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HISTORIA DA 
ARQUITETURA NO 
BRASIL 
Profª MS. Karla Di Giacomo 
Palacetes Paulistanos 
Período: República Velha (1889-1930), 
 
capitais advindos da lavoura do café, 
 
O termo palacete é o diminutivo irregular 
de palácio, residência urbana vasta e 
suntuosa, de príncipes e outros nobres, ou 
de chefes de Estado, e até local onde se 
instalam setores do poder público. 
 
Designou sempre, em São Paulo, a casa 
melhor e mais ampla, o sobrado de dois 
pavimentos, em oposição à casa térrea, 
popular. 
 
 
“(...) o palacete, do ponto de vista do espaço, dos 
seus usos e dos programas de necessidades, 
resultaria na transposição do morar à francesa, ao 
qual se incorporaram elementos da casa paulistana 
preexistente”. (HOMEM, 1996). 
 
“A residência paulistana da elite cafeeira passaria 
a ser a mais bem cuidada e de maior luxo, para 
individualizar-se, a fim de expressar o êxito 
econômico, o gosto, as preferências culturais do 
proprietário, transformando-se num cartão de 
visita dos moradores. O palacete (...) foi um espaço 
especialmente programado para as necessidades 
da burguesia” (HOMEM, 1996). 
 
Localização: Campos Elíseos, Higienópolis, 
Avenida Paulista e os bairros-jardins da 
Companhia City, Pacaembu, Jardim América e 
Jardim Europa. Destaque para Ramos de Azevedo 
Chácara do Carvalho, Bairro da Água Branca, São Paulo 
Projeto: Luís Pucci e Giulio Micheli, 1892 
 
 
Isolado no lote, entre jardins projetados, com elementos neoclássicos compondo a 
fachada. 
CHÁCARA DO CARVALHO (1892): DE PROPRIEDADE DO CONSELHEIRO ANTONIO DA 
SILVA PRADO. PRIMEIRO E SEGUNDO PAVIMENTOS. 
CHÁCARA DO CARVALHO (1892): SALÃO MARIA ANTONIETA, PREPARADO PARA RECEBER OS REIS DA 
BÉLGICA, EM 1920. 
CHÁCARA DO CARVALHO (1892): SALA DE MÚSICA E BILHAR: ESPAÇOS DE INTENSA 
SOCIABILIDADE 
CHÁCARA DO 
CARVALHO (1892): 
CORREDOR CENTRAL 
MOBILIADO, ENTRE O 
BILHAR E A SALA DE 
JANTAR, 
ANTECEDENDO O 
FUMOIR. 
CHÁCARA DO CARVALHO (1892): ESCRITÓRIO: ESPAÇO DE TRABALHO NO INTERIOR DA MORADIA. 
CHÁCARA DO CARVALHO (1892): NOITE DE GALA: AS RECEPÇÕES TORNARAM-SE 
FREQÜENTES, ONDE OS PROPRIETÁRIOS DEMONSTRAVAM, NA INDUMENTÁRIA, NA 
DECORAÇÃO DE INTERIORES, NO MOBILIÁRIO, NAS LOUÇAS E TALHERES E NO MODO DE 
RECEBER, A RIQUEZA E A INCORPORAÇÃO DE HÁBITOS CIVILIZADOS EUROPEUS, 
NOTADAMENTE OS FRANCESES. 
CHÁCARA DO CARVALHO (1892): NOS JARDINS DO PALACETE, RECEPÇÃO 
OFERECIDA AO GRÃO-VIZIR DA RÚSSIA. 
PALACETE DE ELIAS CHAVES (1893-99): AVENIDA RIO BRANCO/ALAMEDA GLETTE/ALAMEDA DOS 
GUAIANAZES (CAMPOS ELÍSEOS). ATUAL PALACETE DOS CAMPOS ELÍZEOS. 
Palacete de Elias Chaves (1893-99): fachada posterior, com referências do barroco 
francês. Projeto de Matheus Haussler. Jardins com estética francesa. 
Palacete de Elias Chaves (1893-99): salão nobre decorado com móveis Luís XV e 
tapeçaria Aubusson. 
Projeto de Matheus Haussler. Jardins com estética francesa. 
A RUA MARANHÃO, POR VOLTA DE 1905. O BAIRRO DE HIGIENÓPOLIS JÁ SE APRESENTAVA DE ACORDO COM AS 
DETERMINAÇÕES DO PODER PÚBLICO QUANTO À SALUBRIDADE URBANA E ARQUITETÔNICA: TERRENOS 
DRENADOS, DE DIMENSÃO CONSIDERÁVEL PARA COMPORTAR EDIFICAÇÃO ISOLADA NO LOTE, RUAS CALÇADAS 
À PARALELEPÍPEDOS, CALÇADAS ARBORIZADAS, SERVIDAS POR BONDES E ILUMINAÇÃO PÚBLICA, MORADIAS 
PROVIDAS DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E RECOLHIMENTO DE ESGOTOS, CONSTRUÍDAS COM 
MATERIAIS SÓLIDOS, AREJADAS E ILUMINADAS, AFASTADAS DAS DIVISAS LATERAIS DO LOTE, COM ALTURAS DE 
PORÃO E PÉ-DIREITO CONVENIENTES E COM NÚMERO ADEQUADO DE COMPARTIMENTOS. 
AVENIDA PAULISTA, EM FOTO DE GAENSLY, DE 1902. NOTA-SE OS PALACETES ISOLADOS NOS 
LOTES DE GRANDES DIMENSÕES, OS EXTENSOS QUINTAIS E AS DIFERENÇAS FORMAIS DENTRO 
DA MESMA TIPOLOGIA, DEMONSTRANDO A MISTURA DE ESTILOS (ECLETISMO). RUA 
PAVIMENTADA E CALÇADA ARBORIZADA, À SEMELHANÇA DOS BOULEVARDS FRANCESES. 
VILA PENTADO (1902): PROPRIETÁRIO ANTÔNIO ÁLVARES PENTEADO, SITUADA À 
AVENIDA HIGIENÓPOLIS. 
Francisco de P. Ramos de Azevedo 
São Paulo (1851-1928) 
 
