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11-Sistemas de Proteção contra Incêndios e Explosões

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Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões / Sistemas de Proteção contra incêndios …
1 2 3 4 5 6
1. Importância da proteção e combate contra incêndios (PCI)
 
 Para que possamos minimizar a ocorrências de acidentes, precisamos, necessariamente, 
investigar os fenômenos responsáveis por danos e perdas, sejam elas materiais e/ou huma-
nas. Vamos considerar o estado de “segurança”, como a situação na qual existe uma baixa 
probabilidade de ocorrência de eventos causadores de perdas e danos. 
 Poucos acidentes têm o potencial de dano dos incêndios e explosões. As chamas podem 
consumir, em questão de horas, casas, edifícios e até mesmo cidades, como nos mostra a 
história. Por conta disso, é importante estudar seus efeitos e causas, de forma que seja possí-
vel, não apenas cumprir as normas de segurança já propostas, mas também contribuir com o 
conhecimento na área. Desta forma, fazendo parte da melhoria contínua das boas praticas de 
proteção e combate aos incêndios. 
 
1.1. Aprendendo com os grandes incêndios
 
 Ao longo do seu desenvolvimento, a sociedade foi vítima de várias catástrofes, algumas de-
las naturais e outras causadas pela ação humana. Algumas das maiores cidades atuais foram 
devastadas por incêndios de grandes proporções. No século I, quando era governada por 
Nero, Roma teve 70% de toda sua estrutura atingida por um grande incêndio, da qual 21% foi 
completamente destruída.
 Outras cidades como Londres, no século XVII e Chicago e Boston, século XIX, também so-
freram incêndios de grandes proporções. Porém, a forma como as cidades se organizam são 
drasticamente diferente da maneira como as edificações eram erguidas naquela época. Logo, 
as chances de incêndios como estes se repetirem são muito baixas. Por conta disso, vamos 
focar nos incêndios mais recentes e como estes moldaram a forma como enxergamos a segu-
rança e a PCI nos dias atuais. O quadro 1 apresenta algumas dos incêndios mais famosos do 
início do século XX.
 
 
Próxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/sistemas-de-protecao-contra-incendios-e-explosoes/sistemas-de-protecao-contra-incendios-e-explosoes-importancia-da-protecao-e-combate-contra-incendios-pci-
Esses acidentes modificaram a forma como as autoridades viam a proteção e combate a in-
cêndios (PCI). Houve uma maior valorização da vida e não apenas da propriedade, o que esti-
mulou a National Fire Protection Association (NFPA), em 1914, a criar protocolos de evacua-
ção e indicações de saídas e escadas de emergência em diversos edifícios, tais como escolas 
e fábricas. Esses constituem ainda hoje a base das normas modernas.
 
1.2. Grandes incêndios no Brasil
 
 O Brasil foi incapaz de aprender com os erros ocorridos nos EUA no início do século XX. 
Desta forma, o país levaria mais que cinquenta anos para passar a levar a sério os perigos 
dos incêndios. Isso pode ter ocorrido em parte pela falta de grandes incêndios no nosso 
território. 
 As décadas de 60 e 70 foram marcadas por grandes incêndios que fizeram centenas de ví-
timas no país. Fábricas, edifícios e até mesmo um circo foram palcos para as tragédias que 
fizeram com que o país buscasse um esforço mais coeso na PCI. O quadro 2 apresenta os 
incêndios mais famosos da metade do século XX no Brasil. 
 
 
Esses acidentes tiveram impacto nos poderes legislativo, executivo e também no meio téc-
nico. A segunda metade da década de 70 foi palco para movimentações na direção da consci-
entização das autoridades da importância da PCI. Palestras e encontro foram realizadas sobre 
o assunto, além dos decretos e leis assinados pelos poderes federais e estaduais, destacada-
mente os governos do Rio de Janeiro e São Paulo. Mas talvez a mudança mais importante 
ocorrida na época tenha sido a publicação, por parte do ministério do trabalho, da NR-23. Que 
dispõe sobre regras de proteção contra incêndios e apesar de ter passador por várias mudan-
ças ao longo do tempo, está em vigência até hoje. 
 
Próxima
1.3. Estatísticas sobre incêndios no Brasil
 
As estatísticas sobre incêndios no Brasil não são produzidas de maneira centralizada. 
Cada corpo de bombeiros registra e publica as informações referentes aos seus atendimen-
tos. Para ter acesso as informações é preciso acessar os documentos disponibilizados pelos 
CB’s de cada estado da federação. As principais informações a serem registradas após o 
atendimento de uma emergência de incêndio são:
 
1. Causa do incêndio;
2. Tipos de veículos utilizados;
3. Número de bombeiros empregados;
4. Número de vítimas;
5. Consumo de água;
6. Sistemas de proteção existentes no local da ocorrência;
7. Equipamentos utilizados.
 
O instituto Sprinkler Brasil compilou alguns dados sobre ocorrências de incêndios entre os 
anos de 2018 e 2019. No ano de 2019 foram registradas 866 ocorrências de incêndios estru-
turais no país, o que representa mais do que dois incêndios por dia. Este número foi 64% su-
perior em relação ao ano de 2018. Comércios e depósitos encabeçam a lista com respectiva-
mente 215 e 187 ocorrências, respectivamente. O quadro 3 apresenta uma relação das ocor-
rências de incêndio estrutural por tipo de estabelecimento.
 
 
Todos os tipos de estabelecimento, exceto empresas públicas, tiveram aumento das ocorrên-
cias em relação ao ano de 2018. É preciso melhorar tanto a capacitação dos profissionais que 
atuam na área de PCI, quanto dos funcionários das empresas, para que possam identificar Próxima
fontes de risco de incêndio e intervir diretamente, ou notificar as autoridades, de forma a dimi-
nuir o número de acidentes.
 
1.4. O papel do engenheiro de segurança na PCI
 
 O papel do engenheiro de segurança na prevenção e combate a incêndios deve ser 
tomado não apenas pelo ponto de vista da segurança e do bom funcionamento das ins-
talações, mas principalmente pelo ponto de vista da preservação de vidas. 
 Os incêndios são fonte de risco a saúde tanto dos ocupantes dos edifícios quanto dos 
profissionais que atuam no seu combate. A correta implantação da prevenção de incên-
dio se faz por meio de atividades que visam a evitar o surgimento do sinistro, possibilitar 
sua extinção e reduzir seus efeitos. 
 Cabe ao engenheiro de segurança sempre zelar pelo cumprimento das normas não 
apenas na fase do projeto de prevenção e combate aos incêndios, como também du-
rante a execução das atividades dos estabelecimentos. Além de fiscalizar a disposição 
dos equipamentos usados na PCI e sua manutenção.
 Seguindo os requisitos dispostos nas legislação e normas, é possível mitigar os riscos 
de incêndios e evitar grandes crises, ou gerir da melhor maneira possível suas con-
sequências, minimizando as perdas materiais, e principalmente, as perdas humanas. A 
instalação correta de sistema de detecção e combate a incêndios, das saídas de emer-
gência e a realização de exercícios de incêndio rotineiros visam garantir a perfeita funci-
onalidade destes equipamentos. Da mesma forma, a capacitação de todos os funcioná-
rios permitem que estejam aptos a seguir de maneira calma os protocolos de evacuação 
em caso de incêndio. Essas são premissas básicas que o engenheiro de segurança 
deve seguir para maximizar a segurança do ambiente de trabalho.
 
1.5. Engenharia de segurança: O futuro na PCI
 
 O Brasil passou por várias fases em relação ao que se entende como dever na prevenção e 
combate a incêndios, desde seu descobrimento, colonização e independência da coroa portu-
guesa. Enquanto a Europa e os EUA deram início ao que podemos chamar de fase moderna 
da PCI, nas primeiras décadas do século XX, o Brasil só passou a desenvolver verdadeiros 
esforços institucionais em meados da década de 70. Depois que grandes incêndios vitimaram 
centenas de brasileiros e brasileiras.
 Atualmente, além de uma oportunidade de carreira para engenheiros e técnicos, a legisla-
ção tornou uma necessidade para as empresas a presença destes profissionais nas mais di-
versasfases do desenvolvimento e operação dos empreendimentos. Movimentos recentes do 
poder legislativo, como a promulgação da Lei 13.425/2017, apenas reforçam esta noção. A 
referida lei obriga a apresentação de projetos de PCI ao CREA, e, além disso, incube as auto-
ridades públicas de exigir esses projetos durante as fiscalizações dos edifícios. 
Próxima
 O Brasil, cada vez mais, vem tentando unir-se aos esforços globais na PCI. Desta forma, 
vem surgindo mais oportunidades para os engenheiros de segurança atuarem neste setor. 
Fica evidente que esses profissionais podem e devem contribuir para criação de uma cultura 
de segurança no país, que por suas dimensões territoriais e desigualdades regionais dificul-
tam essa tarefa.
 Embora a legislação nacional de PCI tenha se modernizado e se aproximado da realidade 
internacional, ainda existe no país uma desvalorização da fase do planejamento, não apenas 
na área de segurança. Muitos acreditam que negligenciando esta etapa podem estar cortando 
custos, porém a realidade é muito diferente. Segurança deve começar do projeto, quanto an-
tes for pensada, mais barata e efetiva será.
 É necessário que todos profissionais da PCI, como os engenheiros, corpo de bombeiros, 
arquitetos e as associações de classe unam seus esforços em prol da segurança das edifica-
ções, de forma a contribuir para o desenvolvimento nacional, sem esquecer da preservação 
das vidas. Sabendo que este é um esforço contínuo, que acaba abrindo oportunidades para 
todos envolvidos, seja para adequar o que já existe ou planejar o que ainda estar por vir.
 
