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DEFINIÇÃO Exame complementar sanguíneo que quantifica os elementos figurados do sangue (ex: eritrócitos, leucócitos e as plaquetas). INDICAÇÕES ➢ Avaliação pré-operatória ➢ Investigação de distúrbios hematológicos (anemias, infecções e plaquetopatias) ➢ Monitoramento do tratamento de diferentes condições clínicas Eritrograma Mensuração da série vermelha/ avalia as hemácias. Hemácias Valores de referência: 106/mm3 H: 4,5 a 6,5 milhões/mm3 M: 4 a 5,2 milhões/mm3 Eritrocitopenia (anemia) Diminuição na contagem de eritrócitos. Eritrocitose Aumento na contagem de eritrócitos. Hemoglobina É um componente das hemácias. Tem como principal função, transportar oxigênio para os tecidos. Valores de referência> g/100mL de sangue H: 13,5 a 17,5 g/dL M: 12 a 16 g/dL Hematócrito Avalia alterações volêmicas. Indica o percentual de hemácias que ocupa em um determinado volume. Valores de referência H: 40 a 54% M: 36 a 45% Volume corpuscular médio (VCM) Valores de referência: 80 a 98 fL Avalia o volume da hemácia VCM alto: anemia macrocítica (alcoolismo, hepatopatias, anemia megaloblástica, hipertireoidismo, deficiência de B12 e deficiência de ácido fólico) VCM baixo: anemia microcítica (anemias ferroprivas, talassemia, anemia sideroblásticas e doenças crônicas) VCM normal: anemia normocítica (insuficiência renal, insuficiência hepática, anemia falciforme e doenças crônicas inflamatórias) OBS: é importante para o diagnóstico de anemias. Hemoglobina corpuscular médico (HCM) Quantidade média de hemoglobina por eritrócito. Avalia a cor da hemácia. Valores de referência: 27 a 32 pg HCM alto: hipercrômica HCM normal: normocrômica HCM baixo: hipocrômica Concentração Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) Concentração média de hemoglobina por eritrócito. Hipercromia CHCM aumentado. Hipocromia CHCM diminuído. Amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW) Hemácias com diferentes volumes (anisocitose) Valores de referência: 11 a 15% (homem e mulher) Leucograma Mensuração quantitativa das células brancas (ex: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos). O leucograma mostra o percentual e os números absolutos, sendo estes o primeiro a ser observado. Importante para o diagnóstico de inflamações, infecções e neoplasias. Ex: paciente com HIV terá um número baixo de linfócitos. OBS: Causas de leucopenia OBS: infecções Neutrófilos Função fagocitária que representa entre 60 a 65%. Neutropenia < 1 500/mm3 Diminuição do número de neutrófilos. (infecções virais, neutropenia idiopática, medicamentos, hepatite aguda, síndrome mielodisplásica) Neutrofilia > 7500/mm3 Aumento do número de neutrófilos. (infecções bacterianas, gravidez, choque traumático, necroses teciduais, doenças inflamatórias) Desvio à esquerda É quando aparece no sangue células imaturas. Acontece devido a um processo infeccioso e a medula está produzindo muito rápido suas células. Infecção: obedece a escalonamento maturativo < 50.000/mm3 Neoplasia: não obedece a escalonamento maturativo > 100.000/ mm3 IMPORTANTE • Quanto maior o desvio à esquerda, pior a infecção • Se no exame de sangue aparecer bastonete, significa que a medula está trabalhando muito • Quando há célula imatura se dividindo somente nela mesma é chamado de desvio à esquerda não escalonado pois não segue uma sequência normal, sendo uma forma de surgimento da leucemia. Eosinófilos Associados a processos alérgicos e infecções parasitárias. Eosinofilia Aumento do número de eosinófilos. (alergias, infecções parasitárias, leucemias, doenças mieloproliferativas) Eosinopenia Diminuição do número de eosinófilos. (traumas, cirúrgicas) Basófilos Estão envolvidas nas respostas alérgicas agudas. Basofilia Aumento do número de basófilos. (alergias) Basopenia Redução do número de basófilos. (estresses agudos) Linfócitos Células responsáveis pela imunidade celular (linfócitos T) e humoral (linfócitos B). Linfocitose > 4 5000/mm3 Aumento do número de