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Língua Portuguesa para Escriturário - BB - 2021 - 4

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16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24626246/imprimir 1/105
Língua Portuguesa para Escriturário - BB - 2021(
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1fKPW )
Português
Questão 601: CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/Técnico em Química/2016
Assunto: Crase
Entrevista com Frédéric Martel
 
Uma guerra mundial pelo conteúdo dos meios de comunicação se trava pela conquista do público dentro e fora dos países criadores. Batalhas se desenrolam pelo
domínio da notícia, do formato de programas de TV e pela exibição de filmes, vídeos, música, livros. Nesse processo, um gigante domina: os Estados Unidos, com sua
capacidade de produzir cultura de massas que agrada ao grande público em todos os continentes. Essa penetração cultural americana, que muitos críticos preferem
chamar de imperialismo, leva os filmes, a música e a televisão americana para o mundo. Sua arma é o inverso da alta cultura, da contracultura, da subcultura, de nichos
especializados. Visa o público em geral, cultura de massa, de milhões. Tornou-se a cultura internacional dominante, principal, a chamada mainstream, conforme o título
do livro escrito pelo sociólogo francês Frédéric Martel. Para escrever Mainstream, ele percorreu 30 países durante cinco anos, entrevistou mais de 1.200 pessoas em todas
as capitais do entertainment, analisou a ação dos protagonistas, a lógica dos grupos e acompanhou a circulação internacional de conteúdo.
 
É um imperialismo diferente daquele político e militar. É uma espécie de imperialismo cultural que é bem recebido no mundo. A esse respeito, afirma Frédéric Martel: “É o
que basicamente chamamos de soft power. Soft power significa influenciar as pessoas com coisas legais. Você é amigável, não é contundente. Você tem as forças
armadas, tem a diplomacia tradicional e grandes empresas econômicas, que formam o hard power, e tem o soft power, que influencia as pessoas através de filmes, de
livros, da internet e de valores.”
 
“A língua é importante. Eu acredito — e essa é a principal conclusão do meu livro — que, no mundo em que estamos entrando, que reúne globalização e digitalização, a
língua é importante. E eu acredito que a batalha, a luta, mesmo a guerra de conteúdo, será uma batalha a respeito da cultura nacional. Você pode ouvir Lady Gaga,
gostar de Avatar e ler O Código Da Vinci, mas, no final das contas, a maior parte da cultura que você consome e ama geralmente é nacional, local, regional, e não global.
A cultura global é apenas uma pequena parte do que você gosta. Então, no final das contas, os americanos são os únicos a poder prover essa cultura dominante global,
mas essa cultura dominante global continua pequena. Por quê? Porque a língua é muito importante, porque a identidade é muito importante. Quando você compra um
livro de não ficção, quer saber o que acontece aqui, no seu país, e não na Coreia do Sul, por exemplo. Na Coreia do Sul você quer ouvir K-pop, que é a música pop
coreana, e ver um drama coreano, e não ouvir uma música brasileira. Portanto, nós estamos em um mundo cada vez mais global, mas, ao mesmo tempo, a cultura ainda
é e será muito nacional. Para resumir as coisas, eu diria que todos temos duas culturas: a nossa e a americana.”
 
“Nós, como europeus, temos o mesmo tipo de relação que você, como brasileiro, tem com os EUA. Nós os amamos e odiamos. É uma complicada relação de amor e ódio.
Nós esperamos que eles sejam como são; nós queremos criticá-los, mas, ao mesmo tempo, nós protestamos contra eles com tênis Nike nos pés. Nós trabalhamos para
ser um pouco como eles, muito embora nós queiramos manter nossa identidade e cultura. E, a propósito, a boa notícia é que o debate no mundo hoje e no futuro não
será entre nós — brasileiros, franceses, europeus — e os americanos. Será entre todos nós. O que eu quero dizer é que hoje não há apenas dois povos: nós e os EUA. O
mundo é muito mais complicado, com países emergentes, que serão fundamentais nesse novo jogo.”
 
“Para resumir, afirma Martel, eu diria que os EUA continuarão sendo peça importante da guerra de conteúdo, podemos dizer, nos próximos anos e décadas. Eu não
acredito e não compro a ideia do declínio da cultura americana. Eu acho que eles são fortes e continuarão sendo fortes. Mas eles não são os únicos no jogo. Agora temos
os países emergentes, que estão emergindo não só demográfica e economicamente, como pensávamos. E eu fui um dos primeiros a mostrar que eles estão emergindo
com sua cultura, sua mídia e com a internet.”
 
“Nesse mundo, a internet pode ser uma peça importante. O Brasil, por exemplo, vai crescer com a internet, com certeza. Criam-se ferramentas inovadoras de
alfabetização, por exemplo, em comunidades, em favelas, em lugares onde os moradores não têm acesso a uma livraria ou biblioteca. Mas eles terão acesso à internet
em lan houses, por exemplo, e mesmo no telefone. Hoje, todo mundo tem um telefone celular barato. Mesmo na África, todos têm celulares com funções básicas. Em
cinco anos, todos terão um smartphone, pois os preços estão caindo muito. Assim, todos poderão acessar a internet pelo smartphone. Se você tem acesso à internet,
pode baixar livros, acessar a rede, pode ver filmes e daí por diante.”
 
“A questão não é se essa tecnologia é boa, conclui Martel. A questão é: ela não será boa ou ruim sozinha. Ela será o que você, o povo, o governo deste país e nós formos
capazes de fazer com ela, criando uma boa internet e uma maneira melhor de ter acesso ao conteúdo através da internet.”
 
BOCCANERA, S. Entrevista concedida pelo sociólogo Frédéric Martel, Programa Milênio, Globo News. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2013-jan-25/ideias-milenio-fredericmartel- sociologo-
jornalista-frances>. Acesso em: 10 nov. 2015. Adaptado.
 
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, o emprego do sinal indicativo da crase é obrigatório no vocábulo destacado em:
 a) O telefone celular exerce tal fascínio sobre a população que os aplicativos ligados a ele têm mobilizado pessoas, independentemente do nível de escolaridade.
 b) O processo de desaceleração econômica mundial não causará impedimento a ascensão das novas tecnologias de comunicação e informação.
 c) As pessoas mais jovens (de 16 a 25 anos) assistem a cerca de uma hora a menos de televisão por dia do que as mais velhas (acima dos 65 anos).
 d) A Pesquisa Brasileira de Mídia, realizada em 2015, considerou a televisão o meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros.
 e) Os meios de comunicação começam a criticar o excessivo uso da internet por usuários das diversas classes sociais.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/348489
Questão 602: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2016
Assunto: Crase
Texto
 
Do fogo às lâmpadas de LED
 
Ao longo de nossa evolução, desenvolvemos uma forma muito eficiente de detectar a luz: nosso olho. Esse órgão nos permite enxergar formas e cores de maneira ímpar.
O que denominamos luz no cotidiano é, de fato, uma onda eletromagnética que não é muito diferente, por exemplo, das ondas de rádio ou micro-ondas, usadas em
comunicação via celular, ou dos raios X, empregados em exames médicos.
 
Para que pudesse enxergar seu caminho à noite, o homem buscou o desenvolvimento de fontes de iluminação artificial. Os primeiros humanos recolhiam restos de
queimadas naturais, mantendo as chamas em fogueiras. Posteriormente, descobriu-se que o fogo poderia ser produzido ao se atritarem pedras ou madeiras, dando o
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24626246/imprimir 2/105
primeiro passo rumo à tecnologia de iluminação artificial.
 
A necessidade de transporte e manutenção do fogo levou ao desenvolvimento de dispositivos de iluminação mais compactos e de maior durabilidade. Assim, há cerca de
50 mil anos, surgiram as primeiras lâmpadas a óleo, feitas a partir de rochase conchas, tendo, como pavio, fibras vegetais que queimavam em óleo animal ou vegetal.
Mais tarde, a eficiência desses dispositivos foi aumentada, com o uso de óleo de tecidos gordurosos de animais marinhos, como baleias e focas.
 
As lâmpadas a óleo não eram adequadas para que áreas maiores (ruas, praças etc.) fossem iluminadas, o que motivou o surgimento das lâmpadas a gás obtido por meio
da destilação do carvão mineral. Esse gás poderia ser transportado por tubulações ao local de consumo e inflamado para produzir luz.
 
O domínio da tecnologia de geração de energia elétrica e o entendimento de efeitos associados à passagem de corrente elétrica em materiais viabilizaram o
desenvolvimento de novas tecnologias de iluminação: lâmpadas incandescentes, com filamentos de bambu carbonizado, que garantem durabilidade de cerca de 1,2 mil
horas à sua lâmpada; e as lâmpadas halógenas, com maior vida útil e luz com maior intensidade e mais parecida com a luz solar.
 
AZEVEDO, E. R.; NUNES, L. A. O. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje. n. 327, julho 2015, p. 38-40. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2015/327/ do-
fogo-as-lampadas-led>. Acesso em: 4 ago. 2015. Adaptado.
 