Engenheiro-arquiteto formado na Bélgica, 
considerado o arquiteto oficial do governo e 
construtor de toda a classe alta paulistana. 
 
Seu escritório concluiu milhares de obras, 
dominando o panorama das edificações e 
remodelando a cidade (Lemos, C.). 
 
Foi sócio majoritário do Escritório Técnico 
Ramos de Azevedo (1896), da Cerâmica Vila 
Prudente (tijolos e telhas prensadas), da 
Serraria Central (esquadrias e madeiras em 
geral), da Companhia Inicial (financiadora de 
construções em terrenos a ela hipotecados, 
junto com Ricardo Severo), diretor do Banco 
Ítalo-Belga e da Caixa Econômica Estadual, e 
professor da Escola Politécnica e do Liceu de 
Artes e Ofícios de São Paulo. 
São Paulo 
Residências (1907-1928) 
Ramos de Azevedo 
Conjunto de residências 
Edificação no alinhamento 
São Paulo 
Residências (1907-1928) 
Ramos de Azevedo 
Chalé 
Entrada Lateral 
São Paulo 
Residências (1892) 
Ramos de Azevedo 
São Paulo 
Residência José Cardoso de Almeida (1915) 
Ramos de Azevedo 
São Paulo 
Residência Gabriela Dumont Villares (1921) 
Ramos de Azevedo 
São Paulo 
Residência do arquiteto (1930) 
Ramos de Azevedo 
PALACETE DE 
FRANCISCO DE PAULA 
RAMOS DE AZEVEDO. 
CONSTRUÇÃO EM 1891 
E REFORMA EM 1904. 
IMPLANTAÇÃO, 
PLANTAS DO PORÃO 
(EMBAIXO) E 
PAVIMENTO TÉRREO 
(DIREITA). 
PALACETE DE FRANCISCO DE PAULA 
RAMOS DE AZEVEDO. PLANTAS DO 
PAVIMENTO SUPERIOR (ESQUERDA) E 
SÓTÃO (DIREITA). 
São Paulo 
Residência Ernesto Dias de Castro (1930) 
Ramos de Azevedo 
Victor Dubugras 
França (1868) Brasil (1933) 
“Victor Dubugras foi o grande precursor 
do Modernismo no Brasil e do uso do 
concreto, com objetivos de modernização 
e racionalização do projeto arquitetônico. 
Sua obra, com forte caráter de 
racionalismo 
construtivo, desenvolveu-se 
paralelamente 
à dos principais mestres europeus, nos 
fins 
do século XIX e nas primeiras décadas do 
século XX”. (Reis Filho, N.G) 
 
