados e secretados que não são 
reabsorvidos, a ureia (resultante da degradação das 
proteínas), a creatinina (resultante da clivagem de 
fosfato de creatina nas fibras musculares), o ácido úrico 
(resultante da clivagem de ácidos nucleicos), o 
 
 
urobilinogênio (resultante da clivagem da hemoglobina) 
e pequenas quantidades de outras substâncias, como 
ácidos graxos, pigmentos, enzimas e hormônios. 
 
 
 
➢ Exames de sangue: 
 Dois exames de sangue fornecem informações 
sobre a função renal. Um deles é a determinação dos 
níveis sanguíneos de ureia, resultante do catabolismo e 
desaminação de aminoácidos. Outro exame é a 
determinação da creatinina plasmática, que resulta do 
catabolismo do fosfato de creatina no músculo 
esquelético. Normalmente, o nível sanguíneo de 
creatinina permanece estável porque a taxa de secreção 
de creatinina na urina é igual a sua produção pelo 
músculo.➢ Depuração (clearance) plasmática renal: 
 Ainda mais útil do que os valores de ureia e 
creatinina no sangue no diagnóstico de problemas 
renais é uma avaliação de quão efetiva é a remoção 
pelos rins de uma determinada substância do plasma 
sanguíneo. A depuração plasmática renal é o volume de 
sangue que é “limpo” de uma substância por unidade de 
tempo, em geral expressa em unidades de mililitros por 
minuto. A depuração plasmática renal alta indica 
excreção eficiente de uma substância pela urina; a 
depuração baixa indica excreção ineficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A partir dos ductos coletores, a urina flui para os 
cálices renais menores, que se unem para se tornar os 
Diurese e natriurese 
 Um dos mecanismos para a manutenção do 
equilíbrio entre o sódio e a água, e também para o 
controle do volume sanguíneo e do líquido 
extracelular, é o efeito da pressão sanguínea sobre 
a excreção de sódio e de água, que são mecanismos 
que recebem o nome natriurese e diurese. 
 A diurese ela se refere ao efeito de aumento 
urinário pela elevação da pressão sanguínea, 
enquanto a natriurese se aplica ao aumento da 
excreção de sódio que ocorre pela elevação da 
pressão sanguínea. 
 
Equilíbrio eletrolítico 
 Normalmente é regulado pelo hipotálamo, rins 
e vários hormônios, incluindo o hormônio 
antidiurético (HAD), aldosterona e o paratormônio 
(PTH). Esse equilíbrio é um processo que é essencial 
para a vida e pra a homeostasia corporal. O sódio, 
cloro, potássio e o magnésio são alguns exemplos 
de eletrólitos encontrados no organismo e 
alterações nesses eletrólitos podem afetar 
significadamente o equilíbrio eletrolítico. 
 Desta forma, para funcionar adequadamente, o 
organismo precisa manter a concentração dos 
eletrólitos. E ele o faz isso, deslocando os eletrólitos 
para dentro ou para fora das células. Os rins filtram 
os eletrólitos presentes no sangue e excretam uma 
quantidade suficiente deles na urina, para manter 
um equilíbrio entre a ingestão e a eliminação 
diárias. A hidratação inadequada está relacionada a 
uma diminuição do desempenho e a um aumento 
no risco de distúrbios fisiológicos. Isso por que a 
água e eletrólitos via oral é a melhor forma de 
hidratação e reposição de eletrólitos, decorrentes 
de desgaste por esforço físico intenso, por exemplo. 
 
 
 
cálices renais maiores, que se juntam para formar a 
pelve renal. A partir da pelve renal, a urina flui primeiro 
para os ureteres e, em seguida, para a bexiga urinária. A 
urina é então eliminada do corpo por uma uretra única. 
 
 
 
 Cada um dos dois ureteres transporta a urina da 
pelve renal de um rim para a bexiga urinária. Contrações 
peristálticas das paredes musculares dos ureteres 
empurram a urina para a bexiga urinária, mas a pressão 
hidrostática e a gravidade também contribuem. 
 Os ureteres são tubos estreitos de paredes 
espessas, que variam entre 1 e 10 mm de diâmetro ao 
longo do seu trajeto entre a pelve renal e a bexiga 
urinária. Como os rins, os ureteres são retroperitoneais. 
Na base da bexiga urinária, os ureteres se curvam 
medialmente e atravessam obliquamente a parede da 
face posterior da bexiga urinária. 
 À medida que a bexiga se enche com urina, a 
pressão em seu interior comprime as aberturas oblíquas 
para os ureteres e impede o refluxo de urina. Quando 
esta válvula fisiológica não está funcionando 
corretamente, é possível que microrganismos passem 
da bexiga urinária para os ureteres, infectando um ou 
ambos os rins. 
 