O sinal indicativo da crase é obrigatório, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, na palavra destacada em: 
 a) A substituição de computadores por outro tipo de aparelho tem provocado a queda no número de lojas de equipamentos de informática. 
 b) As empresas especializadas em informática começaram a criticar o uso excessivo dos telefones celulares. 
 c) A transformação da iluminação artificial deve-se a dedicação de nossos antepassados para encontrar solução para enxergar durante a noite. 
 d) Os grandes magazines vendem aparelhos eletrônicos modernos e econômicos a preço de custo e em muitas parcelas. 
 e) O uso de novas tecnologias na iluminação artificial possibilita a redução do consumo de energia elétrica e um melhor desempenho.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/386885
Questão 603: CESGRANRIO - Ag PT (IBGE)/IBGE/2016
Assunto: Crase
Biodiversidade queimada
 
A Mata Atlântica tornou-se o ecossistema mais ameaçado do Brasil. O desmatamento tem-se ampliado excessivamente, principalmente no trecho mais ao norte dessa
floresta, em áreas costeiras dos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, onde restam apenas cerca de 10% da vegetação nativa original. O risco
é maior nessa parcela da mata porque a região apresenta uma das maiores densidades populacionais do Brasil.
 
O censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou pouco mais de 12 milhões de pessoas nos 271 municípios na área de ocorrência da
Mata Atlântica ao norte do rio São Francisco. Desse total, cerca de 2 milhões foram classificados como população rural. Na região, portanto, a Mata Atlântica está cercada
de gente por todos os lados e, infelizmente, uma parcela importante dessas pessoas está em situação de pobreza. Imersas nessa combinação indesejável de pobreza e
degradação ambiental estão dezenas de espécies de aves, anfíbios, répteis e plantas, muitas já criticamente ameaçadas de extinção.
 
É nesse cenário que, ao longo de mais de uma década, pesquisadores têm feito estudos para entender como a perturbação extrema da paisagem altera a dinâmica vital
dos remanescentes da Mata Atlântica, causando perda de espécies, colapso da estrutura florestal e redução de serviços ambientais importantes para o bem-estar
humano.
 
Esses são os efeitos em grande escala, resultantes de modificações severas na estrutura da paisagem. Há, porém, outras perturbações de origem humana e de menor
escala, mas contínuas e generalizadas, que podem ser descritas como crônicas: a caça, a retirada ocasional de madeira (a maior parte da madeira nobre já desapareceu)
e a coleta de lenha, entre outros. Um desses estudos, recentemente concluído, buscou quantificar esse ‘efeito formiguinha’ e trouxe dados inéditos sobre o impacto da
retirada de lenha para consumo doméstico sobre a Mata Atlântica nordestina.
 
A madeira foi o primeiro combustível usado pela humanidade para cozinhar alimentos. Estima-se que, hoje, no mundo, mais de 2 bilhões de pessoas ainda precisem de
lenha e/ou carvão para uso doméstico. Como a dependência de biomassa para fins energéticos está diretamente associada à pobreza, o simples ato de acender um fogão
a gás para preparar as refeições é uma realidade distante para mais de 700 mil habitantes da região da Mata Atlântica do Nordeste, a porção de floresta mais ameaçada
do Brasil. Essas pessoas dependem ainda, para cozinhar, de lenha retirada dos remanescentes de floresta. Já que, em média, cada indivíduo queima anualmente meia
tonelada de lenha, a Mata Atlântica perde 350 mil toneladas de madeira por ano, em séria ameaça à conservação dos fragmentos florestais que ainda resistem nessa
parte do país.
 
Os dados da pesquisa foram coletados de 2009 a 2011, a partir de entrevistas sistematizadas com 270 chefes de família e medição do uso de lenha em cada casa. Foram
investigadas áreas rurais, assentamentos e vilas agrícolas de usinas de açúcar em Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte. O estudo registrou o consumo de
lenha de 67 espécies de árvores (apenas sete exóticas) e, do total da lenha utilizada, 79% vieram diretamente da Mata Atlântica.
 
SPECHT, M. J.; TABARELLI, M.; MELO, F. Revista Ciência Hoje, n.308. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje, out. 2013. p. 18-20. Adaptado.
 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal indicativo da crase é obrigatório na palavra destacada em:
 a) Em áreas rurais próximas a florestas, famílias de baixa renda praticam a caça e utilizam madeira para gerar energia para a alimentação.
 b) As substâncias tóxicas da fumaça da lenha causam inflamações nas vias respiratórias e nos pulmões, além de reduzirem a imunidade.
 c) Os fogões ecológicos são preferíveis a fogões de lenha porque são projetados para não emitir fumaça dentro das residências.
 d) Os moradores das regiões mais pobres devem ser informados sobre os males que a fumaça do fogão de lenha pode trazer a crianças e velhos.
 e) Alguns programas de eficiência energética têm sido implementados na região, porque podem reduzir a metade o consumo de lenha
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/401194
Questão 604: CESGRANRIO - TA (ANP)/ANP/2016
Assunto: Crase
Festival reúne caravelas em barcos
 
Dizem que o passado não volta, mas a cada cinco anos boa parte da história marítima da Europa se reúne para navegar junto entre o Mar do Norte e o canal de
Amsterdã. Caravelas e barcos a vapor do século passado se juntam a veleiros e lanchas contemporâneas que vêm de vários países para um dos maiores encontros
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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náuticos gratuitos do mundo. Durante o Amsterdam Sail, entre os dias 19 e 23 de agosto, cerca de 600 embarcações celebram a arte de deslizar sobre as águas.
 
Desde 1975 o grande encontro aquático junta apaixonados pelo mar e curiosos às margens dos canais para ver barcos históricos e gente fazendo festa ao longo de cinco
dias – na última edição, o público estimado foi de 1,7milhão de pessoas. Há aulas de vela e de remo para adultos e crianças, além de atrações musicais. [...]
 
Você pode até achar que é coisa de criança, mas o jogo em que cada um leva o próprio balde e simula as tarefas a bordo de um navio é instrutivo e divertido para todas
as idades.
 
MORTARA, F. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 4 ago. 2015, Caderno D, p. 10. Adaptado.
 
Assim como nas locuções a vapor e a bordo, do Texto, também não há acento indicativo de crase no seguinte texto de uma mensagem que está contextualizada entre
parênteses:
 a) Angu a baiana (cardápio de restaurante)
 b) Peixe a moda da casa(cardápio de restaurante)
 c) Sujeito a guincho (mensagem aos motoristas)
 d) Obras a frente (mensagem aos motoristas)
 e) Bem-vindo a Bahia (mensagem aos motoristas)
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/348284
Questão 605: CESGRANRIO - Trad ILS (UNIRIO)/UNIRIO/2016
Assunto: Crase
Texto III
Quando eu for bem velhinho — continuação 2
O tempo do carnaval era obrigatório. A despeito de todas as mudanças, ele continua sendo a pausa que dá sentido e razão ao tempo como uma majestade humana. Este
imperador sem rivais que diz que passa quando, de fato, quem passa somos nós.
Uma lenda escandinava, traduzida à luz da análise pelo sábio das línguas e costumes euro- -europeus Georges Dumézil, conta a história de um camponês que, sem
querer, libertou o diabo de um caixote que ele transportava para um padre na sua carroça. Livre e solto, o diabo — que está sempre fazendo alguma coisa — começou a
surrar o seu involuntário libertador, perguntando ansiosamente: “O que devo fazer?” O camponês mandou que ele construísse uma ponte de pedra e, em instantes, ela
ficou pronta. E logo o diabo perguntou novamente: “O que devo fazer?” O camponês mandou que o diabo juntasse todos os excrementos de cavalo do reino da
Dinamarca e, num instante, a tarefa estava cumprida. Aterrorizado porque ia apanhar novamente, o camponês teve a feliz ideia de mandar que o diabo recuperasse o
tempo. Sabendo que o tempo era precioso, o diabo saiu em sua busca, mas não conseguia alcançá-lo. Trouxe dele pedaços, mas não o tempo inteiro como ordenara o
camponês. Não tendo observado a tarefa, o diabo voltou para a caixa.
O tempo como potência impossível de ser apanhada foi brilhantemente descrito por Frei Antônio das Chagas num poema escrito nos mil seiscentos e tanto:
Deus pede estrita conta de meu tempo. 
E eu vou do meu tempo dar-lhe conta. 
Mas como dar, sem tempo, tanta conta 
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta feita a tempo, 
O tempo me foi dado e não fiz conta, 
Não quis, sobrando tempo, fazer conta. 
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta, 
Não gasteis vosso tempo em passatempo. 
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!
Pois aqueles que, sem conta, gastam tempo, 
Quando o tempo chegar de prestar conta, 
Chorarão, como eu, o não ter tempo...
Afinal, somos nós que brincamos o carnaval ou é o carnaval que brinca conosco o tempo todo?
DAMATTA, R. O Globo, Rio de Janeiro, 10 fev. 2016. Primeiro Caderno, p. 13. Adaptado.
 
