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Anatomia Sistema Digestório

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Anatomia do Sistema Digestório
Região Oral
A região oral compreende a cavidade oral, os dentes, a gengiva, a língua, o palato e a região das tonsilas palatinas. A cavidade oral é o local onde o alimento é ingerido e preparado para digestão no estômago e no intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva proveniente das glândulas salivares facilita a formação de um bolo alimentar macio. A deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade oral. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade oral para a faringe, a parte expandida do sistema digestório, onde ocorre a fase involuntária (automática) da deglutição.
⤷Cavidade Oral
A cavidade oral (boca) tem duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. É na cavidade oral que se sente o sabor dos alimentos e das bebidas e que o alimento é mastigado e manipulado pela língua. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. O vestíbulo comunica-se com o exterior através da rima (abertura) da boca, separando os lábios superior e inferior. O encontro dos lábios forma o ângulo da boca. Ainda no vestíbulo da boca, encontra-se os frênulos dos lábios.
Limites: A cavidade própria da boca é o espaço delimitado entre as arcadas ou arcos dentais (compostos pelos dentes e ossos alveolares que os sustentam). É limitada lateral e anteriormente pelos arcos dentais e bochechas. O teto da cavidade oral é formado pelo palato duro e mole. Posteriormente, a cavidade oral comunica-se com a parte oral da faringe (orofaringe). Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade oral é totalmente ocupada pela língua.
⤷Ossos
A cavidade oral é delimitada por quatro ossos: o palatino, que forma o palato duro, juntamente com a maxila; a maxila, que sustenta a arcada dental superior; a mandíbula, que sustenta a arcada dental inferior; o osso hioideo, que tem forma de U e se localiza no assoalho bucal. 
⤷Dentes
Os dentes estão inseridos nos alvéolos dentais que ficam nos processos alveolares da maxila e mandíbula, são usados na mastigação e ajudam a articulação. Um dente é identificado e descrito como decíduo (primário) ou permanente (secundário).
As crianças têm 20 dentes decíduos; os adultos normalmente têm 32 dentes permanentes. Antes da erupção, os dentes em desenvolvimento situam-se nos arcos alveolares como brotos dentais.
Os tipos de dentes são identificados por suas características: incisivos (8), margens cortantes finas; caninos (4), cones proeminentes únicos; pré-molares (8) são bicúspides; e molares (12), três ou mais cúspides.
Um dente tem coroa, colo e raiz. A coroa projeta-se da gengiva. (parte externa). O colo está situado entre a coroa e a raiz. A raiz está fixada no alvéolo dental pelo periodonto; o número de raízes varia. A maior parte do dente é formada por dentina, que é coberta por esmalte sobre a coroa e por cemento sobre a raiz. A cavidade pulpar contém tecido conectivo, vasos sanguíneos e nervos. O canal da raiz (canal pulpar) dá passagem a nervos e vasos que entram e saem da cavidade pulpar através do forame do ápice do dente.
⤷Palato
O palato forma o teto curvo da boca e o assoalho das cavidades nasais. Separa a cavidade oral das cavidades nasais e da parte nasal da faringe, a parte da faringe superior ao palato mole. A face superior (nasal) do palato é coberta por túnica mucosa respiratória, e a face inferior (oral) é coberta por túnica mucosa oral, densamente povoada por glândulas. O palato tem duas regiões: o palato duro, anterior, e o palato mole, posterior.
▸Palato duro
O palato duro ou palato ósseo tem formato de abóbada (côncavo); o espaço é ocupado principalmente pela língua quando está em repouso. Os dois terços anteriores do palato têm um esqueleto ósseo formado pelos processos palatinos da maxila e as lâminas horizontais dos palatinos.
▸Palato mole
O palato mole é o terço posterior móvel do palato e fica suspenso na margem posterior do palato duro. O palato mole não tem esqueleto ósseo; mas sua parte aponeurótica anterior é reforçada pela aponeurose palatina, que se fixa à margem posterior do palato duro. Na parte posteroinferior o palato mole tem margem livre curva da qual pende um processo cônico, a úvula palatina.
