RELATORIO DE DIFERENTES CONTEXTOS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
CRISTIANA ALTAMIRA GONZATTO DO COUTO, RU: 2286832 (02/2018)
ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO DE ENSINO 
 DIFERENTES CONTEXTOS
SÃO GOTARDO
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
CRISTIANA ALTAMIRA GONZATTO DO COUTO, RU: 2286832 (02/2018)
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório de Estágio Supervisionado Híbrido de Ensino - Diferentes Contextos apresentado ao curso de licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER.
SÃO GOTARDO
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------------------3
2. PROJETO DE ENSINO ----------------------------------------------------------------------------4
3.1 PESQUISA DO ESTADO DA ARTE-----------------------------------------------------------5
3.2 CAMPO EXTERNO REMOTO- ANÁLISE IMAGÉTICA----------------------------------7
FICHA DO DOCUMENTÁRIO-----------------------------------------------------------------------8
3.3 MATERIAL DIDATICO; CRIAÇÃO E REFLEXÃO ----------------------------------------9
3.4 PRÁTICA DO CAMPO E AS TEORIAS- PRAXIS ---------------------------------------11
CONSIDERAÇÕES FINAIS-------------------------------------------------------------------------15
REFERÊNCIAS----------------------------------------------------------------------------------------16
ANEXO - PLANO DE AULA-------------------------------------------------------------------------17
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório pretende demonstrar uma possível e importante área a ser trabalhada na pedagogia, que é a área da educação na terceira idade ou, a melhor idade. A intervenção aqui descrita resultou da participação de cerca de 15 idosas, cuja finalidade está no envelhecimento ativo e prazeroso, para que a população e os próprios idosos tenham consciência de que esse é o ciclo natural da vida e essa é mais uma fase, a qual deve ser bem aproveitada com tempo de qualidade, pois, a tendência para o crescimento da população idosa é cada vez mais uma realidade na nossa sociedade pelo aumento da expectativa de vida tanto no Brasil quanto no mundo.
Meu estágio foi realizado de forma presencial em uma entidade que oferece distração e lazer á aposentados (as) e Pensionistas. Este estágio aconteceu entre os dias 20/09/2021 e 08/10/2021 onde ofereci orientação sobre artesanato e prevenção da saúde através da alimentação em prol de mulheres e homens que em sua grande maioria apenas concluiu o ensino fundamental. Este estágio foi realizado por mim com muita alegria e satisfação.
A relevância do estágio em diferentes contextos é sem duvida muito importante para o estagiário, pois, ele nos faz colocar em prática o que aprendemos na teoria, nos trás clareza de uma infinidade de possibilidades para atuação assim, favorecendo de forma reflexiva os nossos conhecimentos e sabendo das dificuldades enfrentadas por essa população em especifico, foi onde decidi realizar meu estágio junto a essa entidade, sabemos que a terceira idade é marcada por muitos conflitos internos, e temos que ter consciência de que muitos problemas patológicos têm como origem nesses problemas e na exclusão social e familiar, tal declaração se mostra bastante verdadeira e está presente em todas as histórias de vida, sobre infância e juventude que ouvi durante esses dias de estágio. 
Sendo assim, para uma melhor compreensão, apresentarei no decorrer do relatório todas as atividades desenvolvidas, desde a primeira Roda de Conversa, as orientações na produção de peças artesanais como pintura em pano de prato, sousplat em crochê, entre outras. Este relatório terá a seguinte sequência: projeto de ensino; pesquisa do estado da arte; análise imagética; ficha técnica do documentário; material didático, criação e reflexão; prática do campo e as teorias-práxis; considerações finais; referencias e plano de aula. 
2. PROJETO DE ENSINO 
Analisar as possíveis e diferentes formas de colocar um projeto em prática requer muita observação e diálogo, pois, não haverá resultados positivos se não houver participação e interesse dos usuários da entidade escolhida, por isso, no primeiro dia convidei a todos os participantes a sentarem em uma roda, no total foram somente quinze pessoas que participaram, pelo fato do risco de contaminação pelo vírus COVID-19, foram tomadas todas as medidas preventivas, o uso de máscaras era obrigatória, também o uso de álcool gel.