A palavra em destaque está acentuada de acordo com a norma-padrão em: 
 a) É preciso prestar contas à você. 
 b) Quanto à essa lenda, sabe-se que é escandinava. 
 c) O diabo nunca mais voltou à Dinamarca.
 d) O diabo cumpriu à tarefa. 
 e) A divulgação dessa lenda é atribuída à Georges Dumézil.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/373805
Questão 606: CESGRANRIO - Trad ILS (UNIRIO)/UNIRIO/2016
Assunto: Crase
Texto II
Quando eu for bem velhinho — continuação 1
Era um menino quando meu coração gravou essa música. Hoje, neste carnaval que acabou de passar pela minha calçada, eu, velhinho, apenas vi o bloco passar. Algo me
diz que cada um de nós pertence a muitos blocos. Uns nos são impostos; outros, como os de carnaval, são escolhidos. Dirse- ia que os blocos impostos são opressivos e
obrigatórios — como a casa, os irmãos, a escola e até mesmo o país, a etnia e o gênero; ao passo que os escolhidos, como o bloco de carnaval figurado nesta música,
são marcados por liberdade. Há uma verdade nisso, mas há também a ilusão que o carnaval brasileiro representa muito bem. É que o escolhido e o obrigatório também
se confundem, pois muito do que é “escolhido” é determinado por um “obrigatório” vivido com mais ou menos intensidade. Há quem transforme escolha em obrigação e
quem faça o justo oposto, diz o meu lado cinzento como esta quarta-feira, outrora santificada — hoje parte de um longo e fantasioso feriado.
DAMATTA, R. O Globo, Rio de Janeiro, 10 fev. 2016. Primeiro Caderno, p. 13. Adaptado.
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24626246/imprimir 4/105
 
 
A regência verbal de pertencer, usado no Texto II, exige a preposição a e, por isso, ele pode estar seguido de um complemento que exija o emprego do acento
indicativo de crase.
Esse acento deve ser empregado no seguinte contexto em que figura esse verbo: 
 a) O futuro pertence a Deus. 
 b) A felicidade pertence a mim. 
 c) As sereias pertencem a imaginação. 
 d) As Olimpíadas pertencem a esta cidade. 
 e) Estas rodovias pertencem a Curitiba.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/373785
Questão 607: CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2015
Assunto: Crase
Texto I
Agricultura familiar
O que é agricultura familiar?
A agricultura familiar consiste em uma forma de organização social, cultural, econômica e ambiental, na qual são trabalhadas atividades agropecuárias e não
agropecuárias de base familiar, desenvolvidas em estabelecimento rural ou em áreas comunitárias próximas, gerenciadas por uma família com predominância de mão de
obra familiar e apresenta papel relevante para o desenvolvimento do País.
Por que a agricultura familiar é importante?
A agricultura familiar apresenta importante função para garantir a segurança alimentar; preserva os alimentos tradicionais, além de contribuir para uma alimentação
balanceada, para a proteção da agrobiodiversidade e para o uso sustentável dos recursos naturais.
No cenário nacional, a agricultura familiar responde por 38% do valor bruto da produção agropecuária e é responsável por mais de 70% dos alimentos que chegam à
mesa dos brasileiros.
Considerando-se o número de estabelecimentos rurais, a agricultura familiar consegue empregar três vezes mais do que a agricultura não familiar.
Disponível em: <http://www.bancoamazonia.com.
br/index.php/ agriculturaa-familiar>. Acesso em: 29 jul. 2015. Adaptado.
 
O emprego do sinal indicativo de crase está adequado à norma-padrão na seguinte frase: 
 a) Os agricultores são expostos à riscos de várias naturezas. 
 b) Faz-se referência à uma porcentagem de alimentos advindos da agricultura. 
 c) A agricultura sustentável evita danos nocivos à saúde. 
 d) A agricultura familiar visa à fixar o homem no campo. 
 e) A agricultura familiar proporciona à famílias uma cesta de produtos.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/301298
Questão 608: CESGRANRIO - Esc BB/BB/"Sem Área"/2015
Assunto: Crase
Moeda digital deve revolucionar a sociedade
Nas sociedades primitivas, a produção de bens era limitada e feita por famílias que trocavam seus produtos de subsistência através do escambo, organizado em locais
públicos, decorrendo daí a origem do termo “pregão” da Bolsa. Com o passar do tempo, especialmente na antiguidade, época em que os povos já dominavam a
navegação, o comércio internacional se modernizou e engendrou a criação de moedas, com o intuito de facilitar a circulação de mercadorias, que tinham como lastro elas
mesmas, geralmente alcunhadas em ouro, prata ou bronze, metais preciosos desde sempre.
A Revolução Industrial ocorrida inicialmente na Inglaterra e na Holanda, por volta de 1750, viria a criar uma quantidade de riqueza acumulada tão grande que
transformaria o próprio dinheiro em mercadoria. Nascia o mercado financeiro em Amsterdã, que depois se espalharia por toda a Europa e pelo mundo. A grande inovação
na época foi o mecanismo de compensação nos pagamentos, mais seguro e prático, no qual um banco emitia uma ordem de pagamento para outro em favor de
determinada pessoa e esta poderia sacá-la sem que uma quantidade enorme de dinheiro ou ouro tivesse de ser transportada entre continentes. Essa ordem de
pagamento, hoje reconhecida no mundo financeiro como “título cambial”, tem como instrumento maisconhecido o cheque, “neto” da letra de câmbio, amplamente usada
pela burguesia em transações financeiras na alta idade média. A teoria nos ensina que são três as suas principais características: a cartularidade, a autonomia e a
abstração.
 
Ora, o que isso tem a ver com bitcoins? Foi necessária essa pequena exegese para refletirmos que não importa a forma como a sociedade queira se organizar, ela é
sempre motivada por um fenômeno humano. Como nos ensina Platão, a necessidade é a mãe das invenções. Considerando o dinamismo da evolução da sociedade da
informação, inicialmente revolucionada pela invenção do códex e da imprensa nos idos de 1450, que possibilitou na Idade Média o armazenamento e a circulação de
grandes volumes de informação, e, recentemente, o fenômeno da internet, que eliminou distâncias e barreiras culturais, transformando o mundo em uma aldeia global,
seria impossível que o próprio mundo virtual não desenvolvesse sua moeda, não somente por questão financeira, mas sobretudo para afirmação de sua identidade
cultural.
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24626246/imprimir 5/105
 
Criada por um “personagem virtual”, cuja identidade no mundo real é motivo de grande especulação, a bitcoin, resumidamente, é uma moeda virtual que pode ser
utilizada na aquisição de produtos e serviços dos mais diversos no mundo virtual. Trata-se de um título cambial digital, sem emissor, sem cártula, e, portanto, sem lastro,
uma aberração no mundo financeiro, que, não obstante isso, tem valor.
 
No entanto, ao que tudo indica, essa questão do lastro está prestes a ser resolvida. Explico. Grandes corporações começam a acenar com a possibilidade de aceitar
bitcoins na compra de serviços. Se a indústria pesada da tecnologia realmente adotar políticas reconhecendo e incluindo bitcoins como moeda válida, estará dado o
primeiro passo para a criação de um mercado financeiro global de bitcoins. Esse assunto é de alta relevância para a sociedade como um todo e poderá abrir as portas
para novos serviços nas estruturas que se formarão não somente no mercado financeiro, em todas as suas facetas — refiro-me à Bolsa de Valores, inclusive, bem como
em novos campos do direito e na atividade estatal de regulação dessa nova moeda.
 
Certamente a consolidação dos bitcoins não revogaráas outras modalidades de circulação de riqueza criadas ao longo da história, posto que ainda é possível trocar
mercadorias, emitir letras de câmbio, transacionar com moedas e outros títulos. Ao longo do tempo aprendemos também que os instrumentos se renovaram e se
tornaram mais sofisticados, fato que constitui um desafio para o mundo do direito.
 
AVANZI, Dane. UOL TV Todo Dia. Disponível em: <http://portal.tododia.uol.com.br/_conteudo/2015/03/opiniao/65848-moeda-digital-deve-revolucionar-a-sociedade.php>. Acesso em: 09 ago. 2015.
Adaptado.
 
O sinal indicativo da crase é obrigatório, de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, na palavra destacada em: 
 a) O atendimento a necessidades de imediatismo da sociedade justifica o crescimento das formas de pagamentos digitais. 
 b) Os sistemas baseados em pagamentos móveis têm chamado a atenção pela sua propagação em todo o mundo. 
 c) A opção pelas moedas digitais está vinculada a possibilidade de diminuir as operações financeiras com a utilização do papel-moeda. 
 d) Algumas tendências observadas no comportamento do consumidor e nas tecnologias devem influenciar a infraestrutura dos bancos. 
 e) Os clientes tradicionais dos bancos já se acostumaram a utilizar suas agências para efetuar suas atividades de negócio.
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Questão 609: CESGRANRIO - Tec (BR)/BR/Química Júnior/2015
Assunto: Crase
A pátria de chuteiras
O estilo de jogo e as celebrações dos torcedores são publicamente reconhecidos no Brasil como traços nacionais. Em um plano, temos o tão celebrado “futebol-arte”
glorificado como a forma genuína de nosso suposto estilo de jogo, e o entusiasmo e os diversos modos de torcer como características típicas de ser brasileiro. Mas, no
plano organizacional, não enaltecemos determinados aspectos, uma vez que eles falam de algo indesejado na resolução de obstáculos da vida cotidiana. Nesse sentido,
tais traços do famoso “jeitinho” brasileiro não são considerados como representativos do Brasil que idealizamos.
Repetido diversas vezes e vendido para o exterior como uma das imagens que melhor retrata o nosso país, o epíteto “Brasil: país do futebol” merece uma investigação
mais cuidadosa. Essa ideia foi uma “construção” histórica que teve um papel importante na formação da nossa identidade. Internamente a utilizamos, quase sempre, com
um viés positivo, como uma maneira de nos sentirmos membros de uma nação singular, mais alegre.
Não negamos a sua força nem sua eficácia simbólica, mas começamos a questionar o papel dessa representação na virada do século, bem como a atual intensidade de
seu impacto no cotidiano brasileiro. Se a paixão pelo futebol é um fenômeno que ocorre em diversos países do mundo, o que nos diferencia seria a forma como nos
utilizamos dele para construirmos nossa identidade e conquistas em competições internacionais? Observemos, no entanto, que ser um aficionado não significa
necessariamente se valer do futebol como metáfora do país.
A Copa do Mundo possui uma estrutura narrativa que estimula os nacionalismos. O encanto da competição encontra-se justamente no fato de “fingirmos” acreditar que
as nações estão representadas por 11 jogadores. O futebol não é a nação, mas a crença de que ele o é move as paixões durante um Mundial. Mas, ao compararmos a
situação atual com a carga emocional de 1950 e 1970, especulamos sobre a possibilidade de estarmos assistindo a um declínio do interesse pelo futebol como emblema
da nação.
O jogador que veste a camisa nacional também representa clubes da Europa, além de empresas multinacionais. As marcas empresariais estão amalgamadas com o
fenômeno esportivo. As camisas e os produtos associados a ele são vendidos em todas as partes do mundo. Esse processo de desterritorialização do ídolo e do futebol
cria um novo processo de identidade cultural. Ao se enaltecer o futebol como um produto a ser consumido em um mercado de entretenimento cada vez mais
diversificado, sem um projeto que o articule a instâncias mais inclusivas, o que se consegue é esgarçar cada vez mais o vínculo estabelecido em décadas passadas.
 
