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NEUROANATOMIA E NEUROFISIOLOGIA 
 
NEUROANATOMIA E NEUROFISIOLOGIA 
 
 
 
1
 
1 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 3 
Introdução ................................................................................................ 4 
Sistema Nervoso ..................................................................................... 8 
Sensitivas ............................................................................................. 9 
Integradoras ......................................................................................... 9 
Motoras .............................................................................................. 10 
Elementos do Sistema Nervoso ......................................................... 10 
Tecido nervoso ............................................................................... 11 
Neurônio ......................................................................................... 11 
Bulbo raquidiano ............................................................................. 12 
Cérebro ........................................................................................... 13 
Cerebelo ......................................................................................... 13 
Nervos raquidianos (nervos espinhais) ........................................... 14 
Tronco encefálico ........................................................................... 15 
Medula espinhal.............................................................................. 16 
Hipotálamo ..................................................................................... 17 
Córtex cerebral ................................................................................... 18 
Áreas sensoriais primárias do córtex cerebral ................................ 18 
Áreas de associação ...................................................................... 19 
Localização – cérebro ..................................................................... 21 
Localização no tronco encefálico – mesencéfalo ........................... 21 
Patologias envolvidas dos gânglios da base ...................................... 22 
Tronco encefálico, cerebelo e medula espinal ................................ 23 
Cerebelo ......................................................................................... 24 
 
 
 
2
 
2 
Coluna vertebral e medula espinal ................................................. 25 
Meninges ........................................................................................ 26 
Funções da medula espinal ............................................................... 27 
Lesões na medula espinal .............................................................. 27 
Desenvolvimento das estruturas encefálicas ......................................... 28 
Desenvolvimento encefálico ............................................................... 30 
Regiões do encéfalo na vida adulta ................................................ 37 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 40 
 
 
 
 
 
 
3
 
3 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4
 
4 
Introdução 
 
Neuroanatomia é o ramo da ciência responsável pelo estudo de estruturas 
anatômicas complexas do sistema nervoso central e periférico. Esta grande área 
está responsável pelas delineações das regiões cerebrais bem como a 
diferenciação destas estruturas relacionando todo o conhecimento estrutural ao 
seu funcionamento. Apesar de ser uma disciplina específica, ela se origina de 
grandes áreas como a neurociência, que é a parte da ciência que descreve o 
estudo do sistema nervoso central tais como suas estruturas, funções, 
mecanismos moleculares, aspectos fisiológicos e responsável também por 
compreender as doenças do sistema nervoso. 
A neuroanatomia é estudada a níveis macroscópicos, ou seja, estudada 
em níveis visíveis ao olho nu como mostrado na figura 1, e também a níveis 
microscópicos, sendo necessário nestes casos, a utilização de microscopia 
eletrônica ou óptica (figura 2). 
 
 
 
 
5
 
5 
 
A neurofisiologia é um ramo da neurociência que se preocupa com a 
fisiologia do sistema nervoso, e é amplamente definida como o estudo da função 
do sistema nervoso. Neste campo, os cientistas investigam os sistemas nervoso 
central e periférico ao nível de órgãos inteiros, redes celulares, células isoladas 
ou até mesmo compartimentos subcelulares. 
O sistema nervoso central é dividido em dois hemisférios: o direito e o 
esquerdo. Pelo corte transversal, entretanto é possível identificar a substância 
cinzenta (CÓRTEX CEREBRAL) e a substância branca (NÚCLEOS DA BASE). 
No centro desta substância (cinzenta), encontra-se o canal central da medula. É 
importante destacar que a superfície dos hemisférios é marcada por elevações 
arredondadas chamadas de giros e depressões chamadas de sulcos. 
Em qualquer hemisfério (direito ou esquerdo), os dois sulcos mais 
importantes são: sulco central, que separa o lobo frontal do parietal e o sulco 
lateral, que separa parietal, frontal e temporal. 
 
 
 
6
 
6 
 
O Sistema Nervoso Central é dividido em quatro lobos, quais sejam: 
1) Lobo frontal: representa a parte frontal do cérebro. É responsável 
por funções motoras e cognitivas. É subdividido em córtex pré-frontal (controla o 
pensamento e a linguagem, com respostas afetivas...) e córtex motor (controla a 
motricidade voluntária). 
Ainda sobre o córtex motor, é importante frisar que este não controla e 
coordena a motricidade involuntária, a qual ocorre em nível medular, ou seja, 
não possui processamento no encéfalo. 
 
2) Lobo parietal: localizado na parte superior do cérebro. É 
responsável pelas sensações (tato, frio, calor...). Possui subdivisões: área 
somatossensorial (possibilita a percepção das sensações) e área secundária, 
responsável pela análise e interpretação das sensações. 
3) Lobo temporal: localizado acima das orelhas, responsável pelo 
trato auditivo. Também se subdivide em: área primária (cóclea) e área 
secundária, cujas funções são a possibilidade de ouvir e de reconhecer os sons 
emitidos pelo ambiente. 
 