Na parte lateral, o palato mole é contínuo com a parede da faringe e é unido à língua e à faringe pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo, respectivamente. Esses arcos formam a região das fauces, que compreende a fossa tonsilar, contendo a tonsila palatina (amígdala). Tal região faz limite com a orofaringe.
⤷Língua
A língua é um órgão muscular móvel recoberto por túnica mucosa que pode assumir vários formatos e posições. Uma parte da língua está situada na cavidade oral e a outra na parte oral da faringe. As principais funções da língua são articulação (formar palavras durante a fala) e compressão do alimento para a parte oral da faringe como parte da deglutição. A língua também está associada à mastigação, ao paladar e à limpeza da boca.
A língua é dividida em raiz, corpo e ápice. A raiz da língua é a parte posterior fixa que se estende entre a mandíbula, o hioide e a face posterior, quase vertical, da língua. O corpo da língua corresponde aproximadamente aos dois terços anteriores, entre a raiz e o ápice. O ápice (ponta) da língua é a extremidade anterior do corpo, que se apoia sobre os dentes incisivos. O corpo e o ápice da língua são muito móveis. O dorso da língua ou face superior é caracterizado por um sulco em forma de V, o sulco terminal da língua, cujo ângulo aponta posteriormente para o forame cego. O sulco terminal divide o dorso da língua transversalmente em uma parte pré-sulcal na cavidade própria da boca e uma parte pós-sulcal na parte oral da faringe.
Um sulco mediano divide a parte anterior da língua em metades direita e esquerda. A túnica mucosa da parte anterior do dorso da língua é relativamente fina e está bem fixada ao músculo subjacente. Tem textura áspera por causa de numerosas pequenas papilas linguais:
▸Papilas circunvaladas: grandes e com topo plano, situam-se diretamente anteriores ao sulco terminal e são organizadas em uma fileira em formato de V. São circundadas por depressões circulares profundas, cujas paredes estão repletas de calículos gustatórios. Os ductos das glândulas serosas da língua abrem-se nas depressões
▸Papilas folhadas: pequenas pregas laterais da túnica mucosa lingual. São pouco desenvolvidas nos seres humanos.
▸Papilas filiformes: são as mais numerosas. Têm a forma alongada e contêm terminações nervosas aferentes sensíveis ao toque. Essas projeções cônicas e descamativas são rosa-acinzentadas e estão organizadas em fileiras com formato de V, paralelas ao sulco terminal, exceto no ápice, onde tendem a se organizar transversalmente.
▸Papilas fungiformes: pontos em formato de cogumelo, rosa ou vermelhos, dispersos entre as papilas filiformes, porém mais numerosos no ápice e nas margens da língua.
Os receptores para a gustação estão localizados nos calículos gustatórios (botões gustativos), que são encontrados nas papilas. Os calículos gustatórios contêm receptores gustatórios. Cada receptor tem um pelo gustatório (microvilosidade) que se projeta na superfície externa através de uma abertura no botão gustativo denominada poro gustatório.
A túnica mucosa da parte posterior da língua é espessa e livremente móvel. Não tem papilas linguais, mas os nódulos linfoides subjacentes conferem a essa parte da língua uma aparência irregular, em pedra de calçamento. Os nódulos linfoides são conhecidos coletivamente como tonsila lingual (amígdala).
A face inferior da língua é coberta por túnica mucosa fina e transparente. Essa superfície está unida ao assoalho da boca por uma prega mediana denominada frênulo da língua. O frênulo permite o movimento livre da parte anterior da língua. De cada lado do frênulo, há uma veia lingual profunda visível através da túnica mucosa fina. Há uma carúncula (papila) sublingual de cada lado da base do frênulo da língua, que inclui o óstio do ducto submandibularda glândula salivar submandibular.
⤷Músculos da Língua
A língua é, em essência, massa de músculos coberta principalmente por túnica mucosa. Em geral, os músculos extrínsecos modificam a posição da língua e os músculos intrínsecos modificam seu formato. Os quatro músculos intrínsecos e quatro músculos extrínsecos em cada metade da língua são separados por um septo da língua fibroso mediano, que se funde posteriormente com a aponeurose lingual.