Se o futebol foi um dos fatores primordiais de integração nacional, sendo a seleção motivo de orgulho e identificação para os brasileiros, qual seria o seu papel no século
21? Continuar resgatando sentimentos nacionalistas por meio das atuações da seleção ou estimulá-los despertando a população para um olhar mais crítico sobre o papel
desse esporte na vida do país?
HELAL, R. Ciência Hoje, n. 314. Rio de Janeiro: SBPC e Instituto Ciência Hoje. Maio de 2014. p. 18-23. Adaptado.
 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego do sinal indicativo da crase só é possível em: 
 a) O alto preço dos ingressos levou a redução do público em alguns estádios brasileiros. 
 b) A maior parte dos jogadores brasileiros está disposta a deixar o país para jogar na Europa. 
 c) Em época de Copa do Mundo, há um esforço crescente dos países para conquistar a taça. 
 d) O futebol emociona tanto a população que os produtos ligados a ele têm alta vendagem. 
 e) A imprensa começa a criticar o excessivo endeusamento dos nossos jogadores de futebol.
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Questão 610: CESGRANRIO - Esc BB/BB/"Sem Área"/2015
Assunto: Crase
Cartilha orienta consumidor
Lançada pelo SindilojasRio e pelo CDL-Rio, 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24626246/imprimir6/105
em parceria com o Procon-RJ, guia destaca os principais 
pontos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), 
selecionados a partir das dúvidas e reclamações mais 
comuns recebidas pelas duas entidades
O Sindicato de Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) lançaram ontem uma cartilha para
orientar lojistas e consumidores sobre seus direitos e deveres. Com o objetivo de dar mais transparência e melhorar as relações de consumo, a cartilha tem apoio
também da Secretaria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Seprocon)/ Procon-RJ.
Batizada de Boas Vendas, Boas Compras! – Guia prático de direitos e deveres para lojistas e consumidores, a publicação destaca os principais pontos do Código de Defesa
do Consumidor (CDC), selecionados a partir das dúvidas e reclamações mais comuns recebidas, tanto pelo SindilojasRio e CDL-Rio, como pelo Procon-RJ.
“A partir da conscientização de consumidores e lojistas sobre seus direitos e deveres, queremos contribuir para o crescimento sustentável das empresas, tendo como base
a ética, a qualidade dos produtos e a boa prestação de serviços ao consumidor”, explicou o presidente do SindilojasRio e do CDL-Rio, Aldo Gonçalves.
Gonçalves destacou que as duas entidades estão comprometidas em promover mudanças que propiciem o avanço das relações de consumo, além do desenvolvimento do
varejo carioca.
“O consumidor é o nosso foco. É importante informá-lo dos seus direitos”, disse o empresário, ressaltando que conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas
também para seus fornecedores.
Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. 08 abr. 2014, A-9. Adaptado.
 
De acordo com a norma-padrão, se fosse acrescentado ao trecho “disse o empresário” um complemento informando a quem ele deu a declaração, seria empregado o
acento indicativo de crase no seguinte caso:
 a) a imprensa especializada 
 b) a todos os presentes 
 c) a apenas uma parte dos convidados 
 d) a suas duas assessoras de imprensa 
 e) a duas de suas secretárias
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Questão 611: CESGRANRIO - Tec (PETRO)/PETROBRAS/Exploração de Petróleo Júnior/Geodésia/2014
Assunto: Crase
Não é meu
(...)
Quando Trotsky caiu em desgraça na União Soviética, sua imagem foi literalmente apagada de fotografias dos líderes da revolução, dando início a uma transformação
também revolucionária do conceito de fotografia: além de tirar o retrato de alguém, tornou-se possível tirar alguém do retrato.
A técnica usada para eliminar o Trotsky das fotos foi quase tão grosseira — comparada com o que se faz hoje — quanto a técnica usada para eliminar o Trotsky em
pessoa (um picaretaço, a mando do Stalin).
 
Hoje não só se apagam como se acrescentam pessoas ou se alteram suas feições, sua idade e sua quantidade de cabelo e de roupa, em qualquer imagem gravada.
A frase “prova fotográfica” foi desmoralizada para sempre, agora que você pode provar qualquer coisa fotograficamente.
Existe até uma técnica para retocar a imagem em movimento, e atrizes preocupadas com suas rugas ou manchas não precisam mais carregar na maquiagem
convencional — sua maquiagem é feita eletronicamente, no ar.
Nossas atrizes rejuvenescem a olhos vistos a cada nova novela (...).O fotoxópi é um revisor da Natureza. Lembro quando não existia fotoxópi e recorriam à pistola, um
borrifador à pressão de tinta, para retocar as imagens.
Se a prova fotográfica não vale mais nada nestes novos tempos inconfiáveis, a assinatura muito menos.
Textos assinados pela Martha Medeiros, pelo Jabor, por mim e por outros, e até pelo Jorge Luís Borges, que nenhum de nós escreveu — a não ser que o Borges esteja
mandando matérias da sua biblioteca sideral sem que a gente saiba —, rolam na internet, e não se pode fazer nada a respeito a não ser negar a autoria — ou aceitar os
elogios, se for o caso.
Agora mesmo está circulando um texto atacando o “Big Brother Brasil”, com a minha assinatura, que não é meu. Isso tem se repetido tanto que já começo a me olhar no
espelho todas as manhãs com alguma desconfiança. Esse cara sou eu mesmo? E se eu estiver fazendo a barba e escovando os dentes de um impostor, de um eu
apócrifo? E — meu Deus — se esta crônica não for minha e sim dele?!
VERISSIMO, L. F. Não é meu. Disponível em: <http:// oglobo.globo.com/pais
/noblat/posts/2011/01/30/ nao-meu-359850.asp>. Acesso em: 1 set. 2012. Adaptado.
 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24626246/imprimir 7/105
Considere a ocorrência de um caso de crase na seguinte passagem do texto:
“quando não existia fotoxópi e recorriam à pistola” ( l. 11-12)
No exemplo acima, ocorre crase em virtude da presença da preposição a, que aparece, nessa estrutura, porque 
 a) é exigida pelo verbo. 
 b) integra locução adverbial. 
 c) introduz complemento nominal. 
 d) compõe locução prepositiva. 
 e) precede nome biforme.
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Questão 612: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014
Assunto: Crase
O que é mobilidade urbana sustentável
Mobilidade é o grande desafio das cidades contemporâneas, em todas as partes do mundo. A opção pelo automóvel – que parecia ser a resposta eficiente do século 20 à
necessidade de circulação – levou à paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica e de
ocupação do espaço público.
 
É preciso que se difundam boas práticas de transportes coletivos integrados que melhorem a qualidade dos ambientes urbanos. Mobilidade urbana sustentável, em outras
palavras. Esse conceito envolve a implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens e bondes modernos (VLTs), ônibus “limpos”, com integração a ciclovias,
esteiras rolantes, elevadores de grande capacidade. E soluções inovadoras, como os teleféricos de Medellín (Colômbia), ou sistemas de bicicletas públicas, como os
implantados em Copenhague, Paris, Barcelona, Bogotá, Boston e várias outras cidades mundiais.
 
Por fim, a mobilidade urbana também demanda calçadas confortáveis, niveladas, sem buracos e obstáculos, porque um terço das viagens realizadas nas cidades
brasileiras é feita a pé ou em cadeiras de rodas. Somente a requalificação dos transportes públicos poderá reduzir o ronco dos motores e permitir que as ruas deixem de
ser “vias” de passagem e voltem a ser locais de convivência.
Disponível em:<http://www.mobilize.org.br/sobre-o-portal/mobilidade-urbana-sustentavel/>. Portal Mobilize Brasil. Associação Abaporu. Acesso em: 27 dez. 2013. Adaptado.
 