Atividade Extra
Assista ao vídeo “Incêndio no Edifício Joelma” onde é mostrado a história de um dos aciden-
tes mais trágicos da história do Brasil (Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
v=OVFVqybLuIY&ab_channel=PortalSMS>).
 
 
Referência Bibliográfica 
 
SEITO, A. I. et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto editora, 
2008.
 
Acidentes Históricos 003 - Incêndio no Edifício JoelmaAcidentes Históricos 003 - Incêndio no Edifício Joelma
Próxima
https://www.youtube.com/watch?v=OVFVqybLuIY
BENEDITO, C. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: Uma abordagem 
holística - Segurança integrada à missão organizacional com produtividade, qualidade, preser-
vação ambiental e desenvolvimento de pessoas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2016.
 
CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. de. Introdução à segurança do trabalho. 1 ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
 
Infopédia. Incêndio de Roma. Porto Editora, 2003-2021. Disponível em: 
<https://www.infopedia.pt/$incendio-de-roma>. Acesso em: 09 de março de 2021.
 
Sprinklerbrasil. Estatísticas 2019. Dísponível em: 
<https://sprinklerbrasil.org.br/estatisticas-2019/ >. Acesso em: 09 de março de 2021.
 
CAMPOS, I. M. Uma visão sobre o futuro da prevenção a incêndios no Brasil. In: 
Seminário de Segurança Contra Incêndio em Edificações (SCIER), 1, 2018, Espirito Santo. 
Anais. FIREK, 2018.
 
 Estranhou essa explicação?
Próxima
Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões / Sistemas de Proteção contra incêndios …
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Leis e normas regulamentadoras
 
 É indispensável para o engenheiro de segurança conhecer as normas que dão as diretrizes 
para implementação e manutenção dos equipamentos e estruturas de segurança. De acordo 
com o Comitê brasileiro de segurança contra incêndio (CB-24) existem mais que 70 normas
sobre PCI no país. Porém, focaremos nas principais normas que norteiam o assunto. Sendo 
assim, abordaremos a NR-23 e as outras normas NBR’s que a complementam.
 As normas regulamentadoras, como a NR-23, são publicadas pelo ministério do trabalho e 
tem força de lei. Ou seja, as especificações contidas nas NR’s não são apenas sugestões, 
mas legislações que devem ser seguidas e passíveis de fiscalização e punição para os 
infratores.
 
A NR-23
 
 A NR-23 dispõe sobre a proteção e o combate a incêndios. Sua última atualização aconte-
ceu no ano de 2011, mas a norma foi publicada pelo ministério do trabalho em 1978, e foi um 
grande marco da PCI no Brasil. Esta norma é bastante sucinta e precisamos observar os se-
guintes tópicos: 
 
1. A quem se aplica a norma; 
2. Quais informações o empregador deve fornecer; 
3. Disposições gerais sobre saídas de emergência.
 
 Vamos tentar destrinchar esses três tópicos. A norma é clara, em seu primeiro para-
grafo afirma que se aplica a todos os empregadores. Ou seja, todos devem adotar medi-
das de PCI independentemente do tamanho da empresa. Ainda no primeiro paragrafo é 
informado que esses mesmos empregadores devem seguir as legislações municipais e 
estaduais em consonância com a NR.
 O segundo paragrafo da NR-23 trata das informações que os empregadores devem 
fornecer aos seus funcionários. São três, a saber: Utilização de equipamentos de com-
bate a incêndio, procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança e 
dispositivos de alarmes existentes.
Próxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/sistemas-de-protecao-contra-incendios-e-explosoes/sistemas-de-protecao-contra-incendios-e-explosoes-leis-e-normas-regulamentadores
 Os últimos quatro parágrafos tratam de aspectos das saídas de emergência. As princi-
pais diretrizes a esse respeito são:
 
É exigido a presença de saídas de incêndio em número e disposição suficientes para a 
evacuação com segurança de todos os ocupantes do estabelecimento;
A localização das saídas devem ser bem sinalizadas e iluminadas;
É vedado o fechamento das saídas com chave durante o expediente;
As saídas podem ter mecanismo de trava, desde que sejam de fácil abertura pelo lado
de dentro.
 
 Por ser uma norma curta, a NR-23 é complementada por várias outras NBR’s mais 
específicas, que tratam de cada um dos tópicos que a NR-23 explanou de forma genera-
lizada. Vale salientar que, além das NBR’s, as quais serão tratadas a seguir, também é 
preciso estar atento às legislações locais, já que cada estado e município possuem suas 
particularidades nas diretrizes de PCI, que podem ser publicadas na forma de instruções 
técnicas (IT’s) pelos corpos de bombeiros ou leis municipais e estaduais.
 
Equipamentos de combate a incêndio: ABNT NBR 12693 e 12962 
 
 De acordo a NR-23, todos os estabelecimentos precisam possuir equipamentos para o 
combate de incêndios. Os extintores de incêndios são instrumentos para o combate a princí-
pios de incêndio, pois os mesmos possuem carga reduzida. Tais equipamentos podem ser: a 
base de água, gás carbônico, pó químico, espuma ou hidrocarbonetos halogenados. 
Além disso, podem ser portáteis, ou sobre rodas. A diferença entre os dois tipos é que o portá-
til pode ser operado por uma única pessoa, já o segundo possui mais carga e precisa de mais 
que um operador.
 As principais NBR’s que tratam sobre os extintores são a 12693 e a 12962. A primeira trata 
do sistema de proteção por extintores, enquanto a segunda trata da manutenção, inspeção e 
recarga. Para que o extintor atinja seu objetivo é preciso observar quatro preceitos básicos:
 
1. Estar em local apropriado e em condições de funcionamento;
2. Ser usado de acordo com a classe de incêndio indicada;
3. O princípio de incêndio deve ser encontrado em tempo hábil;
4. O operador deve estar preparado para o seu manuseio.
 
 A tabela 1 apresenta o extintor apropriado para cada classe de incêndio.
 
Próxima
Quanto à sua inspeção, todos os extintores devem ter uma ficha de controle de inspeção 
que constará a data em que foram recarregados, a data da próxima recarga e o seu número 
de identificação. Além do mais, seu aspecto físico deve ser avaliado ao menos uma vez por 
mês. Todos os extintores devem ser recarregados caso tenham perda de peso superior a 10% 
do peso original. Já os extintores de espuma deverão ser recarregados anualmente.
 
Procedimentos de evacuação: ABNT NBR 9077
 
 Para que no caso de incêndio a evacuação ocorra da maneira mais ordeira e segurapossí-
vel, é necessário que sejam real 
 
Quanto à sua inspeção, todos os extintores devem ter uma ficha de controle de inspeção 
que constará a data em que foram recarregados, a data da próxima recarga e o seu número 
de identificação. Além do mais, seu aspecto físico deve ser avaliado ao menos uma vez por 
mês. Todos os extintores devem ser recarregados caso tenham perda de peso superior a 10% 
do peso original. Já os extintores de espuma deverão ser recarregados anualmente.
 
Procedimentos de evacuação: ABNT NBR 9077
 
 Para que no caso de incêndio a evacuação ocorra da maneira mais ordeira e segura possí-
vel, é necessário que sejam realizados exercícios de emergência, cuja data e hora sejam uma 
surpresa para todos os funcionários. Esses exercícios devem ser conduzidos por uma equipe 
capaz de preparar e dirigir as pessoas. São quatro os objetivos dos exercícios de emergência, 
são eles:
 
1. Que as pessoas gravem o significado do sinal de alarme; Próxima
2. Que a evacuação ocorra em boa ordem, evitando-se o pânico;
3. Que tarefas específicas sejam atribuídas aos empregados;
4. Que verifique-se que a sirene do alarme pode ser ouvida em todas as áreas.
 
 Uma vez que o incêndio se inicie é preciso adotar alguns procedimentos básicos para 
garantir a segurança de todos, a saber:
 
Acionar o sistema de alarme;
Chamar o corpo de bombeiros;
Desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando essa operação não envolver 
riscos adicionais;
Atacar o fogo pelos meios adequados;
 
 A NR-23 exige a existência de saídas de emergência em número e disposição suficiente 
para que ocorra a evacuação segura de todos os ocupantes. A principal norma que dá as dire-
trizes para o cumprimento desta exigência é a NBR 9077. Essa norma trata das saídas, vias e 
escadas de emergência. As principais exigências a destacar são:
 
A abertura mínima tanto das saídas quanto das vias que levam até elas, deve ser 
de 1,1 m para todas edificações e 2,2m para hospitais;
As vias e as saídas devem ser claramente sinalizadas, indicando a direção da 
saída;
As saídas devem estar localizadas de tal forma que entre elas e qualquer local de 
trabalho não se percorra mais do que 15 metros (para locais de risco alto) e 30 
metros (para locais de risco médio e baixo);
As portas não devem abrir num sentido que obstruam as vias nem diminuam sua 
largura mínima (1,1 m);
As escadas devem ter largura mínima de 1,6 m para hospitais e de 1,1 m para os 
demais edifícios;
Em edifícios com mais de 15 m e menos que 60 m devem existir escadas 
protegidas com resistência de, pelo menos, quatro horas ao fogo; 
A porta corta-fogo que leva até a escada protegida deve ter resistência mínima de 
90 minutos.
Edifícios com mais que 60 m precisam de escadas enclausuradas. Além de 
resistirem ao fogo por pelo menos 4 horas, estas também precisam ser dotadas de 
câmaras e dutos para retirada de fumaça, e devem dar acesso a todos os 
pavimentos do edifício.
 
