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Anatomia do Sistema Digestório- P2

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MONITORA: EDUARDA AUGUSTO
Monitoria de Anatomia 2
Aula 1- BOCA, FARINGE E ESÔFAGO
Objetivos específicos:
● Conhecer os limites e componentes
estruturais da cavidade oral
● Descrever a relação da faringe com a
deglutição
● Compreender as características
morfofuncionais do esôfago
Conteúdo:
● Limites da cavidade oral
● Língua e Glândulas salivares
● Dentes e gengiva
● Anatomia da deglutição
● Anatomia do esôfago
Acontece a digestão física e
química
Limites:
- Anterior: lábios
- Posterior: istmo da
fauces
- Superior: palato duro e
mole
- Inferior: músculos do
assoalho da boca (língua
e diafragma oral- mm.
milo-hióideo e
gênio-hióideo)
Vestíbulo bucal: é o espaço
semelhante a uma fenda entre
dentes+gengiva e os lábios e
dentes+gengiva e bochechas.
Comunica-se com o exterior
através da rima (abertura) da
boca. Recebe as glândulas
labiais.
Cavidade bucal propriamente
dita: é o espaço entre o arco
dental maxilar superior e a
mandíbula inferior, é formado
pelo palato e comunica-se com
a orofaringe.
Lábios: são usados para
apreender o alimento, sugar
líquidos e produzir fala e
osculação. A rima labial é a
fenda horizontal que divide o
lábio superior do inferior. A
comissura labial é o ponto de
união dos lábios. Possui duas
pregas mucosas que limitam os
movimentos dos lábios,
promovem estabilização na
linha média e impedir
excessiva exposição do tecido
gengival:
- frênulo labial superior
- frênulo labial inferior
Papila parotídea: produção e
secreção da saliva. Localizada
na região pré-auricular atrás
e sobre o ramo da mandíbula.
Se abre no ducto parotídeo a
nível de 2º e 3º molar
superior.
Língua: função de articulação
(formação de palavras) e
compressão do alimento para a
parte da orofaringe como parte
da deglutição. Dividida em
raiz,corpo (dorso e ventre) e
ápice. No ventre, se localiza
o frênulo lingual, que
restringe o movimento e
alcance da língua, e a
abertura da glândula
sublingual. As carúnculas são
a cobertura dos ductos e
glândulas submandibulares.
MONITORA: EDUARDA AUGUSTO
Dentes: na infância são 20
dentes e na fase adulta são
32.
Incisivos: são os dentes da
frente e têm raiz e coroa em
formas cortantes
Caninos: posteriormente aos
incisivos, são os dentes mais
longos, têm coroas pontiagudas
únicas que “agarram”.
Pré-molares: têm coroas com
duas cúspides, uma na face
vestibular e outra na face
lingual.
Molares: ficam atrás dos
dentes pré-molares, têm três
raízes e coroa com 3 cúspides.
Palato: os ⅔ anteriores são o
palato duro, processo palatino
da maxila, separa a cavidade
bucal da nasal. ⅓ restante é o
palato mole/véu palatino.
Arco palatoglosso: eleva a
raiz da língua, fechando e
separando a cavidade da boca
da parte oral da faringe.
Úvula: é um apêndice cônico do
véu palatino que serve como
alarme para que as vias
respiratórias sejam fechadas.
Arco palatofaríngeo: realiza a
elevação da faringe e da
laringe e faz construção do
istmo nasofaríngeo
Istmo das fauces: é o espaço
virtual que faz conexão entre
a cavidade propriamente dita
da boca e a parte oral da
faringe.
Tonsilas palatinas: produz
anticorpos, glândulas aliadas
do sistema imunológico. Estão
localizadas entre o arco
palatoglosso e palatofaríngeo
na fossa tonsilar.
Conduz a comida para o esófago
1)nasofaringe
2) Orofaringe: parte posterior
à boca. Estende-se do palato
mole até a margem superior da
epiglote
3)laringofaringe
Junção faringo-esofágica:
divisão da faringe e esôfago
mediada pela epiglote.
Partes:
- Parte cervical
- Parte torácica
- Parte abdominal
Regiões:
- Esofágica
- Duodenal
Condução de alimentos
MONITORA: EDUARDA AUGUSTO
- Estreitamento cricóideo
- Estreitamento
aórtico-brônquico
- Estreitamento
diafragmático
O processo digestivo começa na
boca com digestão mecânica.