No trecho do Texto “A opção pelo automóvel [...] levou à paralisia do trânsito”, o sinal indicativo da crase foi utilizado obrigatoriamente, de acordo com os preceitos da
norma-padrão da Língua Portuguesa, assim como deve ser empregado em 
 a) A Confederação Nacional da Indústria defende a criação de um fundo de desenvolvimento para as cidades resolverem os problemas do trânsito. 
 b) A maior parte da população, na atualidade, está disposta a usar meios de transporte que não poluam. 
 c) A perda de tempo no deslocamento entre o trabalho e a casa estimulou as empresas a adotarem alternativas para os empregados. 
 d) A motivação principal para a redução da perda de tempo nas empresas é a questão da mobilidade urbana. 
 e) A opção pelo trabalho tradicional das pequenas indústrias deve-se a mentalidade dos proprietários das empresas.
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Questão 613: CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2014
Assunto: Crase
A negação do meio ambiente
O século 20 conseguiu consolidar o apartheid entre a humanidade e as dinâmicas próprias dos ecossistemas e da biosfera. Até o final do século 19, quando nasceu meu
avô, a vida na Terra, em qualquer que fosse o país,tinha estreitos laços com os produtos e serviços da natureza. O homem dependia de animais para a maior parte do
trabalho, para locomoção e mal começava a dominar máquinas capazes de produzir força ou velocidade. Na maioria das casas, o clima era regulado ao abrir e fechar as
janelas e, quando muito, acender lareiras, onde madeira era queimada para produzir calor.
Cem anos depois, a vida é completamente dominada pela tecnologia, pela mecânica, pela química e pela eletrônica, além de todas as outras ciências que tiveram um
exponencial salto desde o final do século 19. Na maior parte dos escritórios das empresas que dominam a economia global, a temperatura é mantida estável por
equipamentos de ar-condicionado, as comunicações são feitas através de telefones sem fio e satélites posicionados a milhares de quilômetros em órbita, as dores de
cabeça são tratadas com comprimidos, e as comidas vêm em embalagens com códigos de barra.
Não se trata aqui de fazer uma negação dos benefícios do progresso científico, que claramente ajudou a melhorar a qualidade de vida de bilhões de pessoas, e também
deixou à margem outros bilhões, mas de fazer uma reflexão sobre o quanto de tecnologia é realmente necessário e o que se pode e o que não se pode resolver a partir
da engenharia. As distâncias foram encurtadas e hoje é possível ir a qualquer parte do mundo em questão de horas, e isso é fantástico. No entanto, nas cidades, as
distâncias não se medem mais em quilômetros, mas sim em horas de trânsito. E isso se mostra um entrave para a qualidade de vida.
Há certo romantismo em pensar na vida em comunhão com a natureza, na qual as pessoas dedicam algum tempo para o contato com plantas, animais e ambientes
naturais. Eu pessoalmente gosto e faço caminhadas regulares em praias e trilhas. Mas não é disso que se trata quando falo na ruptura entre a engenharia humana e as
dinâmicas naturais. Há uma crença que está se generalizando de que a ciência, a engenharia e a tecnologia são capazes de resolver qualquer problema ambiental que
surja. E esse é um engano que pode ser, em muitos casos, crítico para a manutenção do atual modelo econômico e cultural das economias centrais e, principalmente,
dos países que agora consideramos “emergentes”.
 
Alguns exemplos de que choques entre a dinâmica natural e o engenho humano estão deixando fraturas expostas. A região metropolitana de São Paulo está enfrentando
uma das maiores crises de abastecimento de água de sua história. As nascentes e áreas de preservação que deveriam proteger a água da cidade foram desmatadas e
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24626246/imprimir 8/105
ocupadas, no entanto a mídia e as autoridades em geral apontam a necessidade de mais obras de infraestrutura para garantir o abastecimento, como se a produção de
água pelo ecossistema não tivesse nenhum papel a desempenhar.
No caso da energia também existe uma demanda incessante por mais eletricidade, mais combustíveis e mais consumo. Isso exige o aumento incessante da exploração de
recursos naturais e não renováveis. Pouco ou nada se fala na elaboração de programas generalizados de eficiência energética, de modo a economizar energia sem
comprometer a qualidade de vida nas cidades.
Todos esses dilemas, porém, parecem alheios ao cotidiano das grandes cidades. A desconexão vai além da simples percepção, nas cidades as pessoas se recusam a
mudar comportamentos negligentes como o descarte inadequado de resíduos ou desperdícios de água e energia. Há muito a mudar.
Pessoas, empresas, governos e organizações sociais são os principais atores de transformação, mudanças desejáveis e possíveis, mas que precisam de uma reflexão de
cada um sobre o papel do meio ambiente na vida moderna.
DAL MARCONDES, (Adalberto Marcondes). A negação do meio ambiente. Disponível em:
<http://www.cartacapital.com.br /sustentabilidade/ a-negacao-do-meio-ambiente-9277.html>. Acesso em: 02 jul. 2014. Adaptado.
 
No trecho “parecem alheios ao cotidiano das grandes cidades.” ( l.29), o elemento em destaque deverá ser substituído por à, se a palavra cotidiano for substituída
pela seguinte expressão: 
 a) uma rotina 
 b) hábito algum 
 c) intensa rapidez 
 d) qualquer prática 
 e) políticas esperadas
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Questão 614: CESGRANRIO - Ass Adm (EPE)/EPE/Apoio Administrativo/2014
Assunto: Crase
Coração e mente de uma cidade
Toda grande cidade cultiva, entre seus prédios, ruas e muros, uma soma de aspirações e opiniões sobre a sua própria forma de se organizar. Embora muitas vezes
imperceptíveis, elas apontam tendências do que serão os grandes centros no futuro.
Para debater a dinâmica dos espaços urbanos, um projeto mergulhou dois anos no cotidiano das metrópoles Nova York, Berlim e Mumbai. Explorou a forma como lidam
com sua arquitetura, arte, design, tecnologia, educação, sustentabilidade e disposição urbana. Dessa experiência, extraiu-se um raio X de uma cidade, uma lista de cem
tendências e pensamentos, cuja conclusão é de que cada vez mais a população fará a diferença no futuro. São os próprios moradores que promoverão mudanças — e,
para isso, precisam de canais mais diretos para interferirem nas decisões. Chamada de 100 trending topics, a lista traz tendências que podem soar utópicas ou abstratas,
mas há também exemplos concretos, que já começam a se impor nas ligações entre população e governos.
Nesse contexto, surge o conceito de “hackear” a cidade, transformar seu sistema por meio de ações informais dos cidadãos. O modelo seria uma contraposição às ditas
“cidades inteligentes”, em que máquinas tomariam conta de todos os ambientes. Seria sim um urbanismo de “código aberto”, ou seja, em que qualquer um pode
interferir, de forma constante, para mudar a estrutura da cidade.
Para atingir esse objetivo, cada vez mais o design passa a ser pensado como uma ferramenta que promove a inclusão. Em uma população diversificada como a do mundo
de hoje, as cidades precisam garantir que ambientes e serviços permaneçam igualmente acessíveis a todos, independentemente da idade, cultura ou condição social.
Outra ideia é o “departamento de escuta”, instituição utópica que tornaria o ato de reclamar muito mais prático e menos penoso: o governo ouviria nossos anseios com
sinceridade e atenção. No lugar de um atendente estilo telemarketing, que, apenas com um script em mãos, muitas vezes nos frustra, estaria alguém preparado para nos
responder no ato, sem parecer seguir um protocolo.
Essas iniciativas demonstram que uma democracia pode ir muito além de um sistema eleitoral tradicional. É o que diversos grupos e associações no mundo inteiro têm
tentado colocar em prática, estendendo as decisões da cidade a uma série de outras dimensões sociais. A ideia é fazer com que todos os ambientes de nossas vidas
funcionem de forma democrática: trabalho, educação, serviços públicos e outros. A sociedade precisa escolher qual linha de metrô ela quer, qual praça precisa receber
mais atenção, quais investimentos devem ser prioritários. E esse processo se dá com novos fóruns locais, que estabeleçam canais de negociação com os moradores e as
associações comerciais.
Para intensificar a democracia participativa na cidade, deve-se apostar na disseminação da informação, com dados menos gerais. Os indicadores precisam contemplar as
diferentes realidades das comunidades, que poderiam ser vistas como microcidades. Também há necessidade de mais e melhores espaços e fóruns de discussão sobre as
políticas públicas. E o mundo digital trouxe novas ferramentas para medir a informação produzida pelas cidades e transformá-la em fatos, figuras e visualizações. A
quantidade de dados coletados entre os primórdios da humanidade e 2003 equivale, atualmente, ao que se coleta a cada dois dias. Mas o volume maciço de dados por si
só não torna uma cidade mais inteligente. É preciso criar mecanismoscapazes de filtrar esta riqueza de informação e torná-la acessível a todos. Com estimativas mais
precisas e transparentes, há mais espaço para ações independentes. O desafio é integrar o fluxo de informação através de plataformas digitais abertas em que o cidadão
possa inserir, pesquisar dados e cruzar informações que o ajudem a resolver problemas do cotidiano. Investigar a inteligência social das multidões é reconhecer suas
individualidades para além de números e traduzir anseios em serviços. Assim, a webcidadania ganha força no mundo através de petições on-line, financiamentos
colaborativos ou plataformas para acompanhar gastos públicos.
TORRES, B. Jornal O Globo, Caderno Amanhã, p. 12-19. 12 nov. 2013. Adaptado.
 