Portas corta-fogo: ABNT NBR 11742
Próxima
 
 As portas corta-fogo são itens de segurança exigidos pela NR-23, que servem para impedir 
que o fogo se propague para outros andares e para permitir a evacuação das pessoas em se-
gurança. Estes itens devem ser instalados nas antecâmaras das escadas e saída de emer-
gência, acesso às áreas de refúgio e acessos a passarelas e corredores que fazem parte das 
rotas de fuga. As portas corta-fogo devem fechar automaticamente e ser de fácil abertura pe-
los dois lados. As portas corta-fogo são classificadas de acordo com o tempo que resistem ao 
fogo em:
 
P – 30: Resistem 30 minutos ao fogo;
P – 60: Resistem uma hora ao fogo;
P – 120: Resistem duas horas ao fogo.
 
 Caso a classificação venha acompanhada da letra F, exemplo: PF – 30, significa que 
a porta resiste 30 minutos, tanto ao fogo quanto a fumaça.
 
Equipamentos de detecção: ABNT NBR 17240
 
 Para que se possa proteger o patrimônio e salvar vidas da maneira mais eficiente pos-
sível é preciso contar com sistemas de detecção e combate a incêndio, pois eles são 
mais eficientes que os humanos para encontrar os focos de incêndio e mais rápidos 
para iniciar o combate. Existem quatro componentes básicos do sistema de detecção de 
incêndio: central de alarme, sinalizador audiovisual, acionador e detector de temperatura 
ou fumaça e acionadores manuais
 O processo de instalação, manutenção e testes é regulamentado pela NBR 17240. 
Além dessa norma, existem outras portarias de órgãos normativos em conjunto com o 
Corpo de Bombeiros, legislações estaduais e municipais.
 
izados exercícios de emergência, cuja data e hora sejam uma surpresa para todos os funcionários. Esses
exercícios devem ser conduzidos por uma equipe capaz de preparar e dirigir as pessoas. São quatro os
objetivos dos exercícios de emergência, são eles:
 
1. Que as pessoas gravem o significado do sinal de alarme;
2. Que a evacuação ocorra em boa ordem, evitando-se o pânico;
3. Que tarefas específicas sejam atribuídas aos empregados;
4. Que verifique-se que a sirene do alarme pode ser ouvida em todas as áreas.
  Próxima
 Uma vez que o incêndio se inicie é preciso adotar alguns procedimentos básicos para 
garantir a segurança de todos, a saber:
 
 
Acionar o sistema de alarme;
 
 
Chamar o corpo de bombeiros;
 
 
Desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando essa operação não envolver ris-
cos adicionais;
 
 
Atacar o fogo pelos meios adequados;
 
 
 A NR-23 exige a existência de saídas de emergência em número e disposição suficiente 
para que ocorra a evacuação segura de todos os ocupantes. A principal norma que dá as dire-
trizes para o cumprimento desta exigência é a NBR 9077. Essa norma trata das saídas, vias e 
escadas de emergência. As principais exigências a destacar são:
 
 
A abertura mínima tanto das saídas quanto das vias que levam até elas, deve ser 
de 1,1 m para todas edificações e 2,2m para hospitais;
 
 
As vias e as saídas devem ser claramente sinalizadas, indicando a direção da 
saída;
Próxima
 
 
As saídas devem estar localizadas de tal forma que entre elas e qualquer local de 
trabalho não se percorra mais do que 15 metros (para locais de risco alto) e 30 me-
tros (para locais de risco médio e baixo);
 
 
As portas não devem abrir num sentido que obstruam as vias nem diminuam sua 
largura mínima (1,1 m);
 
 
As escadas devem ter largura mínima de 1,6 m para hospitais e de 1,1 m para os 
demais edifícios;
 
 
Em edifícios com mais de 15 m e menos que 60 m devem existir escadas protegi-
das com resistência de, pelo menos, quatro horas ao fogo;
 
 
A porta corta-fogo que leva até a escada protegida deve ter resistência mínima de 
90 minutos.
 
 
Edifícios com mais que 60 m precisam de escadas enclausuradas. Além de resisti-
rem ao fogo por pelo menos 4 horas, estas também precisam ser dotadas de câ-
maras e dutos para retirada de fumaça, e devem dar acesso a todos os pavimen-
tos do edifício.
 
 
Portas corta-fogo: ABNT NBR 11742 Próxima
 
 As portas corta-fogo são itens de segurança exigidos pela NR-23, que servem para impedir 
que o fogo se propague para outros andares e para permitir a evacuação das pessoas em se-
gurança. Estes itens devem ser instalados nas antecâmaras das escadas e saída de emer-
gência, acesso às áreas de refúgio e acessos a passarelas e corredores que fazem parte das 
rotas de fuga. As portas corta-fogo devem fechar automaticamente e ser de fácil abertura pe-
los dois lados. As portas corta-fogo são classificadas de acordo com o tempo que resistem ao 
fogo em:
 
 
P – 30: Resistem 30 minutos ao fogo;
 
 
P – 60: Resistem uma hora ao fogo;
 
 
P – 120: Resistem duas horas ao fogo.
 
 
 Caso a classificação venha acompanhada da letra F, exemplo: PF – 30, significa que 
a porta resiste 30 minutos, tanto ao fogo quanto a fumaça.
 
Equipamentos de detecção: ABNT NBR 17240
 
 Para que se possa proteger o patrimônio e salvar vidas da maneira mais eficiente pos-
sívelé preciso contar com sistemas de detecção e combate a incêndio, pois eles são 
mais eficientes que os humanos para encontrar os focos de incêndio e mais rápidos 
para iniciar o combate. Existem quatro componentes básicos do sistema de detecção de 
incêndio: central de alarme, sinalizador audiovisual, acionador e detector de temperatura 
ou fumaça e acionadores manuais
 O processo de instalação, manutenção e testes é regulamentado pela NBR 17240. 
Além dessa norma, existem outras portarias de órgãos normativos em conjunto com o 
Corpo de Bombeiros, legislações estaduais e municipais.
Próxima
 
Atividade Extra
 
Lei o artigo “Códigos e normas de segurança contra incêndio”, de Rogério Bernardes 
Duarte, ex comandante do corpo de bombeiros do estado de SP. O artigo destaca as princi-
pais normas e leis do Brasil a respeito de prevenção e combate a incêndio e também a hierar-
quia das leis. O artigo pode ser encontrado na página 8 do livro “SCIER: Segurança Contra 
Incêndio em Edificações – Recomendações” (Disponível em: <http://www.firek.com.br/livros-
sci/>). 
 
Referência Bibliográfica
 
BENEDITO, C. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: Uma abordagem holís-
tica - Segurança integrada à missão organizacional com produtividade, qualidade, preserva-
ção ambiental e desenvolvimento de pessoas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2016.
 
CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. de. Introdução à segurança do trabalho. 1 ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
 
SEITO, A. I. et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto editora, 2008.
 
 
 
 
 Estranhou essa explicação?
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http://www.firek.com.br/livros-sci/
Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões / Sistemas de Proteção contra incêndios …
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Teoria do fogo e explosões
 
 A ocorrência de incêndio está necessariamente ligada a presença do fogo. Desta
forma, é preciso compreender a natureza desse fenômeno, como ele acontece, se propaga e
seus efeitos no ambiente e para os seres humanos. Existem várias definições de fogo, e no
Brasil a ABNT NBR 13860, que apresenta o glossário de termos da PCI, define o fogo como o
processo da combustão caracterizado pela emissão de calor e luz.
 Do ponto de vista técnico, a definição de incêndio é o fogo fora de controle. Portanto,
incêndio é como chamamos quando o fogo foge do controle humano e consume aquilo que
não deveria ser consumido, e podendo causar danos a vida, ao patrimônio e ao meio
ambiente.
 
Fundamentos do fogo
 
O fogo é uma reação química de oxidação que produz luz e calor. Por ser uma reação, são
necessários ao menos dois elementos para que ela ocorra. Por muito tempo foi usada a teoria
do triângulo do fogo, que prega que o fogo possui três elementos: Calor, Combustível e
Comburente. Segundo esta doutrina, eliminando-se qualquer um deste elementos, seria pos-
sível extinguir o fogo. Porém, atualmente a teoria utilizada é de que o fogo possui quatro, e
não, três elementos. São eles: Calor, Combustível, Comburente e Reação em cadeia. Por
conta disso, chamamos esta corrente de tetraedro do fogo. A Figura 1 exibe a representação
gráfica destas duas teorias.
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Já sabemos que o fogo pode ser destrinchado em quatro elementos básicos, mas afinal de
contas, o que significa cada um deles?
 