Aqui os dentes são usados para
cortar, rasgar e moer pedaços
de comida em partículas
menores. Esse processo de
mastigação envolve a ação
alternada dos músculos da
mastigação (a saber, os
músculos masseter superficial
e profundo, os pterigóides e
os músculos temporais).
A mastigação é, na verdade,
uma ação reflexa que é
estimulada quando a comida
está presente na boca. Nesse
ponto, há inibição dos
músculos da mastigação que
resulta em uma queda da
mandíbula. Isso causa
distensão dos músculos da
mastigação, resultando em
contração reflexa das fibras
musculares, elevando assim a
mandíbula. Essa ação causa a
posição das fileiras
superiores e inferiores de
dentes, esmagando a comida que
está entre eles. O ciclo é
repetido até que as partículas
de alimentos possam ser
enroladas em um bolus (bolo
alimentar).
À medida que a língua rola o
alimento mastigado em bolus
(bolo alimentar), as glândulas
salivares secretam saliva para
umedecer o bolo para que ele
passe suavemente para o
estômago. Observe também que
alguma quantidade de digestão
química também ocorre na boca,
pois a saliva contém a enzima
amilase, que quebra alguns
carboidratos na boca.
Uma vez que o bolus (bolo
alimentar) esteja preparado, a
deglutição será iniciada. Este
é outro intrincado arco
reflexo que envolve a ação de
tratos aferentes e eferentes
de vários nervos cranianos
sendo retransmitidos de e para
o núcleo do trato solitário e
núcleo ambíguo do tronco
encefálico (cerebral).
O resultado final é que esses
nervos enviam sinais motores
para a língua, que movimenta o
bolo contra o palato duro e
mole e depois para a
orofaringe (que também está
sob a regulação do tronco
cerebral). O bolus (bolo
alimentar) então continua
inferiormente em direção à
laringofaringe e o reflexo da
deglutição é iniciado no
esôfago. Todas as ações de
engolir até este ponto estavam
sob controle voluntário; no
entanto, o restante da ação é
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realizado por contrações
peristálticas involuntárias
que viajam de forma
craniocaudal.
Ao nível da faringe:
Superiormente, o bolus (bolo
alimentar) é impedido de
entrar na nasofaringe pelas
ações da crista de Passavant.
Essa estrutura é formada pelas
ações conjuntas dos
esfíncteres palatofaríngeos,
dos músculos constritores
superiores, do
salpingofaríngeo e dos
músculos do palato mole.
A epiglote fecha a laringe
para evitar que a comida entre
nas vias aéreas. As cordas
vocais são também aduzidas
como medida de proteção
adicional.
Ao nível do esôfago:
Há relaxamento do esfíncter
cricofaríngeo e o bolo entra
no esôfago proximal. A
presença do bolus (bolo
alimentar) causa distensão do
plexo mioentérico dentro das
paredes do esôfago, iniciando
a onda peristáltica esofágica
primária.
A presença continuada do
alimento estimula as ondas
peristálticas secundárias em
uma direção craniocaudal.
Essas ondas, juntamente com a
ação da gravidade, movem o
bolo em direção ao esfíncter
esofágico inferior a uma taxa
de 4 cm / s. Em repouso, o
esfíncter tem um tom alto. No
entanto, a presença do bolus
(bolo alimentar) ajuda ao
relaxamento do esfíncter
esofágico inferior e a comida
é capaz de penetrar no
estômago. Aqui, a maioria da
digestão química ocorrerá.
Aula 2- ESTÔMAGO, INTESTINO DELGADO E
INTESTINO GROSSO
Órgão responsável pela
digestão enzimática. Sua
comunicação superior é através
da cárdia com o esôfago e
através do óstio pilórico -no
piloro- com o duodeno. É
dividido em região cárdica,
fúndica, corpo gástrico e
pilórica. Sua estática é dada
pela cárdia, piloro, pressão
intra-abdominal, omento maior
(estômago-baço), omento menor
(estômago-fígado) e peritônio.
Delgado: estende-se do piloro
até a região ileocecal.