São Paulo 
Residência (1916) 
Victor Dubugras 
São Paulo 
Residência (1903) 
Victor Dubugras 
São Paulo 
Residência (1903) 
Victor Dubugras 
São Paulo 
Vila Uchoa 
(1902) 
Victor Dubugras 
Residência do 
engenheiro Flávio 
Uchôa, primeiro projeto 
de obra particular de 
maiores proporções. 
Típica “vila”, casa de 
chácara urbanizada, em 
grande terreno e jardim. 
Última obra da sua fase 
Neogótica, com 
elementos de gosto art 
nouveau no interior. 
Volumetria complexa, 
com uma série de 
alpendres e terraços, 
corpos salientes e 
reentrantes, telhados 
com vários corpos e torre 
de grande altura. 
Imagens internas 
São Paulo 
Residência (1914) 
Victor Dubugras 
São Paulo 
Vila Horácio Belfort Sabino (1903) 
Victor Dubugras 
VILA HORÁCIO BELFORT SABINO (1903): AVENIDA PAULISTA, ESQUINA COM RUA AUGUSTA, PROJETO 
DE VICTOR DUBUGRAS, CONSTRUÍDA NUMA MISTURA DE REFERÊNCIAS NEOCOLONIAIS (ÁREAS 
EXTERNAS) E ART-NOUVEAU (DECORAÇÃO DE INTERIORES). 
VILA HORÁCIO BELFORT SABINO (1903): SALA DE JANTAR EM ESTILO ART NOUVEAU, IMPORTADA DA 
FRANÇA. 
VILA HORÁCIO BELFORT SABINO (1903): SALA DE VISITAS 
VILA HORÁCIO BELFORT SABINO (1903): HALL 
VILA HORÁCIO BELFORT SABINO (1903): JARDIM DE INVERNO. 
ART NOUVEAU 
 
Art Nouveau Nova Arte 
 
 
 Desenvolvimento entre 1895 e 1914 
 
 
Assumiu aspectos variados de acordo com o 
país em que se desenvolveu 
 
INTRODUÇÃO 
DUCHER, 1992 
Movimento europeu , que ao contrário do ecletismo, 
procede mais por fusão ou por síntese do que por adição 
ou acumulação. 
ATO OU 
EFEITO 
DE 
FUNDIR-
SE 
RESUMO 
 
INTRODUÇÃO 
DUCHER, 1992 
 
Tende a criar uma relação orgânica entre o ornamento 
e a função do objeto. 
 
 
 A LINHA “CHICOTADA”: linha assimétrica que 
se exprime dinamismo ( ritmo e contra – ritmo) 
 
 
INTRODUÇÃO 
DUCHER, 1992 
 
 A FLORA: Uma relaçãointimista com a natureza, 
conservando o princípio de vida, ou seja, botões das 
flores. Ondulações, entrecruzamento de caules 
associados às flores ( papoula, crisântemos, orquídea, 
lírio) 
INTRODUÇÃO 
DUCHER, 1992 
 
A FAUNA: Mundo aquático das libélulas, rãs, 
borboletas; o simbolismo; a marchetaria. 
INTRODUÇÃO 
DUCHER, 1992 
 
A MULHER: Aos motivos florais e animais associa-se 
a figura da mulher, também pela ondulação de suas 
linhas e dos cabelos. 
INTRODUÇÃO 
DUCHER, 1992 
 
MUCHA 
 
 
INTRODUÇÃO 
A TENDÊNCIA A ABSTRAÇÃO: segunda tendência, 
menos descritiva, associa-se a fusão e a união do 
ornato com a estrutura que passam por ondulações e 
torções que submetem o material – ferro, vidro, pedra- 
ao seu objetivo. 
DUCHER, 1992 
 
NO BRASIL... 
REPRESENTANTES DO ART NOUVEAU 
 
Eliseu Visconti 
 
Carlos Eckmann 
 
Victor Dubugras 
 
 
 
As mudanças socioeconômicas ocorridas no Brasil 
desde a segunda metade do século XIX, implicaram em 
profundas mudanças nos modos de habitar e construir. 
 
