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DISCIPLINAS ESPIRITUAIS

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O INSTITUTO BÍBLICO METANOIA nasceu com o propósito de servir o Corpo de Cristo através do ensino da Palavra, da formação de líderes para o ministério, da intercessão pela Igreja, do empenho para que cada aluno seja ativo e frutífero onde congrega, tendo como “combustível” o amor à Palavra de Deus e à sua prática e a busca pela sensibilidade e intimidade com o Espírito Santo e sua manifestação.
	Esta instituição é Interdenominacional, ou seja, é aberta para todas as denominações e respeita e ama cada uma delas, pois somos membros de um mesmo Corpo cujo Cabeça é Cristo. 
CURSO TEOLÓGICO PALAVRA DA GRAÇA
Estamos vivendo em um mundo globalizado, tecnológico, em que informações de todos os tipos chegam até nós, como também, enviamos informações a várias pessoas sem impedimento de onde elas estejam.
Surgem constantemente novas seitas, questionamentos sobre a fé em Jesus Cristo, sobre a Palavra de Deus. Dentro da Igreja, um emaranhado de doutrinas onde as pessoas podem se perder. Há pessoas dentro do Corpo de Cristo sofrendo por falta de conhecimento das Escrituras. Pessoas que estão ociosas não exercendo sua função como membro, dificultando desta forma o pleno funcionamento do Corpo e a edificação do mesmo.
Diante deste cenário, este seminário visa através do ensino da Palavra de Deus levar o Corpo de Cristo ao crescimento espiritual rumo à maturidade, à edificação de sua fé, bem como à funcionalidade de cada membro em sua igreja local para ser um discípulo frutífero.
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, tendo em vista ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não sejamos mais meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia induzem ao erro.” Ef 4:11-14
	Seja bem-vindo ao Instituto Bíblico Metanoia! É um privilégio ter você conosco!
DISCIPLINA: DISCIPLINAS 
 ESPIRITUAIS
OBJETIVO:
	Trazer a consciência de que na vida cristã o propósito é crescer à estatura de Cristo, a varão perfeito, rumo à maturidade espiritual e que para que isto aconteça é responsabilidade de cada filho de Deus exercitar o seu espírito, transformar sua alma e disciplinar o seu corpo através das disciplinas espirituais.
EMENTA:Entendimento do propósito das disciplinas espirituais; Esclarecimento da importância da meditação na Palavra de Deus e como meditar nela; Conscientização da importância da oração para crescimento em intimidade com Deus, ser cheio do Espírito Santo e mudar realidades à nossa volta; Esclarecimento da importância do jejum para andar no poder do Espírito Santo, bem como mortificar a carne e disciplinar o corpo; Reflexão do que a disciplina da solitude traz para a vida espiritual do cristão; Conscientização a respeito de que a disciplina da adoração deve ser uma constante na vida do cristão e que precisa ser em espírito e em verdade, com todo o ser:espírito, alma e corpo; Reflexão a respeito da importância da disciplina da simplicidade para a busca em primeiro lugar do Reino de Deus.
SUMÁRIO
UNIDADE I- DISCIPLINAS ESPIRITUAIS......................................................4
I.1- A disciplina da meditação...............................................................................5
I.2- O por quê meditar na Palavra de Deus?............................................................7
I.3-Como meditar na Palavra de Deus...................................................................11
I.4-A importância do solo do nosso coração..........................................................13
UNIDADE II- A DISCIPLINA DA ORAÇÃO...................................................18
II.1-A necessidade da oração.................................................................................20
II.2-Orar em línguas...............................................................................................25
UNIDADE III- A DISCIPLINA DO JEJUM.......................................................27
III.1- Por que Jesus fazia tantos milagres?...............................................................27
III.2- A primeira obra que somos chamados a fazer..................................................28
III.3- Por que jejuamos?..........................................................................................30
III.4- Os pioneiros da oração e do jejum..................................................................32
III.5- Diferentes tipos de jejum................................................................................36
UNIDADE IV- A DISCIPLINA DA SOLITUDE..................................................37
IV.1- Passos para a solitude....................................................................................38
UNIDADE V- A DISCIPLINA DA ADORAÇÃO.................................................39
V.1- O objeto da adoração.......................................................................................39
V.2- A prioridade da adoração..................................................................................39
V.3- Preparando-nos para a adoração........................................................................40
V.4- Adorando a Deus com todo o nosso ser.............................................................40
V.5- Os passos para a adoração.................................................................................41
UNIDADE VI- A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE..........................................43
VI.1- A Bíblia e a simplicidade................................................................................43
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................46
UNIDADE I
I-DISCIPLINAS ESPIRITUAIS
	Estamos vivendo em um tempo em que tudo necessita ser rápido, não há paciência para se esperar. No trânsito, ouve-se o som das buzinas, pois todos querem passagem, mas dar a vez ao outro, é inconcebível, pois o tempo está correndo, tem-se que chegar a algum lugar.
 	As pessoas vivem ocupadas com tantos afazeres, em busca dos seus sonhos, de sua estabilidade financeira. Não que isto seja errado, mas dentro das metas pessoais não há espaço para a busca de um relacionamento mais profundo com Deus.
	As disciplinas espirituais são uma forma de alcançarmos um maior conhecimento de Deus, de ter um relacionamento com Ele que saia da superficialidade. As disciplinas espirituais são maneiras de praticar a presença de Deus.
	Quem as pratica? Conseguem vive-las somente aqueles que são graduados em teologia, que possuem uma experiência ministerial? Não. Todos nós podemos praticar a presença de Deus por meio das disciplinas espirituais. O novo convertido tem condições de vive-las. Isso depende somente da escolha e da atitude de crescer nelas.
	Quantos cristãos estão lutando com o pecado, buscando por suas forças a transformação. Por um tempo esforçam-se e conseguem, mas, logo depois estão frustrados, pois não conseguem vencer o rancor, a inveja, o ciúmes, a prostituição, o vício, o medo, a depressão, a condenação, a culpa.
	Contudo, a transformação vem de dentro, da vida de Deus que está no espírito humano. A cura, a libertação é nos dada pela graça. Não pelo esforço humano. Mas, há algo que somos nós que temos que fazer: renovar a mente através da meditação da palavra, aprofundar o relacionamento com Deus através da oração, mortificar a carne através do jejum, crescer em gratidão, adoração, comunhão com os irmãos. As disciplinas espirituais permitem que nos apresentemos diante de Deus, a fim de que Ele possa nos transformar.
	O apóstolo Paulo declara: “Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna.” (Gálatas 6:8). A analogiade Paulo é instrutiva. O agricultor é importante para fazer a lavoura de grãos desenvolver. Tudo que pode fazer é providenciar as condições adequadas para cultivar os grãos. Ele prepara o solo, planta as sementes, rega as plantas. Então as forças naturais da terra assumem seu papel, e o grão aparece. As disciplinas espirituais também funcionam assim – são uma maneira de semear para o Espírito. São os meios que Deus utiliza para nos firmar no chão, num lugar onde ele possa trabalhar em nós e nos transformar. Por si mesmas, as disciplinas espirituais nada podem fazer, exceto levar-nos ao ponto em que algo pode ser feito. São meios divinos da graça. A justiça interior que buscamos não é algo que se derrame sobre nossa cabeça. Deus estabeleceu as disciplinas espirituais como forma de nos conduzir numa situação em que ele possa nos abençoar.
	As disciplinas espirituais pretendem fazer-nos bem. Elas tem a intenção de trazer a abundância de Deus para nossa vida. No entanto, é possível transforma-las em outro conjunto de leis, que farão a alma definhar. Disciplinas presas a leis exalam o hálito da morte.
	Jesus ensina que precisamos ultrapassar a justiça dos fariseus e mestres da lei (Mateus 5:20), mas precisamos entender que a justiça deles não era desprezível. O nível de comprometimento que eles tinham com Deus seria inatingível para muitos de nós. Contudo, um fator sempre ocupava o centro da justiça deles: a exterioridade. Essa justiça consistia em controlar coisas externas, não raro com a intenção de manipular a opinião pública. A superioridade de nossa justiça em relação à dos mestres da lei e fariseus será vista à medida que nossa vida demonstrar o agir de Deus em nosso interior. Por certo, haverá resultados externos, mas a ação será interna. Por causa do zelo em geral vinculado às disciplinas espirituais, é fácil transforma-las na justiça exterior dos escribas e fariseus.
	Quando se degeneram e viram lei, as disciplinas acabam sendo usadas como instrumento de manipulação e controle. Valemo-nos de ordens explícitas para aprisionar as pessoas. Tal deterioração das disciplinas espirituais resulta em orgulho e medo. O orgulho assume as rédeas porque passamos a acreditar que somos o tipo certo de gente. O medo assume as rédeas porque temos pavor de perder o controle.
	Se quisermos progredir em nossa caminhada espiritual, de forma que as disciplinas sejam bênção, em vez de maldição, precisamos chegar a um ponto da vida em que tiraremos dos ombros o fardo de precisar sempre, a todo instante, gerenciar o semelhante. Porque esse impulso, mais que qualquer outro fator isolado, pode levar-nos a transformar as disciplinas espirituais em leis. Depois que criamos uma lei, é estabelecida uma “exterioridade”, pela qual julgamos quem está atingindo o padrão e quem não está. Livres das leis, as disciplinas caracterizam-se predominantemente como obra interna, algo impossível de controlar. Quando passarmos a acreditar de fato que a transformação interna é ação de Deus, não nossa, seremos capazes de deixar de lado a compulsão para endireitar as pessoas.
