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OTITE MÉDIA AGUDA

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Otorrinolaringologia – Nicolle A. Bianchi – Medicina Univates ATM 2023/1
Otite Média Aguda
Como vemos as coisas na Otoscopia?
Abaulamento da membrana timpânica, visualização da vascularização
Otite Média Aguda!
 
DEFINIÇÃO
· OMA é uma infecção que compromete o espaço da orelha média. 
· É uma complicação de uma IVAS.
EPIDEMIOLOGIA
· Crianças: mais de 80% ao menos um episódio de OMA antes dos 2 anos = Trompa de Eustáquio mais horizontalizada.
· Incidência máxima: 6 a 18 meses
· Maior incidência: meninos e meninas com história familiar de OMA
FATORES DE RISCO
· Exposição a vírus respiratórios (creche, irmãos mais velhos): socialização precoce
· Ausência de aleitamento materno
· Alimentação em posição supina (aumenta a estase na tuba auditiva): reflui o leite se a criança está deitada, podendo ir até a estrutura tubária e causar um problema inflamatório
· Menor status socioeconômico
· Anomalia craniofacial (fenda palatina, úlcera fissurada): após a correção da fenda palatina continua tendo infecções recorrentes de via aérea superior, melhora na idade adulta
· Deficiência imunológica (Deficiência de IgA secretora). 
· Contraindicada a amigdalectomia pois o Anel de Waldeyer é um grande secretor de IgA na criança, é a primeira resposta da criança a agressões externas.
· RGE laríngeo/faríngeo
· Alergia
· Obesidade
· Vitamina D
· Sexo masculino
· Uso de bico
· Fumaça ambiental do tabaco
ETIOLOGIA
· Os vírus respiratórios na maioria dos casos. 
· São auto-limitadas.
· Associações com vírus e bactéria:
· Strepto pneumoniae 40%
· H. influenzae 25% a 30%
· Moraxella catarrhalis 10 a 15%
FISIOPATOLOGIA
· Vírus e bactérias sendo abocanhados 
· Disfunção de ventilação da orelha média. Tubo de Eustáquio permite a entrada de bactérias Definição de otite
PRINCIPAIS FATORES DIAGNÓSTICOS
· Otalgia (comum)
· Sintomas respiratórios superiores (comuns)
· Abaulamento da membrana timpânica (comum)
· Hiperemia da membrana timpânica é inespecífico, eritema não quer dizer que exista uma OMA
Outros fatores
· Irritabilidade (comum) choro 1 hora
· Perturbação do sono
· Febre (comum)
· Diminuição do apetite (incomum)
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
· História clínica: varia conforme imunidade
· Criança mais velha e verbal: IVAS seguida de otalgia
· Criança pré-verbal: febre ou sintomas sistêmicos indicativos de otalgia, como irritabilidade, choro, distúrbios do sono, vômitos ou falta de apetite.
· Adultos: <1%. Dor na orelha, DIMINUIÇÃO DA AUDIÇÃO, dor de garganta e otorreia. Infecções podem ser persistentes até 2 meses do diagnóstico inicial.
O mais importante na otoscopia é o abaulamento na MT
TESTES NÃO SÃO NECESSÁRIOS
· Timpanocentese e cultura bacteriana (não é rotina) – casos em que a criança não melhora, muito refratária – incisão da membrana timpânica com uma faca de paracentese, se faz aspiração da secreção e manda para a cultura para ver qual a bactéria que não responde ao tratamento
· Timpaometria presença de líquido na orelha média – mostra uma curva plana tipo B se tiver líquido na orelha média 
Miringite Inflamação da membrana timpânica; otoscopia com membrana muito vermelha, mas SEM abaulamento
Pode causar uma bolha (miringite bolhosa): muito dolorosa
Mastoidite: 
diagnóstico essencialmente clínico, não precisa de nenhum exame. Quando suspeito de casos mais graves, pedir TC.
Otite média secretora
MANEJO
· O controle da dor é fundamental para gerenciar a condição
· Antibiótico
· Uso indiscriminado, grande maioria dos pacientes tem processo viral
· Adianta 1 dia em média na melhora dos sintomas
· 10-20 pacientes ATB para beneficiar 1
· ABAULAMENTO é o que faz o diagnóstico
· As bactérias produzem betalactamase.
· O tratamento da OMA é por 10 dias.
· ATB: sinusite 7 dias, otite 10 dias (lembrar que otite é num local mais confinado)
· Se OMA confirmada:
· Analgesia + ATB
TRATAMENTOS EMERGENTES
· Probióticos
· Foram sugeridos para tratamento
· Ainda sem evidências suficientes
Em crianças com alto risco de OMS aguda e crônica, há evidências de ensaios randomizados controlados para apoiar o uso de profilaxia antibiótica?
Resposta clínica: 
Em crianças (6 meses a 18 meses) com alto risco de AOM (+ de 3 ep de OMA nos últimos 18 meses), há evidência de qualidade moderada de que os ATB profiláticos diários reduzem a proporção de crianças com um ou mais eps de OMA ou OMS crônica (34 por 100 pessoas – 95% IC 28 a 42- com ATB em comparação com 53 por 100 pessoas com placebo ou sem tratamento) enquanto a criança está tendo tratamento.
Não houve diferenças estatisticamente significantes nos efeitos adversos.
Os clínicos precisam pesar o modesto benefício de usar profilaxia ATB diária contra a opção de tratar simplesmente com ATB se a OMA ocorrer.
Intervenção: ATB administrados por pelo menos 6 semanas; na maioria dos casos por 6 a 12 meses. Os ATB utilizados mais frequentemente foram Amoxicilina 20 mg/kg/dia ou sulfafurazole (sulfisoxazol) 25 a 50 mg/kg/dia
Comparador: placebo ou nenhum tratamento durante pelo menos 6 semanas; na maioria dos casos por 6 a 12 meses.
Questão: em crianças e adolescentes com OMA, como as gotas anestésicas tópicas afetam os efeitos?
 Resposta clínica: 
Em crianças e adolescentes (5 a 18 anos de idade) com OMA sem perfuração, o anestésico tópico reduz a dor de ouvido em 50% em intervalos de até 30 min em comparação com placebo, como adjuvante para Acetominofen. Em um pontoo de tempo (20 minutos) as diferenças entre os grupos (50% de redução da dor na orelha) não foram estatisticamente significativas. Nenhum estudo forneceu dados em dias perdidos na escola (filho) ou no trabalho (pai).
No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa na dor de ouvido em qualquer ponto de tempo em 30 minutos em crianças e adolescentes tratados com gotas anestésicas tópicas em comparação com gotas naturopáticas.
Os clínicos devem pesar o modesto benéfico de usa gotas anestésicas tópicas como terapia adjuvante para reduzir a dor de ouvido em 30 minutos em crianças com OMA sem perfuração vs a opção de simplesmente tratar com paracetamol oral.
O efeito da gota otológica é mais imediato.
 