 
 
As ferrovias traziam sobre seus trilhos novos recursos 
e maneiras de construir 
Reis Filho (2013). 
CONTEXTO 
As construções dependiam de material importado, 
tanto para elementos estruturais como para os de 
acabamento 
 
Os arquitetos e engenheiros orgulhavam-se de imitar 
com perfeição até nos detalhes, os estilos de todas as 
épocas, que fossem valorizadas pela cultura europeia. 
Reis Filho (2013). 
CONTEXTO 
 
 Brasil República – Eliseu Visconti - Revue du Brésil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ascensão do café TIJOLO, FERRO FUNDIDO, 
CONCRETO. 
 
Art Nouveu chegara ao Brasil no começo do século 
XX, principalmente na pintura decorativa e na 
arquitetura. 
 
 
 
 
 
Na verdade, o estilo Art Nouveau, nunca foi bem 
compreendido entre nós, isto é, não foi na sua essência 
compreendido pelo povo que aceitava com certa 
curiosidade os objetos daquela corrente importados 
para o guarnecimento das casas. (LEMOS 1976, p. 105) 
 
Foi um estilo que assinalou o primeiro movimento de 
libertação daquelas soluções neogóticas e 
neorrenascentistas, pseudo- barrocas e até pseudo- 
coloniais que proliferavam e ainda proliferam entre nós. 
 
 
O que nós importamos então, foi um “estilo sem estilo”, 
porque era um estilo que não copiava outros. 
 
 
Foi aceito com entusiasmo. E o povo, um pouco 
chocado no começo, aderiu logo, bastando dizer que tudo 
que era feito em matéria de móveis e objetos era logo 
adquirido. 
Motta (1976, p.91) 
Toda em tijolo 
Delicadeza 
Mais recente dos estilos 
Linhas curvas 
Espaços com continuidade e movimento 
Mão de obra altamente especializada 
Acabamentos corretos e harmônicos 
Ramagens em relevo na fachada- modelada no local 
Pintura dos painéis do hall monumental anacrônica – 
Oscar Pereira da Silva 
CARACTERÍSTICAS 
 
VILA PENTEADO 
 
 
Carlos Eckmann – Vila Penteado - 1902 
Representa também uma etapa da história econômica do 
estado, quando o capital proveniente do café constituiu a 
base financeira da industria. 
 
 
 
Localização: Bairro Higienópolis 
 
 
Aristocrata da fortuna do Café ( Alvares Penteado) 
 
 
 
 
 Homem, 1976 
 
 
Homem, 1976 
A cidade autofágica digeriu a produção de Dubugras 
Outros exemplos 
 Residência Horácio Sabino foi demolida nos anos 50 
para a construção do Conjunto Nacional 
Centro Cultural do Banco do Brasil 
 
São Paulo 
Reformado interior da confeitaria Colombo 
Rio de Janeiro 
Outros exemplos 
Colégio Santa Inês 
 
São Paulo 
Outros exemplos 
ART DÉCO 
 
O art déco surge através de 
experimentações - técnicas e 
formais - sobre o concreto armado, 
feitas inicialmente por Auguste 
Perret (1874-1954): 
 
 
 
império do concreto armado 
 
Propiciou o advento ao 
modernismo 
 
 Linhas circulares ou retas 
estilizadas; 
 
 Uso de formas geométricas; 
 
 Design abstrato; 
 
 Influências do construtivismo, 
futurismo e cubismo; 
 
 Presença marcante na 
Arquitetura. 
 
 Warchavchik e depois Rino Levi- 
novo movimento. 
 
Inúmeras obras públicas de 
importância seguiram essa 
tendência: 
 
 
- Prefeitura de Belo Horizonte, 1936-
39, de Luiz Signorelli 
- Viaduto Bom Vista, 1930, de 
Oswaldo Arthur Bratke 
- Viaduto do Chá, de Elisiário 
Bahiana 
- O Cristo Redentor... 
 