 
 
7
 
7 
4) Lobo occipital: localizado inferior do cérebro, responsável pelo 
processamento visual. Subdividido em: área primária (olhos, retina...) e área 
secundária, a qual possibilita o reconhecimento da visão.8
 
8 
Sistema Nervoso 
 
Divisão do sistema nervoso 
 
Sistema nervoso é o conjunto formado por ligações de nervos e órgãos 
do corpo, com a função de captar informações, mensagens e demais estímulos 
externos, assim como também respondê-los, além de ser o responsável por 
comandar a execução de todos os movimentos do corpo, sejam eles voluntários 
ou involuntários. 
O sistema nervoso está organizado em sistema nervoso central, sistema 
nervoso periférico e sistema nervoso autônomo. Esse último está relacionado 
 
 
 
9
 
9 
com o controle das funções vitais do corpo humano que independem da vontade 
da pessoa. 
Entre as principais funções do sistema nervoso está o controle e comando 
de todos os outros sistemas fisiológicos do corpo, como o respiratório, o 
cardíaco, o digestivo e etc. Cabe a esse sistema atuar nas funções sensitivas, 
integradoras e motoras, que são aplicadas para transportar mensagens do 
cérebro e medula espinhal para várias partes do corpo. 
 
Sensitivas 
 
Os receptores sensitivos, também chamados de neurônios receptores ou 
aferentes, captam estímulos e várias informações do corpo. 
As funções sensoriais estão ligadas com a recepção de estímulos e 
informações do próprio corpo e do ambiente externo. Um arranhão, uma picada 
de mosquito, o aumento ou diminuição da temperatura do ambiente, uma 
pontada ou dor interna, tudo é captado e informado instantaneamente. 
Por exemplo, quando ocorre uma inflamação, ferimento ou uma simples 
alteração da temperatura externa, imediatamente os receptores sensitivos 
captam essas informações, enviando-as para o encéfalo ou medula espinhal. 
 
 
Integradoras 
 
Quanto às funções integradoras, no sistema nervoso os neurônios 
conectores efetuam a análise, processamento e armazenamento dos estímulos 
e informações inicialmente captadas por meio dos receptores sensitivos. 
Esses conectores são também responsáveis por preparar a resposta do 
organismo com relação à situação que está acontecendo. 
 
 
 
 
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10 
Motoras 
 
Consiste na etapa final do sistema nervoso com relação aos estímulos. A 
função motora determina a resposta desse sistema, sendo realizada pelos 
neurônios motores. 
Elas correspondem ao envio da informação da ação que deve ser 
realizada como resposta ao estímulo ou informação recebida. Por exemplo, no 
caso de uma picada de mosquito, fazer com que o mosquito pare de sugar seu 
sangue, seja enxotando-o com a mão ou matando com um tapa. 
As células e órgãos efetores que permanecem em contato com os 
neurônios motores, são estimuladas por uma informação do cérebro e 
imediatamente executam uma ação diante de determinada situação. 
 
Elementos do Sistema Nervoso 
 
O sistema nervoso é formado por diversos elementos que desempenham 
papéis específicos. Esses elementos são: 
 Tecido nervoso 
 Neurônio 
 Bulbo raquidiano 
 Cérebro 
 Cerebelo 
 Nervos raquidianos 
 Tronco encefálico 
 Medula espinhal 
 Hipotálamo 
 
 
 
 
 
 
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Tecido nervoso 
 
No sistema nervoso, esse tecido de comunicação atua na recepção, 
interpretação e resposta aos estímulos recebidos, sendo que as células do tecido 
nervoso são extremamente especializadas quanto ao processamento de 
informações. 
 
Na composição do tecido nervoso, além dos elementos conjuntivos, estão 
dois tipos de células: as nervosas (neurônios) e as de neuroglia (célula glia). 
A principal função do tecido nervoso é estabelecer uma comunicação 
altamente rápida e eficaz entre os órgãos do corpo e o ambiente (meio externo). 
 
Neurônio 
 
No sistema nervoso, os neurônios têm como função central conduzir os 
impulsos nervosos. Ainda que essas células não sejam as únicas do sistema 
nervoso, elas são lembradas por serem as mais conhecidas. 
Uma célula nervosa possui diversos prolongamentos, sendo que o 
conjunto composto por essa célula e prolongamentos recebe o nome de 
neurônio. Os elementos básicos de um neurônio são o corpo celular, os dendritos 
e o axônio. 
 
 
 
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12 
 
No espaço existente entre um neurônio e outra célula, há uma junção 
chamada de sinapse. É exatamente nesses locais que são inseridos os 
neurotransmissores que transportam as informações de um neurônio para outra 
célula. 
 
Bulbo raquidiano 
 
Na estrutura do sistema nervoso, o bulbo raquidiano tem como função 
conduzir os impulsos nervosos. Esse elemento do sistema nervoso está 
conectado de forma direta à medula espinhal, sendo a porção inferior do tronco 
encefálico. 
 
