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Relatório sobre a visita de estudo à Cimentos de Moçambique (InterCement) - Lauro Mota - ISUTC

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Instituto Superior de Transportes e Comunicações 
 
 
 
 
“Relatório sobre a visita de estudo à Cimentos de 
Moçambique (InterCement)” 
 
 
Licenciatura em Engenharia Civil e de Transportes 
 
 
 
Disciplina: Materiais de Construção I 
Docente: Engº Arsénio Muchate 
Discente(s): Lauro Mota, Malves Camilo, Marco Mondlane, Cindy Vermeulen, Constância 
Nhussi. 
Turma: C21 
 
2º Ano 
 
 
Maputo, Abril - 2017 
	
Índice 
 
1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS ..................................................................................... 2	
2. CIMENTO ............................................................................................................................ 3	
2.1 PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CIMENTO PORTLAND ...................................... 4	
2.1.1 Primeira Fase: Extracção da Matéria-Prima ........................................................................ 4	
2.1.2 Segunda Fase: Moagem e mistura da Matéria-Prima .......................................................... 5	
2.1.3 Terceira Fase: Cozedura .......................................................................................................... 5	
2.1.4 Quarta Fase: Moagem de Clínquer ........................................................................................ 6	
2.1.5 Quinta Fase: Ensilagem e Expedição ...................................................................................... 6	
3. CONTROLE DE QUALIDADE ......................................................................................... 6	
4. COMERCIALIZAÇÃO ...................................................................................................... 7	
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 8	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS 
No dia 26 de Abril de 2017 os estudantes do Instituto Superior de Transportes e 
Comunicações (ISUTC), do curso de Engenharia Civil e de Transportes das turmas C21 e C22 
fizeram uma visita de estudo à Cimentos de Moçambique (InterCement), acompanhados pelo 
professor Engº Arsénio Muchate, regente da disciplina de Materiais de Construção I. 
A Cimentos de Moçambique produz produz por ano cerca de 800 mil toneladas de 
cimento de várias características para diversos usos na construção civil, sendo a única fábrica 
no país que produz clínquer atualmente. O cimento é um dos materiais de construção mais 
utilizados na construção civil, por conta da sua larga utilização em diversas fases da construção. 
Neste relatório será feita uma descrição das observações feitas durante a visita de estudo 
feita à Cimentos de Moçambique, este tem como objectivo descrever os processos para 
produção, armazenamento e comercialização do cimento portland. Para a sua elaboração foram 
usados como base explanações de dois funcionários da empresa, concedidas durante a visita de 
estudo e, a partir dos mesmos, aprofundou-se através de investigações. Esta visita de estudo foi 
proporcionada pelo Instituto Superior de Transportes e Comunicações a fim de fazer conhecer 
aos estudantes o processo de produção do cimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2. CIMENTO 
O cimento pertence a classe dos materiais 
classificados como aglomerantes hidráulicos, esse 
tipo de material em contato com a água entra em 
processo físico-químico, tornando-se um elemento 
sólido com grande resistência a compressão e 
resistente a água e a sulfatos. Este é produzido pela 
moagem do clínquer, que consiste essencialmente de 
silicatos de cálcio hidráulicos, usualmente com uma ou mais formas de sulfato de cálcio como 
um produto de adição. O clínquer possui um diâmetro médio entre 5 a 25 mm. 
A denominação "cimento Portland", foi dada em 1824 por Joseph Aspdin, um químico 
e construtor britânico. No mesmo ano, ele queimou conjuntamente pedras calcárias e argila, 
transformando-as num pó fino. Percebeu que obtinha uma mistura que, após secar, tornava-se 
tão dura quanto as pedras empregadas nas construções. A mistura não se dissolvia em água e 
foi patenteada pelo construtor no mesmo ano, com o nome de cimento Portland , que recebeu 
esse nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas 
da ilha britânica de Portland. 
Os silicatos de cálcio são os principais constituintes do cimento Portland, as matérias 
primas para a fabricação devem possuir cálcio e sílica em proporções adequadas de dosagem. 
Os materiais que possuem carbonato de cálcio são encontrados naturalmente em pedra calcária, 
giz, mármore e conchas do mar, a argila e a dolomita são as principais impurezas. 
Com o passar do tempo as propriedades físico-químicos do cimento Portland tem evoluído 
constantemente, inclusiva com o emprego de aditivos que melhoram as características do 
cimento. Actualmente o cimento Portland é normalizado e existem vários tipos no mercado. 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1 – Pó de cimento Fonte: Google Images 
4 
 
2.1 PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CIMENTO PORTLAND 
 
 
O processo de produção do cimento divide-se em cinco (5) fases: 
• Extracção da Matéria-Prima 
• Moagem e mistura da Matéria-Prima 
• Cozedura 
• Moagem de Clínquer 
• Ensilagem 
 