	Quando adentrarmos o mundo das disciplinas espirituais, haverá o perigo constante de as transformarmos em leis, mas não estaremos abandonados à própria sorte. Temos o Espírito Santo, nosso professor, Ele nos ensina todas as coisas. Quando estivermos desviando por um caminho que não traz proveito, Ele nos conduzirá de volta ao caminho. 
I.1-A disciplina da meditação.
	A Bíblia emprega duas palavras hebraicas para transmitir a ideia de meditação, que, juntas, são usadas 58 vezes. Ambas as palavras possuem diversos significados: ouvir a palavra de Deus, refletir nos feitos de Deus, relembrar os atos divinos, ponderar sobre a lei de Deus, entre outros. Em cada caso, a ênfase está na mudança de comportamento como resultado do encontro com o Deus vivo. Arrependimento e obediência são traços essenciais de qualquer conceito bíblico de meditação. O salmista exclama: ”Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro. (...) Afasto os pés de todo caminho mau para obedecer à tua palavra. Não me afasto das tuas ordenanças, pois tu mesmo me ensinas” (Salmo 119:97,101,102). É esse foco contínuo, na obediência e na fidelidade, que distingue com maior clareza a meditação cristã de suas equivalentes orientais e seculares. 
	Vemos ao longo da Bíblia o povo de Deus buscar o caminho da meditação:
“Saiu Isaque a meditar no campo, à tarde...” (Gn 24:63)
“Na minha cama, lembro-me de ti; medito em ti nas vigílias da noite.” 
 (Sl 63:6)
“Levanto as mãos para os teus mandamentos, que amo, e medito nos teus decretos.” (Sl 119:48)
“Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite.” (Sl 1:2)
Cumprindo um ministério extraordinariamente atarefado, Jesus criou o hábito de afastar-se “para um lugar deserto” (Mt 14:13). Ele não fazia isso apenas para ficar longe do povo, mas para ficar com Deus. O que Jesus fazia, vez após vez, naquelas colinas desertas? Ele buscava o Pai celeste. Queria ouvi-lo e manter comunhão com ele. 
A meditação cristã é a capacidade de ouvir a voz de Deus e obedecer à sua Palavra. O Senhor criou o homem para ter um relacionamento com ele. Adão e Eva conversavam com Deus no jardim do Éden e Deus conversava com eles. Após a queda o senso de comunhão perpétua foi quebrado, no entanto, O Criador continuou em busca de sua criação mais preciosa. Nas histórias de pessoas como Caim, Abel, Noé e Abraão, vemos Deus falando e agindo, ensinando e orientando.
Jesus ao assumir a forma humana, veio para nos salvar, mas em sua caminhada na terra, mostrou quem é o Pai e ensinou a todos nós que o relacionamento com Ele deve ser o foco de nossa atenção e propósitos.
“Jesus respondeu-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma; ele só pode fazer o que vê o Pai fazendo, porque tudo o que o Pai faz, o Filho o faz igualmente.”
 (Jo 5:19)
“Eu não posso fazer nada de mim mesmo; como ouço, assim julgo, e o meu juízo é justo, pois não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.” (Jo 5:30)
“Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras.” (João 14:10)
“Mas, quando vier o Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade. Não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que há de vir.” (João 16:13)
No livro de Atos vemos o Cristo ressurreto e reinante, por meio do Espírito Santo, ensinando e guiando seus filhos: levando Filipe a culturas não alcançadas (Atos 8), revelando sua messianidade a Paulo (Atos 9), ensinando a Pedro a respeito de seu nacionalismo judaico (Atos 10), guiando a Igreja para fora do cativeiro cultural (Atos 15). O que aprendemos é o povo de Deus aprendendo a viver orientado pela voz de Deus e pala obediência à sua Palavra. Esse é o fundamento bíblico para a meditação.
A meditação na Palavra de Deus leva-nos a uma comunhão mais profunda com o Senhor e essa comunhão transforma a nossa personalidade.
-Concepção errônea de meditação.
	A meditação cristã é diferente da meditação realizada pelas religiões orientais. A meditação oriental é uma tentativa de esvaziar a mente; a meditação cristã é uma tentativa de preenche-la. 
	As formas orientais de meditação enfatizam a necessidade de se desligar do mundo. Existe a ênfase em perder a personalidade e a individualidade, fundindo-os com a Mente Cósmica. Há também o anseio de se libertar dos fardos e das dores desta vida, de se desprender na impessoalidade do Nirvana. A identidade pessoal se perde – a personalidade é vista como a ilusão perfeita. Não há nenhum deus a quem ouvir nem ao qual se vincular. O desligamento é o objetivo final da religião do Oriente.
	O desligamento a que se refere à meditação cristã é o isolamento da confusão que nos rodeiacom o objetivo de termos um vínculo mais enriquecedor com Deus. A meditação cristã fortalece o nosso espírito nos fazendo muito mais sensíveis ao nosso Senhor. 
	Outra concepção errônea é que a meditação é difícil demais, complicada demais, que talvez deva ficar apenas com os especialistas no assunto, que tem mais tempo para explorar as regiões interiores. Nada disso! A meditação é simples e todos podemos pratica-la.
	É também errônea a concepção que diz que a meditação é incompatível com o século XXI e, portanto, impraticável. Pelo contrário, em meio a tantas turbulências que o homem deste século tem vivido e a busca pelo sentido da vida, da realização, do prazer, a meditação na Palavra traz descanso, verdadeira realização e prazer, orientações para todas as áreas da vida.
I.2- O por quê meditar na Palavra de Deus?	
· Porque a palavra de Deus é:
-A Palavra é inspirada por Deus. (II Tm 3:16; II Pe 1:21)
-A Palavra é viva.( Hb 4:12; Hb 11:43,44)
-A Palavra é eficaz. (Hb 4:12)
-A Palavra faz prosperar. (Lc 5:5,6; Sl 1:1-3; Js 1:7,8)
-A Palavra dá entendimento. (Sl 119:97-104; Lc 24:44,45)
-A Palavra orienta. (Sl 119:105)
-A Palavra alimenta. (Mt 4:4)
-A Palavra é valiosa. (Sl 119:72,111,127,162)
-A Palavra produz fé. (Rm 10:17)
-A Palavra liberta e cura. (Mt 8:16; At 8:5-8,12)
-A Palavra é infinita. (Sl 119:96)
-A Palavra é eterna. (I Pe 1:24,25)
-A Palavra é Jesus. (Jo 1:1,14; I Jo 1:1,2; Ap 19:11-13)
· Porque precisamos renovar a mente para experimentarmos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12:2)
Nós somos espírito, temos uma alma e habitamos num corpo. A nossa alma é formada por mente, vontade e emoções. A nossa mente é um campo de batalha. Aquilo que está na nossa mente acaba influenciando a nossa vontade e as nossas emoções e também as nossas atitudes.
Não se conformar com este século é não viver de acordo com o estilo ou tendência da era presente.
“Como filhos obedientes, não vos conformeis com as concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância.” (I Pe 1:14)
A palavra “transformai-vos” significa mudar de forma. A mudança de forma ocorre de dentro para fora, porque começa na mente. Esta palavra é a mesma usada na transfiguração de Jesus.
“Ali ele foi transfigurado diante deles. O seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz.” (Mateus 17:2)
Para que “experimenteis” o significado literal é verificar se uma coisa é genuína ou não. O cristão dedicado receberá de Deus a capacidade de discernir sua vontade.
A Bíblia, não os costumes culturais, deve ser a norma de prática e fé do cristão. (Jo 5:39)
O cristão vive no mundo, mas não é do mundo (Jo 17:15,16).Sem a presença diária do Espírito Santo não há transformação (dentro para fora). Ele é quem convence a mente do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8).
A mente é o centro dos pensamentos e emoções. Etimologicamente, o termo vem do latim (mèntem), que tem o significado de pensar, conhecer, entender.
Renovar significa recuperado, restaurado. Renovar a mente é um processo pelo qual através do Espírito Santo deixamos todo conhecimento ou pensamento que difere dos princípios da Palavra de Deus.
A renovação restaura a nossa mente para o que Deus sempre quis para o homem em relação a ser, ter e poder.
A mente renovada traz transformação nas atitudes, mudança de caráter. Transformação significa dar nova forma, tornar diferente do que era.
“pois como imaginou na sua alma, assim é...” (Pv 23:7a)
Aquilo que pensamos, tornamo-nos. A transformação não começa nas ações, mas na mente. Toda ação passa primeiro pela mente. Se pensamos de forma negativa, agimos de forma negativa e vice-versa.
Ter nossa mente transformada pela Palavra de Deus trará atitudes moldadas pela Palavra de Deus.
“A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz.” (Rm 8:6-Nova Versão Internacional)
Mentalidade da carne: dos desejos, dos prazeres, da natureza humana, voltada para aquilo que queremos.
Mentalidade do Espírito: voltada para tudo aquilo que está relacionado com Deus. Tal mentalidade gera vida e paz.