 
 
 
 
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Cérebro 
 
No sistema nervoso, o cérebro é sem dúvida o órgão mais importante, 
essencial para a vida humana. Esse minucioso “computador” fica situado na 
caixa craniana. É para o cérebro que são enviadas todas as informações que 
recebemos. 
Esse complexo órgão responde somente por 2% do total da massa 
corporal. No entanto, o cérebro consome mais de 20% de todo oxigênio do corpo 
e é responsável pelo controle de atividades como: 
 Movimento; 
 Sono; 
 Fome; 
 Sensações; 
 Memória; 
 Fala; 
 Sede etc. 
O cérebro também atua no controle de emoções como, por exemplo, 
amor, ódio, medo, ira, alegria, tristeza etc. 
O cérebro pesa em torno de 1,5 kg, atuando nas interpretações do mundo 
exterior e também abriga a essência da mente humana. 
 
Cerebelo 
 
No sistema nervoso, o cerebelo é a região do cérebro que abriga metade 
dos neurônios. O cerebelo recebe impulsos de várias regiões do corpo e 
estabelece uma conexão entre o tronco encefálico e o córtex cerebral. 
 
 
 
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O cerebelo, além de ser determinante para o equilíbrio corporal, atua no 
recebimento de inúmeros estímulos de músculos e tendões e também 
desempenha o papel de controlar as funções motoras. 
Dessa forma, essa importante região do cérebro é fundamental para o 
desempenho adequado dos movimentos voluntários, aprendizagem motora, 
audição, tato e visão. 
 
Nervos raquidianos (nervos espinhais) 
 
Os chamados nervos raquidianos apresentam função mista. Isso significa 
que eles atuam nas questões motoras ao transmitirem mensagens dos centros 
nervosos para os órgãos e também agem nas questões sensitivas, enviando 
estímulos dos órgãos para os centros nervosos. 
 
 
 
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Os nervos raquidianos se originam na medula espinhal e são compostos 
por 31 pares: 
 5 pares de nervos sacrais 
 8 pares de nervos cervicais 
 1 par de nervo coccígeo 
 5 pares de nervos lombares 
 12 pares de nervos torácicos 
 
Tronco encefálico 
 
No sistema nervoso, o tronco encefálico abriga um imenso conjunto de 
corpos de neurônios agrupados em fibras nervosas e núcleos. Esse tronco está 
ligado à coluna espinhal e atua no recebimento de informações sensitivas de 
estruturas cranianas. 
Uma das funções essenciais do tronco encefálico é controlar os músculos 
localizados na cabeça, já que ele abriga circuitos nervosos capazes de transmitir 
informações da medula espinhal para as estruturas encefálicas, assim como nas 
direções contrárias. 
 
 
 
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No sistema nervoso, outra das funções primordiais do tronco encefálico é 
equilibrar a respiração, temperatura corporal, capacidade de atenção e estado 
de alerta consciente. 
 
Medula espinhal 
 
Na estrutura do sistema nervoso, a medula espinhal consiste em um 
cordão cilíndrico formado por células nervosas, sendo esse cordão situado no 
canal interno das vértebras. 
 
 
 
 
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A medula espinhal exerce o papel de propiciar a comunicação entre o 
corpo e o sistema nervoso, atuando também nos reflexos e preservando o corpo 
em ocorrências de emergências (que geralmenteexigem uma rápida resposta). 
Ainda que a medula espinhal muitas vezes seja confundida com a medula 
óssea, é preciso ter claro a diferenciação entre elas. Enquanto que a medula 
óssea é responsável pela produção de células sanguíneas, a medula espinhal 
integra o sistema nervoso central. 
 
Hipotálamo 
 
O hipotálamo, que apresenta o tamanho aproximado de uma amêndoa, é 
o grande responsável por coordenar a maior parte das funções endócrinas. 
 
Isso significa que o hipotálamo exerce um papel direto no desempenho da 
hipófise e também atua de forma indireta sobre outras glândulas, tais como 
tireoide, adrenais, gônadas sexuais e mamárias. 
O hipotálamo fica situado na região da base do encéfalo, logo abaixo do 
tálamo e acima da hipófise. O hipotálamo também atua na regulação de funções 
como apetite, sede, sono, temperatura corporal e atividades do sistema nervoso 
autônomo. 
 
 
 
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Córtex cerebral 
 
É também conhecido como a substância cinzenta do cérebro, a qual 
corresponde a camada mais externa do cérebro de vertebrados. É formado por 
seis camadas de células nervosas, que comunicam as diferentes áreas corticais 
entre si e também comunica o córtex com as demais estruturas do SN. 
 