 
 
 
 
 
Goiânia, criada em 1933, possui 
vários de seus principais edifícios em 
art-déco, como a estação ferroviária, 
o teatro, os palácios... Todos 
projetados por Attílio Correia Lima 
(que também fez o projeto 
urbanístico). 
 
Grupo Escolar Visconde de Congonhas do Campo 
José Maria da Silva Neves, 1936, São Paulo 
A nova linguagem cai no gosto popular e logo se associa a uma 
série de edificações ligadas a entretenimento, como emissoras de 
rádio, teatros e cinemas, estádios, ou outras de caráter público e 
populista, como correios, estações rodoviárias e ferroviárias, 
escolas, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elevador Lacerda 
Salvador, 1929 
 
Edifício Oceania 
Salvador, década de 1930 
O art déco: os arranha-céus 
 
 
 
 
 
 
Edifício Altino Arantes 
Plínio Botelho do Amaral, São Paulo, década de 1939 
 
O art déco: os arranha-céus 
ART DÉCO POPULAR 
Edificações do Nordeste do Brasil 
Fotos de Anna Mariani 
Edificações do Nordeste do Brasil 
Fotos de Anna Mariani 
NEOCOLONIAL 
 
NEOCOLONIAL 
• modernidade = o Neocolonial 
 
•Esse foi o “moderno” apresentado na exposição de arquitetura da Semana de 
1922, em que o arquiteto polonês radicado no Brasil, Georg Pryzerembel, 
apresentou uma casa de praia neocolonial. 
Casa Neocolonial na Praia Grande: Georg Pryzyrembel, 1922 
 Reflexos da Primeira Guerra 
 
 nova estética nacionalista 
 
Caia o ritmo das construções 
 
A verdade é que desse sistema 
nasceu um estilo que nada tinha de 
brasileiro. 
 
 Barroco lusitano das casas. 
 
Novo meio de expressão, e 
portanto nacional. 
 
 
Ricardo Severo 
 Victor Dubugras. 
 
 
Residência do banqueiro Numa de Oliveira, Avenida Paulista 
Projeto Ricardo Severo, anterior a 1918 
Palacete da Baronesa de Arary, Avenida Paulista 
Projeto de Victor Dubugras, 1917 
No fundo, o caráter estilístico do Neocolonial não 
atendia ao desejo de inovação, condizente com os 
novos tempos, proposto pelas tendências 
racionalista europeias (incorporação de tecnologia 
industrial para criação de linguagem arquitetônica, 
que satisfizesse o ritmo de vida moderno. 
BRASIL REPÚBLICA: A QUESTÃO 
RESIDENCIAL NA VIRADA DO 
SÉCULO 
INTRODUÇÃO 
 
AS RUAS ERAM DEFINIDAS PELAS CASAS 
 
AS VILAS E AS CIDADES APRESENTAVAM RUAS DE 
ASPECTO UNIFORME 
 
A ARQUITETURA É MAIS FACILMENTE ADAPTÁVEL AS 
MODIFICAÇÕES DO PLANO SOCIOECONÔMICO DO QUE O 
LOTE URBANO. 
 
Meados do século XIX: as edificações unifamiliares mantém 
semelhanças com as moradias coloniais 
 
A legislação não intervinha no planejamento interno das 
residências. 
Um novo tipo de residência a de porão alto (1800-1850) 
 
Transição entre os velhos sobrados e as casas térreas 
 
Construções mais refinadas – Missão Cultural Francesa 
 
Arquitetura neoclássica 
Casas com novos esquemas de implantação, afastadas dos 
vizinhos 
 
Jardins laterais 
 
Café 
 
Ecletismo 
 
Cortiços 
 
Câmara promulgou código regulando larguras mínimas 1886 
 
Abolição da escravidão 
 
República 
Segundo Carlos A. C. Lemos (1989, p.22): com a abolição dos 
beirais do tempo da taipa, a partir de 1886, nasceu a nova 
tipologia da casa paulistana, novo partido arquitetônico 
derivado, em resumo, da obrigatoriedade do alinhamento do lote 
(construções afastadase com jardins fronteiros, somente fora do 
perímetro urbano); da obrigatoriedade de porão que às vezes 
ficava bastante alto, pois nem todos os lotes eram de nível; da 
obrigatoriedade da platibanda e da conveniência do corredor 
lateral descoberto que permitisse a iluminação direta dos 
cômodos. 
Lemos (1999, p.17): ...a República deflagrou grande esforço 
modernizador e, pela primeira vez, introduziu nos códigos 
exigências ligadas à higiene, sobretudo à da habitação. A lei 
entrou dentro de casa, não ficando só nas veleidades 
estéticas dos frontispícios. 
 