	Nós renovamos a mente para experimentarmos a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita.
Quando a nossa vontade não está de acordo com a vontade de Deus, seremos influenciados pelo mundo. As nossas emoções quando não estão controladas pelo Espírito Santo são agitadas, inconstantes. 
Para que a nossa mente pense em coisas puras, honestas, que edificam, que estejam de acordo com a vontade de Deus, para que nossas emoções sejam saudáveis, é necessário meditar na Palavra de Deus, encher a nossa mente da Palavra.
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. “ (Fl 4:8)
Quando estamos cheios do conhecimento da vontade de Deus iremos experimentar a boa, agradável e perfeita vontade dEle. Andaremos em comunhão com o nosso Senhor, ouviremos a sua voz e seremos direcionados pelo seu Espírito.
“9 Por esta razão, nós também desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do pleno conhecimento da sua vontade; em toda a sabedoria e entendimento espiritual.10 E oramos para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus.” (Cl 1:9,10)
	Quando somos cheios do pleno conhecimento do Senhor iremos agrada-lo, viver uma vida de adoração, gerar frutos que o glorificam, e para que isso aconteça, a meditação na Palavra precisa ser uma disciplina praticada, vivenciada por todos nós.
	Deus disse a Josué:
“7 Tão somente esforça-te, e sê muito corajoso. Cuida em fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares.8 Não se aparte da tua boca o livro desta lei; medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo o que nele está descrito. Então farás prosperar o teu caminho, e serás bem-sucedido.” (Js 1:7,8)
	João 6:63 diz que a palavra é espírito e vida. Ao meditarmos nela a vida de Deus traz um impacto em nossa maneira de pensar, de agir, de ser. Ela nos direciona, ensina-nos a orar, quebranta o nosso coração, traz arrependimento, mudança de direção.
“16 Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra.” 
 (II Tm 3:16)
· Para que a nossa vida esteja edificada na ROCHA:CRISTO, a PALAVRA.
	Nós estamos vendo atualmente como as pessoas estão se destruindo. O cenário é de violência, doenças, corrupção, crises financeiras, injustiça, desigualdade social. Até o meio ambiente tem sido afetado. Os últimos dias serão difíceis. Em João 16:33 Jesus nos diz que no mundo teríamos aflições, mas que tivéssemos bom ânimo, pois Ele venceu o mundo.
	As aflições vem, as más circunstâncias vem, as tempestades vem. Para vencer cada uma delas é somente através do conhecer a vontade de Deus para nós como filhos, como Igreja. Por que? Porque a Palavra de Deus gera fé.
	“O justo viverá da fé.” (Rm 1:17) É a fé em Cristo Jesus, em sua Palavra que nos faz mais que vencedor de fato.
	“Andamos por fé e não por vista.” ( II Co 5:7)
“Tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.” (Ef 6:16)
Para que a nossa fé não se abale precisa está baseada na Palavra de Deus.
“24 Portanto todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica, será semelhante ao homem prudente, que edificou a sua casa sobrea rocha.25 Desceu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; contudo, ela não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.26 Aquele que ouve estas minhas palavras, mas não as cumpre, será comparado ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.27 Desceu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos, e deram contra aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua queda.” (Mt 7:24-27)
	Edificar refere-se a construir algo. Para construirmos algo tem que ter um alicerce, um fundamento. A nossa vida nestes versículos, é comparada à construção de uma casa. A casa que não é construída sob um alicerce firme, corre o risco de desabar e quando desaba, provoca grandes perdas e até mesmo morte. A casa que é construída em alicerce sólido, pelo contrarário, traz segurança para seus moradores, e muito mais, poderá receber novas construções.
Jesus disse que a casa que permanece após tempestades é aquela construída tendo como fundamento a Rocha da Sua Palavra, ou Ele mesmo. 
Construir na areia é construir a casa, ou a nossa vida no esforço humano, no moralismo, contudo, quando as tempestades chegam, logo mostram o fundamento de um alicerce fraco, corruptível, destrutível.
Aquele que constrói sua vida tendo como fundamento a Palavra, quando vem as tempestades, elas mostram uma base firme, sólida, que não se corrompe. O fundamento na Palavra nos prepara para grandes tempestades, sejam elas vindas do nosso interior ou exterior.
-Ilustração.
	Existe uma criatura que sua morada é no mar. O mexilhão. Eles estão presos na rocha. Ainda que estejam horas submersas, ainda que sofrendo intempéries, com o constante bater das ondas sobre a rocha e, às vezes, até mesmo com intensas torrentes, eles permanecem nas rochas.
	A Bioengenharia vem pesquisando sobre os mexilhões. Eles querem saber o tipo de cola que os mexilhões usam para fixarem-se na rocha. Eles acreditam que, no momento que conseguirem sintetizar esta cola, descobrirão uma das colas mais eficazes e poderosas da indústria, principalmente para a indústria naval; tal cola poderia fixar aço com aço sem precisar soldar, evitando assim rupturas inesperadas nos cascos dos navios.
	Em figura, somos como estes mexilhões. Se estivermos presos na rocha, nada pode nos afetar, sejam as ondas da vida, sejam as torrentes ou qualquer outra coisa, pois o que nos mantém colado na rocha é o Espírito Santo.
	Se um mexilhão cresce fora da rocha, por exemplo, no metal das embarcações, este mexilhão se torna venenoso. Fora de Cristo, da sua Palavra, não podemos alimentar a ninguém, não temos como transmitir a vida do Senhor para outros.
I.3-Como meditar na Palavra de Deus.
	Meditar não é fazer uma leitura rápida, mas ler e reler, pensar, repensar a respeito das palavras que lemos.É ouvir a voz de Deus através do que se está lendo. Para que os versículos que lemos não sejam simplesmente letras, devemos orar e pedir para o Espírito Santo trazer luz ao nosso entendimento acerca das verdades da Palavra, que nos ajude a compreender as palavras que estamos meditando como também pratica-las em nosso dia-a-dia.
	Meditar é o mesmo que sintonizar nosso espírito com as ondas celestiais. Lemos um trecho das escrituras e o interiorizamos, permitindo que ele chegue aos mais profundos recantos de nosso ser. 
	Isso geralmente produz diversos efeitos em nós: purificação, arrependimento, senso de segurança, desejo de louvar a Deus, sabedoria. Quando meditamos na Palavra de Deus o Senhor torna a nossa mente conformada aos seus princípios e nos conduz a sua boa, agradável e perfeita vontade.
· Medite em oração. Quando lemos a Bíblia, não estamos apenas lendo um livro, estamos lendo a sagrada Palavra de Deus. A Bíblia é a própria Palavra de Deus dada a nós para que possamos conhece-lo, ama-lo, obedece-lo, o que singnifica que nós não podemos simplesmente entender a Bíblia sem o poder esclarecedor do Espírito de Deus. Nós precisamos abrir nossos olhos para entender e aplicar as gloriosas verdades que lemos nas Escrituras. Sem o Espírito de Deus, nossos momentos devocionais serão secos, indiferentes e infrutíferos. Antes de ler a Palavra de Deus, ore para que Deus te dê entendimento.
Paulo orava pelos efésios para que o entendimento deles fosse aberto, que seus olhos fossem iluminados. Faça a mesma oração:
“17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação.18 Oro também para que sejam iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da gloria da sua herança nos santos...” (Ef 1:17,18)
· Procure um lugar onde há silêncio. É difícil pensar profundamente e com concentração numa passagem das Escrituras se você está cercado de distrações. Esse não é o caso para todo mundo, mas, para a maioria de nós, a meditação efetiva na Palavra de Deus ocorre em lugares quietos. A meditação eficiente geralmente ocorre na quietude.
· Corresponda à Palavra de Deus. Só porque você está em um lugar quieto não significa que você precisa ficar quieto. Deus fala conosco quando lemos a Escritura e é frequentemente apropriado responder em voz alta aos sussurros de Deus. Veja, por exemplo, I Tessalonicenses 5:16-18 que diz “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. Quando lemos esse versículo, podemos louvar ao Senhor, dar graças por todas as coisas, regozijarmos nEle. A escritura não é um livro de textos secos, ela é a Palavra viva de Deus. Nós devemos interagir com as Escrituras, respondendo às suas ordenanças, regozijando em suas promessas e nos alegrando em suas revelações.
· Medite com uma caneta e um caderno em mãos. Escrever o que Deus ministra em nossos corações enquanto meditamos em sua Palavra, ajuda-nos a orientar nossa meditação, a guardar em nossa mente e coração, a traçar a lógica de cada passagem, a lutar contra a distração e focar a atenção na Palavra.
· Aplique em sua vida o que meditou. Permita que a Palavra toque em cada área da sua vida, em cada escolha, em cada projeto, nos seus relacionamentos. Aquilo que Deus te falou através da meditação, pratique onde ela deve ser aplicada.
· Ore e celebre. Depois ore e agradeça a Deus. Cante louvores exaltando e agradecendo ao Senhor.
OBSERVAÇÃO: AS DICAS LISTADAS ACIMA, NÃO SÃO RÍGIDAS, NÃO SÃO REGRAS, VOCÊ DEVE BUSCAR A MELHOR FORMA DE MEDITAR NA PALAVRA DE DEUS.
I.4-A importância do solo do nosso coração.