Combustível: Todo material que queima, ou seja, servem de meio para propagação do
fogo;
Comburente: É o elemento que “ativa” as chamas. Na natureza o comburente que
proporciona a existência do fogo é o oxigênio, que representa 21% do ar que respiramos;
Calor: É a energia que inicia o processo da combustão. Pode ser uma faísca, outra
chama ou um superaquecimento em máquinas.
Reação em cadeia: A reação em cadeia é o que permite a “vida” das chamas, pois os
combustíveis quando queimam geram calor, que por sua vez, permite a liberação de mais
gases combustíveis. Assim, forma-se um ciclo que perpetua o fogo.
 
Propagação de calor
 
 O calor é uma forma de energia oriunda da combustão, ou do atrito entre os corpos.
Existem três formas para que o calor se propague. Condução, Convecção e Irradiação.
Vamos as definições:
 
Condução: Transferência de calor entre dois corpos sólidos. Um exemplo é quando um
material está próximo a uma fonte de calor e suas moléculas absorvem o calor e o
transmitem através da vibração das moléculas.
Convecção: Transferência de calor pela movimentação de massas de gases ou líquidos
(fluidos). A diferença de densidade entre o fluido aquecido e o fluido não aquecido é o
que causa essa movimentação. Um exemplo é como o calor se propaga das partes mais
baixas de uma edificação para as mais altas através do ar.
Irradiação: Transferência de calor por ondas de energia. Nesta forma de transmissão o
calor não precisa de um meio material para se propagar. A intensidade com a qual o calor
afeta os corpos varia de acordo com a distância até a fonte de calor. Podemos tomar
como exemplo, quando, durante um incêndio, o calor irradia nas edificações vizinhas.Próxima
 
Fundamentos de incêndios e explosões
 
 Os incêndios são a situação de fogo fora de controle, ou seja, a situação onde o fogo
passa a atingir locais indesejados e causar danos materiais e à vida. Para que seja possível
compreender melhor como os incêndios acontecem e se propagam é preciso classificá-los.
 Os incêndios podem ser classificados de duas formas: pela sua proporção e pelo seu
combustível.
 Há cinco classificações de incêndio quanto a sua proporção, a saber:
 
Principio de incêndio: Evento de mínima proporção. Ex: Fogo em cestas de lixo ou
eletrodomésticos.
Pequeno incêndio: Evento que apresenta risco inicial de propagação. Ex: Fogo em um
cômodo.
Médio incêndio: Evento que apresenta grande risco de propagação. Ex: Incêndio em
uma residência.
Grande incêndio: Evento com risco de elevação elevadíssima. Ex: Incêndio em edifícios.
Incêndio extraordinário: Eventos provocados por fenômenos da natureza. Ex: erupção
de vulcões.
 
 Quanto ao combustível consumido, também são cinco classificações, são elas:
 
Classe A: Incêndios em materiais de fácil combustão, como papéis e tecidos.
Classe B: Incêndios em materiais que queimam apenas na superfície, como óleos e
graxas.
Classe C: Incêndios em equipamentos elétricos.
Classe D: Incêndios em elementos pirofóricos, como magnésio e zircônio.
Classe K: Incêndios em óleo e gordura de cozinha.
 
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Produtos da combustão
 
 Para que a combustão ocorra precisamos de três componentes básicos: um combustí-
vel, a presença de oxigênio e o calor. Do ponto de vista físico-químico, em uma situação ideal,
na qual o suprimento de oxigênio é abundante e permite que todo combustível seja consu-
mido, a combustão resulta em água, gás carbônico (CO2) e calor como produtos. Porém, nos
incêndios reais, podemos considerar que a combustão resulta em quatro categorias de
produtos:
 
Gases da combustão: Os gases que permanecem no ambiente. Sua composição varia
de acordo com o combustível que foi queimado.
Chama: A manifestação luminosa da energia produzida pelo incêndio. A exposição a ela
pode causar queimaduras e danos materiais.
Calor: Energia sendo produzida pela combustão e grande responsável pela sua
propagação. Causa desidratação e esgotamento físico.
Fumaça: Uma mistura dos gases da combustão, vapor de ar e partículas parcialmente
queimadas. Sua cor depende do tipo de material queimado.
 
Cada um destes produtos tem seus efeitos no ambiente e nos seres humanos e variam em
relação a sua toxicidade.
 
Perigos da fumaça
 
 A fumaça é um dos produtos da combustão e tem sua composição influenciada por
muitos fatores, desde a composição do combustível consumido, o nível de calor que foi envol-
vido noprocesso e a oxigenação disponível. O perigo da fumaça reside na facilidade de a ina-
lar durante uma situação de incêndio. O estresse envolvido e o calor gerado ocasionam o au-
mento no ritmo da respiração, potencializando os perigos da exposição a fumaça. O quadro 1
apresenta as substâncias mais comuns encontradas em fumaça de incêndio e seus perigos
para a saúde.
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Atividade Extra
Assista ao vídeo “Transmissão de calor” do Brasil escola. O vídeo explica em mais deta-
lhes os processos de propagação de calor, mencionados no texto (Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=CgQyQd8_AQM&ab_channel=BrasilEscola>). 
 
Referência Bibliográfica
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NORMA ABNT NBR 
13860. 1997. Disponível em: <https://fdocumentos.tips/document/nbr13860-1997-glossario-
seguranca-contra-incendio.html>. Acessado em: 10 de março de 2021.
 
FLORES, B. C.; ORNELAS, E. A.; DIAS, L. E. Fundamentos de combate a incêndios. 
Manual de bombeiros. 1ed. Corpo de bombeiros militar do estado de Goiás: Goiânia, 2016.
 
Transmissão de Calor / Parte 1 - Brasil EscolaTransmissão de Calor / Parte 1 - Brasil Escola
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https://www.youtube.com/watch?v=CgQyQd8_AQM&ab_channel=BrasilEscola
https://fdocumentos.tips/document/nbr13860-1997-glossario-seguranca-contra-incendio.html
https://www.youtube.com/watch?v=CgQyQd8_AQM
NEGRISOLO, W. Arquitetando a segurança contra incêndio.2011. Tese (Doutorado 
em arquitetura) – Faculdade de arquitetura e urbanismo, Universidade de São Paulo, São 
Paulo.
 
ROSA, R. C. da. Apostila de prevenção e combate a incêndio e primeiro socorros. 
Instituto federal de educação, ciência e tecnologia. Porto Alegre, 2015.
 
SEITO, A. I. et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto editora, 
2008.
 
 
 
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Combustíveis e Incêndios
 
 Uma vez que já exploramos o tetraedro do fogo e seus componentes, é preciso se aprofun-
dar mais nos tópicos “Combustíveis”, “Classes do Incêndio” e “Fases do Incêndio”. Serão dis-
cutidos os tipos de combustíveis que podem ser encontrados, os fatores que influenciam a 
evolução de um incêndio, e também aprofundaremos o que já foi abordado sobre classes de 
incêndios. Por fim, serão apresentadas as fases de um incêndio.
 
Pontos de fulgor, combustão e autoignição
 
 Já sabemos que se fornecemos calor a um combustível na presença de oxigênio é 
dado início ao processo de combustão. Porém, devemos nos perguntar: Quanto de ca-
lor é preciso fornecer? A resposta é simples: depende do combustível.
 Quando calor é fornecido para um material, parte dele é absorvido e eleva a tempera-
tura deste. Existem três temperaturas notáveis para o início da combustão: O ponto de 
fulgor, o ponto de combustão e o ponto de autoignição. A seguir esses conceitos são 
descritos em detalhes.
 
Ponto de Fulgor: A temperatura mínima na qual um combustível passa a produzir 
vapores inflamáveis. Na presença de uma fonte calor externa (chama) a combustão 
acontece. Porém, retirada esta chama, a combustão não se mantém. 
Ponto de Combustão: A temperatura na qual o combustível produz vapores inflamáveis 
em quantidade suficiente para iniciar a combustão, na presença de uma chama externa, 
e manter o processo mesmo que a fonte de calor seja removida.
Ponto de autoignição: A temperatura na qual a produção de vapores seja suficiente 
para iniciar a combustão apenas com a presença de um comburente, sendo dispensada 
a presença de uma fonte de calor externa.
 
O quadro 1 apresenta pontos de fulgor e de autoignição de alguns combustíveis 
notáveis.
 
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Fatores que influenciam o incêndio
 
 Embora possamos generalizar aspectos do fogo e, por consequência, dos incêndios, a 
única certeza que podemos ter em relação a eles que todo incêndio é único. Nunca existirão 
dois incêndios idênticos, pois, uma variedade de fatores os influenciam. Podemos separar em 
“x categorias” esses fatores, a saber:
 
Arquitetura do edifício:
 
Forma geométrica e dimensões dos cômodos;
Local de início do incêndio no ambiente;
Ventilação no ambiente;
Abertura entre ambientes para propagação no ambiente.
 
Combustível disponível:
 
Superfície específica dos materiais combustíveis envolvidos;
Distribuição e quantidade disponível destes materiais;
Característica específica de queima dos combustíveis.
 
Condições climáticas:
 
Temperatura e umidade relativa.
 
Medidas de PCI disponíveis:
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Medidas de prevenção contra incêndios existentes;
Medidas de proteção contra incêndios instalados.
 