 
 
 É um órgão muscular oco e distensível situado na 
cavidade pélvica posteriormente à sínfise púbica. Nos 
homens, é diretamente anterior ao reto; nas mulheres, 
é anterior à vagina e inferior ao útero. Pregas do 
peritônio mantêm a bexiga em sua posição. 
 Quando ligeiramente distendida em decorrência do 
acúmulo de urina, a bexiga urinária é esférica. Quando 
está vazia, ela se achata. Conforme o volume de urina 
aumenta, ascende para a cavidade abdominal. A 
capacidade média da bexiga urinária é de 700 a 800 mℓ. 
Ela é menor nas mulheres, porque o útero ocupa o 
espaço imediatamente superior à bexiga urinária. 
 No assoalho da bexiga urinária encontra-se uma 
pequena área triangular chamada trígono da bexiga. Os 
dois cantos posteriores do trígono da bexiga contêm os 
dois óstios dos ureteres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexo de micção 
 A eliminação de urina da bexiga urinária é 
chamada micção. A micção ocorre por meio de uma 
combinação de contrações musculares 
involuntárias e voluntárias. 
 Quando o volume de urina na bexiga excede 
200 a 400 mℓ, a pressão intravesical aumenta 
consideravelmente, e receptores de estiramento 
em suas paredes transmitem os impulsos nervosos 
para a medula espinal. Esses impulsos se propagam 
até o centro da micção nos segmentos medulares 
sacrais S2 e S3 e desencadeiam um reflexo espinal 
chamado reflexo de micção. Neste arco reflexo, 
impulsos parassimpáticos do centro da micção se 
propagam para a parede da bexiga urinária e 
músculo esfíncter interno da uretra. Os impulsos 
nervosos provocam a contração do músculo 
detrusor da bexiga e o relaxamento do músculo 
esfíncter interno da uretra. Ao mesmo tempo, o 
centro de micção inibe neurônios motores 
somáticos que inervam o músculo esquelético 
esfíncter externo da uretra. Com a contração da 
parede da bexiga urinária e o relaxamento dos 
esfíncteres, ocorre a micção. 
 O enchimento da bexiga urinária provoca uma 
sensação de plenitude, que inicia um desejo 
consciente de urinar antes de o reflexo miccional 
efetivamente ocorrer. Embora o esvaziamento da 
bexiga urinária seja um reflexo, na primeira infância 
aprendemos a inicia-lo e interrompê-lo de modo 
voluntário. Por meio do controle aprendido sobre o 
músculo esfíncter externo da uretra e 
determinados músculos do assoalho pélvico, o 
córtex cerebral pode iniciar a micção ou retardar o 
seu aparecimento por um período de tempo 
limitado. 
 
Ureteres 
 
Bexiga Urinaria 
 
 
 
 
 
 É um pequeno tubo que vai do óstio interno da 
uretra no assoalho da bexiga urinária até o exterior do 
corpo. Em homens e mulheres, a uretra é a parte 
terminal do sistema urinário e a via de passagem para a 
descarga de urina do corpo. 
 Nas mulheres, a uretra encontra-se diretamente 
posterior à sínfise púbica, é dirigida obliquamente, 
inferiormente e anteriormente, e tem um comprimento 
de 4 cm. A abertura da uretra para o exterior, o óstio 
externo da uretra, está localizada entre o clitóris e a 
abertura vaginal. 
 Nos homens, seu comprimento e via de passagem 
através do corpo são consideravelmente diferentes do 
que nas mulheres e também libera o sêmen. A uretra 
masculina primeiro atravessa a próstata, em seguida o 
músculo transverso profundo do períneo e, finalmente, 
o pênis, percorrendo uma distância de 
aproximadamente 20 cm. A uretra masculina é 
subdividida em três regiões anatômicas: 
 
1. A parte prostática, que passa através da próstata. 
2. A parte membranácea, a porção mais curta, que 
atravessa o músculo transverso profundo do períneo. 
3. A parte esponjosa, a mais longa, que atravessa o 
pênis. 
 