	Todos nós sabemos da importância da Palavra de Deus para as nossas vidas:
“Toda escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra.” (II Tm 3:16) 
	Ser perfeito significa ser maduro. Para viver a plenitude do que Deus tem para a minha vida eu preciso alcançar a maturidade.
“1Digo que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do escravo, ainda que seja senhor de tudo.2 Ele está debaixo de tutores e curadores até o tempo determinado pelo pai.” (Gl 4:1,2)
O herdeiro é aquele que herda alguma coisa. No caso aqui o herdeiro via herdar tudo que o pai tem, mas ele já é senhor de tudo. Contudo, sendo o herdeiro de tudo o que tem, não vai poder usufruir de todos os seus bens, porque a sua imaturidade o impede.O empecilho para usufruir e tomar posse é a falta de maturidade.
O menino vai está debaixo de tutores até o momento que alcançar a maturidade e então poderá tomar posse de tudo que já é dele. Veja, tudo já pertence ao menino, mas ele não pode tomar posse.
“Se nós somos filhos, logo somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” (Rm 8:17)
A Palavra de Deus leva o filho de Deus à maturidade, a varão perfeito. Leva-o a estar preparado para toda boa obra, ou seja, a dar muitos frutos.
Muitas pessoas dizem que não entendem a Palavra,não conseguem permanecer nela, não conseguem pratica-la. Dizem que quando ouvem ficam animadas, mas no outro dia o desânimo vem, a tristeza volta. Por que tudo isto acontece?
Porque depende de que solo é o coração.
-O solo sem revelação da Palavra:
“E, quando semeava, parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram.19 Ouvindo alguém a palavra do reino, e não entendendo, vem o maligno e arrebata o que lhe foi semeado no coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho.”
 (Mt 13:4,19)
	A semente é a Palavra de Deus. O tipo de solo é o coração de quem recebeu a semente. A semente que está à beira do Caminho corresponde ao coração que não entendeu a Palavra. A falta de compreensão na Palavra faz com que o diabo roube a Palavra semeada.
	Quando não a compreendemos, o diabo vai jogar dúvida, incredulidade, mentiras, vai questionar a veracidade do que foi ministrado ao nosso coração; e como não compreendemos, acabamos por aceitar as mentiras, sugestões e questionamentos dele como se estivessem surgido da nossa própria mente.
	Para que a Palavra de Deus venha frutificar em nossa vida é necessário compreende-la. Então, o que podemos fazer para que haja a compreensão? Buscando a ajuda do Espírito Santo e meditar repetidas vezes na Palavra que ouviu.
“Mas, o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo que vos tenho dito.”
 (Jo 14:26)
	O Espírito Santo é o nosso professor. Quando não entendemos devemos pedir que nos ensine.
“Mas, quando vier o Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade. Não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” (Jo 16:13)
Precisamos conciliar a meditação da Palavra com a oração. Antes de lermos a Bíblia devemos orar, quando estivermos no culto do prédio da igreja devemos pedir para o Espírito Santo trazer entendimento da Palavra a ser ministrada a todos os presentes. Se não entendemos a Palavra, satanás vem e rouba a semente.
Paulo tinha o entendimento da necessidade da igreja orar por revelação da Palavra: ”Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da Gloria, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e revelação.”
 (Ef 1:16,17)
Por quê? Porque o entendimento que precisamos é um entendimento espiritual. Entendemos as coisas do Espírito pelo espírito.
“14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, pois lhe parecem loucura, e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente.15 Mas o que é espiritual discerne bem a tudo, e ele de ninguém é discernido.16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, para que o possa instruir? Mas nós temos a mente de Cristo.” (I Co 2:14-16)
“9 E esta é a minha oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda percepção,10 para que possais discernir as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e inculpáveis até o dia de Cristo.” (Fl 1:9)
“Por esta razão, nós também desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do pleno conhecimento da sua vontade; em toda a sabedoria e entendimento espiritual.” (Cl 1:9)
-O solo sem fundamento da Palavra.
“5 Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque a terra não era funda. Mas saindo o sol, queimou-se e secou-se, porque não tinha raiz.20 Porém o que foi semeado em terreno pedregoso é o que ouve a palavra, e a recebe imediatamente, com alegria. Mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração. Chegada a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.”(Mt 13:5,20,21)
	Este tipo de solo é pedregoso, não propicia a semente produzir uma raiz mais profunda, ela fica na superfície. Por ficar na superfície, o sol mata a raiz e logo, não há como frutos surgirem.
	Em nossa vida cristã enfrentamos momentos de crise, de perseguição, de angústia por causa da Palavra. Até mesmo dentro da igreja onde congregamos podemos enfrentar oposições. Quantas pessoas você já viu ou ouvir falar que saíram da igreja, que estão longe do Caminho, que é Cristo, devido a decepções, dores, mágoas. Quantos ministros, obreiros, você tem conhecimento que abandonaram o chamado por causa de perseguições, injustiças. 
	Enfrentamos oposições, perseguições do mundo. Em países perseguidos, os cristãos são mortos por crerem na Palavra. Precisa-se ter uma fé enraizada para que não ocorra o abandono do Salvador e Senhor Jesus Cristo. 
	Em Mt 7:24-27 Jesus disse que a casa que não estiver edificada na ROCHA, que é a Palavra, vai ser destruída. Precisamos criar raízes através da constante meditação na Palavra do Senhor, meditar nela dia e noite como Deus falou a Josué.
	Há um ditado que diz:”Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.” Ou seja, não importa quantos pedregulhos existem em nosso coração. Quando todos os dias buscamos o Espírito Santo que é a água que quebra os pedregulhos e meditamos na palavra que é a semente, logo, logo, vai criar raízes profundas e o sol não poderá matar esta raiz, pelo contrario, irá proporcionar esta raiz ficar mais forte e saudável.
“7 Tão somente esforça-te, e sê muito corajoso.Cuida em fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares.8 Não se aparte da tua boca o livro desta lei; medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo o que nele está escrito. Então farás prosperar o teu caminho, e serás bem-sucedido.” (Js 1:7,8)
	Não deixe pedregulhos serem entulhados em seu coração. Tenha coragem, esforça-te para buscar a intimidade com o Espírito Santo, em meditar na Palavra. Tenha todos os dias um período de meditação e oração. Uma vida de consagração ao Senhor irá te fortalecer em meio às perseguições.
	Não deixe o sol queimar a semente plantada, proteja-a, retire as pedras lançadas ou criadas e deixe a Palavra brotar.
“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com gratidão em vossos corações.” (Cl 3:16)
-O solo do coração sufocado pelas coisas do mundo.
“17 Outra parte caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram.22 O que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas, sufocam a palavra, e fica infrutífera.” (Mt 13:7,22)
	Os espinhos representam os cuidados com as coisas deste mundo. Os prazeres deste mundo: a prostituição, os relacionamentos impuros, a lascívia, a sensualidade, as festas do mundo, o amor ao dinheiro. Isso tudo sufoca a Palavra que foi semeada.
“Pois a aparência deste mundo passa.” (I Co 7:31b)
“15 Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.16 Pois tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.17 Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanecesse para sempre.” (I Jo 2:15-17)
	Manter o coração batendo para as coisas do mundo sufoca a Palavra de Deus. As coisas do mundo é uma ilusão, são passageiras, mas quando mantemos a Palavra como mais importante, mais valiosa, experimentamos coisas eternas.
	Se você não consegue largar as coisas do mundo, mas deseja, a sua busca pelo Senhor irá te ajudar. Pelas suas forças é difícil, mas na força do Senhor, tudo é possível. Tenha em primeiro lugar uma atitude de arrependimento e entregue-se em oração, meditação na Palavra, jejum, adoração.Essas disciplinas mortificam o desejo da carne e fortalecem o desejo pelas coisas espirituais.Uma dica importante também: procure alguém maduro e confesse o seu pecado, peça-o para te ajudar a vencer as tentações e os ataques de satanás.
-O solo fértil do coração, aquele que ouve e guarda a Palavra.
“8 outra semente caiu em boa terra, e deu fruto: uma semente produzindo a cem, outra a sessenta e ainda outra a trinta por um.23 Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende. Ele dá fruto, e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.” (Mt 13:8,23)
	O coração fértil é aquele que compreende a Palavra. Ao compreende-la, guardará em seu coração e produzirá o fruto do Espírito.Para que a compreensão chegue, como já falamos anteriormente, precisamos ler e meditar na Palavra diariamente (Js 1:8; Sl 1) e orar para que o Espírito Santo torne a Palavra viva dentro de nosso espírito, que haja uma compreensão não só mental, mas principalmente espiritual.
	Quando a Palavra que ouvimos ou lemos torna-se RHEMA em nosso coração, iremos guarda-la, e isso fará com que desviemos do pecado, do mundo, nos tornará fortalecidos diante das perseguições e angústias.
	O que compreende a Palavra irá caminhar para a maturidade e então, poderá tomar posse da herança que Cristo conquistou para Ele na cruz, usufruirá da plenitude de Deus.
	Que tipo de solo é o seu coração? O que está te impedindo de se tornar um coração fértil? As disciplinas espirituais poderão te ajudar a se tornar um coração fértil que frutifica a cem por um.