Combustíveis
 
 De forma simplificada, combustível é todo material de queima. Ou seja, o combustível não 
apenas é o que alimenta os motores dos automóveis e aeronaves. Um combustível pode ser 
encontrado nos três estados da matéria: sólido, líquido ou gasoso.
 A forma como o combustível queima depende do estado em que encontra. O quadro 2 traz 
a diferença de como a combustão acontece em relação ao estado da matéria.
 
É preciso destacar o perigo dos combustíveis gasosos, pois eles representam alto risco de in-
cêndio e explosão tanto durante sua produção, quanto no transporte e utilização. Um exemplo 
é o gás liquefeito de petróleo (GLP), o famoso gás de cozinha.
 Vazamentos de gases combustíveis são extremamente perigosos pois eles ocupam todo 
volume do ambiente, transformando o ar em uma mistura explosiva.
 
Classes do incêndio
 
 Já discutimos sobre a classificação dos incêndios quanto a sua proporção (Principio, 
pequeno, médio, grande e extraordinário) e quanto ao seu combustível (Classe A, B, 
C, D e K). Agora vamos aprofundar um pouco mais sobre suas características.Próxima
 Focaremos na classificação quanto a proporção. Os princípios de incêndio geral-
mente são eventos que dispensam a presença de pessoal especializado para combatê-
lo. Um ou dois aparelhos extintores portáteis são suficientes para extingui-los. 
 Os pequenos incêndios, por sua vez, precisam da ação do corpo de bombeiros para 
serem extintos. Porém, esses eventos são de fácil extinção, sendo suficiente o sistema 
de mangueiras instalado no próprio caminhão dos bombeiros ou nos hidrantes do 
edifício.
 Os incêndios médios são mais difíceis de se extinguir, precisando do mesmo sis-
tema utilizado nos pequenos incêndios. Porém, esses tipos de incêndios tem alta 
chance e propagação, diferentemente de uma pequena chance de propagação dos pe-
quenos incêndios.
 Os grandes incêndios, como aqueles que ocorrem em edifícios, necessitam da pre-
sença de várias unidade de socorro básico (bombeiros) para serem extintos.
 
Fases do incêndio
 
 Podemos separar os incêndios em três fases distintas: Fase inicial, Queima livre e 
Fase de extinção. A disponibilidade de comburente é o fator principal. A figura 1 mostra 
a representação gráfica destas fases.
 
Figura 1 – Fases do incêndio
 
 
Na fase inicial temos o primeiro foco de incêndio e seus materiais adjacentes. Nesta fase há 
uma elevação gradual da temperatura. A maior parte do calor gerado é consumido pela eleva-
Próxima
ção da temperatura dos combustíveis. Nesta fase a temperatura ambiente gira em torno dos 
38 °C e ainda há grande abundância de oxigênio, acima de 20%. 
 Durante a fase de queima livre, temos uma rápida elevação nas temperaturas, impossibili-
tando a sobrevivência no local do incêndio. Os mecanismos de convecção levam o ar quente 
para as partes mais altas e, como consequência, o ambiente passa a “puxar” ar frio, por conta 
da pressão negativa que foi criada. Esta fase caracteriza-se pelo rápido consumo do oxigênio 
e temperaturas muito elevados, podendo ultrapassar os 700°C nos locais mais altos.A fase de queima lenta ou fase de extinção corresponde ao final do incêndio, em que as 
temperaturas começam a sair porque quase todo combustível já foi consumido, assim como o 
comburente, a menos que, este possa circular pelo ambiente a partir de aberturas e janelas. 
Fase a qual se caracteriza pela fumaça densa que ocupa o local e o calor intenso. 
 
 
Atividade Extra
Assista ao vídeo “Veja como o fogo se propaga”. No vídeo é possível ver como um princí-
pio de incêndio em uma sala de estar atinge o ponto de queima livre em poucos minutos 
(Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watchv=1rvatAU53us&ab_channel=ROMOSTREINAMENTOS>). 
 
Referência Bibliográfica
FLORES, B. C.; ORNELAS, E. A.; DIAS, L. E. Fundamentos de combate a incêndios. 
Manual de bombeiros. 1ed. Corpo de bombeiros militar do estado de Goiás: Goiânia, 2016.
 
NEGRISOLO, W. Arquitetando a segurança contra incêndio.2011. Tese (Doutorado em ar-
quitetura) – Faculdade de arquitetura e urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo.
 
ROSA, R. C. da. Apostila de prevenção e combate a incêndio e primeiro socorros. 
Instituto federal de educação, ciência e tecnologia. Porto Alegre, 2015.
SEITO, A. I. et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto editora, 2008.
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Prevenção e combate a incêndios florestais
 
 Os incêndios não são apenas fenômenos urbanos, visto que as regiões interioranas do país 
também sofrem com a ação do fogo. Devido a sua extensão territorial, o Brasil possui muitos 
biomas, cada qual com suas particularidades.
 Os biomas mais regularmente afetados pelos incêndios, sejam eles por ocorrência natural 
ou ação humana são a caatinga no nordeste, a floresta amazônica no norte e o cerrado no 
centro-oeste. Trataremos neste tópico com incêndio florestal as ocorrências em vegetação, 
mesmo que ela seja predominantemente rasteira (cerrado e caatinga).
 
Prevenção de incêndios florestais
 
 A melhor forma para se combater os incêndios florestais é através do investimento em fis-
calização. Medidas de fiscalização servem tanto para identificar focos de incêndio antes que 
eles se espalhem, quanto para inibir a ação de incendiários. 
 Existem muitas formas de fiscalização e a escolha da mais adequada, ou do conjunto de 
medidas a serem tomadas, depende das características do local e da extensão da área. As 
principais medidas de fiscalização são: Fiscalização terrestre, que pode ser dada de forma 
fixa (torres de observação ou postos fixos) ou móvel (rondas) e Fiscalização aérea, por meio 
de aeronaves ou do sistema de monitoramento por satélite. 
 
Torres de vigilância: Sistema baseado no posicionamento fixo de postos de vigilância 
na área protegida, é preciso escolher bem o posicionamento das torres, de forma que 
possibilite ampla visibilidade.
 
Rondas: Rondas feitas pelas equipes em veículos (carros, motos, bicicletas) ou não. Os 
horários das rondas não são fixos para se preservar o efeito de surpresa e, 
consequentemente, o poder inibidor da ação.
 
Aeronaves: Utilização de pequenas aeronaves para o monitoramento de áreas de 
grande extensão, como o caso da floresta amazônica.
 
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05/02/2022 12:18 Exercícios - Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões - Prevenção e combate a incêndios florestais
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Sistema de monitoramento por satélite: Atualmente diversos satélites fazem leituras 
térmicas de todo território nacional. Esses dados são acessados pelo Instituto nacional de 
pesquisa espacial (INPE) e a localização de possíveis focos de incêndio são 
encaminhadas para fiscalização, de forma que seja feita a identificação da fonte de calor.
 
Comportamento do fogo em incêndios florestais
 
 Existem três fatores principais que influenciam a propagação dos incêndios florestais, de 
forma que, podemos propor uma espécie de “triângulo do incêndio florestal”. Esses fatores 
são: Meteorologia, Topografia e Combustível.
 
Combustível: O combustível dos incêndios florestais são a vegetação e os restos 
de vegetação acumulados no solo. A qualidade do combustível, por sua vez, é 
afetada pela quantidade e continuidade disponível e condição (teor de umidade).
 
Topografia: O formato da superfície onde está ocorrendo o incêndio. A 
configuração do relevo (presença de encostas, morros, colinas), altitude e 
exposição (grau de incidência solar) são fatores que influenciam na propagação 
dos incêndios. Porém, o mais importante de todos é a inclinação. Aclives na 
direção do fogo beneficiam a sua propagação.
 
Meteorologia: Os principais fatores meteorológicos são a precipitação, o vento 
(quanto mais fortes, maior a facilidade do fogo se espalhar), umidade do ar e 
temperatura. 
 
 O Quadro 1 apresenta como alguns fatores aumentam, ou diminuem a intensidade do 
incêndio florestal.
 
Quadro 1 – Fatores que influenciam na intensidade do incêndio.
 