COMPLICAÇÕES
Pode ser de origem viral
OMS: com retração. Sem abaulamento.
PROGNÓSTICO
· Os pacientes tratados com OMA têm um excelente prognóstico. 
· Quando a analgesia e/ou ATB são iniciados, melhora de 2 a 3 dias.
· Assintomática 1 semana após diagnóstico clínico independentemente da escolha das opções de tratamento.
· Infecção resistente ou recorrente pouco frequente
· Infecções recorrentes que requerem a inserção de tubos de ventilação pouquíssimo frequente
· As complicações a longo prazo são raras
Otite Média Secretora
DEFINIÇÃO
· A OMS é definida como a presença de fluido na orelha média sem sinais ou sintomas de infecção aguda da orelha.
· A condição é comum o suficiente para ser chamado de “risco ocupacional da primeira infância” porque sobre 90% das crianças têm OME antes da idade escolar e desenvolvem, em média, 4 episódios de OME a cada ano
· OTITE MÉDIA SECRETORA = Presença de líquido na orelha média sem sinais ou sintomas de infecção aguda da orelha.
EPIDEMIOLOGIA
· A prevalência de 7% a 13% na maioria das vezes entre as idades de 6 meses a 4 anos.
· Primeiro ano de vida > 50% das crianças, aumentando para 60% até os 2 anos.
· Síndrome de Down ou fissura palatina: 60% a 85%
· Incidência: 4 episódios de OMS/ano em crianças pequenas com duração média de 17 dias por episódio
· Impacto em crianças e famílias:
· Causa mais comum de deficiência auditiva em crianças em países desenvolvidos
· 76% otalgia
· 64% da interrupção do sono
· 49% de problemas comportamentais
· 33% a 62% de preocupações de fala e audição
· 15% de sintomas vestibulares
FISIOPATOLOGIA
· IVAS
· Disfunções tubárias
· Resposta inflamatória por OMA
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
· A OME é a causa mais comum de deficiência auditiva em crianças no mundo desenvolvido
· Causas nas crianças:
· Função deficienteda tuba auditiva
· Infecção respiratória alta
· Alergia nasal
· Biofilme bacteriano
· Resposta inflamatória após OMA
· Causas nos adultos
· Doença dos seios paranasais
· Hiperplasia linfoide nasofaríngea induzida por fumo
· Hiperplasia adenoidária com início na idade adulta ou câncer nasofaríngeo
· Patógenos mais comuns
· Streptococcus pneumoniae
· Haemophilus influenzae não tipável
· Moraxella catarrhalis
· Bactérias podem estar presentes em 92% das efusões do ouvido médio, incluindo a presença de biofilme bacteriano em pelo menos 40,3%
EVOLUÇÃO
· Resolução espontânea em 3 meses
· 30% a 40% das crianças têm episódios repetidos de OME e 5% a 10% dos episódios últimos ≥ 1 ano.
SEQUELAS
· OMS não tratadas:
· Timpanosclerose 0-10%
· Atrofia MT 5-31%
· Retração atical 29-40%
· Atelectasias 1-20%
· Perda 5 dB
Timpanoesclerose Atrofia da membrana timpânica		Retração atical 	 Atelectasia de MT
Perfuração ampla da MT
DIAGNÓSTICO
· História clínica
· Otoscopia pneumática
· Timpanometria
MANEJO
· Ineficazes como tto, mas funcionam como prevenção:
· Anti-histamínico
· Tratamento anti-refluxo
· Corticoide tópico
· Corticoide oral
· Eficácia a curto prazo - 1-2 meses sem benefício
· Antibióticos
· Pequeno benefício vs efeitos adversos, não melhoram audição nem previnem cirurgia
· Observação (crianças sem risco) por 3 meses desde que realiza o diagnóstico.
· Avaliação auditiva se OMS >= 3 meses (sempre em crianças de risco)
· Reavaliação 3-6 meses de intervalo
· OMS crônica até que desapareça, perda auditiva, alterações estruturais da MT ou Orelha Media
· Tratamento cirúrgico
· < 4 anos
· Timpanotomia para tubo de ventilação
· Adenoidectomia apenas com indicação distinta (obst nasal, adenoidite crônica)
· > 4 anos
· Timpanotomia TV, adenoidectomia, ambos
Otorrinolaringologia
 