UNIDADE II
II-A DISCIPLINA DA ORAÇÃO
		A oração nos leva a uma comunhão profunda com o Pai. A oração verdadeira cria vida e muda a vida. Orar é mudar. É a principal via usada por Deus para nos transformar. Quanto mais íntimos de Deus tornamo-nos, mais enxergamos a necessidade de sermos conformados a Cristo e mais desejaremos isso. 
	Em Tiago 4:3 diz: ”Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres”. Pedir do jeito certo envolve prazeres transformados. Na oração sincera desejamos as coisas que o nosso Senhor deseja, amamos as coisas que Ele ama, queremos as coisas que Ele quer. Aprendemos progressivamente a enxergar as coisas do ponto de vista dele. 
	Todos os que caminharam com Deus consideravam a oração a atividade principal da vida. As palavras do evangelho de Marcos servem de comentário sobre o estilo de vida de Jesus: ”De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando.” (Marcos 1:35). O anseio de Davi por Deus rompeu as cadeias prazerosas do sono: “Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei.” (Salmos 63:1, ARC). Quando foram tentados a investir suas energias em outras tarefas importantes e necessárias, os apóstolos decidiram entregar-se continuamente à oração e à ministração da Palavra (Atos 6:4). Martinho Lutero declarou: “Tenho tanto que fazer que não consigo prosseguir sem gastar três horas diárias em oração.” Ele sustentava o lema “Aquele que ora bem estuda bem.” John Wesley afirmou:”Deus não faz nada que não seja em resposta à oração”, e nutria essa convicção dedicando duas horas diárias ao exercício sagrado. 
	Para esses descobridores da fronteira da fé, a oração não era um hábito menor, anexado à periferia da vida: era a vida deles. Era o trabalho mais sério de seus anos mais produtivos. William Penn dá o seguinte testemunho a respeito de George Fox: “Acima de tudo, sua baliza foi a oração. O referencial mais impressionante, vivo e venerável que já senti ou contemplei, devo dizer que seu referencial de oração”. Adoniran Judson procurava isolar-se dos negócios e da empresa sete vezes por dia, a fim de engajar-se na tarefa sagrada da oração. Ele começava de madrugada; depois mantinha um tempo de oração reservada às 9 da manhã, ao meio-dia, às 3 e às 6 da tarde, às 9 da noite e à meia-noite. John Hyde, da índia, fez da oração uma característica tão predominante de sua vida que foi apelidado de “O homem que orava.” Para esses homens e para todos os que desbravaram as profundezas da vida interior, orar era respirar.
	Diante desses relatos você pode ficar desanimado. Mas, sinta-se desafiado. Deus nos encontra onde estamos e nos leva a águas mais profundas. Corredores eventuais não passam repentinamente a competir em maratonas. Eles se preparam, treinando durante certo tempo, e devemos fazer o mesmo. Seguindo essa progressão, será muito razoável a expectativa de, daqui a um ano, orarmos com mais autoridade e êxito espiritual do que no presente.
	Nos esforços que empregamos para orar, é fácil sermos derrotados logo no início, porque aprendemos que tudo no Universo já está estabelecido e que por isso as coisas não podem ser alteradas. E, se nada pode ser mudado, então por que orar? Podemos alimentar esse melancólico sentimento, mas não é o que a Bíblia ensina. Nas Escrituras, os que oravam faziam-no como se as orações pudessem mudar as coisas de maneira objetiva. O apóstolo Paulo, com alegria, proclama que somos “cooperadores de Deus”, ou seja, trabalhamos com Ele para determinar o resultado dos eventos (I Co 3:9). 
	Temos que crer que podemos mudar os fatos. Moisés orava com ousadia porque acreditava que suas orações podiam mudar as coisas, até mesmo um julgamento de Deus.
“Então o Senhor se arrependeu do mal que dissera havia de fazer ao seu povo.” (Êx 32:14)
“Quando Deus viu as obras deles, e como se converteram do seu mau caminho, Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria, e não o fez.” (Jonas 3:10)
Esse fato surge como libertação genuína para muitos de nós, mas também nos impõe tremenda responsabilidade. Estamos trabalhando com Deus para determinar o futuro! Certas mudanças irão acontecer na História se orarmos como convém. Devemos mudar o mundo por meio da oração. De que outra motivação precisamos para aprender a mais grandiosa das práticas humanas?
	A oração verdadeira é algo que se aprende. Os discípulos pediram a Jesus: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lucas 11:1). Eles haviam orado a vida toda, mas algo na qualidade e na quantidade das orações de Jesus os fez perceber que sabiam muito pouco a respeito dessa prática. Se a oração podia fazer diferença no cenário humano, então havia coisas que eles precisavam aprender.
	Talvez a característica mais surpreendente da oração de Jesus é que ele nunca terminava a oração com a frase “se for da tua vontade” quando orava por alguém. Os apóstolos e profetas também não faziam isso quando oravam por alguma pessoa. Eles sabiam qual era a vontade de Deus antes de fazer a oração da fé. Estavam tão imersos na esfera de influência do Espírito Santo que sabiam exatamente o que fazer diante de qualquer situação. A oração deles era tão positiva que na maioria das vezes assumia a forma de uma ordem direta, cheia de autoridade: ”Ande!”, “Recupere-se”; “Levante-se”. 
	Há a oração de saber qual é a vontade de Deus, esta se chama oração de consagração, ou oração de direcionamento. Por exemplo, se quero mudar de cidade, vou pedir direção a Deus se é o momento certo, o lugar certo, se é da vontade dEle a minha mudança. Oraremos a oração de renuncia sempre que a nossa vontade contrastar com a vontade do Senhor, escolhendo fazer a vontade do nosso Amado. O objetivo é sempre sermos direcionados por Deus, obedece-lo, não deixar os desejos humanos por obstáculo à vontade do Senhor.
II.1-A necessidade da oração.
1º lugar: A comunhão com Deus.	
	A principal necessidade da oração é a comunhão com o Senhor. Não encontramos sentido para a vida sem estar nEle e Ele em nós (Jo 15:7). Orar tem que ter como motivação a presença do Amado da nossa alma. É amar estar com Ele, não porque desejamos que fatos sejam mudados em nossa vida ou na de alguém que amamos, mas porque a presença dEle satisfaz-nos. 
	Jesus anelava pela comunhão com o Pai. O desejo dEle era tão somente agradar e engrandecer o Pai. Em João 6:34 Jesus diz que a comida dELe é fazer a vontade do Pai. O que significaque o que O sustentava, O alimentava, O fortalecia, o que gerava fome nEle era somente o Pai.
	Ele nos ensinou através de sua vida que a nossa busca deve ser em primeiro lugar pelo Reino de Deus e pela vontade do Senhor deste Reino. A oração gera em nós a fome pelo Senhor. Quanto mais orarmos, mais iremos desejar estar a sós com Ele em adoração. Iremos busca-lo pelo que Ele é e não pelo que pode fazer por nós.
	Nós somos seres espirituais, temos uma alma e habitamos num corpo. A vida está nos espírito, onde o Espírito Santo habita. 
	O homem natural que não nasceu de novo anda pela carne, pela sua vontade, sua maneira de pensar, suas emoções.Nós nascemos de novo, recebemos a vida de Deus em nosso espírito, mas mesmo assim, a nossa alma pode querer governar a nossa vida. 
	A comunhão com Deus através da oração torna-nos sensíveis ao Espírito Santo que irá nos moldar com seu poder, com sua unção. À medida que oramos nossa própria vontade se renderá à vontade do Senhor. 
	Precisamos almejar ter um relacionamento profundo com o amado da nossa alma. Não podemos ser superficiais em nosso relacionamento com Ele. As coisas mais lindas e mais diversificadas estão no fundo do mar. A Palavra diz em João 7:38 que quem crer em Jesus como as escrituras dizem, do interior fluirão rios de água viva. À medida que o relacionamento com Deus aprofunda-se, mais os rios de Deus irão transbordar.
2º lugar: Sermos cheios do Espírito Santo
“18 E não vos embriagueis com vinho, em que há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, 19 falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, 21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. (Ef 5:18-21) 
	Ser cheio com o Espírito Santo e ter o Espírito Santo são coisas distintas. Quando aceitamos a Jesus nosso Salvador e Senhor, recebemos o Espírito Santo e nascemos de novo, isso se dá pelo poder do Espírito Santo.
	E aquele que nasce do Espírito é espírito (Jo 3:6). Quando alguém nasce de novo, Cristo, pelo Espírito Santo, passa a habitar em seu íntimo.
	A nossa comunhão com Deus através da oração vai fazer a unção de Deus que está em nosso espírito crescer, transbordar. Se a Palavra diz para nos encher do Espírito Santo significa que podemos estar em uma condição de vazios do Espírito Santo. Quando nascemos de novo o Espírito Santo vivifica o nosso espírito, mas podemos crescer nesta vida que foi transmitida ao nosso espírito.
	Paulo disse para que os efésios não embriagassem de vinho, ou seja, é não deixarmos que os desejos da natureza humana ocupem o espaço que pertencem ao Espírito Santo, à vontade de Deus. Se estivermos vazios de Deus o diabo vai tentar ocupar espaço.
