Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo Ígnea (1 & 2) A Terra (Densidade média: 5,52g/cm3) Crosta Oceânica: Fina: 5-10 km, Densidade 3g/cm3 Estratigrafia: sedimentos + ofiolitos Sedimentos Basalto tipo pillow Enxame de diques (sheeted dikes) Gabro maciço Rochas ultramáficas (transição com o manto) Crosta Continental: Espessura: 25-35 km (média ~35 km) Composição variando da porção superior para a inferior Composição média: granodiorito a tonalito Densidade média 2,7g/cm3 O Manto: Composição média: peridotito (silicatos de Fe, Mg) Densidade 3,3 – 5,7g/cm3 Manto superior: 660 Km Manto inferior: 2900 Km LVZ: 60-220 Km (zona de baixa velocidade) Zona de transição: 410-660 Km – aumento da velocidade Aumento de P: plagioclásio peridotito, espinélio peridotito, granada peridotito 660Km: olivina, opxespinélio, cpx granada; espinélioperovskita O Núcleo: Externo – líquido; Interno – sólido Composição: liga Fe-Ni Densidade 10 – 13g/cm3 Variação da Pressão em direção ao núcleo: Aumento da densidade aumento da P vigente Limite Manto-Núcleo: densidade muda de 6 para 9 g/cm3, associada a transição silicato - metal Núcleo: maior variação da pressão A distribuição do calor na Terra Gradiente geotérmico: aumento da T com a profundidade (por Km) – varia de 10 a 50°C/Km, com média de 30°C, diferindo nas porções oceânicas e continentais Fontes de calor da Terra Calor latente da Terra: provindo da acreção inicial e posterior diferenciação em camadas, que ainda hoje chega à superfície Calor originado de processos de desintegração de elementos radoativos (isótopos instáveis) Meios de transferência de calor: Difusão térmica Correntes de Convecção - convecção é a transferência de energia térmica pelo movimento de moléculas de uma parte do material para outra. Radiação- radiação ou irradiação é a transferência de energia térmica através do espaço vazio. O Magma: Definição - Magma é o produto heterogêneo, sob altas T, da fusão de rochas que se encontram no estado sólido. Proveniente de erupções vulcânicas ou gerado e consolidado a maiores profundidades na crosta ou manto (astenosférico). Pode ser representado por um líquido ou uma mistura de líquido e gases dissolvidos, líquido e cristais, líquido e bolhas de gás, com variável teor de voláteis. Composto de vários constituintes metálicos ou semi-metálicos (Si, Al, Ca, Fe, Mg, Na, K...) coordenados com O. Voláteis: H2O, CO2, F, Cl, S. Maioria silicáticos; carbonáticos e carbonáticos/silicáticos são raros e pontuais Genericamente considerados como um conjunto de: - cristalitos (esferulitos); - fenocristais; - fusão silicática constituída de domínios ordenados e desordenados; - bolhas de gás A Temperatura de um magma depende de vários fatores, dentre eles: -composição, pressão, conteúdo de fases voláteis, sendo muito susceptível à PH2O, difusão térmica Basalto: líquidos entre 1100 – 1250ºC sob P atmosféricas; sem água e com maior P a T solidus e liquidus aumenta; a diferença entre Ts e Tliq aumenta com maior P Quanto mais máfica a rocha, maior seu ponto de fusão Papel da água: aumento de PH2O provoca diminuição nas T solidus e liquidus e diminui o grau de polimerização, modificando assim a viscosidade e densidade do magma (são inversamente proporcionais à PH2O) A Pressão a qual um magma está submetido depende principalmente da localização da câmara magmática e das condições geodinâmicas do meio. A Diminuição brusca de P fusão e geração de magma (descompressão sob mesma T gera magmas) Aumento de P geralmente leva à solidificação, dependendo da T vigente Viscosidade (μ) = stress de cisalhamento/taxa de deformação Definição - É a resistência de um líquido ao fluxo. Diretamente proporcional ao teor de sílica (SiO2) Magmas ricos em SiO2 - extremamente viscosos e formam mais vidro vulcânico Domos riolíticos. Surgem minerais com estruturas protosilicáticas no líquido (p.e. qtzo e K-feldspato) – predominam formadores de rede Magmas básicos – predominância de tetraedros isolados na proto-estrutura do magma (Na, Ca, Fe, Mg > Si, Al) menor viscosidade. Basaltos – maiores derrames e menos vidro O efeito da água: Exemplo do efeito da água na fusão de um gabro: Exemplo do efeito da água na fusão de outras rochas máficas: O comportamento da cristalização de material fundido (melt) Fundidos (melts) cristalizam de líquido para sólido num intervalo de T e P, que pode ser maior ou menor. Vários minerais cristalizam neste intervalo de T e o número de minerais aumenta com a diminuição da T. A cristalização dos minerais ocorre de maneira contínua, observando-se sobreposições de fases cristalizadas. Minerais que formam solução sólida mudam de composição com o resfriamento do magma. A composição do melt também muda com a cristalização. Os minerais que cristalizam e a ordem de cristalização dependem da T e da composição (X) do melt. A pressão pode afetar as fases minerais formadas e a ordem de cristalização, assim como a natureza e pressão dos voláteis. A série de Bowen Nucleação x Crescimento de cristais Nucleação: cátions e ânions se agregam numa estrutura ainda pouco ordenada, tornando-se estável quando os agregados não se desfazem (T abaixo do liquidus do mineral) Crescimento: está associado com a taxa de resfriamento (undercooling) - brusco cristais pequenos (alto valor undercooling) -lento cristais maiores; a disponibilidade dos ions e grau de difusão iônica e termal no magma são também importantes, além da competição entre os cristais pelos ions . Nucleação homogênea: agregação aleatória entre átomos dissolvidos no líquido, gerando uma cela unitária Nucleação heterogênea: crescimento a partir de estruturas cristalinas já existentes, que é o processo mais comum De maneira geral, durante o resfriamento, o pico do crescimento é atingido antes do pico da nucleação . Associação com estruturas: Grupamentos de rochas ígneas: associação, suíte, série, província (definições) Suíte: conjunto de rochas de composição variável provenientes de mesma unidade ou de distintas unidades geológicas, em que as rochas mostram parentesco evolutivo Série: são manifestações magmáticas de distribuição mundial, de idades variadas com características mineralógicas e químicas e tendências evolutivas bem definidas Província: conjunto de unidades magmáticas de ocorrência restrita no espaço e no tempo com feições geológicas, mineralógicas, estruturais, químico-isotópicas e metalogênicas próprias Associação: É a coexistência espacial de diferentes tipos litológicos de uma ou mais séries magmáticas Diagramas Binários e Ternários de Cristalização: Sistemas diopsídio-anortita, anortita-albita, ortoclásio-albita, forsterita-quartzo, diopsídio-albita-anortita e forsterita-quartzo-anortita Conceitos fundamentais: Fusão congruente: ocorre reação contínua do líquido formado com o sólido residual Fusão incongruente: líquido da fusão é continuamente separado Cristalização congruente: ponto eutético Cristalização incongruente: ponto peritético ou de reação Cristalização em equilíbrio: reação contínua do sólido formado com o líquido, gerando novos sólidos Cristalização em não equilíbrio: sólido cristalizado não reage completamente com o líquido, resultando em sólidos de diferentes composições A Regra das Fases F = C - P + 2 F = número de graus de liberdade Número de parâmetros físicos (P, T, X…) que devem ser estabelecidos para a determinação do sistema P = número de fases Fases são constituintes mecanicamente separáveis C = número mínimo de componentes 2 = 2 parâmetros intensivos, geralmente T e P Características de Rochas Ígneas e sua classificação Rochas Ígneas: formadas a partir do resfriamento e cristalização de magmas. Dividem-se em vulcânicas (efusivas/extrusivas, incluindo as piroclásticas) e plutônicas (intrusivas) Temperaturas de formação: entre ~ 650 - 1200°C; Na superfície, a partir da cristalização de lavas originando derrames (vidro + microcristais). Na crosta, magmas consolidam corpos intrusivosde tamanhos e formas variadas em profundidades distintas: hipoabissais (até 10 Km) e abissais (10 a 50 Km) A granulometria de uma rocha ígnea depende do regime de resfriamento que se encontra o magma e do contraste térmico com o meio circundante Rochas vulcânicas mais comuns: basaltos, que são escuros, e riolitos, mais claros podendo ser avermelhados; são afaníticos a microfaneríticos Basaltos: Ca-plagioclásio e clinopiroxênio(augita) Riolitos: álcali-feldspato(sanidina) e quartzo Vidro vulcânico: Obsidianas basálticas e riolíticas Rochas plutônicas mais comuns: granitóides (possuem mais que 15% de quartzo modal) – granito, granodiorito, tonalito; ricos