 
 
CORTIÇOS E VILAS OPERÁRIAS 
 
No Brasil, a legislação urbanística também decorreu das condições de 
insalubridade, principalmente em grandes cidades, a partir de meados 
do século XIX. O quadro é bastante semelhante ao europeu, com ruas 
fétidas, casas insalubres e pestes frequentes. 
 
 
São Paulo - De 1836 a 1886, o antigo núcleo vê sua população 
aumentar em 117,5% e, entre 1886 e 1900 (em 14 anos), 402,8%. Esse 
crescimento populacional resulta do próprio crescimento vegetativo e 
do afluxo de ex-escravos e imigrantes que, em 1893, chegam a 
representar 59,2% da população paulistana. 
 
 
Outro fator de crescimento urbano é o processo de industrialização: 
entre 1910 e 1914, São Paulo conta com 1.038 fábricas; no final da 
década de 20, já são 4.000, com 84.000 empregados diretos. 
 
Os libertos, imigrantes e operários - precárias condições 
 
casarões centrais deteriorados – cortiços 
 
pequenas “casas de cômodos” na periferia do centro urbano 
 
LOCALIZADAS = em terrenos insalubres, desprovidos de 
infraestrutura, ao longo das linhas férreas ou próximos às 
indústrias. 
 
COMUM a concentração populacional, a rusticidade dos 
materiais e meios, a exiguidade do espaço e o desempenho 
coletivo das atividades privadas. 
 
 
A origem da palavra se 
liga à ideia de 
congestionamento e 
refere-se à caixa 
cilíndrica de cortiça na 
qual as abelhas fabricam 
mel e cera, formada por 
uma sucessão de 
alvéolos de mesmo 
formato e tamanho. 
 
Outra expressão 
utilizada - cabeça de 
porco - foi o nome da 
mais famosa habitação 
coletiva do Rio de 
Janeiro em fins do 
século XIX. 
O Cortiço 
Cortiços cariocas, início do século XX 
Desmonte de bairros insalubres para a reforma urbana no Rio de 
Janeiro, início do século XX 
São Paulo 
 
Para o Código de Posturas e Padrão 
Municipal (1886): 
 
Cortiço = casa operária = cubículo; 
tolerava este tipo de habitação em 
zonas suburbanas, em áreas 
industriais, ao longo da estrada de 
ferro e na zona rural. 
Cortiços em São Paulo, 1919-1925 
Fotos: Geraldo Horácio de Paula Souza 
Código Sanitário Estadual (1894): proíbe a construção de cortiços e 
sugere a extinção dos existentes; 
 
 
Lei nº 286 (1896), Artigo 13º: “entende-se por cortiço o conjunto de duas 
ou mais habitações que se comuniquem com as ruas públicas por uma 
ou mais entradas comuns para servir de residências a mais de uma 
família”. 
 
 
Decreto Estadual 2.141 (1911): cria o Serviço Sanitário do Estado, não 
menciona a palavra “cortiço” e sim “habitações coletivas” (mecanismo 
de disfarce), definindo-as como: “as casas que abrigarem ou servirem 
de dormitório, ainda que temporário, a várias famílias ou a muitas 
pessoas de famílias diferentes” (art. 293). Ainda exige que haja no 
mínimo uma latrina para cada grupo de vinte indivíduos e, também 
banheiros e lavabos indispensáveis. 
Cortiço no Brás, em São Paulo 
Cortiço na Mooca, em São Paulo 
Os tipos encontrados foram classificados como: 
 
Cortiço de quintal, que ocupava o centro da quadra, com acesso por pequeno 
corredor; 
 
Cortiço-casinha, que se tratava de uma construção independente, de frente 
para a rua, confundida com pensão; 
 
Casa de cômodos, que era o sobrado com várias divisões internas; 
 
Cortiços improvisados, que se referiam à ocupação precária de áreas livres, 
no fundo de casas, depósitos, bares, etc.; 
 
Cortiço-avenida, que eram cômodos ou mesmo casinhas, alinhados ao longo 
de rua interna e abrindo-se para ela, com acesso comum, por portão que dá 
para a rua; 
 
Hotel-cortiço, que funcionava como restaurante durante o dia, e à noite, era 
utilizado para dormir. 
 