No trecho “O modelo seria uma contraposição às ditas ‘cidades inteligentes’” ( l.9-10), o sinal indicativo da crase deve ser empregado obrigatoriamente, de acordo com
as exigências da norma-padrão da Língua Portuguesa, assim como em: 
 a) A acessibilidade de locomoção a todas as pessoas que participam da vida da cidade deve ser garantida. 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24626246/imprimir 9/105
 b) A disseminação da informação a quem dela precisar é garantia da gestão democrática de uma nação. 
 c) O atendimento a anseios dos cidadãos é uma das tendências principais das grandes cidades do futuro. 
 d) O fluxo de informação deve permitir que os cidadãos realizem pesquisas de informações relevantes a vida diária. 
 e) Os políticos devem ser instigados a ouvir os desejos e aspirações dos moradores para tomar suas decisões.
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Questão 615: CESGRANRIO - AET (BB)/BB/2014
Assunto: Crase
Um pouco distraído
Ando um pouco distraído, ultimamente. Alguns amigos mais velhos sorriem, complacentes, e dizem que é isso mesmo, costuma acontecer com a idade, não é distração: é
memória fraca mesmo, insuficiência de fosfato.
O diabo é que me lembro cada vez mais de coisas que deveria esquecer: dados inúteis, nomes sem significado, frases idiotas, circunstâncias ridículas, detalhes sem
importância. Em compensação, troco o nome das pessoas, confundo fisionomias, ignoro conhecidos, cumprimento desafetos. Nunca sei onde largo objetos de uso e cada
saída minha de casa representa meia hora de atraso em aflitiva procura: quede minhas chaves? meus cigarros? meu isqueiro? minha caneta?
Estou convencido de que tais objetos, embora inanimados, têm um pacto secreto com o demônio, para me atormentar: eles se escondem.
Recentemente, descobri a maneira infalível de derrotá-los. Ainda há pouco quis acender um cigarro, dei por falta do isqueiro. Em vez de procurá-lo freneticamente, como
já fiz tantas vezes, abrindo e fechando gavetas, revirando a casa feito doido, para acabar plantado no meio da sala apalpando os bolsos vazios como um tarado, levantei-
me com naturalidade sem olhar para lugar nenhum e fui olimpicamente à cozinha apanhar uma caixa de fósforos.
Ao voltar — eu sabia! — dei com o bichinho ali mesmo, na ponta da mesa, bem diante do meu nariz, a olhar-me desapontado. Tenho a certeza de que ele saiu de seu
esconderijo para me espiar.
Até agora estou vencendo: quando eles se escondem, saio de casa sem chaves e bato na porta ao voltar; compro outro maço de cigarros na esquina, uma nova caneta,
mais um par de óculos escuros; e não telefono para ninguém até que minha caderneta resolva aparecer. É uma guerra sem tréguas, mas hei de sair vitorioso. [...]
Alarmado, confidenciei a um amigo este e outros pequenos lapsos que me têm ocorrido, mas ele me consolou de pronto, contando as distrações de um tio seu, perto do
qual não passo de um mero principiante.
Trata-se de um desses que põem o guarda-chuva na cama e se dependuram no cabide, como manda a anedota. Já saiu à rua com o chapéu da esposa na cabeça. Já
cumprimentou o trocador do ônibus quando este lhe estendeu a mão para cobrar a passagem. Já deu parabéns à viúva na hora do velório do marido. Certa noite,
recebendo em sua casa uma visita de cerimônia, despertou de um rápido cochilo 
e se ergueu logo, dizendo para sua mulher: “Vamos, meu bem, que já está ficando tarde.” [...]
Contou-me ainda o sobrinho do monstro que sair com um sapato diferente em cada pé, tomar ônibus errado, esquecer dinheiro em casa, são coisas que ele faz quase
todos os dias. Já lhe aconteceu tanto se esquecer de almoçar como almoçar duas vezes. Outro dia arranjou para o sobrinho um emprego num escritório de advocacia,
para que fosse praticando, enquanto estudante.
— Você sabe — me conta o sobrinho: — O que eu estudo é medicina...
Não, eu não sabia: para dizer a verdade, só agora o estava identificando. Mas não passei recibo — faz parte da minha nova estratégia, para não acabar como o tio dele:
dar o dito por não dito, não falar mais no assunto, acender um cigarro. É o que farei agora. Isto é, se achar o cigarro.
SABINO, F. Deixa o Alfredo Falar. Rio de Janeiro: Record, 1976.
 
Os trechos à esquerda foram retirados do texto, e as expressões em destaque foram substituídas por outras no feminino.
O trecho em cuja reescritura o sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão é: 
 a) “dei com o bichinho ali mesmo” – dei com à boneca ali mesmo 
 b) “confidenciei a um amigo” – confidenciei à amiga 
 c) “põem o guarda-chuva na cama” – põem à colcha na cama 
 d) “Contou-me ainda o sobrinho do monstro” – Contou-me ainda à sobrinha do monstro 
 e) “se achar o cigarro.” – se achar à cigarrilha
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Questão 616: CESGRANRIO - Tec (BR)/BR/Administração e Controle Júnior/2013
Assunto: Crase
Morar só por prazer
 
O número de residências habitadas por uma única pessoa está aumentando velozmente no Brasil e no mundo. Morar sozinho é um luxo que tem pouco a ver com solidão
e segue uma tendência generalizada em países desenvolvidos. Cada vez mais gente batalha para conquistar o seu espaço individual.
 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24626246/imprimir 10/105
Há quem diga que é coisa de eremita ou então puro egoísmo, típico da “era moderna”. Chega-se até a falar na “ruína da família” e no “fim do convívio em comunidade”.
Entretanto, o crescimento no número de casas habitadas por uma só pessoa, no Brasil e no mundo, não significa necessariamente isso.
 
O antropólogo carioca Gilberto Velho, estudioso dos fenômenos urbanos, faz questão de enfatizar que a cultura que desponta não é marcada pelo egoísmo, mas sim pelo
individualismo. Embora os dois conceitos muitas vezes se confundam no linguajar informal, e até nos dicionários, para a filosofia, o egoísmo é um julgamento de valor e o
individualismo, uma doutrina baseada no indivíduo.
 
De acordo com a psicanalista Junia de Vilhena, ter uma casa só para si é criar um espaço de individualidade, o que é muito saudável para o crescimento pessoal de cada
um, seja homem, seja mulher, jovem ou adulto, solteiro, casado ou viúvo. “Em muitas famílias não há espaço para o indivíduo. O sistema familiar pode abafar e sufocar.
Não dá mais para idealizar o conceito de família. Acredito que o aumento dos lares unipessoais nos propõe uma reflexão: que tipo de família queremos construir?”
 
Junia lembra que nem sempre uma casa com dois ou vários moradores é um espaço de troca. Ser sociável, ou não, depende do jeito de ser das pessoas. Morar sozinho
não define isso, embora possa reforçar características dos tímidos. Para os expansivos, ter um ambiente próprio de recolhimento propicia a tranquilidade que lhes permite
recarregar as energias para viver o ritmo acelerado das grandes cidades.
 
MESQUITA, Renata. Revista Planeta, ed. 477. São Paulo: Editora Três, junho de 2012. Adaptado.
 
O sinal indicativo de crase é obrigatóriona palavra destacada em: 
 a) A maior parte dos jovens está disposta a se casar ao encontrar a pessoa certa. 
 b) A opção por apartamentos unipessoais levou a redução do preço dos imóveis. 
 c) O uso intensivo de redes sociais diminui a distância física entre as pessoas. 
 d) Os jovens recém-formados têm expressado a vontade de morar sozinhos. 
 e) Hoje há um movimento mundial crescente para conquistar a eterna juventude.
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Questão 617: CESGRANRIO - Tec Adm (BNDES)/BNDES/2013
Assunto: Crase
Ciência do esporte – sangue, suor e análises
Na luta para melhorar a performance dos atletas […], o Comitê Olímpico Brasileiro tem, há dois anos, um departamento exclusivamente voltado para a Ciência do
Esporte. De estudos sobre a fadiga à compra de materiais para atletas de ponta, a chave do êxito é uma só: o detalhamento personalizado das necessidades.
Talento é fundamental. Suor e entrega, nem se fala. Mas o caminho para o ouro olímpico nos dias atuais passa por conceitos bem mais profundos. Sem distinção entre
gênios da espécie e reles mortais, a máquina humana só atinge o máximo do potencial se suas características individuais forem minuciosamente estudadas. Num universo
olímpico em que muitas vezes um milésimo de segundo pode separar glória e fracasso, entra em campo a Ciência do Esporte. Porque grandes campeões também são
moldados através de análises laboratoriais, projetos acadêmicos e modernos programas de computador.
A importância dos estudos científicos cresceu de tal forma que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) há dois anos criou um departamento exclusivamente dedicado ao tema.
[...]
— Nós trabalhamos para potencializar as chances de resultados. O que se define como Ciência do Esporte é na verdade uma quantidade ampla de informações que são
trazidas para que técnico e atleta possam utilizá-las da melhor maneira possível. Mas o líder será sempre o treinador. Ele decide o que é melhor para o atleta — ressalta o
responsável pela gerência de desenvolvimento e projetos especiais, que cuida da área de Ciência do Esporte no COB, Jorge Bichara.
A gerência também abrange a coordenação médica do comitê. Segundo Bichara, a área de Ciência do Esporte está dividida em sete setores: fisiologia, bioquímica,
nutrição, psicologia, meteorologia, treinamento esportivo e vídeo análise.
 
Reposição individualizada
 
Na prática, o atleta de alto rendimento pode dispor desde novos equipamentos, que o deixem em igualdade de condições de treino com seus principais concorrentes, até
dados fisiológicos que indicam o tipo de reposição ideal a ser feita após a disputa.
 
— No futebol feminino, já temos o perfil de desgaste de cada atleta e pudemos desenvolver técnicas individuais de recuperação. Algumas precisam beber mais água,
outras precisam de isotônico — explica Sidney Cavalcante, supervisor de Ciência do Esporte do comitê. […]
 
As Olimpíadas não são laboratório para testes. É preciso que todas as inovações, independentemente da modalidade, estejam testadas e catalogadas com antecedência.
Bichara afirma que o trabalho da área de Ciências do Esporte nos Jogos pode ser resumida em um único conceito:
 
— Recuperação. Essa é a palavra-chave. […]
 
CUNHA, Ary; BERTOLDO, Sanny. Ciência do esporte – sangue, suor e análises. O Globo, Rio de Janeiro, 25 maio 2012.
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O Globo Olimpíadas - Ciência a serviço do esporte, p. 6.
 