	“E não deis lugar ao diabo.” Ef 4:27
	“Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares secos, buscando repouso, e não o acha. Então diz: Tornarei para minha casa donde saí.” Lc 11:24
	Quando estamos cheios do Espírito Santo cumpriremos o propósito de Deus em nossas vidas, pois iremos impactar onde quer que formos. As pessoas percebem a diferença de alguém que é cheio do Espírito Santo, este, isala vida, exprime o fruto do Espírito (Gl 5:22-25).
	A pessoa cheia do Espírito Santo tem poder para interferir nas circunstâncias. Ela não será dirigida pelo que sente ou vê, mas por aquilo que a Palavra afirma, por sua intimidade com Deus.
	Quando somos cheios do Espírito Santo vivemos uma vida de gratidão, vencemos a murmuração, o descontentamento, a autocompaixão, a amargura, a depressão, a inquietação, o desânimo. Submetemo-nos em amor às necessidades de uns para com os outros. 
	Quando somos cheios do Espírito Santo temos ousadia para testemunharmos de Cristo: “Tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos. E todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.”
	Para sermos cheios do Espírito Santo devemos beber dEle. Praticar a presença de Deus através da oração nos faz transbordar do rio de água viva que já está em nosso interior, nos faz mergulhar no mais profundo de Deus, conhece-lo, ama-lo, adora-lo. É desejar todos os dias morrer para a carne e se envolver no Seu amor.
3º lugar: Mudar realidades à nossa volta.
 “A oração de um justo é poderosa e eficaz. 17 Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e orou com fervor para que não chovesse, e durante três anos e seis meses não choveu sobre a terra. E orou outra vez e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.” (Tiago 5:16b-18)
	A sua oração é poderosa. É uma dinamite, é um míssel contra o inferno. Onde sua oração tocar destrói as muralhas, as fortalezas, as misérias, as enfermidades, as dores, a violência, o pecado, a marginalidade.
	Você pode perguntar: Mas a minha oração? Não é a oração de Pedro, Paulo? Não. A oração deles foi poderosa, mas a sua também é.
	A oração de um justo. Justo aqui não é a pessoa que confia na sua própria justiça e bondade, mas na justiça que Jesus nos deu, na bondade dEle que habita dentro de nós.
 	II Co 5:21 diz que Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.
	Jesus nos fez justos, aceitos diante de Deus, perdoados, hoje podemos ir com ousadia na sala do trono e podemos ir perante Deus apresentando as nossas necessidades, como também as necessidades de outras pessoas, tendo a certeza de que elas serão ouvidas, atendidas.
“Cheguemo-nos, pois com confiança ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno.” (Hb 4:16)
	A sua oração é poderosa, é uma bomba atômica, causa devastação no inferno, você pode ir diante de Deus, porque pela graça, pelo favor de Cristo, você tem comunhão com o Pai, e através desta graça e comunhão com o Pai você tem a certeza de que suas orações serão respondidas, no momento da dificuldade, no momento oportuno, você pode orar com ousadia, sem medo, sem dúvida de que a resposta virá, de que o poder de Deus será manifesto, de que a glória dEle transborda.
	Tiago disse que Elias orou para que não chovesse e não choveu durante três anos e meio. A natureza obedeceu à oração deste homem. A natureza está à espera dos filhos de Deus exalarem a glória e o poder de Deus.
	Tiago não disse que parou de chover por causa que Elias era profeta, não, mas porque Ele andava em Deus. Elias era um homem como qualquer outro, sujeito a falhas, a erros, possuía fraquezas e o poder de Deus manifestou-se através deste homem sujeito a erros e falhas.
	Elias confrontou principados e potestades, destruiu os profetas do diabo, deixou Deus usar sua vida para trazer avivamento em sua nação. Um homem como nós foi um agente de Deus em sua época. Ele tinha a confiança de que ao orar a bomba atômica iria explodir. Mas, ele não só tinha a confiança, praticava esta confiança. Era um homem que não aceitava o seu povo viver enganado por satanás, não aceitava a destruição dos seus irmãos. Era um homem que exercia o seu ministério em posição de gerar. A bomba atômica manifestava-se através dele porque buscava a transformação através da intercessão, da busca da face do produtor das bombas.
“As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição de fortalezas.” (II Co 10:4)
 	O nosso exército não anda com armas feitas por homens, não anda na força do homem, mas guerreia com as armas que vem do céu. Armas indestrutíveis que nenhuma tecnologia humana jamais irá produzir. Armas que destroem qualquer tipo de fortaleza.
	Quais as fortalezas você precisa destruir? Quais as fortalezas o inimigo tem colocado em sua cidade, em sua nação? No mundo?
	Quais as armas você tem usado para destruir o exército inimigo que vem contra você? Deus te deu armas eficazes, poderosas, armas que acertam o alvo em cheio.
	A oração, antes, é algo magnífico, porque ficamos face a face com o Pai. Faz-nos regozijar na presença dEle, nadamos na graça. A oração leva-nos a um rio extraordinário, mergulharmosnas profundezas de Deus e descobrirmos quantas coisas sensacionais que nossos olhos nunca viram, ouvimos coisas que nunca ouvimos.
	A oração pára as estratégias de satanás, a oração traz os que estão longe de Deus para sua presença, a oração cura as feridas da alma, a oração faz presidentes, reis ajoelharem-se diante de Deus e renderem-se em compaixão para com o seu povo. A oração faz a terra seca tornar-se fértil e produzir a cem por um. A oração faz o rio que estava seco transbordar de água.
	Um tipo de oração é a intercessão. Esta é aquela que você vai diante de Deus não para pleitear para si, mas para o outro. É quando tomamos a dor do outro, o problema do outro, a dificuldade do outro como nossa. É o tipo de oração que você não descansa enquanto não gerar o milagre para o outro.
	Para que sua intercessão seja explosiva é necessário:
- Ser guiado pelo Espírito Santo: “Da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas. Não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.”
 (Rm 8:26,27) 
	Você pode dizer: eu não sei orar. Mas o Espírito sabe como deve ser a oração explosiva. Ele sabe das nossas debilidades, das nossas fraquezas. Então quando formos orar, devemos primeiro chama-lo para nos ajudar a orar, chama-lo para pegar junto conosco na intercessão. Ele irá nos ajudar a orar de forma eficaz, irá nos trazer a motivação correta, as palavras certas.
	Comece a orar pedindo o Espírito Santo para te ensinar a orar, para te ajudar a interceder. Ele guiando sua intercessão o alvo será atingido. A bomba atômica vai chegar ao alvo.
- Interceder com compaixão. Em Is 53:4-8 diz que Jesus tomou o nosso lugar. Sofreu em nosso lugar porque nos ama. 
“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm 5:8)
	A sua intercessão será explosiva quando seu coração for tomado pela compaixão. Quando você vê o sofrimento de alguém e aquilo dói tanto que parece que seu coração está sendo dilacerado, você se importa de verdade querendo fazer alguma coisa, não medindo esforços e até mesmo se custar a sua vida você a renuncia, isto é compaixão.
	Podemos passar na rua e ver um mendigo ou um jovem nas drogas e sentirmos pena. Pena é aquele sentimento de momento, ficamos tristes, mas nada fazemos em prol do outro. Compaixão é o sentimento que nos leva a fazer algo para mudar a situação em que o outro se encontra. A compaixão nasce do amor de Deus que foi derramado em nosso coração. Deus olhou para o nosso pecado, com o desejo e a atitude de fazer algo em relação a ele, para que nos tornássemos seus filhos e pudéssemos ter comunhão com Ele.
	John G. Lake foi um apóstolo da fé para a África do Sul no século 20. Em um período de cinco anos, construiu 500 igrejas naquela nação.
	Ele relatou um incidente no qual a mulher de um dos principais oficiais do governo estava morrendo de câncer. Ela estava já em fase terminal da doença e, por isso, fazia uso de muitos medicamentos para dor, os quais a deixavam um tanto quanto abatida. Finalmente, ela teve uma decisão: ”Não vou mais tomar esses medicamentos. Vou confiar que Deus vai curar-me.”
	Assim, Lake disse a ela: ”Se é essa a sua posição, se é isso o que quer, ficaremos ao seu lado.” Então, ele organizou um grupo de fiéis, incluindo ele mesmo, outros ministros e leigos, para ficarem orando, constantemente, ao lado da cama dela.
	Vinte e quatro horas por dia, alguém estava lá, orando por aquela mulher. Essa era a única maneira de ela conseguir algum descanso, pois tinha muitas dores. Porém, quando as pessoas intercediam, ela se sentia aliviada e adormecia.
	Determinada manhã, depois de Lake ter organizado a vigília da oração pela mulher desse oficial, a qual tinha câncer, ele foi para casa a fim de tomar banho e trocar de roupa antes de dirigir-se novamente à casa da mulher enferma. Então, no seu caminho de volta, cerca de dois quarteirões da casa dela, ele a ouviu gritando de dor.
	Lake escreveu que, ao ouvir seus gritos, foi tomado de compaixão e começou a correr em direção à casa dela. Sem perceber o que estava fazendo, entrou no quarto da mulher onde ela e os outros estavam. Ele pegou em seus braços aquele corpo enfraquecido e praticamente sem vida, e começou a chorar com compaixão piedosa. Porém, enquanto chorava, a mulher foi completamente curada!