 Foi feito uma roda de conversa onde, depois de iniciada por mim agradecendo a participação de todos e expondo como iriam funcionar a nossa roda, todos tiveram a oportunidade de expor as suas queixas e experiências vividas durante o distanciamento social, e todos relataram as dificuldades enfrentadas, principalmente com a falta de contato e a falta de comunicação aos quais foram obrigados a manter distância mesmo de familiares, filhos, netos e bisnetos, todos demonstraram ter consciência do momento enfrentado e descrevem como uma situação temerosa e inacreditável, então, pedi a todos que falassem sobre o que esperavam para o futuro e todos demonstraram estar ansiosos por mais convívio social, a esperança de poder abraçar outras pessoas, bem como, matar as saudades dos amigos.
 No final fiz questão de falar algumas palavras de apoio e esperança para que nossa tarde fosse bem aproveitada, já que esse público em questão é sedento de atenção e cuidado, aproveitei também para saber deles, quais eram as atividades que gostariam de desenvolver nos dias seguintes, e junto com a assistente social montamos um cronograma. 
Nos dias subsequentes, desenvolvemos o que previamente foi combinado, ou seja, uma sequência de aulas de artesanato, onde foi desenvolvido um modelo de arte como: trabalhos com filtro de café usado e cola que colamos em caixas de sapato ou qualquer outro objeto da preferência de cada uma, nessas atividades em especifico participaram somente as mulheres, sendo que os homens preferiram jogar baralho e sinuca, outro tipo de arte desenvolvida foi a pintura em pano de prato, todas apreciaram essa atividade, sendo que fizemos um combinado que cada uma traria seu próprio pano de prato branco, pinceis de tamanhos diferentes e cada uma trouxe duas cores de tintas diversas, assim compartilhamos as cores sem ninguém reclamar, também fizemos flores em e.v.a e peso de porta, novamente cada uma trouxe o e.v.a da cor desejada e a cola, eu imprimi e recortei os moldes para cada uma e também auxiliei no uso da tesoura sempre que necessário e foram feitas algumas peças em crochê, mas a atividade que gerou mais expectativa foi a pintura em tela, no dia marcado cada uma trouxe sua tela em branco e novamente cada uma trouxe um tipo de tinta diferente, posto que a tinta de decido é diferente da tinta para telas, eu mostrei alguns vídeos com noções básicas de pintura em tela e fui auxiliando, pois, já tenho alguma pratica nessa oficina e pude passar algumas técnicas de fácil aprendizado, essa atividade demorou alguns dias para ser concluída mas gerou muito entusiasmo para cada uma delas, muitas não acreditavam ser possível ter em sua parede um quadro pintado por elas mesmas e isso emocionou a mim e a assistente social que acompanhou todo o trabalho. 
2.1 PESQUISA DO ESTADO DA ARTE
Muitas vezes o idoso perde a vontade de ter uma vida criativa, de serem produtivos, por causa de costumes, convenções pré-estabelecidas, e não se dão conta de que essa fase trás muitas possibilidades de transformação que podem ser usufruídas e destinadas a um tempo de educação e formação humana centrado na aprendizagem e adequação à nova fase da vida com mais liberdade, criando novos mecanismos e novos espaços de ocupação significativa que vá realmente de encontro ao que esse idoso necessite, suas ambições, ainda que ele mesmo não acredite ser possível sonhar.
Segundo dados do IBGE 2010, o Brasil caminha rapidamente rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido. Em 2008, para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos existiam 24,7 idosos de 65 anos ou mais. Em 2050, o quadroirá mudar e, para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172, 7 idosos. A vida média do brasileiro chegará ao patamar de 81,29 anos em 2050 o mesmo nível atual da Islândia (81,80), Hong Kong, China (82,20) e Japão (82,60), graças aos avanços da Medicina e as melhorias nas condições gerais de vida da população. É importante lembrarmos que em 1940 a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de 45,5 anos de idade e em 2008 chegou a 72,7 anos, ou seja, houve um aumento de 27,2 anos de vida. (ALMEIDA DÁTILO, GILCENIR MARIA e SAES BRAGA, MARIANA et al. p 3) 
 As demandas advindas desses números geram uma nova realidade e um novo desafio, uma vez que não basta apenas viver mais tempo, é preciso ofertar melhores condições para o enfrentamento do envelhecimento e da velhice de forma autônoma e independente (PRATA et al., 2011).