linfócitos. Ex: infeções agudas (virais) e bacterianas crônicas (tuberculose, sífilis), fumo, estresse, hematológicas neoplásicas (leucemia linfocíticas crônicas, secundárias ao mieloma múltiplo). Linfopenia ou linfocitopenia < 1 000/mm3 Diminuição do número de linfócitos. Ex: infecções bacterianas agudas associadas a neutrofilia, desnutrição, estados de imunodeficiência, Síndrome de Cushing, câncer, falência renal, alcoolismo, destruição de linfócitos (LES, AIDS, radioterapia, quimioteramia). Tempo de sangramento (TS) – 1 a 5 minutos É o tempo que a plaqueta leva para formar o trombo. o Avalia a fase inicial/ primária da hemostasia o O trombo/ tampão plaquetário é a primeira fase de agregação para promover a hemostasia OBS: se o paciente tomar AAS ou tiver uma quantidade reduzida de plaquetas, deve ser solicitado um TS. IMPORTANTE Condições que podem causar alteração no TS o Plaquetopenias o Trombastenias o Insuficiência hepática Tempo de protrombina (TP) Avalia a via extrínseca (fator VII) e comum (fator X, V, II e I) da coagulação, analisa a função hepática e monitorar a resposta a terapêutica anticoagulante. Valor de referência: 11 a 15 segundos OBS: quanto maior o TP ou TAP, menor a concentração de protrombina do sangue. IMPORTANTE Condições que podem causar alteração no TP: o Defeitos na síntese de Fator I, II, V, VII e X o Deficiência de vitamina K o Hepatopatia o Uso de anticoagulantes o Marevan VARFAR INA ❖ Antagonista da vitamina K ❖ Mecanismo de ação: inibir a síntese de fatores de coagulação dependentes de vitamina K ❖ Início de ação: 36 a 72H ❖ Antídoto: vitamina K ❖ Para cirurgias orais, dificilmente há interrupção da droga INR até 3,5 a 4 Desvantagens ➢ Interações medicamentosas com várias drogas e componentes da dieta ➢ Necessidade de monitoramento devido a variabilidade na absorção e metabolismo entre os indivíduos Indicação ➢ Prevenção e tratamento de TEV na fibrilação atrial ➢ Prevenção de síndromes coronarianas em pacientes com fatores de risco aumentado (ex: pacientes com próteses valvares) Tempo de Tromboplastina parcial ativado (TTPa) Avalia a via intrínseca da coagulação e a resposta à terapêutica de alguns anticoagulantes. Valor de referência: 25 a 45 segundos. OBS: se o paciente usa heparina ou faz hemodiálise, esse exame vai dar alterado. IMPORTANTE Condições que podem alterar o TTPa o Defeitos na síntese de fatores da via intrínseca VIII (hemofilia A), IX (hemofilia B) e XII. o Uso de anticoagulantes HEPARINA NÃO FRACIONADA ❖ Mecanismo de ação: potencialização da antitrombina III (anticoagulante natural) em mais de 1000x, inativando fatores II, IX, X e trombina ❖ Início de ação: imediato ou poucos minutos ❖ Antídoto: protamina ❖ Para cirurgias orais, conversar com equipe médica. Uso profilático? Uso trombolítico? Extensão da cirurgia? Desvantagens ➢ Baixa absorção oral ➢ Risco de induzir trombocitopenia ➢ Necessidade de monitoramento pelo TTP Indicações ➢ Prevenção e tratamento de desordens tromboembólicas ➢ Prevenir condições trombóticas pós cirúrgicas ➢ Durante hemodiálise ➢ Transfusão de sangue HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR ❖ Mecanismo de ação: inibir o Fator Xa ❖ Menor risco de trombocitopenia e redução da necessidade de monitoramento ❖ Dosagem de anti- fator Xa ❖ Para cirurgias orais, conversar com equipe médica. Uso profilático? Uso trombolítico? Extensão da cirurgia? Indicações ➢ Profilaxia de trombose na gravidez, câncer INR (relação normatizada internacional) É usado no monitoramentode doentes que fazem terapêutica anticoagulante. INR NORMAL no TP ou TAP = até 1,2 INR NORMAL no TTPa = até 1,26 OBS: passou desses parâmetros, o indivíduo já se encontra em estado de anormalidade com risco de sangramento. OBS: os médicos dos pacientes anticoagulados sempre deixam esses indivíduos com o INR entre 2 a 4. Dentro desse parâmetro, é possível realizar procedimentos simples sem precisar de suspensão da medicação.
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