- Perseverança- I Re 18:41-46
	Elias orou e não choveu. Para voltar a chover ele orou de forma perseverante. Deus falou para ele que iria chover. Mas ele não ficou parado esperando a chuva vir, ele foi orar. Diz a Palavra que ele subiu a um monte, ficou de cócoras, na posição de parto que as mulheres hebreias ficavam para dar a luz seus filhos.
 	Ele mandava o seu servo ver se havia alguma nuvem, algum sinal de chuva e nada. Seu servo foi ver sete vezes. Elias continuou a orar, a ficar naquela posição, não deixou o lugar da intercessão até que seu servo viu uma pequena nuvem do tamanho da mão de um homem. Então quando a intercessão deu a luz o milagre ele se levantou. 
	Continue a orar mesmo que não veja nada. Não saia da posição de gerar o milagre, de trazer para o alvo a bomba atômica. Só parece que nada está acontecendo. Todas as vezes que você intercede, coloca-se no lugar do outro, o canhão do Espírito Santo está sendo ativado.
	Precisamos de perseverança. Não podemos ser inconstantes. Mas, permanecermos firmes na posição de gerar.
 	O diabo vai criar situações para que você desista. Quando estiver orando ele vai mandar mais situações difíceis para te enganar, para te desanimar, para te fazer desacreditar no milagre. Então, quando o fogo tiver sendo aumentado, não desista, mesmo que seja levado para a fornalha.
	Temos na Bíblia exemplos de homens e mulheres que não saíram da posição de gerar. Temos o exemplo de Daniel. Um homem que orava três vezes ao dia. Ele foi um dos homens mais influentes e respeitados no reinado de três reis poderosos na terra: Dario, Ciro e Nabucodonosor. Estes reis inclinaram-se diante do Deus de Daniel. 
	Satanás não queria que o reinado dele se abalasse, então mandou bombas contra Daniel para que ele parasse de orar, de frustrar seus planos. Foi elaborado um edito que ninguém poderia por alguns dias pedir a outro deus, ou a outra pessoa a não ser o rei, caso contrário, seria morto.
	Daniel não parou diante das ameaças, dos bombardeios do inimigo. Continuou a orar três vezes ao dia. Devido suas intercessões explosivas foi levado à cova do leão. Mas, o ataque do inimigo trouxe mais glória a Deus.
	Não pare de orar. Se o fogo está aumentando, se a dor está sendo intensa, se as necessidades estão se multiplicando, é porque o inimigo está desbaratinado e então quer fazer você parar.
	Daniel leu no livro dos profetas que Deus prometeu que livraria seu povo do exílio ao completar 70 anos. Mas, para chamar a existência a promessa Daniel teve que interceder. Colocou-se na posição de gerar através da intercessão e jejum. Contudo, o principado da Pérsia colocou-se contra o anjo que vinha trazendo a vitoria e as respostas às intercessões de Daniel. Miguel veio para ajudar o outro anjo. 
	Daniel continuou de forma perseverante durante 21 dias. Suas intercessões liberaram poder e o principado da Pérsia teve que soltar a vitória já prometida. Nestes dias de entrega total, de mergulho na presença de Deus, Daniel teve revelações tremendas, revelações para os últimos dias. 
	Quando oramos, liberamos poder no mundo espiritual. Não desista de orar. Continue até toda resistência de satanás ser quebrada, até que todas as fortalezas caiam.
	Se você firmou um propósito de oração continue firme. Coloque a oração como prioridade em sua vida. Não seja inconstante. 
	O segredo do sucesso é a perseverança de todos os dias lutar através da oração, sem desviar o olhar do Senhor.
	Muitas coisas vão vir para nos afastar da posição de gerar, mas não saia desta posição.
	A oração do justo é poderosae eficaz. Suas armas são poderosas para destruir fortalezas. Você pode ir diante do trono da graça tendo a certeza que vai ser ouvido no momento da dificuldade, pode ter certeza que sua oração será ouvida.
 	Sua intercessão muda a história da humanidade. Seja guiado pelo Espírito Santo, deixe a compaixão fazer parte do seu dia-a-dia e seja perseverante.
II.2-Orar em línguas.
	Quando oramos em outras línguas estamos edificando a nós mesmos (Jd 1:20).
“14 Pois se eu orar em língua, o meu espírito ora, de verdade, mas o meu entendimento fica sem fruto.15 Que farei? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.” (I Co 14:14,15) 
Paulo encorajou os cristãos de Corinto a permanecerem na prática do falar em línguas em seu devocional e vida de oração como uma forma de edificação espiritual. Segundo estudiosos a palavra que temos em nosso vocabulário que mais se aproxima do original grego da palavra “edificar” é recarregar. 
Se a bateria do carro descarrega, é preciso liga-la com um cabo de força para recarrega-la. O que fala em outra língua edifica a si mesmo, fortalece-se ou recarrega a si mesmo como uma bateria. Quando nossa bateria espiritual morrer: Orar no Espírito Santo.
“14 Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,15 do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome.16 Oro para que, segundo as riquezas da sua gloria, vos conceda que sejais fortalecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior, 17 para que Cristo habite pela fé nos vossos corações. E oro para que, estando arraigados e fundados em amor,18 possais perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o cumprimento, e a altura, e a profundidade,19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendiemento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” (Ef 3:14-19)
	Para que o cristão seja fortalecido com poder em seu homem interior, para andar mais alto aqui, nesta vida, a oração em línguas ajuda-nos a alcançar este resultado. Precisamos ser fortalecidos no homem interior, pois, o nosso inimigo nunca para de lançar os seus ataques contra a nossa fé.
	Orar em línguas nos leva a orar com a perfeita vontade de Deus (Rm 8:26,27). Não sabemos orar como deveríamos. Não sabemos tudo de uma determinada situação. Às vezes não sabemos o que está por traz de situações que estamos enfrentando.
	O Espírito Santo em oração, nos ajuda em nossa fraqueza. Devemos tomar a decisão de orarmos em línguas, o papel dEle é nos ajudar a mover os obstáculos.
	Orar em línguas elimina qualquer egoísmo em nossa oração. Quando oramos com a nossa própria mente, nosso entendimento, é possível que nossa oração venha a ser egoísta e fora da Palavra. 
	Orar em línguas ajuda-nos a estar conscientes da presença do Espírito Santo. Se formos mais conscientes da presença do Espírito Santo em nós, deixaremos de falar e de fazer muitas coisas que não devemos. 
	Orar em línguas ajuda-nos a adorar a Deus, a sermos mais sensíveis às coisas de Deus. Provê refrigério espiritual. 
UNIDADE III
III-A DISCIPLINA DO JEJUM
	A prática do jejum tem sido negligenciada atualmente. O que explica esta negligência? Em primeiro lugar o jejum adquiriu má reputação em consequências das práticas ascéticas exageradas da Idade Média. Com o declínio da realidade interna da fé cristã, acentuou-se a tendência crescente de enfatizar o que restou: a forma externa. Sempre que houver uma forma destituída de poder espiritual, a lei tomará as rédeas, porque traz consigo uma sensação de segurança e de poder manipulador. Assim, o jejum ficou submetido a rígidas regulamentações. Sua prática também foi vinculada à mortificação pessoal e sofrimentos físicos extremos. A cultura moderna rejeita com veemência esses excessos e tende a confundir jejum com mortificação.
	Em segundo lugar, a propaganda com a qual somos alimentados continuamente convence-nos de que, se não tivermos três refeições fartas todos os dias, com diversos petiscos nos intervalos, ficaremos à beira da inanição. Qualquer um que leve a sério a tentativa de jejuar é logo bombardeado com objeções: “Isso irá minar suas energias, e você não conseguirá trabalhar.” “Será que os tecidos saudáveis do seu corpo não ficarão comprometidos?” Embora o corpo humano consiga sobreviver apenas um curto período de tempo sem ar ou água, ele consegue manter-se vários dias antes que o processo de inanição tenha início.
	Vários personagens bíblicos jejuaram: Moisés, o legislador; o rei Davi; o profeta Elias; a rainha Ester; Daniel, o profeta; a profetiza Ana; o apóstolo Paulo; Jesus Cristo, o Filho encarnado. Muitos cristãos notáveis da historia da Igreja jejuavam e davam testemunho de seu valor. Entre eles, estão Martinho Lutero, João Calvino, John Knox, John Wesley, Jonathan Edwards, David Brainerd, Charles Finney e o pastor Hsi, da China.
“1 Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde 2 por quarenta dias foi tentado pelo diabo. Naqueles dias não comeu coisa alguma, e termianados eles, teve fome.” (Lc 4:1,2)
	Jesus estava cheio do Espírito Santo quando foi levado pelo próprio Espírito Santo ao deserto. Ele passou 40 dias jejuando, sem comer. Durante este tempo Satanás o tentou. Na conclusão do seu jejum Satanás estava lá. Mesmo sabendo que é um perdedor, não desiste de querer levar-nos a fazermos escolhas diferentes das que Deus deseja para nós. 
	Satanás procurou tentar Jesus com as três maiores tentações que ele sempre usou contra o homem:
1º)Ele questionou a identidade do Senhor como o Filho de Deus e tentou leva-lo a usar o Seu poder em beneficio próprio em sua sugestão de transformar pedras em pão e satisfazer a Sua fome.