 Neste sentido, podemos perceber que a educação na, e para a terceira idade evidencia-se como instrumento de importante relevância, uma ferramenta que ajuda o idoso a elaborar uma nova expectativa de vida na qual tem espaço e tempo para criar e produzir, e isso ajuda o idoso a adaptar-se e ajustar-se às alterações características da nova etapa da vida, pois é, sobretudo, nessa capacidade de adaptação que reside a vitória e um envelhecimento bem sucedido. 
2.2 CAMPO EXTERNO REMOTO- ANÁLISE IMAGÉTICA 
Ao realizar o Estágio Supervisionado de Diferentes Contextos tive a oportunidade de analisar o Documentário “Quando Sinto que já Sei”, em seu tema central pude perceber a abordagem de diferentes metodologias de ensino utilizadas e também mostra o uso de praticas educacionais inovadoras com excelentes resultados.
Ao longo do Documentário que foi produzido em 2014 por Antônio Sagrado, Anderson Lima e Raul Perez trás para a sociedade uma visão diferenciada com metodologias inovadoras e praticas pedagógicas personalizadas dentro da escola e também fora dela.
Dessa forma, nota-se como o professor tem que estar preparado para as novas demandas trazidas pelos próprios alunos desse século que já estão presente no atual contexto escolar com suas próprias questões e ambições, como nos mostra o documentário. Dessa forma, temos a obrigação de lhes proporcionar uma aprendizagem de acordo com suas expectativas, com práticas inovadoras e metodologias diferenciadas para que possa se desenvolver e conviver em sociedade. 
As crianças nesse documentário participam de um projeto além dos muros escolares com metodologias diferenciadas, onde estão sendo preparados para a vida, aprendendo a tirar suas duvidas sem ter medo de perguntar e assim fazendo parte de uma troca saudável gratificante entre educador e educando.
 No documentário é mostrada as entrevistas com o educador e idealizador do Centro Popular, do fundador do laboratório de mídia, do Jornalista, da coordenadora pedagógica, do Neurocientista, também são entrevistados pais, funcionários e educadores demonstrando a educação não formal que acontece além dos muros da escola citando a importância desse projeto. Com isso, podemos perceber a importância tanto da educação formal como também da educação não formal para o desenvolvimento emocional e intelectual dos alunos que além dos muros da escola conseguem aprofundar seus conhecimentos e tornar-se exemplos para suas famílias e a sociedade.
Sendo assim apresento aqui a relação de contexto que tem esse documentário e a minha grade curricular de estágio, pois, evidencia a importância da educação não formal, onde o ensino é direcionado para o melhor desenvolvimento da pessoa, não importa a idade, sendo que o conhecimento transforma a realidade no contexto de qualquer individuo. 
Portanto esse documentário é uma importante fonte de conhecimento e se relaciona com diversas áreas do conhecimento, sendo que o mesmo aborda a importância das praticas inovadoras e as metodologias diferenciadas que são possíveis de serem aplicadas tanto dentro como fora da sala de aula.
2.3 MATERIAL DIDÁTICO; CRIAÇÃO E REFLEXÃO
A Associação exerce um trabalho de extrema relevância pública e social na nossa cidade, na promoção de atividades que buscam promover uma melhor qualidade de vida para a população de idosos e Pensionistas, visando o bem estar desse público, o espaço em si pode ser muito bem aproveitado e gerar oportunidades de convivência dos idosos fortalecendo o vínculo familiar e comunitário dos mesmos, através de reuniões, encontros, cursos, palestras, oficinas etc.
As oficinas de artesanato ocorreram de segunda a sexta feira na parte da tarde, como o objetivo também era promover as relações interpessoais entre as idosas, aconteceram durante as atividades momentos de reflexão e partilha das histórias de vida de cada uma, todas se sensibilizavam com respeito pela singularidade da história de vida das demais, valores e princípios de cada participante, promovendo-se simultaneamente as relações interpessoais e o convívio prazeroso, estas oficinas fomentaram ainda, o desenvolvimento da comunicação expressiva e artística que trouxe muito aprendizado para todos nós.