 
Áreas sensoriais primárias do córtex cerebral 
 
1) Córtex somatossensorial: recebem fibras que trazem impulsos 
nervosos relacionados à temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção. 
Localização: lobo parietal. 
2) Córtex visual: seus neurônios fazem distinções necessárias para 
uma melhor visão. Através da retina, processam os dados visuais que recebem 
do exterior. Localização: lobo occipital. 
3) Córtex auditivo: fornece a percepção consciente da intensidade dos 
sons e permite o reconhecimento da audição. Localização: lobo temporal. 
4) Córtex vestibular: recebe informações referentes aos movimentos 
da cabeça e a posição desta com relação a gravidade, por intermédio da via 
 
 
 
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vestibulotalamocortical. Relaciona-se ao equilíbrio. Localização: lobo parietal, 
área pré-frontal. 
5) Áreas motoras primárias do córtex cerebral: trato corticoespinal. 
 
Áreas de associação 
 
 São responsáveis pelo controle do comportamento, interpretação 
das sensações e processamento de emoções, memória, consciência e 
planejamento. Não há relação direta com a motricidade ou sensibilidade. 
Correspondem às demais áreas do córtex cerebral. 
 
Além do mais, no sistema nervoso há também a necessidade do estudo 
de uma estrutura denominada como telencéfalo, o qual é formado pelos dois 
hemisférios cerebrais, que são incompletamente separados pela fissura 
longitudinal do cérebro, cujo principal assoalho é formado pelo corpo caloso, pela 
 
 
 
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lâmina terminal e comissura anterior, que formam a parede anterior do III 
ventrículo. No telencéfalo, também há a separação por sulcos e lobos, quais 
sejam: 
1) Sulco lateral ou de sylvius: separa o lobo frontal do temporal; 
2) Sulco central ou de rolando: separa o lobo frontal do parietal, cujas 
margens são o giro pré-central e o pós-central. 
 
Corpo caloso: é responsável pela comunicação entre os hemisférios 
direito e esquerdo, permite a transferência de informações entre um hemisfério 
e outro, fazendo com que eles atuem harmonicamente. Há um distúrbio, o qual 
é chamado de agenesia do corpo caloso, em o corpo caloso de um indivíduo não 
se desenvolve corretamente no período embrionário (12-20° semana), 
ocasionando diversos problemas ao paciente diagnosticado. 
Sintomas: epilepsia, atraso no desenvolvimento psicomotor, síndrome de 
desconexão cerebral, cefaléia, hipotonia, déficit mental variável. 
Fórnix: liga o córtex do hipocampo ao corpo mamilar. Une as memórias 
às emoções. 
Septo pelúcido: participa dos processos cognitivos. Localizado entre o 
corpo caloso e o fórnix, separa os dois ventrículos laterais. 
 
 
 
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21 
Núcleos (gânglios) da base: regulam a contração muscular, força 
muscular, movimentos das articulações e as sequências de movimentos. Está 
associado ao córtex cerebral e ao sistema motor corticoespinal. Envolvidos em 
habilidades automáticas, repetitivas e aprendidas (tocar piano, aprender uma 
nova língua...). Participam do planejamento e da execução de estratégias 
motoras complexas. Controlam a intensidade dos movimentos, direção e 
sequência de movimentos. Participam de funções cognitivas (memória 
operacional, atenção, habilidade para mudança comportamental, motivação). Os 
núcleos da base são subdivididos em: 
 
Localização – cérebro 
 
• Núcleo caudado: é alongado e se relaciona em toda a sua extensão 
com as paredes dos ventrículos laterais; 
• Núcleo Putâmen; 
• Globo Pálido. 
• Núcleo accumbens: localiza-se entre o putâmen e a cabeça do 
núcleo caudado. 
 
 
 
Localização no tronco encefálico – mesencéfalo 
 
• Núcleo subtalâmico; 
• Substância negra. 
 
 
 
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22 
 
 
Patologias envolvidas dos gânglios da base 
 
a) Doença de Parkinson (distúrbio hipocinético): morte de neurônios 
dopaminérgicos na substância negra compacta e no núcleo pedunculopontino. 
É caracterizada pela rigidez muscular, marcha arrastada, postura encurvada. 
Tronco encefálico. 
Etiologia: estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e morte celular 
programada. 
b) Doença de Huntington (distúrbio hipercinéticos): doença 
neurodegenerativa, movimentos excessivos. 
Ainda, para um processamento mais completo de todas as informações 
que permeiam nosso dia-a-dia, também há uma estrutura denominada como 
diencéfalo, sendo que este é único e mediado, encoberto pelo telencéfalo e 
dividido em: a) tálamo; b) hipotálamo; c) epitálamo e; d) subtálamo. Serão 
explicadas abaixo. 
a) Tálamo: relaciona-se com funções de sensibilidade (exceto 
olfatória), além de motricidade e comportamento emocional. É subdividido em: 
 
 
 
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23 
 
b) Hipotálamo: localiza-se abaixo do tálamo e se relaciona com as 
funções associadas ao comportamento visceral, através da regulação da 
hipófise e por conexões com o córtex, sistema límbico, tronco encefálico e 
medula espinal. 
c) Epitálamo: é a estrutura mais evidente da glândula pineal, ajudando 
na regulação do ritmo circadiano e influenciando na secreção das glândulas: 
hipófise, suprarrenal, paratireodes e ilhota de langerhans. 
d) Subtálamo: localiza-se abaixo do tálamo, entre a cápsula interna e 
o hipotálamo. Relaciona-se ao controle dos movimentos através do núcleo da 
base, facilitando a saída de impulsos dos núcleos da base. 
 