1)Duodeno
Ampola (suscetível ao
aparecimento de úlceras)
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Descendente (abertura da
papila maior -colédoco e ducto
pancreático- e menor
-pancreático acessório)
Horizontal
Ascendente
2)Jejuno: começa na flexura
duodenojejunal e a maior parte
está situada no quadrante
superior esquerdo
3)Íleo: termina na junção
ileocecal e sua maior parte
está situada no quadrante
inferior direito.
Mesentério: prega do peritônio
em forma de leque que fixa o
jejuno e o íleo à parede
posterior do abdome
Grosso: começa no óstio
ileocecal e termina no ânus.
1)Ceco (onde se localiza o
apêndice vermiforme)
2)Coloascendente
3)Colo transverso
4)Colo descendente
5)Colo sigmóide
6)Reto
Aula 3- FÍGADO, VESÍCULA BILIAR, VIAS
BILIARES E PâNCREAS
Glândula mista mais volumosa
do corpo.
Faces:
- Diafragmática
- Visceral
Lobos:
- Direito: delimitado pela
vesícula biliar e veia
cava
- Quadrado: entre o direito
e esquerdo na parte
anterior ao hilo hepático
- Caudado: entre o direito
e esquerdo na parte
posterior ao hilo
hepático
- Esquerdo: delimitado pelo
ligamento redondo e
incisura esofágica
Ligamentos:
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- Redondo
- Triangular
- Falciforme
Do fígado saem os ductos
hepáticos direito e esquerdo
que formam o hepático comum; e
da vesícula biliar sai o ducto
cístico. A junção do hepático
comum com o cístico forma o
colédoco. Ele desemboca na
papila maior, no duodeno.
Armazena a bílis e esvazia-a
no duodeno de onde é
parcialmente eliminada pela
defecação
Secreta insulina quando os
níveis de açúcar são elevados;
secreta glucagon quando os
níveis de açúcar estão baixos;
secreta suco pancreático
(tripsinogênio,
quimiotripsinogênio, elastase,
amilase etc.) no duodeno, onde
digere o quimo
Aula 4- RETO, CANAL ANAL, MECANISMOS DA
DEFECAÇÃO E CONTINÊNCIA FECAL
O reto é a última parte do
intestino grosso e conecta o
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cólon sigmóide ao canal anal.
Ele se inicia ao nível de
S2-S3 e termina no períneo. O
reto possui cerca de 12 a 16
cm de extensão e pode ser
subdividido em três partes de
acordo com a sua posição no
peritônio: o terço proximal
encontra-se
intraperitonealmente, o terço
médio retroperitonealmente e o
terço inferior abaixo do
diafragma pélvico e, portanto,
extraperitonealmente.
O reto possui duas flexuras: a
flexura sacral (dobra dorsal)
resulta da forma côncava do
sacro e a flexura perineal
(dobra ventral) do
envolvimento do reto pelo
músculo levantador do ânus
(sling puborretal). Ali é o
ponto de transição com o canal
anal (junção anorretal).
O reto é parte dos órgãos de
continência e possui um
importante papel no mecanismo
de defecação. Se as fezes
entrarem na ampola retal, que
usualmente está vazia, são
estimulados os receptores de
elasticidade. A informação é
transferida ao sistema nervoso
central, dando ao indivíduo a
vontade de defecar. Ele pode
então decidir iniciar ou
atrasar a defecação relaxando
ou contraindo o músculo
levantador do ânus e o músculo
esfíncter anal externo.
Entretanto o aumento da
pressão na ampola leva a um
crescente relaxamento
involuntário dos músculos
lisos corrugador da pele do
ânus e esfíncter anal interno
(reflexo inibitório retoanal),
que é o motivo pelo qual reter
fezes por um prolongado
período envolve um “esforço”
crescente. O reto suporta a
defecação através de
contração. Adicionalmente a
pressão intra-abdominal é
aumentada através de contração
voluntária do diafragma e
músculos abdominais (pressão
abdominal).
A passagem final pela qual a
comida não digerida e a mucosa
esfoliada sai do corpo é
chamada de canal anal.
Continua da junção anorretal e
passa pela alça formada pelo
músculo puborretal, que oscila
anteriormente no canal anal.
Distalmente, a mucosa do canal
anal transita do epitélio
colunar com células
caliciformes encontradas por
todo o cólon, até o epitélio
escamoso da pele perianal.
Este ponto é referido como a
borda anal.

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