Apesar de serem formas diferentes, eram iguais na essência, por conterem os 
mesmos elementos de uso coletivo e por serem todos produtos resultantes de 
um mesmo sistema de produção de moradias, em que proprietários podiam 
ceder seus imóveis a terceiros que investiam pequenas economias na 
construção de casinhas ou na subdivisão de edificações existentes. Os aluguéis 
eram considerados baixos e os rendimentos bastante compensadores. 
A estratégia inicial de intervenção nas habitações 
populares se dá através da eliminação dos locais de 
amontoamento e sujeira, que impedem a livre circulação 
do ar. 
 
 
 
 
Expulsos das regiões centrais e de seus cortiços, a população carente ocupa os morros adjacentes, 
construindo suas habitações com o material originado do desmonte. 
Rio de Janeiro, Morro da Favela, 22 de agosto de 1902 
Rio de Janeiro 
 
Acima: Morro da Favela, 1902 
 
Abaixo: Favela Morro do Pinto, 1912 
Casa Operária e Legislação 
 
Para tentar resolver a situação, 
são construídas casas de 
variados tamanhos, isoladas ou 
agrupadas, erguidas segundo 
as possibilidades de seus 
proprietários, a maioria 
imigrantes estrangeiros. A 
Prefeitura de São Paulo, aos 
poucos, foi controlando a 
situação e, além de fornecer o 
alinhamento correto para a 
nova construção, codificou 
certas condições mínimas, 
mormente aquelas relativas 
aos 
gabaritos, altura das portas e 
janelas, garantia de desvio de 
águas pluviais por meio de 
condutores, etc. 
São Paulo: Casa típica de imigrante, 
encostada a uma das divisas do lote. 
(1903) 
Planta e fachada de casas de 
aluguel à Rua Tabatinguera, 
(Arquivo do Escritório Técnico de Ramos 
de Azevedo). 
 
O desenho resume de modo 
completo o partido amplamente 
generalizado da casa ligada à classe 
média que mostra a varanda (sala de 
jantar) no fim dos dois corredores, o 
interno e o externo de iluminação e 
ventilação. Porão não aproveitável 
provido de grades de ventilação. 
 
Fachadas personalizadas. 
Sobradinhos proletários 
 
Vila Boyes, década de 20, 
bairro do Brás, São Paulo 
 
Destinados à classe 
média, por volta da época 
da Primeira Guerra 
Mundial, quando houve 
uma repentina queda nas 
construções paulistanas. 
 
Construções no 
alinhamento do lote, 
pequena testada, 
geminados em grupos de 
dez ou doze unidades. 
 
“Sobradinho Ford”, 
apelido inspirado na 
fabricação em série do 
carro Ford, tantos foram 
os conjuntos que surgiram 
da noite para o dia. 
Vila 
Boyes 
década de 
20 
bairro do 
Brás 
São Paulo 
Melhores habitações situadas de frente para a rua, 
permitindo a 
cobrança de aluguéis mais altos. 
Corredor lateral para iluminação do segundo dormitório e 
da sala, 
obedecendo à legislação municipal. 
Ausência de recuos laterais e frontais, aumentando o 
aproveitamento 
 do terreno. 
Corredor perpendicular à rua, garantindo o 
aproveitamento do miolo 
do quarteirão. 
Paredes hidráulicas e paredes laterais comuns a duas 
casas, reduzindo 
o custo da construção. 
Vila operária projetada pelo engenheiro Regino Aragão, situada na Rua São 
João, São Paulo, em 1911, exemplar da atitude adotada pela produção 
rentista (preocupação em ordenar e racionalizar a construção, objetivando a 
redução de custo). 
Villa da Economisadora 
Paulista, São Paulo (1908) 
 
Folheto publicitário 
editado 
em 1914-15, que descreve 
as vantagens e méritos do 
conjunto residencial 
construído pela mútua 
Economizadora Paulista, 
 às margens do rio 
Tamanduateí, em área 
alagadiça, próximo à 
Estação da Luz, na cidade 
de São Paulo. 
 