Foram desenvolvidas diversas peças artesanais durante os dias de estágio, entre elas, pintura de pano de prato com barra de crochê e o sousplat também em crochê, cada uma com sua linha e agulha desenvolveu com orientação os pontos necessários para a confecção das peças. 
Passados os primeiros dias e visto os resultados de cada uma delas, as idosas surpreenderam-se com as habilidades que não sabiam que tinham, e igualmente suas famílias, ficaram surpresos pela desenvoltura com que as idosas elaboraram certas peças artesanais. 
 
 
 
2.4 PRÁTICA DO CAMPO E AS TEORIAS- PRAXIS
A instituição onde estagiei oferece atendimento no período vespertino durante a semana e noturno aos sábados.
Essa instituição atende em média 120 pessoas entre associados que já são aposentados, também pessoas consideradas incapacitadas para o trabalho e visitantes que na maioria são familiares dos associados. O estágio foi realizado no período de 20 de Setembro de 2021 e 8 de Outubro de 2021 no período vespertino.
Em nossa sociedade cada vez mais distante socialmente, o que nem sempre foi culpa da pandemia, pois, temos também as redes sociais pela qual as novas gerações estão rodeadas, fica cada vez mais difícil para o idoso se comunicar, pois o mesmo nem sempre participa desse mundo online, então é extremamente necessário se ter um espaço onde os idosos possam se encontrar e tenham o mesmo tipo de comunicação e comportamentos, onde possam desfrutar de tempo de qualidade, exercitar o intelecto em algo relaxante e gratificante ao mesmo tempo, pois o processo de criação de algo sempre nos trás entusiasmo e nos impulsiona, encoraja, inspira e incentiva a criar e a viver com alegria. 
Muitas usuárias da instituição fazem uso de medicamentos continuamente, pois, são portadoras de vários transtornos e doenças psiquiátricas como ansiedade, síndrome do pânico, depressão, entre outras, todas sem exceção precisão de apoio e compreensão, pois, entender o comportamento dessas pessoas nos permite construir um conhecimento individualizado e compreendendo as suas particularidades nós conseguimos montar uma estratégia de abordagem onde cada uma se sinta acolhida e segura para falar dar suas questões mais intimas, como um desabafo, trazendo alivio e conforto em questões que muitas vezes nunca tinham sido tocadas. 
Os objetivos do presente projeto se baseiam em manter o idoso ativo, principalmente no intelectual, investindo em atividades que proporcionem um sentimento de satisfação e mais;
- Promover a criação de relações interpessoais entre as idosas que possam fazer sentido para cada uma. 
- Manter e aperfeiçoar a motricidade manual das idosas.
 - Proporcionar o desenvolvimento de habilidades de coordenação motora ampla e fina, atenção, concentração, criatividade, imaginação, memorização.
-Promover momentos de descoberta, relaxamento e diversão desenvolvendo atividades e experiências multissensoriais, estimulando os sentidos e a memória das idosas.
Comisso trazer novas possibilidades nas quais a sociedade possa investir para acrescer e melhorar a vida dos idosos, onde possam pesquisar e refletir sobre como a educação pode contribuir para um envelhecimento bem-sucedido e a promoção da saúde mental do idoso, abrindo novos espaços para a ação pedagógica. 
O público-alvo do projeto são todos os usuários e visitantes que se interessarem pelas atividades, mas em virtude da pandemia a aglomeração está proibida, então podemos atender somente no máximo 15 pessoas que foram escolhidas pelo quesito idade, que compreendiam estre 60 e 78 anos de idade, onde, a maioria cursou somente o ensino fundamental.
No primeiro dia foi feito a roda de conversa, para que todos tivessem conhecimento sobre o projeto e opinassem sobre o mesmo, sobre como, onde e quem gostaria de participar do mesmo.
Nos dias subsequentes, sempre respeitando a disponibilidade de cada uma desenvolvemos pintura em pano de prato e foram produzidas peças em crochê, entre outras. 
O cronograma aconteceu de acordo com a atuação, execução e dinamismo de cada uma das idosas, sempre observando as dificuldades que cada uma enfrentava, pois, elas desenvolveram as oficinas propostas em tempos diferentes, no que foram totalmente respeitadas sem nenhum tipo de cobrança ou zombaria, pelo contrario, sempre houve apoio mutuo entre elas, sempre frisamos o fato de que o mais importante é a vivencia do caminho e não o destino final de cada coisa. 