2º)O diabo tentou o Senhor a tomar para si a autoridade e glória de todos os reinos deste mundo. Se assim o Senhor fizesse, o diabo teria alcançado o seu objetivo: ser adorado.
3º)Satanás novamente questionou a identidade do Senhor usando citações das Escrituras para seduzi-lo a se lançar do penhasco, colocando assim, Sua confiança nos anjos para salva-lo. Esta atitude novamente tinha como objetivo faze-lo provar alguma coisa. Jesus, no entanto, derrotou o tentador todas as vezes usando a palavra de Deus, sempre dizendo: Está escrito.
	Se Satanás tentou a Jesus e em um momento que Ele estava buscando está a sós com o Pai, consagrando-se para o seu chamado, muito mais ele se atreve a nos tentar. Precisamos ter uma vida de comunhão com Deus Pai através da Palavra, da oração e mortificando a nossa carne através do jejum.
III.1-Por que Jesus fazia tantos milagres?
“Então, pelo poder do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as regiões circunvizinhas.” (Lc 4:14)
Antes da tentação no deserto Jesus estava cheio do Espírito Santo. No verso 14 de Lucas, diz que pelo poder do Espírito Jesus fazia muitos milagres e que sua fama corria pela Galiléia e regiões circunvizinhas.Após o jejum de 40 dias Jesus saiu do deserto operando no poder do Espírito. Existe uma clara diferença entre estar cheio do Espírito e operar no poder do Espírito. 
Estar cheio do Espírito Santo é o primeiro estágio de nosso progresso depois de nossa salvação. Precisamos perseverar em alcançar o nosso progresso espiritual.
Jesus mostrou-nos que estar cheio do Espírito em si não nos faz aptos para estarmos funcionando na plenitude de Seu chamado em nossas vidas. Precisamos estar dispostos a nos submetermos à disciplina do espírito e, a partir daí, o Senhor tratará conosco em pontos cruciais de nosso ser, como: a vida de oração, jejum e habilidade no manejar da Palavra de Deus. Uma vez sendo tratados nestas áreas, estaremos plenamente funcionando no poder do Espírito Santo.
No jejum temos a chave para avançarmos além do ponto de estarmos “cheios do Espírito” para nos mover para a plenitude de Sua vida em nós.
O jejum leva o poder do Espírito em nossas vidas a ser liberado. Facilitará o livre fluir do Espírito Santo de Deus atravésde nós dissolvendo-se e removendo tudo aquilo que não tem nada a ver com Cristo em nossa vida.
III.2-A primeira obra que somos chamados a fazer.
	O início ou o primeiro trabalho de Jesus antes de iniciar Seu ministério no poder do Espírito foi jejuar e empreender uma luta espiritual na oração.
“14 Quando chegaram à multidão, um homem aproximou-se de Jesus e ajoelhou-se, dizendo: 15 Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é epilético e sofre muito. Ele muitas vezes cai no fogo e na água.16 Eu o trouxe aos teus discípulos, mas não puderam cura-lo.17 Respondeu-lhe Jesus: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino.18 Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino, e desde aquela hora o menino ficou são.19 Então os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, perguntaram: Por que não pudemos nós expulsa-lo? 20 Jesus lhes respondeu: Por causa da vossa pequena fé. Em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará.21 Mas esta casta de demônios não se expulsa senão por meio de oração e jejum.” (Mateus 17:14-21)
Os discípulos de Jesus não puderam expulsar os demônios que estavam na vida daquele menino. O Mestre foi rigoroso com eles, pois Ele já havia delegado autoridade ou unção aos seus discípulos, para que eles O representassem.
Em Mateus 10:8 Ele disse:”Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça dai.”
Eles não creram, ficaram intimidados. Mas, Jesus disse que aquela casta de demônios é expulsa por meio de jejum e oração. Ele mostrou que o jejum e a oração nos leva a sermos cheios do Espírito Santo, como também a operar no poder do Espírito Santo.
Quando jejuamos a nossa carne submete-se à vida de Deus. O medo, a dúvida são gerados por aquilo que estamos vendo e sentindo. Mas, quando estamos consagrando-nos ao Senhor, ficamos mais ousados, mais perceptíveis ao Espírito Santo, à voz de Deus, não andamos pelos sentidos. Faça a experiência. O andar no Espírito nos leva a sermos ousados.
“3 Pois embora andando na carne, não militamos segundo a carne.4 As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.5 Derrubamos raciocínios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo.6 E estaremos prontos para punir toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” (II Co 10: 3-6)
	Não militamos segundo a carne, as armas que usamos para militar são espirituais, são poderosas para destruir qualquer fortaleza. Uma vez que nossas armas (e portanto, a nossa vitória) não são encontradas no domínio natural da “carne e do sangue”, o nosso inimigo, Satanás, fará de tudo para nos arrastar para uma batalha e um combate de atmosfera natural e carnal.
	A maneira mais efetiva para mim e para você colocar a nossa carne em seu próprio lugar e andar em Espírito é jejuar e orar. Se o Filho de Deus jejuou e orou em busca de vitória em seu ministério terreno, por que eu e você deveríamos pensar que estamos isentos destas coisas?
	Jesus espera que nós jejuemos e oremos. Em Mateus 6:5-7 Ele diz:”5 E quando orares, não sejas como os hipócritas, pois gostam de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto. E teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falar serão ouvidos.”
	Percebemos por estas palavras que Jesus espera que oremos e jejuemos. Ele não disse:”Quando você sentir o desejo de orar...” De maneira alguma! Mas o Senhor docemente nos diz três vezes: “E quando orares...”
	Da mesma maneira, o nosso Senhor jamais disse:”Se um dia você decidir jejuar...” Em Mateus 6:16,17 novamente Ele diz:”16 Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, pois desfiguram o rosto para parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 17 Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça, e lava o rosto.”
	Jesus novamente diz:”Quando jejuardes...” Ele não nos deu uma segunda opção.
	Ele considerou estas práticas como algo natural, inerente à vida cristã em outras palavras, o Senhor deixou bem claro a Seus discípulos e interlocutores que oração e o jejum desempenhariam um importante papel em suas vidas após a Sua partida.
	As Escrituras nos revelam que muitas doenças, moléstias, problemas mentais e comportamentos crônicos que afligem a humanidade são instigados ou perpetuados por forças demoníacas. Estas forças também buscam por obstáculos ao povo de Deus trazendo tormentas, procurando mante-lo à parte da vida de Deus.
	Demônios não podem ficar por perto por muito tempo quando uma pessoa jejua. Isto se deve ao fato de que o jejum diante do Senhor cria uma atmosfera completamente diferente, propiciando assim o fluir mais fácil do Espírito Santo de Deus o e repelir de forças e espíritos malignos.
-O apóstolo Paulo.
	Paulo foi um discípulo de Cristo que gerou muitos filhos espirituais, abriu muitas igrejas, formou muitos líderes, recebeu revelações de Deus. Sua vida espiritual gerou tudo isto, sua intimidade com o Salvador, sua entrega à vontade de Deus permitiu que Cristo vivesse não só nele, mas através dele.
	Ele diz que como ministro de Cristo, podia ser o referencial em tudo:
“4 Antes, como ministros de Deus, recomendamo-nos em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias,5 nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,6 na pureza, no saber, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido..” (II Co 6:4,5)
	Em tantas atitudes de entrega, estava também presente o jejum. Ele praticava esta disciplina espiritual, e podemos então ver os frutos de seu viver para Cristo.
	Em II Co 11 Paulo relata seus sofrimentos por amor do evangelho. Ele fala da sua prática do jejum no versículo 27. O jejum era praticado no cumprimento do seu chamado: “... em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez.”
III.3-Por que jejuamos?
1º)Jejuamos em obediência à Palavra de Deus.
“14 Então vieram os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, mas os teus discípulos não jejuam?15 Respondeu-lhes Jesus: Podem estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias, porém, virão em que o noivo lhes será tirado, e nesses dias jejuarão.” 
 (Mt 9:14,15)
2º)Nós jejuamos para nos humilharmos diante do Senhor.
	Quando jejuamos estamos mortificando a nossa carne e logo, estaremos mais sensíveis para obedecer à vontade de Deus.
3º)Nós jejuamos para obtermos vitória sobre tentações e ataques que nos impedem de estarmos movendo no poder de Deus.
	Jesus já levou os nossos pecados, tornou-nos justos diante de Deus. Contudo, muitos ainda vivem cercados ou embaraçados por pecados, esforçam-se para vence-los, mas continuam sendo assediados e acabam frustrados.
	As disciplinas espirituais ajudam a vencermos as tentações. O conhecimento da Palavra nos liberta, a oração torna-nos mais próximos de Deus, mais íntimos, e o jejum mortifica a nossa carne. 
	Se existe algum mau hábito ou pecado cônscio em sua vida que ainda insiste em mante-lo longe daquilo que o Senhor tem preparado para você, saiba que é hora de humilhar a sua alma no jejum e na oração.
	O jejum tem a capacidade de trazer à tona toda a podridão do pecado e sujeira de maus hábitos, que diariamente borbulham na superfície de nosso viver. 
5º)Nós jejuamos para nos quebrantarmos diante do Senhor e, ao mesmo tempo, fortalecemo-nos nele.
	O jejum é a arma providenciada por Deus

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