“A Economisadora Paulistacompletou cinco annos de 
existencia em dezoito de 
Março de 1913. Foi fundada 
em 20 de Outubro de 1907, 
só tendo iniciado as suas 
operações em 18 de Março 
de 1908, depois de 
aprovvada pelo 
governo federal”. 
134 
Vila Maria Zélia 
construída pelo industrial 
Jorge Street, em 1919, 
junto à Cia.Nacional de Tecidos 
de Juta, em São Paulo. 
 
Considerada modelo 
habitação operária: casas unifamiliares e higiênicas 
controle patronal e ampla gama de equipamentos 
coletivos, como igreja, biblioteca, teatro, creche, jardim da 
infância, grupo escolar, consultório médico e dentário, 
associação recreativa e beneficente, além de comércio, todos 
comandados pelo industrial. 
Possuía cerca de 200 casas. 
137 
Vila Maria Zélia (1919), construída por Jorge Street, junto à Comp. Nacional 
de Tecidos de Juta, em São Paulo. 
NOVAS TIPOLOGIAS NA ARQUITETURA URBANA 
CASA MÉDIA (Rio Claro-1930-1960) 
 
• Tipo A: 
alinhamento sem 
afastamentos (1,8%) 
• Tipo B: 
alinhamento com 
afastamentos 
(64,7%) 
• Tipo B: 
alinhamento com 
afastamentos 
(64,7%) 
• Tipo C: 
recuo com ou sem 
afastamentos lateral 
(15,4%) 
• Tipo D: 
isolada no lote 
(11,8%) 
• Tipo E: 
fundo do lote 
(6,3%) 
• Tipo E: 
fundo do lote 
(6,3%) 
 
Acerca da Arquitetura Moderna, de Gregori Warchavchik (1896-1972): 
 
 
Construir uma casa a mais cômoda e barata possível, eis o 
que deve preocupar o arquiteto construtor da nossa época de 
pequeno capitalismo, onde a questão de economia predomina 
sobre todas as mais. A beleza da fachada tem que resultar da 
funcionalidade do plano da disposição interior, como a forma 
da máquina é determinada pelo mecanismo que é a sua alma. 
 
Gregori Warchavchik 
Casa Warchavchik, 1928 
Rua Santa Cruz, Vila Mariana, São Paulo 
Casa Warchavchik, 1928 
Rua Santa Cruz, Vila Mariana, São Paulo 
Utilização de materiais como, por exemplo, vidro, 
madeira e cimento. 
 
Relação com a produção industrial em série. 
 
 
 
 
Busca da massificação das artes plásticas 
através da valorização dos processos 
industriais. 
 
 Uso de arabescos em ilustrações. 
 
Uso de cores com tonalidades frias nas 
pinturas 
ARTS AND CRAFTS – SÉC. XIX. 
 
 
BAUHAUS - 1919 
CADEIRA PRESIDENTE 
CADEIRA BARCELONA 
 
 
 
Modernismo arquitetônico abarca diversos movimentos do séc. XX: 
-protomodernismo : “forma segue a função” - Louis Sullivan 
 
 
Compartilham características estilísticas e técnicas: 
-Abstração 
-Produção em massa 
-industrialização 
 
 
 
 
“ a arquitetura moderna é a busca de um novo modelo de cidade, 
alternativo ao tradicional, e começa quando os artistas e os técnicos 
se tornam capazes de propor um novo método de trabalho” ( 
BENEVOLO, 2012) 
 
Critica ao cenário da cidade 
 
Reagem contra a feiura da cidade 
 
 
 
 
 “MENOS É MAIS” – Miss Van der Rohe – referente aos ornamentos 
 
1928 CIAM – Congresso Internacional de arquitetura moderna 
 
Economia 
 
Redução de gastos 
 
Pouco mobiliário 
 
 
 
 
Le Corbusier 
5 pontos da arquitetura: 
-Pilotis 
-Fachada livre 
-Panos de vidro 
-Terraço jardim 
-Planta livre 
 
VILLA SAVOYE 
CASA DA CASCATA

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