▸Músculos extrínsecos: Os músculos extrínsecos da língua (genioglosso, hioglosso, estiloglosso e palatoglosso) originam-se fora da língua e se fixam a ela. Eles movimentam principalmente a língua, mas também alteram seu formato. São eles:
● Genioglosso - Músculo em forma de leque; representa a maior parte da língua.
● Hioglosso - Músculo fino e quadrilátero. Se fixa no corpo e corno maior do hioide e nas faces inferiores da parte lateral da língua.
● Estiloglosso - Músculo triangular pequeno e curto. Se fixa na margem anterior do processo estiloide distal e nas laterais da língua posteriormente, interdigitando-se com o M. hioglosso.
● Palatoglosso - Músculo palatino estreito em formato de meia-lua; constitui a coluna posterior do istmo das fauces.
▸Músculos intrínsecos: Os músculos longitudinais superior e inferior, transverso e vertical são limitados à língua. Eles têm suas fixações completamente na língua e não estão fixados a osso. Os músculos longitudinais superior e inferior atuam juntos para tornar a língua curta e grossa e para retrair a língua protrusa. Os músculos transverso e vertical atuam simultaneamente para tornar a língua longa e estreita, o que pode empurrar a língua contra os dentes incisivos ou protrair a língua com a boca aberta. São eles:
● Longitudinal superior - Camada fina situada profundamente à túnica mucosa do dorso da língua.
● Longitudinal inferior - Faixa estreita próximo da face inferior. Se fixa na raiz da língua, no corpo do hioideo e no ápice da língua.
● Transverso - Situado profundamente ao M. longitudinal superior.
● Vertical - As fibras cruzam o músculo transverso.
⤷Assoalho Bucal
É formado pela musculatura supra hioidea, que inclui os músculos gênio-hioideo, estilo-hioideo, milo-hioideo e digástrico.
Imagem:
Músculos extrínsecos
Músculos intrínsecos
Músculos do assoalho bucal
⤷Glândulas Salivares
As glândulas salivares são as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. O líquido viscoso transparente, insípido e inodoro — saliva — secretado por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade oral: 
· Mantém a túnica mucosa da boca úmida
· Lubrifica o alimento durante a mastigação
· Inicia a digestão de amidos
· Atua como “colutório” intrínseco
· É importante na prevenção das cáries dentais e no paladar.
Além das glândulas salivares principais, há pequenas glândulas salivares acessórias dispersas no palato, nos lábios, nas bochechas, nas tonsilas e na língua.
▸Parótida: A glândula parótida é a maior de três pares de glândulas salivares. Localiza-se na região parotideomassetérica - parte posterolateral da região facial -, na fossa retromandibular. Situa-se anteroinferiormente ao meato acústico externo, onde está inserida entre o ramo da mandíbula e o processo mastoide.
O ducto parotídeo segue horizontalmente a partir da margem anterior da glândula. Na margem anterior do músculo masseter, o ducto volta-se medialmente, perfura o músculo bucinador e entra na cavidade oral através de uma pequena abertura em frente ao 2o dente molar maxilar.
▸Submandibulares: As glândulas submandibulares situam-se na fóvea mandibular, ao longo do corpo da mandíbula e parte superficial e parte profunda ao músculo milo-hióideo. O ducto submandibular, com cerca de 5 cm de comprimento, origina-se da parte da glândula situada entre os músculos milo-hióideo e hioglosso. Seguindo da região lateral para a região medial, o nervo lingual faz uma volta sob o ducto que segue anteriormente, abrindo-se por meio de um a três óstios em uma pequena papila sublingual ao lado da base do frênulo da língua. Os óstios dos ductos submandibulares são visíveis, e pode-se ver o gotejamento da saliva (ou a pulverização durante o bocejo).
▸Sublinguais: As glândulas sublinguais são as menores e mais profundas glândulas salivares. Cada glândula amendoada situa-se no assoalho da boca entre a mandíbula e o músculo genioglosso. As glândulas de cada lado se unem para formar massa em formato de ferradura ao redor do centro de tecido conectivo do frênulo da língua. Muitos pequenos ductos sublinguais abrem-se no assoalho da boca ao longo das pregas sublinguais.