A frase em que o sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão é: 
 a) As determinações do comitê destina-se àqueles atletas indicados. 
 b) Ele se apoderou à bola e saiu correndo. 
 c) Ele ajuntou-se à um conjunto de mulheres inteligentes. 
 d) Este fato é comum à todo campeonato mundial. 
 e) Tenho todas essas contas à pagar.
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Questão 618: CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/Administrativa/2012
Assunto: Crase
Games: bons para a terceira idade
 
Jogar games de computador pode fazer bem à saúde dos idosos. Foi o que concluiu uma pesquisa do laboratório Gains Through Gaming (Ganhos através de jogos, numa
tradução livre), na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA.
 
Os cientistas do laboratório reuniram um grupo de 39 pessoas entre 60 e 77 anos e testaram funções cognitivas de todos os integrantes, como percepção espacial,
memória e capacidade de concentração. Uma parte dos idosos, então, levou para casa o RPG on-line “World of Warcraft”, um dos títulos mais populares do gênero no
mundo, produzido pela Blizzard, e com 10,3 milhões de usuários na internet. Eles jogaram o game por aproximadamente 14 horas ao longo de duas semanas (em média,
uma hora por dia). Outros idosos, escolhidos pelos pesquisadores para integrar o grupo de controle do estudo, foram para casa, mas não jogaram nenhum videogame.
 
Na volta, os resultados foram surpreendentes. Os idosos que mergulharam no mundo das criaturas de “Warcraft” voltaram mais bem dispostos e apresentaram nítida
melhora nas funções cognitivas, enquanto o grupo de controle não progrediu, apresentando as mesmas condições.
 
— Escolhemos o “World of Warcraft” porque ele é desafiante em termos cognitivos, apresentando sempre situações novas em ambientes em que é preciso interagir
socialmente — disse no site da universidade Anne McLauglin, professora de psicologia do laboratório e responsável pelo texto final do estudo. — Os resultados que
observamos foram melhores nos idosos que haviam apresentado índices baixos nos testes antes do jogo. Depois de praticar o RPG, eles voltaram com melhores índices
de concentração e percepção sensorial. No quesito memória, entretanto, o efeito do game foi nulo.
 
Outro pesquisador que participou da pesquisa, o professor de psicologia Jason Allaire, comentou no site que os idosos que se saíram mal no primeiro teste mostraram os
melhores resultados após o jogo.
 
Os dois estudiosos vêm pesquisando os efeitos dos games na terceira idade desde 2009, quando receberam uma verba de US$ 1,2 milhão da universidade para investigar
o tema. Entretanto, entre os jovens, estudos há anos procuram relacionar o vício em games ao déficit de atenção, embora ainda não haja um diagnóstico formal sobre
esse tipo de comportamento.
 
MACHADO, André. Games: bons para a terceira idade. O Globo, 28 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Economia, p. 24. Adaptado.
 
O sinal indicativo de crase está adequadamente usado em: 
 a) Os pesquisadores dedicaram um estudo sobre games à um conjunto de pessoas idosas. 
 b) Daqui à alguns anos, os pesquisadores pretendem verificar por que os games são viciantes para os jovens. 
 c) Muitos dos idosos pesquisados obtiveram resultados positivos e passaram à se comportar de nova maneira. 
 d) A escolha de um determinado game se deveu à preocupação dos pesquisadores com as características que tal jogo apresentava. 
 e) Os estudos dos efeitos dos jogos eletrônicos sobre os idosos vêm sendo realizados à vários anos.
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Questão 619: CESGRANRIO - Tec Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Administração e Controle/2012
Assunto: Crase
Algumas das palavras destacadas na frase abaixo deveriam ser corrigidas, empregando-se o acento indicador de crase.
O artista fica a trabalhar na sua obra, a noite, indiferente aquilo que o cerca. Dias e dias a fio repete a rotina, a qual se dedica sem se cansar.
De acordo com a norma-padrão, a correção resultaria, respectivamente, nesta sequência de palavras: 
 a) à - à - aquilo - a - a - a 
 b) à - a - àquilo - à - a - a 
 c) a - à - aquilo - a - à - a 
 d) a - a - àquilo - à - à - à 
 e) a - à - àquilo - a - a - à
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Questão 620: CESGRANRIO- Tec (BR)/BR/Suprimento e Logística Júnior/2012
Assunto: Crase
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Setor de Informações
I
O rapazinho que seguia à minha frente na Visconde de Pirajá abordou um velho que vinha em sentido contrário:
– O senhor pode me informar onde é a Rua Gomes Carneiro?
O velho ficou calado um instante, compenetrado:
– Você vai seguindo por aqui - falou afinal, apontando com o braço: - Ali adiante, depois de passar a praça, dobra à direita. Segue mais dois quarteirões.
Chegando na Lagoa...
Não resisti e me meti no meio:
– Me desculpe, mas Gomes Carneiro é logo ali.
Mostrei a esquina, na direção oposta.
– Ah, é aquela ali? – o velho não se abalou:
 
– Pois eu estava certo de que era lá para os lados da Lagoa.
E foi-se embora, muito digno. O rapazinho me agradeceu e foi-se embora também, depois de resmungar:
– Se não sabe informar, por que informa?
Realmente, não há explicação para esta estranha compulsão que a gente sente de dar informação, mesmo que não saiba informar.
II
Pois ali estava eu agora na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Gomes Carneiro (a tal que o rapazinho procurava, quando fui abordado pelo motorista de um carro à
espera do sinal.
– Moço, o senhor pode me mostrar onde fica a casa do sogro do doutor Adolfo?
Seu pedido de informação era tão surpreendente que não resisti e perguntei, para ganhar tempo:
– A casa do sogro do doutor Adolfo?
Ele deixou escapar um suspiro de cansaço:
– O doutor Adolfo me mandou trazer o Dodge dele de Pedro Leopoldo até a casa do sogro, aqui no Rio de Janeiro. O carro está velho, penei como o diabo para trazer até
aqui. Perdi o endereço, só sei que é em Copacabana.
O Dodge do doutor Adolfo. O doutor Adolfo de Pedro Leopoldo. Aquilo me soava um tanto familiar:
– Como é o nome do sogro do doutor Adolfo?
Ele coçou a cabeça, encafifado:
– O senhor sabe que não me lembro? Um nome esquisito...
Esse doutor Adolfo de Pedro Leopoldo mora hoje em Belo Horizonte?
– Mora sim senhor.
– Tem um irmão chamado Oswaldo?
– Tem sim senhor.
 
– Por acaso o nome dele é Adolfo Gusmão?
– Isso mesmo. O senhor sabe onde é que é a casa do sogro dele?
Respirei fundo, mal podendo acreditar:
– Sei. O sogro dele mora na Rua Souza Lima. É aqui pertinho. Você entra por ali, vira aquela esquina, torna a virar a primeira à esquerda...
Ele agradeceu com a maior naturalidade, como se achasse perfeitamente normal que a primeira pessoa abordada numa cidade de alguns milhões de habitantes soubesse
onde mora o sogro do doutor Adolfo, de Pedro Leopoldo. Antes que se fosse, não sei como não me ajoelhei, tomei-lhe a bênção e pedi que me informasse o caminho da
morada de Deus.
SABINO, Fernando. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 34-39. Adaptado.
 
O acento grave indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão em: 
 a) O velho deu à informação errada. 
 b) O rapaz disse à todos que sabia o endereço. 
 c) O senhor trouxe o carro à Copacabana. 
 d) O açougue fica à direita da farmácia. 
 e) O motorista seguiu à sinalização das ruas.
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Questão 621: FCC - TST (BB)/BB/2012
Assunto: Crase
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Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia
apenas um menino que já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é menor que o mar, e a marola, que é menor que a
maré. Logo a gente fazia ideia de um lago enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré entrava pela marola. A marola
vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo, esvaziando e
enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso muito salgado, azul, com ventos. 
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe
estava azul. Nós todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol.
Ondas grandes, cheias, que explodiam com barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar... 
 
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938)
É de se pensar que mesmo os que nasceram no litoral, habituados ...... ver o mar desde pequenos, não são imunes ...... magia da contemplação marinha, mas nada
talvez se compare ...... visão extática daqueles que, já adultos, o contemplam pela primeira vez. 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
 a) a - à - à 
 b) à - à - a 
 c) a - a - à 
 d) à - a - à 
 e) a - à - a
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Questão 622: CESGRANRIO - Insp SI (PETRO)/PETROBRAS/Júnior/2012
Assunto: Crase
A frase redigida de acordo com a norma-padrão é: 
 a) O diretor pediu para mim fazer esse documento. 
 b) No almoço, vou pedir um bife a moda da casa. 
 c) A noite, costumo dar uma volta com o meu cachorrinho. 
 d) Não dirijo a palavra aquelas pessoas. 
 e) A prova consiste em duas páginas.
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Questão 623: CESGRANRIO - Ass Adm (EPE)/EPE/Apoio Administrativo/2012
Assunto: Crase
METRÓPOLE SUSTENTÁVEL: É POSSÍVEL?
Conversamos com sociólogos, arquitetos, economistas, urbanistas e representantes de organizações internacionais sobre o assunto. Será que estamos fadados a um
colapso ou a metrópole sustentável é um conceito viável?
 