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05/02/2022 12:18 Exercícios - Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões - Prevenção e combate a incêndios florestais
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Estratégias de combate a incêndios florestais
 
 Existem dois sistemas de combate a incêndios florestais. O sistema de combate por área e 
o sistema de combate por linha de controle. O sistema de área é aplicado para enfrentar in-
cêndios incipientes, dispersos pela área em pequenos focos e não avançando em forma de 
uma frente de incêndio. Neste sistema as chamas são combatidas por terra, usando água, 
terra e outros agentes extintores e, dependendo da disponibilidade, com aviões tanques.
 .O sistema baseado em linha de controle consiste em delimitar uma trincheira de 40 cm a 1 
m por onde as chamas não podem ultrapassar. A partir desta trincheira o combate pode ser 
realizado pelos seguintes métodos: Método direto, método de dois pés, método paralelo e mé-
todo indireto.
 No método direto o combate é feito diretamente sobre o fogo. Existem várias técnicas 
dentro deste método, como o lançamento de água, terra sobre fogo e abafadores. Este mé-
todo é indicado para fogo de baixa intensidade, aqueles onde as chamas não ultrapassam 1,5 
m de altura e que sejam superficiais. 
 O método paralelo é intermediário entre os métodos diretos e indiretos. Nesta situação, as 
chamas permitem aproximação, porém não o suficiente para o combate direto. Este método é 
indicado para incêndios superficiais e subterrâneos, com chamas entre 1,5 m e 2,5 m de 
altura. 
 No método indireto, a linha de defesa é delimitada em região bastante afastada da linha 
do incêndio. Neste método devem ser usadas todas as barreiras naturais que estejam à dis-
posição para conter o incêndio. O método é indicado para chamas que ultrapassam os 2,5 m 
de altura, regiões de vegetação densa, com incêndio atingindo a copa das árvores e alta velo-
cidade de propagação. 
 Umas das táticas empregadas no combate indireto ao fogo é a de contrafogo. Esta técnica 
consistem em queimar toda vegetação que existe entre a linha do incêndio e a linha de de-
fesa, de forma a consumir todo o combustível que estaria disponível. Existem algumas pre-
cauções a serem tomadasantes de se iniciar esta manobra. Algumas delas são:
 
Todos os membros da equipe devem estar cientes de que a decisão de usar esta tática 
foi tomada;
Não pode haver pessoas entre as linhas de defesa e incêndio;
Colocar vigias para identificar focos de incêndio secundários que possam surgir;
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05/02/2022 12:18 Exercícios - Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões - Prevenção e combate a incêndios florestais
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Ter certeza de onde ocorrerá o encontro entre a linha do incêndio e a linha de contrafogo.
 
Legislação aplicada
 
 É preciso estar atento à legislação aplicada ao tema fogo e meio ambiente. A primeira men-
ção que vale a pena destacar está na constituição federal. No seu art. 225 é declarado que é 
direito de todos um meio ambiente ecologicamente equilibrado, um dever do poder publico e 
da coletividade preservá-lo para as futuras gerações.
Também podemos destacar as seguintes leis e normas federais:
 
Artigo 250 do código penal: Estipula a pena para quem causar incêndio, colocando em 
perigo a vida ou o patrimônio de outrem.
 
Politica nacional do meio ambiente (Lei 6.938/81): Trata da preservação, melhoria e 
recuperação do meio ambiente, assim como da reparação dos danos causados.
Obs: A responsabilidade é objetiva, ou seja, o infrator precisa repara o dano cau-
sado mesmo na ausência de dolo.
 
Portaria Ibama 94/98 e Decreto 2.661/98 que regulamentam o uso do fogo na 
agricultura.
 
Lei 9.605/98 e Decreto 6.514/08 que regulamentam as infrações e suas respectivas 
sanções para crimes ambientais. Como multas para atividade ilegal e destruição de 
vegetação e fauna em risco de extinção.
 
 A legislação sobre o tema é extensa, a lista acima é apenas um recorte dos principais 
regimentos federais. Mas também é necessário atentar-se tanto para o constante pro-
cesso de atualização das normas federais, como também das legislações estaduais.
 
Recuperação da área
 
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05/02/2022 12:18 Exercícios - Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões - Prevenção e combate a incêndios florestais
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 Combater o fogo em vegetação não é uma tarefa fácil. Muitas vezes o ato de combate 
apresenta um alto custo ambiental. Na hora de se escolher o melhor método e tática 
para combater os incêndios, é preciso levar em conta o tempo de resposta, que precisa 
ser o menor possível, priorizar as áreas com a maior biodiversidade e proteger os 
habitats de espécies em risco de extinção. 
 O método direto é o que menos impacta no restante da vegetação, porém os métodos 
paralelo e indireto envolvem a destruição de uma parte da vegetação ainda não afetada, 
para poder conter o avanço do fogo. O que causa maior dano é o de contrafogo, que, 
na prática, inicia um novo “incêndio” para combater o já existente. Logo, essa manobra 
deve ser realizada com cautela, pois muitas falhas podem acontecer e, como con-
sequência, aumentar a intensidade do incêndio.
 Faíscas podem ser levadas pelo vento para além da linha de defesa, fogo pode se 
propagar mais rápido do que a equipe é capaz de controlar, ou mesmo o incêndio, atingir 
a linha de defesa antes dela estar concluída.
 Uma vez que o método foi empregado e o incêndio foi controlado faz-se necessário 
realizar a recuperação da área. Para tanto, a brigada de incêndio apresenta um plano de 
recuperação que geralmente inclui o plantio de mudas da vegetação da nativa, e, na ine-
xistência de mudas, opta-se por sementes. Atentando-se para a qualidade das semen-
tes, evitando aquelas com aspecto velho e afetadas por insetos.
 
 
Atividade Extra
Assista ao vídeo sobre os incêndios florestais que ocorreram no início do ano de 2020 
na Austrália e também na amazônia. O vídeo destaca alguns dos fatores climáticos e da 
vegetação destes dois biomas e como eles influenciam nos incêndios (Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=L7YUgJHOUK0&ab_channel=BBCNewsBrasil>).
 
Os incêndios �orestais na Austrália e na Amazônia são comparáveis?Os incêndios �orestais na Austrália e na Amazônia são comparáveis?
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https://www.youtube.com/watch?v=L7YUgJHOUK0
05/02/2022 12:18 Exercícios - Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões - Prevenção e combate a incêndios florestais
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Referência Bibliográfica
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Manual para formação de brigadistas de prevenção e 
combate aos incêndios florestais. Brasília, 2010.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. Manual operacional de 
bombeiros: Prevenção e combate a incêndios florestais. Goiânia, 2017.
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05/02/2022 12:30 Exercícios - Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões - Comportamentos dos materiais frente a incêndios
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Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões / Sistemas de Proteção contra incêndios …
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Comportamento dos materiais frente a incêndios
 
 Já foi discutido mais de uma vez que, dentre os objetivos da prevenção e combate a incên-
dio, está tanto proteger vidas quanto o patrimônio (bens). É sabido que o fogo afeta diferentes 
materiais de forma única, então, é preciso conhecer as particularidades de cada material para 
que se possa praticar a PCI de forma eficiente e efetiva.
 
Importância da classificação dos materiais
 
 O incêndio coloca não só a vida das pessoas em risco, como também a estrutura do edifício 
no qual ocorre. A propagação do incêndio e a produção de calor, fumaça e gases da combus-
tão afetam os materiais que compõem o edifício e prejudicam sua integridade estrutural.
 Um dos fatores que afetam a propagação de um incêndio é a arquitetura do edifício: materi-
ais destinados ao seu revestimento, forma do edifício, número de pavimentos, materiais da 
construção, aberturas de ventilação etc. Discutiremos o efeito do calor nos principais materiais 
usados na construção de edifícios: Madeira, concreto, aço e alumínio.
 
Comportamento dos materiais
 
 Ao longo da história o ser humano usou diferentes materiais para construir suas habita-
ções e, com o advento da primeira revolução industrial, também passou a construir seus lo-
cais de trabalho. No século XVIII as fábricas eram construídas principalmente de madeira, o 
que causou terríveis incêndios. Em resposta a isso, passou-se a utilizar o ferro fundido nas es-
truturas dessas fábricas. O concreto passou a fazer parte das estruturas dos edifícios já nos 
Estados Unidos no século XIX, quando começou a ser utilizado no revestimento das vigas de 
aço e, posteriormente, passou a ser utilizado como componente estrutural.
 Cada um desses materiais comporta-se de forma diferente frente aos incêndios. 
Vamos discutir os efeitos do fogo em cada um deles separadamente.
 
Madeira
 
 A madeira quando em contato com o fogo sofre carbonização na superfície exposta, 
realimentando as chamas e reduzindo sua resistência. Já a região central, protegidaPróxima
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05/02/2022 12:30 Exercícios - Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões - Comportamentos dos materiais frente a incêndios
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pela camada carbonizada, permanece em temperaturas mais baixas.Aço e alumínio
 
 O aço e o alumínio atingem temperaturas muito superiores aos outros materiais (ma-
deira e concreto) durante um incêndio. Frente a elevação da temperatura esses materi-
ais apresentam redução tanto na sua resistência, quanto no seu módulo de elasticidade.
 
Concreto
 
 Além de perceber diminuição na sua resistência, o concreto sofre com um processo 
de lascamento em sua superfície conhecido como “spalling”. Isso ocorre por conta da 
evaporação da água contida dentro do concreto, que provoca grande pressão ao esca-
par, danificando a superfície do material. O spalling reduz a superfície resistente do con-
creto e expõe a armadura ao fogo.
 A figura 1 apresenta o comportamento dos principais componentes estruturais frente a 
incêndios.
 
 
Ação térmica
 
 Um dos principais efeitos da ação térmica a ser avaliado é a dilatação sofrida pelos materi-
ais. Quanto maior a temperatura, mais energia é fornecida aos átomos para oscilarem, e, em 
consequência, maior o distanciamento entre os mesmos.
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 Existem três formas de dilação: a dilatação linear, a superficial e a volumétrica. Na linear le-
vamos em consideração a variação de tamanho do corpo em uma única dimensão (aumento 
de comprimento de uma barra de metal). Na superficial duas dimensões são consideradas (di-
lação em um disco). Por fim, na dilatação volumétrica é preciso levar em consideração a dila-
tação sofrida nas três dimensões (dilatação em líquidos e gases).
 Todos os materiais possuem diferentes coeficientes de dilação. Ou seja, tem maior ou me-
nor potencial de dilatarem quando submetidos a uma variação na temperatura. A figura 2 
apresenta os três exemplos de dilatação e suas respectivas fórmulas de calculo.
 