2.1.1 Primeira Fase: Extracção da Matéria-Prima 
As matérias-primas necessárias 
para a produção de cimento (carbonato de 
cálcio, sílica, alumínio e minério de ferro) 
são geralmente extraídas de rocha calcária 
ou argila. Essas matérias-primas são 
extraídas de minas por meio de 
detonações. O calcário é a matéria-prima básica, contribui de 85 a 95% na fabricação do 
clínquer, é constituído basicamente de carbonato de cálcio (CaCO3) e, dependendo de sua 
origem geológica, pode conter várias impurezas como magnésio, silício, alumínio e ferro. 
Fig. 2 – Fluxograma do processo de produção do cimento. Fonte: Google Images 
Fig. 3 - Extração de calcário. Fonte: Google Images 
5 
 
Os grandes blocos de pedra fragmentadas obtidos através da explosão são transportados 
por tractores e submetidos ao processo de britagem, À saída do britador, obtém-se um material 
relativamente fino, com uma granulometria contínua, tendo os pedaços de maiores dimensões 
0,05 a 0,10 m. Este material é transportado, em geral, através de tapetes rolantes ou cadeias de 
alcatruzes e depositado em camadas horizontais numa pilha. 
 
2.1.2 Segunda Fase: Moagem e mistura da Matéria-Prima 
 
Com a eventual adição de correctivos (areias, cinzas de pirite, calcários de alto teor, 
etc.), são simultaneamente secas e moídas até à obtenção de um pó muito fino (cru ou farinha), 
que é depois armazenado e homogeneizado. 
 
2.1.3 Terceira Fase: Cozedura 
 A farinha, saída dos silos de 
homogeneização, entra num permutador de 
calor (torre de ciclones) em contra-corrente 
com os gases quentes provenientes do forno, 
iniciando-se o processo de descarbonatação. O 
material é pré-aquecido e em seguida 
introduzido em um forno rotativo, e é 
aquecido a uma temperatura de 1.500º C (por 
uma chama de 2.000º C), e à seguir 
subitamente resfriado por gases frios. 
Assim é produzido o clínquer, o material básico necessário para a produção de todos os tipos 
de cimento. 
 
Fig. 4 – Matérias primas para produção de cimento e o produto resultante (cimento). Fonte: Autor 
Fig. 5 – Forno rotativo. Fonte: Google Images 
6 
 
2.1.4 Quarta Fase: Moagem de Clínquer 
A mistura é então finamente moída para se obter o "cimento puro". Durante esta fase, 
diversos materiais, chamados de "adições", podem ser adicionados para além do gesso. 
Utilizadas em variadas proporções, as adições, que podem ser recursos naturais ou sub-produtos 
industriais, dão ao cimento propriedades específicas como redução de impermeabilidade, 
resistência a sulfatos e ambientes agressivos, melhor desempenho e acabamento, dando origem 
aos diversos tipos de cimento, de acordo com as normas em vigor. 
 
2.1.5Quinta Fase: Ensilagem e Expedição 
Finalmente, o processo 
produtivo do cimento termina e o 
produto final é ensilado e pode ser 
vendido a granel ou embalado em sacos 
de papel, acondicionados em paletes ou 
pacotões. 
A expedição de cimento pode ser 
feita por camião, comboio ou navio, de 
acordo com as respectivas 
disponibilidades. 
 
3. CONTROLE DE QUALIDADE 
A fábrica possui uma sala de comando centralizado, com um nível de equipamento que 
permite, a partir deste local, toda a monitorização e controlo do ciclo de produção, desde as 
matérias-primas à expedição de cimento. Na sala de comando é ainda possível a visualização, 
em monitores, dos principais equipamentos e máquinas através de um circuito fechado, com 
câmaras instaladas nos pontos estratégicos da fábrica. O controlo de emissões em contínuo, 
como efluentes gasosos e poeiras, é igualmente realizado neste local. 
O controle de qualidade do cimento é feito em laboratório, onde são realizados vários 
ensaios (granulometria e raio-x, entre outros) que permitem verificar a sua conformidade. Estes 
ensaios asseguram a qualidade das matérias-primas, cru e clinquer de. São feitas também 
auditorias onde amostras são recolhidas para fazer a vistoria da qualidade. 
Fig. 6 – Silos de cimento em uma central de betão. Fonte: Autor 
7 
 
4. COMERCIALIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
A companhia distribui o material (à granel ou em sacos de cimento) para os 
fornecedores principais a nível da província de Maputo (Construa, Somofer, Builders 
Warehouse, entre outros), estes que distribuem para os demais consumidores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 7 – Camião para transporte à granel (lado esquerdo), transporte sacos de cimento (lado 
direito). Fonte: Google Images 
8 
 
5. CONCLUSÃO 
O cimento está presente em todo tipo de construção, da mais simples moradia até a mais 
complexa obra de infraestrutura, do início ao acabamento final. O seu processo de produção 
está em evolução, visando maior produtividade e redução de custos. 
A industria de produção de cimento é importante para o desenvolvimento das cidades, 
influenciando favoravelmente nos sectores social, económico e administrativo, na 
infraestrutura urbana e na qualidade do ambiente construído. 
Conhecendo-se, previamente, os problemas associados à implantação e operação do 
empreendimento, por meio de instrumentos de avaliação de impacto e planeamento ambientais, 
podem-se adotar medidas apropriadas para evitar estes problemas. 
A visita de estudo proporcionou a todos os estudantes presentes uma melhor percepção, 
e conhecimento técnico sobre a produção do cimento Portland como material de construção.

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