Região Cervical
⤷Faringe
A faringe é a parte expandida superior do sistema digestório, posterior às cavidades nasal e oral, que se estende inferiormente além da laringe. A faringe estende-se da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea.
A faringe é dividida em três partes: 
▸Parte nasal:
A parte nasal da faringe tem função respiratória; é a extensão posterior das cavidades nasais. O teto e a parede posterior da parte nasal da faringe formam uma superfície contínua situada inferiormente ao corpo do esfenoide e à parte basilar do occipital.
O tecido linfoide abundante na faringe é agregado em algumas regiões para formar massas denominadas tonsilas. A tonsila faríngea (comumente chamada de adenoide quando aumentada). Uma prega vertical de mucosa, a prega salpingofaríngea, estende-se inferiormente a partir da extremidade medial da tuba auditiva, assim como, a prega salpingopalatina. Ela cobre o músculo salpingofaríngeo, que abre o óstio faríngeo da tuba auditiva durante a deglutição. A coleção de tecido linfoide na tela submucosa da faringe perto do óstio faríngeo da tuba auditiva é a tonsila tubária. Posteriormente ao toro tubário e à prega salpingofaríngea há uma projeção lateral da faringe, semelhante a uma fenda, o recesso faríngeo, que se estende lateral e posteriormente.
▸Parte oral:
Os limites são: superior, palato mole; inferior, base da língua; laterais, arcos palatoglosso e palatofaríngeo. Estende-se do palato mole até a margem superior da epiglote.
A epiglote é uma cartilagem faríngea, responsável por fechar a entrada para a laringe durante a deglutição, impedindo que o bolo alimentar entre no tubo respiratório. Ela é formada pela valécula epiglótica e pregas glossoepiglótica medianas e laterais.
A parte oral da faringe tem função digestória., onde é realizada a deglutição. A deglutição é o processo completo que transfere um bolo de alimento da boca através da faringe e esôfago para o estômago. O alimento sólido é mastigado e misturado com a saliva para formar um bolo macio e mais fácil de engolir. A deglutição ocorre em três estágios:
· Estágio 1: voluntário; o bolo é comprimido contra o palato e empurrado da boca para a parte oral da faringe, principalmente por movimentos dos músculos da língua e do palato mole.
· Estágio 2: involuntário e rápido; o palato mole é elevado, isolando a parte nasal da faringe das partes oral e laríngea. A faringe alarga-se e encurta-se para receber o bolo alimentar enquanto os músculos supra-hióideos e os músculos faríngeos longitudinais se contraem, elevando a laringe.
· Estágio 3: involuntário; a contração sequencial dos três músculos constritores da faringe cria uma crista peristáltica que força a descida do bolo alimentar para o esôfago.
▸Parte laríngea:
A parte laríngea da faringe situa-se posteriormente à laringe, estendendo-se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde se estreita e se torna contínua com o esôfago.
Internamente a parede é formada pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo. A parte laríngea da faringe comunica-se com a laringe através do ádito da laringe em sua parede anterior.
O recesso piriforme é uma pequena depressão da parte laríngea da faringe de cada lado do ádito da laringe. Esse recesso revestido por túnica mucosa é separado do ádito da laringe pela prega ariepiglótica
▸Musculatura da faringe:
A parede da faringe é excepcional para otrato alimentar, pois, tem uma lâmina muscular formada apenas por músculo voluntário disposto em uma camada interna de músculo longitudinal e uma camada circular externa. O restante do trato apresenta musculatura lisa além desses.
A camada circular externa de músculos faríngeos consiste em três constritores da faringe: superior, médio e inferior. Os músculos longitudinais internos são o palatofaríngeo, o estilofaríngeo e o salpingofaríngeo. Esses músculos elevam a laringe e encurtam a faringe durante a deglutição e a fala.