Tendo em vista que algumas já tinham conhecimento prévio de algumas oficinas e outras nunca tinham tido a oportunidade de manusear um pincel ou uma tinta, por exemplo, ao longo dos dias desenvolveu-se um conjunto de atividades que proporcionaram diálogo, expressão comunicativa, artísticas e momentos de muita reflexão e partilha de historias da vida de cada uma.
Quanto a avaliação do projeto, as oficinas tiveram resultados positivos dado que, nas opiniões coletadas, os participantes destacaram os benefícios do projeto, nos níveis do bem-estar físico e psicológico, do relacionamento interpessoal e da aquisição de novas aprendizagens. 
Todos os familiares ouvidos, sem exceção, relataram a transformação das idosas principalmente no quesito emocional, relataram que elas se tornaram mais alegres e sorridentes, com mais disposição no seu dia a dia. 
Considerando estes resultados muito positivos para o projeto, tendo contribuído para um aumento do bem-estar e na qualidade de vida, visto que, foram adquirindo novos conhecimentos, proporcionando entretenimento e recreação para todos os envolvidos.
Segundo Almeida (2012), os idosos continuam aprendendo, demonstrando há muito tempo, que não existe idade para aprender e nem uma data específica para se construir conhecimentos. O ser humano está em constante aprendizado, enquanto tiver vitalidade e vontade para fazê-lo. Se as questões físicas e psicológicas lhe propiciarem, podem aprender até seu último dia de vida.
Não se pode esquecer uma situação muito importante, que a aprendizagem e a educação são processos paralelos e estão sempre um ao pé do outro. Os dois juntos formam a dupla que funciona como instrumento de expansão do pensamento e a autonomia de espírito que todo ser humano que tenha experimentado desfruta profundamente pelo prazer que produz. Este fato dá-se desde as nossas primeiras palavras até a idade mais avançada (ALMEIDA, 2012, p.72).
Sendo assim, percebemos a importância de um espaço dinâmico e acolhedor para amparar física e emocionalmente essas pessoas que já estão na fase mais avançada de suas histórias, dando apoio e proporcionando momentos de recreação, onde possam sentir que fazem parte de algo. 
Evidenciando Oliveira, onde ele destaca que “Para que o idoso possa estar em contato com novas possibilidades de aprendizagem, é essencial que esteja inserido num processo educacional, havendo a mediação de conhecimentos para a formação continua do ser social (OLIVEIRA; SCORTEGAGNA; OLIVEIRA, 2012).
 Os idosos estão começando a ser percebidos como seres pensantes que, embora também tenham muito a nos ensinar, ainda têm muito a aprender. Em vista disso devem estar sempre em contato com novos conhecimentos e experiências (OLIVEIRA; SCORTEGAGNA; OLIVEIRA, 2012).
 Para Oliveira, a educação é um meio de libertação e de empoderamento do idoso a partir da aquisição de conhecimentos e atualização, consegue ter uma vida mais saudável, ativa e participativa, levando a seu crescimento pessoal e intelectual, superando a conotação de educação como assistencialismo (OLIVEIRA, 2012). Segundo a autora, o idoso, quando instrumentalizado com conhecimentos, busca a superação de sua vulnerabilidade e dos desequilíbrios sociais por meio de um novo olhar sobre a velhice.
A educação é um direito fundamental do idoso e deve ser respeitado, pois, propõe e possibilita meios para os avanços sociais e cidadania, para o reconhecimento e preparação para o envelhecimento, contribui para atualização e formação para o mercado de trabalho dependendo da situação, desenvolve e amplia habilidades que o idoso ainda possui, estimula novos objetivos, aumenta a participação na vida social e cultural da cidade e proporciona ganhos a qualidade de vida da pessoa idosa. Porém, além da garantia de acesso à Educação é imprescindível que essa se dê com qualidade, com foco nas necessidades de quem aprende, neste caso, o indivíduo idoso.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para todos os idosos e principalmente na fase de vida em que essas pessoas se encontram, se faz muito importante ter um sentido de pertencimento, a algum lugar ou a alguém, tornando essa associação, um espaço muito especial.