 Várias glândulas e outras estruturas associadas à 
reprodução liberam seus conteúdos na uretra 
masculina. A parte prostática da uretra contém as 
aberturas: dos ductos que transportam secreções da 
próstata; e das glândulas seminais e do ducto deferente, 
que liberam os espermatozoides para a uretra e 
fornecem secreções que neutralizam a acidez do 
sistema genital feminino e contribuem para a 
mobilidade e a viabilidade dos espermatozoides.Uretra 
 
 A integridade do assoalho pélvico (AP) é 
essencial para a manutenção da continência 
urinária, sendo ele divido em três porções sendo 
elas: anterior (bexiga e uretra), média (vagina) e 
posterior (reto). É composto por estruturas de 
sustentação: fáscias pélvicas (ligamento pubo-
vesical, redondo do útero, uterossacro e ligamento 
cervical transverso), diafragma pélvico (músculo 
eleva dor do ânus) e diafragma urogenital (músculo 
bulbocavernoso, transverso superficial e 
isquiocavernoso). Todas essas estruturas são 
essenciais no suporte e manutenção dos órgãos 
pélvicos em suas posições. Isso por que ele fornece 
apoio e mantem a posição do colo vesical por 
exemplo. 
 Assim, o assoalho pélvico flácido ou não 
fortalecido pode resultar em problemas de saúde 
como incontinências urinária e fecal. 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento do sistema urinário 
 A partir da terceira semana de desenvolvimento 
fetal, uma porção do mesoderma ao longo da face 
posterior do embrião, o mesoderma intermediário, 
diferencia-se nos rins. O mesoderma intermediário está 
localizado em elevações pareadas chamadas cristas 
urogenitais. Três pares de rins se formam no 
mesoderma intermediário nesta sucessão: o pronefro, o 
mesonefro e o metanefro. Apenas o último par 
permanece como os rins funcionais do recém-nascido. 
 O primeiro rim a se formar, o pronefro, possui um 
ducto pronéfrico associado. Esse ducto se abre na 
cloaca, a parte terminal expandida do intestino 
posterior, que funciona como uma saída comum para os 
sistemas urinário, digestório e genital. O pronefro 
começa a se degenerar durante a quarta semana e 
desaparece completamente até a sexta semana. O 
segundo rim, o mesonefro, substitui o pronefro, e 
começa a degenerar por volta da sexta semana e na 
oitava semana, quase não há sinais dele. A parte retida 
do ducto pronéfrico, que se liga ao mesonefro, 
desenvolve-se no ducto mesonéfrico. 
 Embora os rins metanéfricos se formem na pelve, 
eles ascendem para o seu destino final no abdome. Ao 
fazê-lo, recebem vasos sanguíneos renais. 
 Em uma condição chamada agenesia renal 
unilateral, apenas um rim se desenvolve (geralmente o 
direito), decorrente da ausência de um broto ureteral. 
Outras anormalidades nos rins que ocorrem durante o 
desenvolvimento são rins mal rodados (o hilo renal está 
voltado anterior, posterior ou lateralmente, em vez de 
medialmente); rins ectópicos (um ou ambos os rins 
estão em uma posição anormal, geralmente inferior); e 
rins em ferradura (a fusão dos dois rins, em um único 
rim). 
 
 
Envelhecimento e sistema urinário 
 Com o envelhecimento, os rins diminuem de 
tamanho e o fluxo sanguíneo renal assim como a 
filtração sanguínea diminuem. Estas mudanças no 
tamanho e na função renal parecem estar ligadas à 
redução progressiva no suprimento sanguíneo para os 
rins conforme o indivíduo envelhece. 
 A massa dos dois rins diminui de uma média de 
aproximadamente 300 g em jovens de 20 anos para 
menos de 200 g aos 80 anos. Do mesmo modo, o fluxo 
sanguíneo renal e a TFG diminuem em 50% entre os 40 
e 70 anos de idade. Aos 80 anos, aproximadamente 40% 
dos glomérulos não estão funcionando e, portanto, a 
filtração, a reabsorção e a secreção diminuem. 
 As doenças renais que se tornam mais comuns com 
a idade incluem as inflamações renais agudas e crônicas 
e os cálculos renais. Em decorrência da redução na 
sensação de sede com a idade, os indivíduos idosos 
também são sensíveis à desidratação. Alterações 
vesicais que ocorrem com o envelhecimento incluem 
uma redução no tamanho e na capacidade da bexiga e 
o enfraquecimento dos músculos. As infecções urinárias 
são mais comuns nos adultos mais velhos, assim como 
poliúria (produção excessiva de urina), nictúria (micção 
excessiva à noite), polaciúria (micção pouca, porém 
muitas vezes ao dia), a disúria (dor à micção), retenção 
ou incontinência urinária e hematúria.

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