⤷Esôfago
O esôfago é um tubo fibromuscular que conecta a faringe ao estômago. Começa no pescoço, onde é contínuo com a parte laríngea da faringe na junção faringoesofágica. O esôfago consiste em músculo estriado (voluntário) em seu terço superior, músculo liso (involuntário) em seu terço inferior, e uma mistura de músculo estriado e liso na região intermediária.
▸Parte cervical:
Pertence ao terço superior voluntário. Começa imediatamente posterior à margem inferior da cartilagem cricóidea, a partir da. junção faringoesofágica. Essa junção apresenta-se como uma constrição produzida pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe (constrição cricóidea ou faringoesofágica.), formando o esfíncter esofágico superior e é a parte mais estreita do esôfago.
▸Parte torácica:
Começa no ponto em que o esôfago se inclina um pouco para a esquerda enquanto desce e entra no mediastino superior, através da abertura superior do tórax. Local onde se encontra a constrição bronco-aórtica, causada pelo brônquio esquerdo. Essa parte do esôfago está fixado à traqueia por tecido conjuntivo frouxo. Os nervos laríngeos recorrentes situam-se nos sulcos traqueoesofágicos, ou perto deles, entre a traqueia e o esôfago.
Quando o esôfago está vazio, seu lúmen assemelha-se a uma fenda. Quando um bolo alimentar desce por ele, o lúmen se expande.
▸Parte abdominal:
Se inicia a partir da sua entrada na cavidade abdominal, atravessando o músculo diafragma, no ponto de constrição diafragmática. E termina na junção gastroesofágica, onde há a constrição cárdica e o esfíncter esofágico inferior.
Região Abdominal
As vísceras do abdome abrangem a maior parte do sistema digestório: são a parte terminal do esôfago, o estômago, os intestinos, o baço, o pâncreas, o fígado e a vesícula biliar.
Quando a cavidade abdominal é aberta para estudar esses órgãos, torna-se evidente que o fígado, o estômago e o baço ocupam quase toda a cúpula do diafragma. Também é observado que o ligamento falciforme normalmente se fixa ao longo de uma linha contínua da parede anterior do abdome até o umbigo. Divide o fígado superficialmente em lobos direito e esquerdo. O omento maior cheio de gordura, quando em sua posição típica, oculta quase todo o intestino. A vesícula biliar projeta-se inferiormente à margem aguda do fígado.
⤷Estômago
Situa -se no quadrante superior esquerdo, parcialmente coberto pelas costelas, encontra-se na região epigástrica e hipocôndrica esquerda, limitado anteriormente pela parede abdominal, entre o fígado e o baço. 
O estômago é dividido em quatro partes:
▸Cárdia:
Primeira porção, na qual há a junção gastroesofágica, contendo o óstio cárdico (abertura), que é limitado pelo esfíncter esofágico inferior. Nessa parte, também se encontra a incisura cárdica, que é um ângulo formado entre a margem esquerda do esôfago e curvatura maior do estômago.
▸Fundo:
É a área mais superior do estômago, localizada acima do nível do óstio cárdico.
▸Corpo:
É a maior região do estômago, localizada entre o fundo e região pilórica. Nessa região pode-se verificar a incisura angular do estômago, formada entre o canal pilórico e curvatura menor e é onde se insere o ligamento hepatogástrico.
▸Piloro:
É a região terminal do estômago, sendo dividida em antro e canal pilórico, o qual é delimitado finalmente pelo esfíncter pilórico que regula a abertura do óstio pilórico (abertura do estômago para o duodeno).
Todo o revestimento estomacal interno possui pregas ou rugas gástricas.
O órgão apresenta duas curvaturas: A curvatura menor do estômago forma a borda direita do órgão, enquanto que, a curvatura maior forma a borda esquerda.
⤷Intestino Delgado
O intestino delgado, formado pelo duodeno, jejuno e íleo é o principal local de absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos. Estende-se do piloro até a junção ileocecal, onde o íleo une-se ao ceco. A parte pilórica do estômago esvazia-se no duodeno, sendo a admissão duodenal controlada pelo piloro.