Torna-se indispensável mudar o enfoque das politicas públicas no que concerne a terceira idade e tudo o que diz respeito ao “envelhecer com saúde”, deve-se ter um olhar mais compreensivo desse processo e que sejam tomadas medidas para que todos tenham a oportunidade da participação em sociedade e que seja garantida a dignidade pessoal de cada um.
 Educar na terceira idade me parece cada vez mais um processo que consiste em utilizar de todos os meios, para que o idoso entenda que nunca é tarde para aprender algo, e que ele pode continuar o seu processo de desenvolvimento, e pleno de realização segundo as suas perspectivas de vida. 
Um dos objetivos das oficinas foi conscientizar para a reciclagem, assim, dinamizou-se um conjunto de atividades de expressão artística com materiais reciclados que proporcionaram muita diversão e aprendizado, muitas vezes observado que aquele que se propõe a ensinar é quem mais aprende.
Conclui-se que ainda há muito que caminhar para conscientizar as Instituições públicas de que é um grande benefício para a sociedade a implantação de atividades voltadas para a terceira idade que promova transformação humana individual ou coletiva.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. S. M. As universidades da terceira idade: novas aprendizagens ou centros de convívio. 2012. 72 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2012. Acesso em: 03 de Novembro de 2021
PREVELATO de ALMEIDA DÁTILO Gilsenir Maria e SAES BRAGA Mariana Moron. Disponível em: Google Acadêmico: https://www.marilia.unesp.br/Home/Eventos/2015/jornadadonucleo/inclusao-social-da-pessoa-idosa.pdf . Acesso em 11 de Janeiro de 2022 
OLIVEIRA, R. C. S.; OLIVEIRA, F.; SCORTEGAGNA, P. Inclusão, empoderamento e políticas educacionais: a educação ao idoso em processo de construção. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA DO PPE, 1., 2012, Maringá. Anais eletrônicos... Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2012. p. 1-14. Disponível em: Acesso em: 12 de Dezembro de 2021.
 OLIVEIRA, R. C. S. Reconstrução histórica da universidade aberta para a terceira idade na universidade estadual de ponta grossa. Revista histedbr on-line, Campinas, n. especial, p. 142-161, maio 2012. Disponível em: Acesso em: 28 de Novembro de 2021.
PRATA, H. L. et al. Envelhecimento, depressão e quedas. Fisioterapia movimento, Curitiba, v. 24, n. 3, p. 437-443, jul./set. 2011. Disponívelem: Acesso em: 11 de Janeiro de 2022.
ANEXO
PLANO DE AÇÃO
1. IDENTIFICAÇÃO
Área de conhecimento: Prevenção, Comunicação, Criatividade. 
Campo em que o plano foi aplicado: O plano de ação foi realizado cem por cento presencial respeitando o distanciamento social, com o uso de máscaras e álcool gel.
2. CONTEÚDO DA ATIVIDADE
As atividades propostas tem o proposito de prevenir a saúde mental das idosas através de trabalhos manuais que aguçam a criatividade e junto disso uma conversa lúdica, sempre incentivando uma comunicação saudável.
3. OBJETIVOS
· Manter os idosos ativos tanto intelectual quanto fisicamente.
· Promover o desenvolvimento e/ou manutenção de habilidades de coordenação motora.
· Promover momentos de descontração e ludicidade entre as idosas.
 
4. SINTESE DO ASSUNTO 
Pode-se dizer que tem havido uma busca de parte da sociedade para a abertura de espaços democráticos, propondo a criação de equipes multidisciplinares e a efetivação dos direitos sociais difundidos (Correa, França & Hashimoto, 2011).
Realmente, em todas as cidades nota-se uma mobilização pública por mais visibilidade desse público, o que ainda está longe de ser o ideal ou o suficiente para atender a imensa demanda já existente.
 Confirmam-se nas preocupações com a velhice atual e futura em, Lodovici & Silveira (2011, p. 304) desta forma: Tendo como meta responder aos novos desafios trazidos pela sociedade envelhecida destes tempos de octogenários, nonagenários, centenários, é que continuam a se preocupar os teóricos com projetos motivados e mobilizados pelas reais necessidades e exigências deste segmento de idade mais avançada que aguarda receber uma assistência cada vez mais especializada.