Tronco encefálico, cerebelo e medula espinal 
 
O tronco encefálico localiza-se entre a medula e o diencéfalo, 
ventralmente ao cerebelo e contém núcleos de substância cinzenta (tratos de 
substância branca). Pode ser dividido em bulbo, mesencéfalo e ponte. Quase 
totalmente intracraniano (apenas uma porção do bulbo é exocraniana). Cada 
uma de suas divisões será detalhada abaixo: 
a) Bulbo raquidiano ou medula oblonga: estende-se inferiormente da 
medula espinal e superiormente com a ponte. É responsável por: coordenar o 
controle respiratório e o cardiovascular, centro do vômito, deglutição, fala, 
movimento dos olhos e da cabeça, secreção lagrimal. 
 
 
 
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b) Ponte: localizada entre o bulbo raquidiano e o mesencéfalo. Porção 
posterior tem como limite o quarto ventrículo. É responsável pelo tráfego de 
informações sensoriomotoras. 
c) Mesencéfalo: conecta-se com o diencéfalo e a ponte. Pode ser 
dividido em três regiões: base dos pendúculos (tratos motores, núcleos 
reticulares e subs. Negra); tegmento do mesencéfalo (trato sensitivos; núcleo 
pedunculopontino) e teto do mesencéfalo (área pré-tectal e colículos – 
auditiva/movimentos da cabeça).Cerebelo 
 
É um órgão essencialmente relacionado às funções motoras, como 
equilíbrio, coordenação do movimento e tônus muscular. A camada mais externa 
do cerebelo (substância cinzenta ou córtex cerebelar) consiste em três camadas 
corticais (interneurônios ou células granulosas, células de purkinje e células de 
golgi). É responsável pela motricidade fina e grossa Indivíduos saudáveis 
geralmente contraem os agonistas com mais força e os antagonistas com menos 
força, resultando em movimentos mais suaves e eficazes. 
 
 
 
 
 
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Coluna vertebral e medula espinal 
 
A medula possui forma cilíndrica, achatada no sentido anteroposterior e 
tem calibre irregular. Composta por 33 vértebras. Ao corte transversal, é possível 
identificar a substância cinzenta (internamente) e a substância branca 
(externamente), a primeira tem a forma de um H e possui colunas anterior, 
posterior e lateral. A substância branca é dividida em: funículo anterior, funículo 
lateral e funículo posterior. Da medula espinal saem os nervos espinais que 
inervam o tronco, braços, pernas e parte da cabeça: 
 
 
 
 
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a) Raiz vental (anterior ou motora): contém axônios motores que 
enviam informações à periferia através de pequenos grupos (RADÍCULAS) que 
saem da medula espinal; 
b) Raíz dorsal (posterior ou sensitiva): contém axônios sensoriais que 
trazem informações (dor, pressão, tato, propriocepção, temperatura) e penetram 
na medula por intermédio das radículas. 
 
Meninges 
 Assim como o encéfalo, a medula encontra-se envolvida por 
meninges. É revestida por camadas, quais sejam: 
a) Dura-máter: meninge mais externa, resistente e espessa; 
b) Espaço subdural: entre a dura-máter e a aracnóide; 
c) Aracnóide: entre a pia mater e a dura mater; 
d) Pia-máter: camada mais interna. 
 
Os axônios que 
começam e terminam na 
medula são chamados de 
proprioespinais. 
 
 
 
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Miótomo são os músculos inervados por um único nervo espinal ou 
segmento espinal, enquanto o dermátomo é uma área da pele inervada por um 
único nervo espinal ou segmento espinal. 
 
Funções da medula espinal 
 
• Trocar informações com outros segmentos medulares (comunicação 
encéfalo – restante do corpo); 
• Os axônios que levam informações sensitivas entram pelo bulbo e não 
fazem sinapse na medula; 
• todos os outros tratos (axônios do snc) fazem sinapse na medula e 
estão sujeitos a processamentos e modificações dentro da medula espinal. 
 