▸Duodeno:
O duodeno, a primeira e mais curta (25 cm) parte do intestino delgado, também é a mais larga e mais fixa. O duodeno segue um trajeto em formato de C ao redor da cabeça do pâncreas; começa no piloro no lado direito e termina na junção ou flexura duodenojejunal no lado esquerdo.
A maior parte do duodeno está fixada pelo peritônio a estruturas na parede posterior do abdome e é considerada parcialmente retroperitoneal. O duodeno é dividido em quatro partes:
· Parte superior
· Parte descendente
· Parte inferior
· Parte ascendente
A parte superior do duodeno ascende a partir do piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar.
A parte descendente do duodeno segue inferiormente, curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Os ductos colédoco e pancreático principal entram em sua parede posteromedial. Esses ductos geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática, que se abre em uma eminência, chamada papila maior do duodeno, localizada posteromedialmente na parte descendente do duodeno.
▸Jejuno e íleo:
A segunda parte do intestino delgado, o jejuno, começa na flexura duodenojejunal, onde o sistema digestório volta a ser intraperitoneal. A terceira parte do intestino delgado, o íleo, termina na junção ileocecal, a união da parte terminal do íleo e o ceco. Juntos, o jejuno e o íleo têm 6 a 7 m de comprimento.
⤷Intestino Grosso
O intestino grosso é o local de absorção da água dos resíduos indigeríveis do quimo líquido, convertendo-o em fezes semissólidas, que são temporariamente armazenadas e acumuladas até que haja defecação. O intestino grosso é formado pelo ceco; apêndice vermiforme; colos ascendente, transverso, descendente e sigmoide; reto e canal anal.
A musculatura longitudinal da parede do intestino grosso apresenta-se condensada em três faixas: as tênias do cólon. Estas iniciam-se no ceco, no ponto de implantação do apêndice vermiforme e correm ao longo de todo o cólon até a porção proximal do reto onde deixam de existir. Elas podem ser livres, omental ou mesocólicas.
A tensão provocada pelas tênias produz saculações ou haustros, que são separados pelas pregas semilunares do colo. Provavelmente a formação dos haustros depende também da atividade da musculatura circular da parede dos cólons; nos indivíduos vivos os haustros modificam sua posição e desaparecem de tempo em tempo.
Outra característica do intestino grosso é a presença dos apêndices omentais ou epiplóicos, pequenas massas de tecido adiposo envolvidas pelo peritônio e que se salientam na superfície do cólon.
▸Ceco:
O ceco é a primeira parte do intestino grosso; é contínuo com o colo ascendente. É uma bolsa intestinal cega, que mede aproximadamente 7,5 cm de comprimento e largura. Situa-se na fossa ilíaca do quadrante inferior direito do abdome, inferiormente à sua junção com a parte terminal do íleo. Nessa parte, encontra-se o óstio ileocecal., onde o íleo desemboca, formando a papila ileal. Quando distendido por fezes ou gases, o ceco pode ser palpável através da parede anterolateral do abdome.
▸Apêndice vermiforme:
O apêndice vermiforme é um divertículo intestinal cego (6 a 10 cm de comprimento) que contém massas de tecido linfoide. Origina-se na face posteromedial do ceco, inferiormente à junção ileocecal, desembocando no ceco através pelo óstio do apêndice vermiforme.
A inflamação aguda do apêndice vermiforme, apendicite, é uma causa comum de abdome agudo (dor abdominal intensa e súbita). geralmente é causada por hiperplasia dos folículos linfáticos no apêndice ou por um fecálito (coprólito).,o que oclui o lúmen. A infecção aguda do apêndice vermiforme pode resultar em trombose na artéria apendicular, o que costuma resultar em isquemia, gangrena (morte do tecido) e ruptura do apêndice, que pode resultar em infecção do peritônio (peritonite). O tratamento pode ser feito pela retirada cirúrgica do apêndice vermiforme (apendicectomia).
▸Colo:
O colo é dividido em quatro partes — ascendente, transversa, descendente e sigmoide — que sucedem uma à outra formando um arco. O colo circunda o intestino delgado, o colo ascendente à direita do intestino delgado, o colo transverso superior e/ou anteriormente a ele, o colo descendente à esquerda e, por fim, o colo sigmoide inferiormente a ele.