Nos dias de hoje, o envelhecimento não é mais sinônimo de inatividade e senilidade ou, uma fase de sentimentos vazios e sem sentido. Com uma mudança de pensamentos, com a ajuda da tecnologia e com o conceito de educação permanente, torna-se possível a capacitação mesmo na fase tardia da vida, possibilitando uma reestruturação mental e física que promove uma otimização na qualidade de vida do ser humano.
Dessa forma se percebe as demandas bem como os desafios gigantes que a sociedade está enfrentando, são dificuldades reais e preocupantes, pois, a longevidade é cada vez mais uma realidade, sendo um fenômeno cada vez mais presente no nosso dia a dia. 
	
5. DESENVOLVIMENTO DA AULA/ATIVIDADE
Os principais temas abordados durante esse estágio foi o da prevenção, comunicação e criatividade, pois, esses temas se fazem extremamente importantes nesse tempo de pandemia, ou de distanciamento social, onde os idosos não podem ter contato com suas famílias e amigos, ficando assim depressivos e com sentimento de abandono.
A estruturação do plano de ação foi pensada para amenizar a solidão que o isolamento trouxe, mesmo que tomadas todas as precauções do distanciamento social como, manter-se a um metro e meio de distância, uso de máscaras e álcool gel, os resultados da intervenção foram impressionantes.
No primeiro dia com nossa roda de conversas, os idosos já demonstraram muita descontração e expectativas para com as oficinas, que aconteceram da seguinte maneira: na parte da tarde, a cada dia aconteceu um tipo de oficina, como pintura em pano de prato, onde cada usou pano de prato, pincel e tinta; peças em crochê, foram usadas linha de crochê e agulha; trabalhos com filtro de café onde utilizamos filtro de café, cola branca escolar e uma caixa de papelão ou lata; flores em e.v.a onde o material é aquecido com ferro quente e moldado em uma peça de alumínio que faz o formato da flor escolhida, peso de porta com areia em sua base e a flor de e.v.a encima; pintura em tela em que cada uma trouxe sua tela eu disponibilizei os moldes e com pincel e tinta cada uma fez a sua pintura, com a minha orientação e auxilio sempre que necessário, cada uma fez a atividade que escolheu a cada dia e fez no seu ritmo, sempre em um ambiente lúdico e divertido, pois, a intenção ali foi de promover a comunicação e a criatividade.
Esses resultados positivos e o grau de satisfação obtidos nesses dias de estágio me permitiu perceber que o projeto contribuiu para atenuar o sentimento de solidão que se instalou na vida delas, estimulou a interação e promoveu o convívio entre as mesmas, incentivou o conhecimento com alegria e trouxe a certeza de que essa intervenção foi apenas o início de um grande projeto que continuará ativo no processo de desenvolvimento e aprendizagem dos participantes. 
6. RECURSOS
Durante a ação foram usados muitos materiais recicláveis, dando especial atenção e incentivo para a sustentabilidade, cada uma das participantes trouxe alguns materiais que já tinham em casa juntamente com outros adquiridos como:
· Agulhas de crochê
· Linha fina 
· Pincel 
· Tintas 
· Caixas de sapato e latas
· Filtro de café usado
· Cola branca e Tesoura
· Tela
· Vasos e cimento
· Folha de e.v.a
· Arame
 FOTOS DE ALGUNS TRABALHOS DESENVOLVIDOS:
 
 
 
 
7. REFERÊNCIAS 
CORREA, M.R., FRANÇA, S.A.M. & HASHIMOTO, F. (2011). Políticas públicas: a construção de imagens e sentidos para o envelhecimento humano. Porto Alegre (RS): Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento, 15(2), 219-238. Acesso em: 22 de dezembro de 2021. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/RevEnvelhecer/article/view/11446.
LODOVICI, F.M.M. & SILVEIRA, N.D.R. (2011). Interdisciplinaridade: desafios na construção do conhecimento gerontológico. Em: Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento, 16(2), 291-306. Porto Alegre (RS). Acesso em 22 de dezembro de 2021. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/RevEnvelhecer/article/view/24814/15444.