 
Evolução do incêndio nos materiais
 
 Durante o incêndio, o aumento da temperatura deve-se à transmissão de calor por convec-
ção e radiação. A fumaça e os gases circulam no interior dos cômodos dos edifícios, elevando 
a temperatura do ambiente. Na radiação o calor se propaga na forma de ondas de uma super-
fície mais quente para outra mais fria.
 Podemos representar graficamente a evolução da temperatura dos gases durante um in-
cêndio em função do tempo. A esta representação damos o nome de curva de temperatura. 
Ela possui três momentos a serem destacados: a região inicial, a zona do flashover e a zona 
pós-flashover.
 Na primeira fase, a reação do fogo com o material é de grande importância, pois a depen-
der das características únicas daquele combustível o aumento na temperatura pode produzir 
gases até uma concentração ótima, que permita a propagação do incêndio.
 A segunda fase é a fase de fogo generalizado ou flashover. O fogo se espalha da origem 
para os materiais adjacentes, elevando a temperatura de forma muito rápida. Nesta fase é 
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preciso levar em consideração a resistência dos materiais frente ao fogo, como as portas, ve-
dações e revestimentos.
 Na terceira fase o fogo já consumiu a maior parte dos combustíveis existentes no local. A 
forma como o calor é liberado não é mais tão importante e é nesse momento que é possível 
ver se os materiais possuem a resistência esperada. Isto é, se eles se mantiveram íntegros 
após a fase mais aguda do incêndio. A figura 3 apresenta a representação gráfica dessas três 
fases.
 
 
As características dos materiais construtivos são fundamentais para a forma como o incêndio 
era se desenvolver. Eles podem dificultar ou contribuir para a propagação das chamas, ou 
seja, acelerando ou retardando a chegada do estágio crítico. 
 Essas características são a facilidade com a qual um material entre em combustão, a velo-
cidade com a qual as chamas se espalham na sua superfície, desprendimento de partículas 
na forma de brasa e produção de gases nocivos.
 
Segurança estrutural
 
 A segurança estrutural é alcançada quando os esforços atuantes no material são me-
nores ou iguais aos seus esforços resistentes. Existem várias formas de se estimar os esfor-
ços resistentes dos materiais e elas são determinados por normas próprias e ensaios 
laboratoriais.
 Para aumentar a resistência de um material a um incêndio é possível utilizar três estraté-
gias: A autoproteção, a barreira antitérmica e a integração com outros componentes.
 O concreto não pode receber barreira antitérmica ou ser integrado com outros componen-
tes, desta forma, ele precisa ser dimensionado seguindo as diretrizes da NBR 15200 de forma Próxima
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a suportar a carga térmica em caso de incêndio. 
 O aço pode ser protegido pelas três formas citadas. As barreiras antitérmicas que podem 
revesti-lo são o concreto, materiais projetados, materiais rígidos e semirrígidos e tintas 
intumescentes.
 No caso da madeira é comum ser realizado ações de cobrimento, para protegê-la das altas 
temperaturas. Podem ser aplicadas de tintas e vernizes especais para impedir ou retardar o 
processo de combustão.
 
 
 
Atividade Extra
Assista ao vídeo “Concrete spalling during a fire test at Efectis Nederland”, o vídeo mostra 
um ensaio na superfície de concreto exposta ao fogo e o processo de spalling ocorrendo em 
tempo real (Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
v=CixMjo5VtgA&ab_channel=EfectisGroupYouTubeChannel>)
 
Referência Bibliográfica
SEITO, A. I. et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto editora, 
2008.
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Concrete spalling during a �re test at Efectis NederlandConcrete spalling during a �re test at Efectis Nederland
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https://www.youtube.com/watch?v=CixMjo5VtgA
05/02/2022 12:44 Exercícios - Sistemas de Proteção Contra Incêndios e Explosões - Métodos de extinção de incêndios
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Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões / Sistemas de Proteção Contra Incêndios…
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Métodos de extinção de incêndios
 
 Os agentes extintores são substâncias ou elementos encontrados na natureza, sintetizados 
pelo homem, e que possuem propriedades de extinção do fogo. Para tanto, esses elementos 
atacam um dos elementos do tetraedro do fogo interrompendo o processo de combustão.
 Os aparelhos extintores, são os equipamentos que carregam em seu interior um agente ex-
tintor. Nesta aula serão discutidos os principais agentes extintores (naturais e sintéticos) e os 
principais métodos de extinção (uso dos agentes extintores).
 
Agentes extintores
 
 Podemos separar os agentes extintores em naturais e sintéticos. Os principais agentes ex-
tintores naturais são:
 
Água: O agente extintor mais abundante do mundo. É o mais utilizado pela sua 
facilidade de transporte e baixo custo. Ela age no fogo absorvendo o calor. Este agente é 
indicado para incêndios classe A e proibido para incêndios classes B e C.
 
Ação de extinção: Resfriamento, abafamento e diluição.
 
Gás carbônico (CO2): É um gás inodoro e inerte que atua ocupando o lugar do 
comburente (oxigênio). Ele é indicado para incêndios classe C, pois não deixa resíduos e 
não conduz eletricidade.
 
Ação de extinção: Abafamento.
 
 Osprincipais agentes extintores sintéticos são:
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Espuma: Podem ser químicas ou mecânicas. As espumas químicas resultam da reação 
entre soluções aquosas com sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio. Já as mecâni-
cas são uma mistura de água, com ar e uma substância geradora de espuma. São indi-
cadas para incêndios classe A e B.
 
 
Ação de extinção: Abafamento e resfriamento;
 
 
Pó químico: Os pós químicos são pequenas partículas de substâncias extintoras. As 
principais são bicarbonato de sódio e potássio, cloreto de potássio e fosfato de amônia. 
Eles são classificados de acordo com a classe de incêndio que atacam. Existem os pós 
(B/C), ou seja, indicados para incêndios classe B e C. E os pós (A/B/C), indicados para 
essas três classes de incêndios. 
 
Ação de extinção: Abafamento, resfriamento, química e proteção contra radiação.
 
Compostos halogenados: Substâncias a base de elementos halogenados (Flúor, Cloro, 
Bromo e Iodo). Esses agentes atuam quebrando a reação em cadeia, interrompendo, 
assim, a continuidade do processo de combustão.
 
Ação de extinção: Abafamento.
 
Métodos de extinção
 
 Para que um incêndio seja extinguido é preciso cessar a ação de, pelo menos, um dos ele-
mentos do tetraedro do fogo. A escolha da técnica mais adequada depende da classe de in-
cêndio. É preciso conhecer bem as classes de incêndio e as técnicas disponíveis para que se-
jam evitados acidentes durante o ataque ao fogo. Os principais métodos são:
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Incêndios classe A: Resfriamento, abafamento;
Incêndios classe B: Abafamento;
Incêndios classe C: Quebra da reação em cadeia (química);
Incêndios classe D: Abafamento;
 
 Os métodos de extinção e como cada um deles ataca o tetraedro do fogo é apresentado no 
quadro 1:
 
Extinção por resfriamento e abafamento
 Os métodos de extinção por resfriamento e abafamento são as mais indicadas para os in-
cêndios de classe A, B e D. Quando se escolhe o método de extinção não pode-se esquecer 
também do agente extintor, pois um agente que tem ação de extinção por abafamento pode 
não ser indicado para a classe de incêndio em questão. Por exemplo: A espuma mecânica 
atua abafando a combustão, porém, por ser a base de água, não é indicada para incêndios 
classe B. O quadro 2 apresenta as principais características dos métodos de extinção por res-
friamento e abafamento.
Um mesmo agente extintor pode agir por diferentes formas. Então, dizemos que seu prin-
cipal método de ação é sua função primária, e sua ação auxiliar chamamos de função secun-
dária. Um exemplo é a água, que primariamente age resfriando o combustível e, de forma se-
cundária ou auxiliar, também funciona abafando a combustão.
 
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Extinção por isolamento e extinção química
 
 O método de extinção por isolamento consiste na retirada do combustível que já está quei-
mando ou que está próximo e pode vir a queimar. Este método não ataca as chamas direta-
mente e não utiliza um agente extintor.
 O método de extinção química consiste em interromper as reações em cadeia que mantêm 
o fogo vivo. São adicionados agentes extintores que interferem com os radicais livres que ali-
mentam a combustão.
 Os agentes que tem como função primária o ataque as reações em cadeia são: Os pós-
químicos e os Compostos halogenados. Na extinção química as substâncias presentes nos 
extintores, quando lançadas sobre o fogo, combinam-se com os produtos da combustão, 
transformando-os de inflamáveis para não inflamáveis. Os compostos presentes nos pós-quí-
micos reagem com os radicais livres no início da cadeia de reação, impedindo que eles se 
propaguem. Este método é o mais indicado para incêndios de classe C.
 
Extinção por diluição
 
 Este é um método pouco utilizado, porém, não deve ser desprezado. Essa técnica é uti-
lizada quando o incêndio ocorre em líquidos solúveis em água. Este método consistem em di-
luir o combustível, diminuindo sua disponibilidade para as chamas. A técnica é aplicável em 
incêndios de pequenas proporções, ou do tipo “poça”.
 Um exemplo são os incêndios envolvendo álcool etílico ou metílico, que são compostos 
de pequena cadeia molecular solúveis em água. A adição de água é feita de tal forma que se 
atinge um ponto onde a mistura (água – álcool) não é mais inflamável.
 