–
 
Nicolle A. Bianchi 
–
 
Medicina Univates ATM 2023/1
 
 
Otite Média Aguda
 
Como vemos as coisas na Otoscopia?
 
 
 
 
 
 
Abaulamento da membrana timpânica
,
 
visualização da vascularização
 
 
Otite Média Aguda!
 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO
 
®
 
OMA é uma infecção que compromete o espaço da orelha média.
 
 
®
 
 
É uma complicação de uma IVAS.
 
 
EPIDEMIOLOGIA
 
®
 
Crianças: mais de 80% ao menos um episódio de OMA antes dos 2 anos
 
= Trompa de Eustáquio mais 
horizontalizada.
 
®
 
Incidência máxima: 6 a 18 meses
 
®
 
Maior incidência: meninos e meninas com história familiar de OMA
 
 
FATORES DE RISCO
 
®
 
Exposição a vírus respiratórios (creche, irmãos mais velhos)
: socialização precoce
 
®
 
Ausência de a
leitamento materno
 
®
 
Alimentação em posição supina (aumenta a estase na tuba auditiva)
: reflui o leite se a criança está deitada, 
podendo ir até a estrutura tubária e causar um problema inflamatório
 
®
 
Menor status socioeconômico
 
Otorrinolaringologia – Nicolle A. Bianchi – Medicina Univates ATM 2023/1 
 
Otite Média Aguda 
Como vemos as coisas na Otoscopia? 
 
 
 
 
 
Abaulamento da membrana timpânica, visualização da vascularização 
 
Otite Média Aguda! 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO 
 OMA é uma infecção que compromete o espaço da orelha média. 
 É uma complicação de uma IVAS. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 Crianças: mais de 80% ao menos um episódio de OMA antes dos 2 anos = Trompa de Eustáquio mais 
horizontalizada. 
 Incidência máxima: 6 a 18 meses 
 Maior incidência: meninos e meninas com história familiar de OMA 
 
FATORES DE RISCO 
 Exposição a vírus respiratórios (creche, irmãos mais velhos): socialização precoce 
 Ausência de aleitamento materno 
 Alimentação em posição supina (aumenta a estase na tuba auditiva): reflui o leite se a criança está deitada, 
podendo ir até a estrutura tubária e causar um problema inflamatório 
 Menor status socioeconômico

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