O colo ascendente é a segunda parte do intestino grosso. Segue para cima na margem direita da cavidade abdominal, do ceco até o lobo hepático direito, onde vira para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática). Essa flexura situa-se profundamente às costelas IX e X e é superposta pela parte inferior do fígado.
O colo transverso é a terceira parte do intestino grosso, a mais longa e mais móvel. Atravessa o abdome da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde se curva para baixo e dá origem ao colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica) geralmente é superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo.
O colo descendente ocupa posição secundariamente retroperitoneal entre a flexura esquerda do colo e a fossa ilíaca esquerda, onde é contínua com o colo sigmoide. Como o colo ascendente, o colo descendente tem um sulco paracólico (o esquerdo) em sua face lateral.
O colo sigmoide, caracterizado por sua alça em forma de S com comprimento variável, une o colo descendente ao reto. O colo sigmoide estende-se da fossa ilíaca até o terceiro segmento sacral (S III), onde se une ao reto. O fim das tênias do colo, a aproximadamente 15 cm do ânus, indica a junção retossigmoide.
▸Reto e ânus:
O reto é a parte terminal fixa do intestino grosso, composta pela ampola do reto, que é contínua inferiormente com o canal anal e ânus (abertura do canal anal para o meio externo).
Os músculos esfíncteres externo e interno do ânus controlam sua abertura, assim como, o músculo levantador do ânus, responsáveis pelo ato de defecação.
⤷Fígado
O fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do abdome, onde é protegido pela caixa torácica e pelo diafragma. O fígado ocupa a maior parte do hipocôndrio direito e do epigástrio superior e estende-se até o hipocôndrio esquerdo. O fígado tem uma face diafragmática e uma face visceral.
▸Face diafragmática:
É lisa e tem forma de cúpula e dividida em parte anterior, superior e posterior. Ela é coberta por peritônio visceral, exceto posteriormente na área nua do fígado, onde está em contato direto com o diafragma. A área nua é delimitada pelo ligamento coronário e a veia cava inferior atravessa um profundo sulco da veia cava na área nua do fígado.
Na parte anterior, a cúpula hepática é separada do músculo diafragma por dois recessos, o recesso subfrênico esquerdo e direito. Entre eles, localiza-se o ligamento falciforme do fígado, que o divide em dois lobos: o lobo hepático direito e o lobo hepático esquerdo. No esquerdo, está presente o ápice do fígado.
Há também o recesso hepatorrenal que se encontra na região inferior direita do fígado e o separa do rim, anterior e inferiormente, e da glândula suprarrenal, posterior e inferiormente.
Na junção entre o ligamento coronário com a parte posterior direita da face diafragmática fígado, encontra-se o ligamento triangular direito e na junção entre o ligamento coronário com a parte posterior esquerda da face, encontra-se o ligamento triangular esquerdo.
▸Face visceral:
A face visceral é côncava e possui uma área posterior e outra inferior. Também é coberta por peritônio, exceto na fossa da vesícula biliar e na porta do fígado — uma fissura transversal por onde entram e saem os vasos (veia porta, artéria hepática própria e vasos linfáticos), o plexo nervoso hepático e os ductos hepáticos que suprem e drenam o fígado.
Ao contrário da face diafragmática lisa, a face visceral tem muitas fissuras e impressões resultantes do contato com outros órgãos. Duas fissuras sagitais, unidas centralmente pela porta do fígado transversal, formam a letra H na face visceral. A fissura sagital direita é o sulco contínuo formado anteriormente pela fossa da vesícula biliar e posteriormente pelo sulco da veia cava. A fissura umbilical (sagital esquerda) é o sulco contínuo formado anteriormente pela fissura do ligamento redondo e posteriormente pela fissura do ligamento venoso. O ligamento redondo do fígado é o remanescente fibroso da veia umbilical e o ligamento venoso é o remanescente fibroso do ducto venoso fetal.