em feldspatos e quartzo e com quantidade variável de minerais máficos como biotita e hornblenda Famílias de Rochas Ígneas Família dos granitóides: tonalito, granodiorito, granito (pegmatitos/aplitos) x dacito, riodacito, riolito Família dos dioritos e andesitos Família dos gabros, diabásios e basaltos Família dos sienitos, traquitos e fonolitos Família das rochas ultrabásicas Quanto a relação entre grãos minerais (fabric): Vítreas Afaníticas Faneríticas Clásticas Quanto à porcentagem de minerais máficos (IC): Hololeucocráticas – Félsicas – Silícicas (minerais sálicos) Leucocráticas Mesocráticas Melanocráticas Hipermelânicas Quanto à mineralogia: Félsicas – ricas em quartzo, feldspatos, feldspatóides Máficas – ricas em minerais ferromagnesianos Ultramáficas – muito ricas em minerais ferromagnesianos Quanto à relação cristais x vidro vulcânico: Holoialinas – só vidro Hipoialinas – cristais e vidro (matriz vítrea com fenocristais – vitrófiro) Holocristalinas – só cristais Saturação em sílica: Rochas ígneas supersaturadas em sílica: quartzo normativo e geralmente modal (Q e Hy na norma) Rochas saturadas em sílica: ausência de quartzo e nefelina normativa (Hy na norma) Rochas subsaturadas em sílica: olivina (Ol) e/ou nefelina Ne (feldspatóide) normativo e ausência de quartzo modal Teor em sílica: Rochas ultrabásicas – 45% SiO2 ou menos Básicas – 45-52% SiO2 Intermediárias – 52-66% SiO2 Ácidas – mais que 66% SiO2 Grupos de minerais formadores das principais rochas ígneas: Grupo dos feldspatos Grupo da sílica (quartzo) Grupo dos feldspatóides Grupo das micas (biotita – flogopita; muscovita) Grupo dos anfibólios Grupo dos piroxênios Grupo das olivinas Grupo de óxidos Fe-Ti Classificação Petrográfica (baseada na moda) Diagrama QAPF para classificação de Rochas Ígneas Plutônicas Diagrama QAPF para classificação de Rochas Ígneas Vulcânicas Diagrama para classificação de rochas ígneas máficas plutônicas Diagrama para classificação de rochas ígneas ultramáficas plutônicas Diagrama para classificação de rochas piroclásticas Texturas de Rochas Ígneas Textura: relação de crescimento/intercrescimento/substituição entre minerais de uma rocha Texturas intersticiais: espaços entre feldspatos tabulares preenchidos por grãos posteriores Textura granítica (quartzo) Textura sienítica (nefelina) Textura intersertal (vidro e piroxênio) Textura intergranular (piroxênio) Textura subofítica (um só grão de piroxênio) Textura em feltro (matriz ocupa espaços entre sanidinas ripiformes) Texturas equigranulares Textura sal e pimenta (minerais félsicos e máficos equidimensionais) Textura aplítica (K-feldspato e quartzo) Textura de calçamento (cristais equidimensionais e poligonais) Texturas inequigranulares e porfiríticas (fíricas) Textura ofítica (ripas de plagioclásio em piroxênio) Textura poquilítica (cristais maiores englobando muitos cristais menores) Textura spinifex (grandes olivinas/piroxênios radiais em komatiito) Textura maculada (megaporfirítica) Textura rapakivi (nucleo de K-feldspato com anel de Na-plagioclásio) Texturas de intercrescimento Textura mirmequítica (contato de K-feldspato e plagioclásio) Textura granofírica (quartzo com feldspato alcalino) Textura gráfica (K-feldspato e quartzo em disposição geométrica) Textura glomeroporfirítica (aglomerados de minerais na matriz) Texturas de reação Coronas de reação Texturas cumuláticas (cumulus e intercumulus) Textura ortocumulática (minerais cumulus não se tocam) Textura mesocumulática (pouco material intercumulus) Textura adcumulática (raro material intercumulus; espesso anel pós-cumulus) Texturas de fluxo Textura traquítica ou pilotaxítica (feldspatos tabulares paralelos se tocam) Textura hialopilítica (minúsculas ripas paralelas de feldspato alcalino que são envolvidas por matriz afanítica/vítrea) Rocha vitrofírica: fenocristais em matriz vítrea Rocha felsofírica: fenocristais em densa matriz de quartzo e feldspato (felsito) Rocha criptocristalina: cristais não visíveis nem ao microscópio comum Microlitos: minúsculos cristais onde se observa birrefringência Cristalitos: ainda menores que os microlitos Tipos de contatos entre minerais em rochas ígneas: (A) retilíneos; (B) sinuosos; (C) lobulados; (D) serrilhados; (E) engrenados; (F) esgarçados
Compartilhar