Lesões na medula espinal 
 
• Lesão na cervical: tetraplegia. A tetraplegia é dividida em dois níveis: 
a) Tetraplegia completa: comprometimento dos quatro membros e/ou 
respiração, a comunicação entre o cérebro e o restante do corpo é interrompida 
abaixo do nível da lesão; 
b) Tetraplegia incompleta: a medula espinal é parcialmente lesionada, 
preservando-se algumas sensações e os movimentos sacrais. 
• Lesão abaixo da cervical: paraplegia. A paraplegia também se 
subdivide em dois níveis: 
a) Paraplegia completa: membros superiores têm suas funções 
preservadas, mas os membros inferiores não apresentam movimentos; 
 
 
 
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b) Paraplegia incompleta: membros inferiores apresentam alguns 
movimentos, mas sem força suficiente que permita que a pessoa ande, existe 
contração voluntária da musculatura esfincteriana. 
• Mirlomeningocele: é a falha no fechamento do tubo neural, o qual é 
necessário no período gestacional para proteger a medula espinal. A região 
lombar ou torácica da medula fica exposta, causando uma lesão que se equivale 
a lesões medulares adquiridas durante um trauma. 
• Esclerose múltipla: ocorre a desmielinização dos axônios do SNC. 
Fraqueza e ataxia dos membros inferiores. 
 
Desenvolvimento das estruturas encefálicas 
 
As diversas estruturas do encéfalo trabalham juntas para garantir o 
funcionamento adequado do organismo e, consequentemente, a nossa 
sobrevivência. 
O encéfalo é uma porção extremamente complexa do Sistema Nervoso 
Central (SNC) e ocupa o interior da caixa craniana. Está relacionado com 
atividades desde a razão e a inteligência até o controle da temperatura corporal 
e pressão sanguínea. 
Diferentemente do que muitos pensam, o encéfalo não é constituído 
apenas pelo cérebro, sendo essa apenas uma de suas partes. Assim sendo, 
cérebro e encéfalo não são palavras que podem ser usadas como sinônimos. 
Cérebro: Parte mais desenvolvida do encéfalo humano, representa cerca 
de 78% do peso dessa estrutura. Destaca-se por suas pregas, sulcos e 
depressões característicos. O cérebro é formado por duas porções: o hemisfério 
direito e o esquerdo, que estão conectados pelo corpo caloso. A porção mais 
externa do cérebro é o córtex cerebral, que é formado por corpos celulares de 
neurônios e apresenta coloração escura (substância cinzenta). Já a região mais 
interna apresenta coloração mais clara (substância branca) e é constituída por 
 
 
 
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dendritos e axônios. O cérebro está relacionado, entre outras funções, com 
atividades sensoriais, movimentos, aprendizado, percepção, inteligência e 
memória. 
Mesencéfalo: Parte do encéfalo relacionada com o tônus muscular e a 
postura corporal. Além disso, desempenha importante papel na coordenação de 
reflexos visuais e na integração de informações sensoriais. 
Cerebelo: Localizado entre a parte posterior do cérebro e a ponte, é 
responsável por coordenar movimentos, garantir a postura corporal e 
desenvolver habilidades motoras. 
Ponte: Formado por fibras nervosas que conectam várias partes do 
encéfalo, apresenta como principal função a transferência de informações. 
Bulbo Raquidiano: Essa estrutura, que é a última porção do encéfalo, 
controla o batimento cardíaco e a respiração. Além disso, atua em reflexos de 
deglutição, vômito e tosse. 
Tálamo: Região localizada logo abaixo do cérebro que recebe mensagens 
sensoriais, com exceção das do olfato. O papel principal do tálamo é classificar 
o estímulo e enviá-lo para o local apropriado de processamento. 
Hipotálamo: É uma pequena estrutura que está relacionada com a 
temperatura do corpo e com o relógio biológico. Relaciona-se também com a 
fome, sede e comportamento sexual. 
O encéfalo é protegido pelos ossos do crânio e por membranas de tecido 
conjuntivo. Essas membranas são denominadas de meninges e separam o 
encéfalo da caixa craniana. As meninges são três: dura-máter, aracnoide e pia-
máter. A dura-máter é a mais externa, e a pia-máter, a mais interna. A membrana 
dura-máter e a aracnoide são separadas por um espaço denominado de 
subdural. Já a aracnoide e a pia-máter são separadas pelo espaço 
subaracnóideo, no qual circula o líquido cerebrospinal ou cefalorraquidiano. 
 
 
 
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Desenvolvimento encefálico 
 
O nosso sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e pela medula 
espinhal. O encéfalo está localizado no interior da caixa craniana, sendo 
chamado erroneamente de cérebro. 
O SNC origina do tubo neural. Este é uma estrutura embrionária. Durante 
a gestação humana, o tubo neural na sua extremidade cranial dá origem a três 
dilatações, denominadas vesículas primordiais, que são o procencéfalo, 
mesencéfalo e o rombencéfalo. O restante do tubo forma a medula espinhal. 
O encéfalo tem sua origem ainda na fase embrionária, sendo formado a 
partir do tubo nervoso. É possível perceber, na região anterior do tubo, três 
regiões distintas chamadas de: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. 
Durante o desenvolvimento embrionário, o prosencéfalo diferencia-se em 
telencéfalo e diencéfalo, enquanto o rombencéfalo diferencia-se em metencéfalo 
e no mielencéfalo. Apenas o mesencéfalo não apresenta diferenciação. A partir 
dessas cinco regiões, todo o encéfaloserá formado. 
 