Virou hábito na mídia e, provavelmente, em conversas cotidianas o uso do adjetivo ‘sustentável’. Condomínios, materiais de construção, meios de transporte, edifícios...
Tudo pode ser sustentável.
 
Quando perguntamos a urbanistas e economistas sobre o assunto, o conceito de sustentabilidade aplicado a cidades não se configura unânime. Para alguns urbanistas,
um elemento fundamental para ser levado em conta, quando se fala de sustentabilidade urbana, é o futuro. “Uma metrópole sustentável é aquela que, na próxima
geração, tenha condições iguais ou melhores que as que temos hoje”, define o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Por ‘condições’ devemos entender os
aspectos fundamentais relacionados à vida urbana: habitação, alimentação, saúde, emprego, transporte, educação, água, etc. Além disso, a articulação entre os campos
ambiental e social é essencial para o conceito de sustentabilidade urbana.
A primeira condição fundamental para o estabelecimento de uma cidade sustentável é a democratização dos acessos a serviços e equipamentos públicos. Isso significa a
redução drástica de todas as formas de desigualdades – social, política, econômica e espacial.
Nesse cenário, para que infraestrutura, segurança, saúde, educação e outros serviços públicos sejam acessíveis em toda a metrópole, a manutenção da cidade se torna
cada vez mais cara. É imperativo democratizar o acesso aos serviços básicos de uma metrópole e diminuir as desigualdades. No entanto, como fazer isso quando o
dinheiro é limitado? “Conter a expansão urbana”, resume o arquiteto.
A rede de transportes, por exemplo, é um dos aspectos a serem observados na constituição das cidades. Quanto maiores as distâncias a serem percorridas, também
maior e mais complexa ela será. A priorização do automóvel faz com que a cidade se expanda horizontalmente, minando as possibilidades de ter áreas não ocupadas,e
contribui para a impermeabilização do solo, com a pavimentação contínua. A superestima do automóvel é uma das marcas do subdesenvolvimento, no qual também o
transporte coletivo é precário.
 
Se alguns dados da ONU oferecem um prognóstico positivo do futuro das metrópoles, os urbanistas nos lembram que o destino das cidades pode não ser tão brilhante,
se não houver uma mudança mais orgânica. Mudanças estruturais e na ordem do pensamento são fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilidade seja ao
menos possível.
FRAGA, Isabela. Metrópole sustentável: é possível? Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje, vol. 46, n. 274, setembro de 2010. p. 22-29. Adaptado.
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O uso do sinal indicativo da crase é obrigatório em: 
 a) A metrópole exerce influência social e administrativa sobre a maioria das cidades da região. 
 b) Cada vez mais, os moradores têm acesso a bens de consumo como eletrodomésticos e celulares. 
 c) Nas grandes cidades, o crescimento populacional é sempre aliado a índices econômicos altos. 
 d) O governo precisa investir na saúde para corresponder a expectativa da população. 
 e) O planejamento familiar é necessário para não levar o mundo a uma situação insustentável.
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Questão 624: CESGRANRIO - Tec (FINEP)/FINEP/Apoio Administrativo/2011
Assunto: Crase
Em que sentença o sinal indicativo da crase está empregado de acordo com a norma-padrão da língua? 
 a) O elevador entrará em manutenção à partir das oito horas. 
 b) Depois de aposentado, ele começou à se dedicar ao canto. 
 c) O menino assistiu à toda a peça sem se mexer na cadeira. 
 d) Ela venceu na vida à custa de muito esforço e dedicação. 
 e) Ele entregará a encomenda à quem estiver na portaria.
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Questão 625: CESGRANRIO - Tec Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Químico/2011
Assunto: Crase
O sinal indicativo de crase é necessário em: 
 a) A venda de computadores chegou a reduzir o preço do equipamento. 
 b) Os atendentes devem vir a ter novo treinamento. 
 c) É possível ir as aulas sem levar o notebook. 
 d) Não desejo a ninguém uma vida infeliz. 
 e) A instrutora chegou a tempo para a prova.
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Questão 626: CESGRANRIO - Tec Arq (BNDES)/BNDES/2011
Assunto: Crase
Dê uma chance ao ser humano 
 
A vizinha tocou a campainha e, quando abri a porta, surpreso com a visita inesperada, ela entrou, me abraçou forte e falou devagar, olhando fundo nos meus olhos:
"Você tem sido um vizinho muito compreensivo, e eu ando muito relapsa na criação dos meus cachorros. Isso vai mudar!" Desde então, uma série de procedimentos na
casa em frente à minha acabou com um pesadelo que me atormentou por mais de um ano. Sei que todo mundo tem um caso com o cachorro do vizinho para contar,
mas, com final feliz assim, francamente, duvido. A história que agora passo a narrar do início explica em grande parte por que ainda acredito no ser humano – ô, raça! 
Meus vizinhos, pelo menos assim os vejo da janela lá do cafofo, não são pessoas comuns. Falo de gente especial, um casal de artistas, ele músico, ela bailarina, dupla de
movimentos suaves e silenciosos, olhar maduro, fuso horário próprio e descompromisso amplo, geral e irrestrito com a pressa na execução das tarefas domésticas que
assumem sem ajuda de ninguém. [...] A paz mora do outro lado da rua e, confesso, morro de inveja quando me mato de trabalhar noite adentro ali adiante. Queria ser
como eles. 
Quando o primeiro pastor alemão chegou ainda moleque para morar com meus adoráveis vizinhos, a casa de pedra onde eles moravam viveu dias de alegria contagiante.
O bicho era uma gracinha, foi crescendo, começou a latir, mas nada que quebrasse a harmonia do lugar. [...] Quando, logo depois do primeiro acasalamento, o segundo
pastor alemão fez crescer a família, cada paralelepípedo da minha rua pressentiu o que estava para acontecer. Ou não! De qualquer forma, eu achava que, se porventura
aquilo virasse o inferno que se anunciava, outro vizinho decerto perderia a paciência antes de mim, que, afinal, virei tiete do jeito de viver que espiava pela janela do
escritório de casa. Eu, ir lá reclamar, nunca! 
Não sei se os outros vizinhos decidiram em assembleia que esperariam a todo custo por uma reação minha, mas, para encurtar a história, o fato é que um ano e tanto
depois da chegada do primeiro pastor alemão àquela casa, eu tive um ataque, enlouqueci, surtei. Imagine o mico: vinha chegando da rua com meus filhos – gêmeos de
10 anos –, chovia baldes, eu não conseguia achar as chaves e os bichos gritavam como se fôssemos assaltantes de banco. [...] 
– Cala a booooocaaa! – gritei para ser ouvido em todo o bairro. Os cachorros emudeceram por 10 segundos. Fez-se um silêncio profundo na Gávea. Os garotos me
olhavam como se estivessem vendo alguém assim, inteiramente fora de si, pela primeira vez na vida. Eu mesmo não me reconhecia, mas, à primeira rosnada que se
seguiu, resolvi ir em frente, impossível recuar: "Cala a boooooocaaa! Cala a boooooocaaa!" Silêncio total. Os meninos estavam agora admirados: acho que jamais tinham
visto aqueles bichos de boca fechada. 
[...] Entrei rápido com as crianças entre arrasado e aliviado. Achei na hora que devia conversar com meus filhos, que melhor ainda seria escrever com eles uma carta
educada e sincera explicando a situação aos nossos vizinhos preferidos. 
Comecei pedindo desculpas pela explosão daquela noite, mas pedia licença para contar o drama que se vivia do lado de cá da rua. Havia muito tempo não entrava nem
saía de casa sem que os cães dessem alarme de minha presença na rua. Tinha vivido uma época de separações, morte de gente muito querida, além de momentos de
intensa felicidade, sempre com aqueles bichos latindo sem parar. [...] – escrevi algo assim, mais resignado que irritado, o arquivo original sumiu do computador. 
Mas chegou aonde devia ou a vizinha não teria me dado aquele abraço comovido na noite em que abri a porta, surpreso com ela se anunciando no interfone, depois de
meu chilique diante de casa. [...] 
Desde então – há coisa de um mês, portanto –, meus vizinhos têm feito o possível para controlar o ímpeto de seus bichos, que já não me vigiam dia e noite, arrumaram
para eles coisa decerto mais interessante a fazer no quintal. [...] Às vezes não acredito que isso esteja realmente acontecendo neste mundo cão em que vivemos. Se não
estou vendo coisas – o que também ocorre com certa frequência –, o ser humano talvez ainda tenha alguma chance de dar certo. Pense nisso!
 
VASQUES, Tutty. Dê uma chance ao ser humano. In: SANTOS, Joaquim Ferreira. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 311-313. Adaptado.
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Há omissão do sinal indicativo da crase em: 
 a) Os vizinhos tomaram providências a respeito dos latidos. 
 b) O autor se refere a dupla de artistas como adoráveis. 
 c) Agradeci a ele pelo magnífico presente. 
 d) Os cães continuaram a latir sem parar. 
 e) Ela visita a avó todos os domingos.
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Questão 627: CESGRANRIO - Ag Cen (IBGE)/IBGE/Municipal/2010
Assunto: Crase
A AVENTURA DO COTIDIANO
Parábola da falta d’água:
Vivia faltando água naquela fábrica. O dono da fábrica tinha de se valer de um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água regularmente, ao preço de três mil cruzeiros.
Um dia o tal sujeito o abordou:
— O patrão vai me desculpar, mas vamos ter de aumentar o preço.

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