Atividade Extra
 
 Assista ai vídeo “Explosão em Beirute: o que se sabe até agora”. O vídeo mostra alguns 
dos acontecimentos que levaram até a explosão no porto de Beirute que ocorre em agosto de 
2020. (Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
v=dPFVU_gYIiA&ab_channel=JornalOGlobo>). 
 
Explosão em Beirute: o que se sabe até agoraExplosão em Beirute: o que se sabe até agora
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https://www.youtube.com/watch?v=dPFVU_gYIiA
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Referência Bibliográfia
 
 
FLORES, B. C.; ORNELAS, E. A.; DIAS, L. E. Fundamentos de combate a incêndios. 
Manual de bombeiros. 1ed. Corpo de bombeiros militar do estado de Goiás: Goiânia, 2016.
 
ROSA, R. C. da. Apostila de prevenção e combate a incêndio e primeiro socorros. 
Instituto federal de educação, ciência e tecnologia. Porto Alegre, 2015.
 
 
 
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05/02/2022 13:00 Exercícios - Sistemas de Proteção Contra Incêndios e Explosões - Fundamentos do Programa de Proteção Contra Incêndio…
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Sistemas de Proteção contra incêndios e explosões / Sistemas de Proteção Contra Incêndios…
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Fundamentos do programa de proteção contra incêndios
 
 O plano de prevenção contra incêndios (PPCI) ou plano de emergência contra incêndios 
(PECI) é um documento obrigatório para todos os estabelecimentos, para que os mesmos 
possam receber o alvará de funcionamento. Ele apresenta as providências que devem ser to-
madas para implantar, controlar, monitorar e revisar os padrões de seguranças adotadas, de 
forma que seja possível manter esses padrões e preservar as vidas e a propriedade.
 
A importância do PPCI
 
 Embora seja impossível prever todas as fontes de riscos e eliminar completamente a ocor-
rência de incêndios, planejar e prevenir ainda é a melhor forma de combater esse sinistro. 
Sempre que um incêndio acontece ele será muito mais devastador e mortal em ambientes 
sem planejamento. Se um edifício não possui um PPCI ele estará mais vulnerável aos danos 
oriundos de um incêndio, tanto sua estrutura física, quanto seus ocupantes.
 No Brasil, a ABNT NBR 15.219 regula o PPCI. Nesta norma estão contidos as diretrizes 
para sua elaboração e seus requisitos básicos para sua implantação, manutenção e revisão.
Ou seja, de acordo com a NBR 15.219 o PPCI não é um documento “morto”. Ele precisaser 
sempre revisado e atualizado para garantir que seus objetivos básicos sejam atendidos.
 O plano deve ser elaborado por um profissional habilitado conforme as exigências tanto das 
normas federais, quanto das normas dos corpos de bombeiros locais. Este plano deve ser au-
ditado a cada doze meses por um profissional.
 Cabe ao corpo de bombeiros a responsabilidade de fiscalizar as instalações de combate a 
incêndio e consequentemente no PPCI. Sem este documento não é possível emitir alvarás 
para as instalações comerciais, industriais, diversões públicas e alguns edifícios comerciais.
 O PPCI define as medidas para instalação dos equipamentos de proteção coletiva, que se-
rão usados no combate as chamas em caso de incêndio. Como os hidrantes, extintores, por-
tas corta-fogo e sprinklers. Ele também detalha as rotas de evacuação e sua sinalização. 
 Podemos definir que os principais objetivos do PPCI são:
 
1. Prevenir a ocorrência de incêndios;
2. Definir medidas para dificultar a propagação dos incêndios;
3. Definir medidas de combate aos incêndios;
4. Permitir a evacuação segura do edifício;
5. Permitir o acesso ao edifício pelo corpo de bombeiros;
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Como elaborar o PPCI
 
 O PPCI é de responsabilidade do proprietário ou responsável legal pelo edifício e 
deve ser elaborado por um profissional habilitado. Alguns estados exigem que o profissi-
onal ou empresa que são responsáveis pela elaboração do PPCI estejam vinculados 
não só ao CREA, mas também sejam cadastrados no corpo de bombeiros. Vamos deta-
lhar os passos para elaborar um PPCI.
 
 Primeiro passo - Coleta de dados
 
 O profissional deve visitar a edificação ou área de risco para se familiarizar com as ca-
racterísticas estruturais, operacionais e humanas existentes. Para que o plano seja o 
mais adequado possível a realidade do local é preferível que seja definida uma equipe 
de “consultores” para auxiliar na coleta de informações durante a visita ao local. Essa 
equipe deve ter a participação de funcionários de todos os níveis, para que a visão mais 
holística possível da empresa seja passada.
 
 Segundo passo – avaliação de riscos
 
 Após a coleta de dados sobre o local, o profissional deve fazer uma avaliação dos ris-
cos de incêndio. Ele deve propor medidas para eliminação destes de forma a minimizar 
a probabilidade geral de ocorrência de incêndios. Aqueles riscos que não forem passi-
veis de eliminação serão tratados no PPCI. Nesta etapa o profissional deve ficar atento 
as politicas e programas internos, pois o plano de emergência não pode entrar em con-
flito com estes. 
Durante a avaliação de riscos o profissional responsável deve:
 
1. Identificar operações e serviços críticos (aspectos mais vulneráveis da operação);
2. Identificar as capacidades de recursos internos e externos;
3. Listar as emergências potenciais;
4. Avaliar o potencial de impacto humano e material.
 
Terceiro passo – A elaboração do PPCI
 
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 O PPCI deve ser elaborado por escrito, de acordo com as exigências das normas téc-
nicas sob as quais estiver regido e assinado pelo profissional responsável e pelo proprie-
tário do edifício ou área de risco. 
 
O que o PPCI deve conter
 
 O PPCI deve conter no mínimo cinco componentes básicos: Caracterização da edificação, 
procedimentos básicos de emergência contra incêndios, plano de abandono, previsão de 
exercícios simulados e planta de emergência.
 
1. Caracterização geral da edificação
 
Características estruturais, ocupacionais e humanas da edificação. Riscos e recursos 
relevantes para o desenvolvimento de ações de emergência e abandono.
 
2. Procedimentos básicos de emergência contra incêndios;
 
Procedimentos descritos de forma sequencial, o PPCI deve apresentar fluxogramas 
dos procedimentos estabelecidos.
Os procedimentos básicos devem ser definidos da seguinte maneira:
 
a. Alerta – procedimentos a serem tomados ao se identificar a emergência;
b. Apoio ao corpo de bombeiro – procedimentos para contatar o CB e informar a situ-
ação de emergência;
c. Análise da situação – procedimentos para averiguar a emergência;
d. Apoio externo – procedimentos para contatar outros órgãos, quando necessário;
e. Primeiros socorros – procedimentos para socorro de vítimas, antes que profissio-
nais cheguem ao local;
f. Eliminação de riscos – procedimentos de eliminação de fontes de riscos (quando 
possível e necessário);
g. Abandono de área – procedimentos de evacuação total ou parcial;
h. Isolamento de área – procedimentos de isolamento para evitar aproximação de 
pessoas; 
i. Confinamento do sinistro – procedimentos de combate ao sinistro, impedindo sua 
propagação;
j. Extinção - procedimentos de combate ao princípio de incêndio;Próxima
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k. Registro de eventos – procedimentos para documentação da ocorrência.
 
3. Plano de abandono:
 
Deve conter a identificação de todos os participantes com suas respectivas 
responsabilidades. Os tipos de abandono são:
 
a. Abandono orientado: alguns ocupantes da edificação ou brigadistas posicionam-se 
de forma a orientar os outros ocupantes. Usado em edificações onde nem todos co-
nhecem os procedimentos;
b. Abandono coordenado: neste tipo de abandono alguns ocupantes ou brigadistas 
assumem funções e responsabilidades específicas. Usado em edificações onde a 
maior parte dos ocupantes conhecem os procedimentos;
 
4. Previsão de exercícios simulados;
 
Deve ser informada a frequência de exercícios simulados por ano, respeitando a 
exigência mínima em legislação.
 
5. Plantas de emergência;
 
a. Rotas de fuga, escadas e saídas de emergência;
b. Localização dos extintores e hidrantes;
c. Localização dos acionadores manuais e da central de alarmes;
d. Localização dos principais riscos;
e. Descrição dos procedimentos de abandono.
 
Implementação e gerenciamento do PPCI
 
 Implementar o PPCI não significa apenas executá-lo no caso de uma emergência. Executar
o PPCI engloba a integração entre ele e as operações da companhia, o treinamento dos funci-
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onários e a execução das recomendações para mitigação das vulnerabilidades e avaliação do 
plano.
 O plano deve ser avaliado pelo menos uma vez por ano. É preciso avaliar se os riscos 
ainda são os mesmos, se os dados dos participantes estão atualizados, se os objetivos dos 
treinamentos estão sendo alcançados, se o plano ainda é relevante frente a mudanças nos 
processos e layout da empresa, dentre outros aspectos.
 
Treinamento de equipes
 
 O treinamento da equipe é uma etapa crucial para que o PPCI seja seguido corretamente 
em caso de emergência. Não adianta os funcionários terem

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