 
 
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A cavidade cranial ou luz do tubo neural existente nas vesículas 
primordiais formam o sistema ventricular do encéfalo. É importante já deixar claro 
que, a cavidade caudal forma o canal central da medula espinhal. 
O prosencéfalo com o passar do desenvolvimento aumentam lateralmente 
e originam duas vesículas, o telencéfalo e o diencéfalo. A luz acompanha este 
aumento. O mesencéfalo desenvolve sem se dividir e a luz permanece como um 
canal estreitado. O rombencéfalo subdivide-se em metencéfalo e mielencéfalo. 
Neste último a luz também dilata acompanhando a vesícula. 
 
 
 
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Desenvolvimento das vesículas encefálicas primárias 
 
 
A partir das transformações das vesículas primordiais, originam-se as 
partes mais importantes do SNC. Do telencéfalo e diencéfalo origina-se o 
 
 
 
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cérebro. Sendo que os hemisférios cerebrais são de origem do telencéfalo. O 
mesencéfalo permanece com a mesma denominação, como uma parte do SNC. 
 
O metencéfalo origina o cerebelo e a ponte. O mielencéfalo origina o 
bulbo. O restante do tubo origina a medula primitiva e esta a medula espinhal. O 
mesencéfalo, a ponte e o bulbo constituem o tronco encefálico. 
O encéfalo não apenas cresce, ele se desenvolve em uma sequência 
muito bem orquestrada. Muitos neurônios são criados em zonas especiais que 
contêm células-tronco, e então migram pelo tecido para chegarem a sua 
localização final. No córtex, por exemplo, o primeiro estágio de desenvolvimento 
é a formação de uma "plataforma" por um grupo especial de células gliais, 
chamadas glia radiais, que projetam fibras verticalmente através do córtex. 
Os neurônios corticais novos são criados na base do córtex, então 
"escalam" estas fibras radiais até chegarem às camadas que estão destinados a 
ocupar enquanto adultos. Uma vez em seu lugar, o neurônio começa a estender 
dendritos e um axônio a seu redor. Os axônios, por geralmente se estenderem 
a grande distância do corpo celular e terem de fazer contato com alvos 
específicos, crescem de modo particularmente complexo. A ponta de um axônio 
 
 
 
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em crescimento consiste de uma bolha de protoplasma chamada "cone de 
crescimento", repleta de receptores químicos. Estes receptores sentem o 
ambiente local, fazendo o cone de crescimento ser atraído ou repelido por vários 
elementos celulares, sendo atraído a uma direção em particular em cada ponto 
de seu trajeto. O resultado deste processo de direcionamento é que o cone de 
crescimento navega através do cérebro até atingir sua área de destino, onde 
outros indicadores químicos o fazem iniciar a formação de sinapses. Levando 
em conta todo o encéfalo, muitos milhares de genes dão origem a proteínas que 
influenciam o direcionamento do axônio. 
 
Entretanto, a rede sináptica que se forma é apenas parcialmente 
determinada pelos genes. Em muitas partes do encéfalo, há inicialmente um 
"supercrescimento" de axônios, que então são "ceifados" por mecanismos que 
dependem da atividade neural. Na projeção do olho para o mesencéfalo, por 
 
 
 
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exemplo, a estrutura adulta apresenta uma organização muito precisa, 
conectando cada ponto da superfície da retina a um ponto correspondente numa 
camada mesencefálica. Nos primeiros estágios de desenvolvimento, cada 
axônio da retina é guiado para a região correta do mesencéfalo por indicadores 
químicos, mas então se ramifica profusamente e faz contato inicial com um 
amplo feixe de neurônios do mesencéfalo. A retina, antes do nascimento, possui 
mecanismos especiais que a fazem gerar ondas de atividade que se originam 
em algum ponto e se propagam lentamente pela superfície retinal. Estas ondas 
são úteis por ativarem ao mesmo tempo os neurônios vizinhos: quer dizer, elas 
produzem um padrão de atividade neural que contém informação sobre o arranjo 
espacial dos neurônios. Esta informação é utilizada no mesencéfalo por um 
mecanismo que faz as sinapses enfraquecerem, e finalmente desaparecerem, 
se a atividade em um axônio não for seguida pela ativação da célula-alvo. O 
resultado deste processo sofisticado é a gradual afinação e consolidação do 
sistema, até adquirir a forma final adulta. 
Processos semelhantes têm lugar em outras áreas do cérebro: uma matriz 
sináptica inicial é gerada, resultado do direcionamento químico geneticamente 
determinado, mas então é gradualmente refinada por mecanismos dependentes 
da atividade, parte controlada pela dinâmica interna, e parte por estímulos 
sensórios externos. Em alguns casos, assim como no sistema retina-
mesencéfalo, os padrões de atividade dependem de mecanismos que operam 
apenas no cérebro em desenvolvimento, e aparentemente existem somente com 
o fim de guiar o desenvolvimento. 
No ser humano e em muitos outros mamíferos, novos neurônios são 
criados principalmente antes do nascimento, e o cérebro infantil contém número 
significativamente maior do que o adulto. Há entretanto umas poucas áreas onde 
novos neurônios continuam a ser criados durante a vida. As duas áreas para as 
quais o fato é pacífico são o bulbo olfatório e o giro dentado do hipocampo, onde 
há evidências de que novos neurônios estão envolvidos no armazenamento de 
memórias recentes. Com estas exceções, entretanto, o conjunto dos neurônios 
que estão presentes na primeira infância é o mesmo para o resto da vida. 
 