Existem quatro lobos anatômicos no fígado, que são subdivididos em segmentos ainda menores, de acordo com seu suprimento sanguíneo. O lobo direito é o maior dos quatro, sendo o lobo esquerdo menor e achatado.
O lobo caudado se encontra entre a fissura do ligamento venoso e a veia cava inferior, enquanto o lobo quadrado está localizado entre a vesícula biliar e a fissura do ligamento redondo do fígado.
⤷Vesícula Biliar
A vesícula biliar é essencialmente um saco em forma de pêra (piriforme) que se comunica com os ductos hepáticos comuns através do ducto cístico. In vivo, o saco é na verdade cinza-azul na aparência O órgão encontra-se na face inferior do lobo anatômico direito do fígado, na fossa da vesícula biliar.
Os ductos biliares conduzem bile do fígado para o duodeno. A bile é produzida continuamente pelo fígado, armazenada e concentrada na vesícula biliar.
A vesícula é dividida em três regiões: fundo, corpo e colo.
Os hepatócitos secretam bile para os canalículos biliares formados entre eles. Os canalículos drenam para os pequenos ductos biliares interlobulares e depois para os grandes ductos biliares coletores da tríade portal intra-hepática, que se fundem para formar os ductos hepáticos direito e esquerdo. Os ductos hepáticos direito e esquerdo drenam as partes direita e esquerda do fígado, respectivamente. Logo depois de deixar a porta do fígado, esses ductos hepáticos unem-se para formar o ducto hepático comum, que recebe no lado direito o ducto cístico para formar o ducto colédoco (parte da tríade portal extra-hepática do omento menor), que conduz a bile para o duodeno.
O ducto colédoco (antes chamado de ducto biliar comum) forma-se na margem livre do omento menor pela união dos ductos cístico e hepático comum.
O ducto colédoco desce posteriormente à parte superior do duodeno e situa-se em um sulco na face posterior da cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com o ducto pancreático. Esses ductos seguem obliquamente através da parede dessa parte do duodeno, onde se unem para formar uma dilatação, a ampola hepatopancreática. A extremidade distal da ampola abre-se no duodeno através da papila maior do duodeno. O músculo circular ao redor da extremidade distal do ducto colédoco é mais espesso para formar o músculo esfíncter do ducto colédoco. Quando o esfíncter contrai, a bile não consegue entrar na ampola e no duodeno; portanto, reflui e segue pelo ducto cístico até a vesícula biliar, onde é concentrada e armazenada.
⤷Pâncreas
O pâncreas é uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, situada sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras L I e L II (o nível do plano transpilórico) na parede posterior do abdome. Situa-se atrás do estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda.
O pâncreas produz: secreção exócrina (suco pancreático produzido pelas células acinares) que é liberada no duodeno através dos ductos pancreáticos principal e acessório; secreções endócrinas (glucagon e insulina, produzidos pelas ilhotas pancreáticas [de Langerhans]) que passam para o sangue. Para fins descritivos, o pâncreas é dividido em quatro partes: cabeça, colo, corpoe cauda.
O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e tem íntima relação com o ducto colédoco. O ducto pancreático principal e o ducto colédoco geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática (de Vater) curta e dilatada, que se abre na parte descendente do duodeno, no cume da papila maior do duodeno.
O músculo esfíncter do ducto pancreático (ao redor da parte terminal do ducto pancreático), o músculo esfíncter do ducto colédoco (ao redor da extremidade do ducto colédoco) e o músculo esfíncter da ampola hepatopancreática (de Oddi), ao redor da ampola hepatopancreática, são esfíncteres de músculo liso que controlam o fluxo de bile e de suco pancreático para a ampola e impedem o refluxo do conteúdo duodenal para a ampola hepatopancreática.
O ducto pancreático acessório abre-se no duodeno no cume da papila menor do duodeno. Em geral, o ducto acessório comunica-se com o ducto pancreático principal. Em alguns casos, o ducto pancreático principal é menor do que o ducto pancreático acessório e pode não haver conexão entre os dois. Nesses casos, o ducto acessório conduz a maior parte do suco pancreático.

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