 
 
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(Células gliais são diferentes: assim como a maioria dos tipos de células do 
corpo, estas se reproduzem ao longo da vida). 
Apesar de o conjunto de neurônios já estar praticamente todo no lugar 
quando do nascimento, suas conexões axonais continuam a se desenvolver 
ainda por longo tempo. No ser humano, a mielinação não está completada até a 
adolescência. 
Desenvolvimento encefálico 
 
 
 
 
 
 
 
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Regiões do encéfalo na vida adulta 
 
- Cérebro: O cérebro é formado a partir do telencéfalo e constitui a parte 
mais desenvolvida do encéfalo. Muitas pessoas costumam usar de maneira 
errônea os dois termos como sinônimos. Uma característica marcante do cérebro 
é a presença de várias pregas que são conhecidas como giro ou circunvoluções. 
O cérebro é dividido quase que completamente em dois hemisférios, que 
são unidos por uma estrutura denominada corpo caloso. Cada hemisfério é 
dividido em quatro lobos, que recebem o nome dos ossos do crânio localizados 
acima dele. Sendo assim, temos os lobos frontal, parietal, temporal e occipital. 
 
 
A região do córtex (camada mais externa) é formada por corpos celulares, 
o que proporciona uma cor mais cinzenta a essa região. Já a região mais interna 
 
 
 
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do cérebro é constituída pelos axônios, o que lhes confere uma coloração mais 
clara em virtude da presença do estrato mielínico. 
Essa porção do encéfalo é a encarregada de controlar as atividades 
motoras dos órgãos dos sentidos, além de estar relacionada à memória, 
capacidade cognitiva, linguagem, razão e emoções. 
-Tálamo- São duas estruturas originadas do diencéfalo, constituídas por 
substância cinzenta. Estão localizadas logo abaixo do corpo caloso. Sua função 
principal é transmitir as mensagens dos órgãos do sentido (exceto órgãos do 
olfato) até o córtex cerebral. 
 
-Hipotálamo- Região também originada do diencéfalo que está 
relacionada, entre outras funções, à regulação da temperatura do nosso corpo, 
fome, sede, concentração, funções endócrinas, comportamento sexual e 
respostas do sistema nervoso autônomo. O hipotálamo está localizado logo 
abaixo do tálamo. 
 
 
 
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-Mesencéfalo- Conhecido também como encéfalo médio, essa regiãoé 
relacionada à postura corporal, atividade motora, movimentos de busca dos 
olhos, entre outras funções. 
-Cerebelo- O cerebelo é uma região originada do metencéfalo e localizada 
na fossa craniana posterior. Possui uma forma ovalada, sendo que na região 
central ocorre uma constrição. Sua principal função é ajudar na coordenação dos 
movimentos e equilíbrio do corpo. 
-Ponte- Estrutura originada do metencéfalo, formada principalmente de 
substância branca. Essa estrutura faz uma conexão com diversas partes do 
encéfalo. A ponte participa de algumas funções do bulbo. 
-Bulbo- Originado do mielencéfalo, o bulbo é uma região contínua da 
medula espinhal. São importantes na coordenação de reflexos de tosse, espirro, 
salivação e deglutição. Além disso, controlam funções vitais como batimento 
cardíaco, respiração e pressão arterial. 
Houve longo debate sobre se as características da mente, personalidade 
e inteligência podem ser atribuídas à hereditariedade ou à criação; o debate 
"inato ou adquirido". Não é uma questão apenas filosófica: ela assume grande 
relevância prática para pais e educadores. Apesar de muitos detalhes ainda 
precisarem ser esclarecidos, a neurociência mostra claramente que ambos 
fatores são essenciais. Os genes determinam a forma geral do encéfalo, e 
determinam como o encéfalo reage à experiência. A experiência, entretanto, é 
necessária para refinar a matriz de conexões sinápticas. Em alguns aspectos, 
esta (a matriz) é em grande parte uma questão de presença ou ausência de 
experiência durante períodos críticos de desenvolvimento. Em outros aspectos, 
a quantidade e a qualidade da experiência pode ser mais relevante: por exemplo, 
há evidências substanciais de que animais criados em ambientes ricos (riqueza 
de estímulos) têm córtex mais espesso do que animais cujos níveis de 
estimulação são restritos. 
 
 
 
 
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