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Apostila-Protecao-SEP-Rev-0

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PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 1
PROTEÇÃO 
BIOGRAFIA 
 
 
 
Kennio Brito Guimarães 
 
Recebeu o título em Engenharia Elétrica pela Universidade do Estado de Minas 
Gerais – Campus Ituiutaba em 2003. 
Em 2004 atuou na área de distribuição de energia elétrica pelas empresas: “Cemat- 
MT e Jalapão/Celg-GO”, no setor de desenvolvimento de projetos. Em 2005 ingressou na 
empresa “Transener Internacional” na área de proteção de “Sistema Elétrico de Potência”, 
em Transmissão de Extra Alta Tensão. 
Atualmente, atua na área de Transmissão de Energia Elétrica pela empresa “State 
Grid Brazil Holding” como supervisor de proteção, controle e telecomunicação, na divisão 
de manutenção e comissionamento de novos empreendimentos. 
Além disto, atua na área pedagógica desde 2004 passando pela “Universidade do 
Estado de Goiás (UEG) e Escolas Técnicas”, tais como: SENAI (Serviço Nacional de 
Aprendizagem), CTAA (Colégio Técnico Avançado de Assis) e etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 2
PROTEÇÃO 
PREFÁCIO 
 
 
 
Este material tem como finalidade contribuir para a formação técnica dos alunos do 
“Curso de Eletrotécnica” da Escola SENAI de Morrinhos-GO. 
Baseado na disciplina de “Proteção de Sistema Elétrico de Potência”, esta apostila 
foi elaborada elucidando de forma simplificada e prática as teorias e conceitos referente à 
aplicação do sistema de proteção em diversos tipos de equipamentos na área de geração, 
transmissão e distribuição. 
Com a participação de todos os alunos, através de comentários, críticas e 
sugestões, esta apostila será reformulada ao longo do tempo, de forma a se tornar um 
material didático para consulta e aperfeiçoamento dos conhecimentos básicos sobre a 
referida disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 3
PROTEÇÃO 
ÍNDICE 
 
 
1 - Transformadores de Instrumentos.............................................. 05 
 
 1.1 - Transformador de Corrente (TC`s)................................................... 05 
 1.1.1 - Características Construtivas............................................... 07 
 1.1.2 - Representação Gráfica e Polaridade.................................. 11 
 1.1.3 - Caracterização de um Transformador de Corrente............ 11 
 
 1.2 - Transformador de Potencial (TP`s).................................................. 13 
 1.2.1 - Características Construtivas............................................... 14 
 1.2.2 - Caracterização de um Transformador de Potencial........... 16 
 
2 - Filosofia de Proteção de Sistemas Elétricos.............................. 17 
 
3 - Tratamento Estatístico dos Defeitos........................................... 18 
 
4 - Aspectos Considerados da Proteção......................................... 19 
 
5 - Análise Generalizada da Proteção.............................................. 20 
 
6 - Proteção de Sistema Elétrico....................................................... 21 
 
 6.1 - Definição de Classificação dos Relés.............................................. 21 
 
 6.2 - Relé Elementar................................................................................... 22 
 
 6.3 - Qualidade Requeridas de um Relé................................................... 23 
 
 6.4 - Critérios de Existência de Falta e Seus Efeitos.............................. 23 
 
 6.5 - Sistemas de Proteção........................................................................ 24 
 
 6.6 - Funções de Proteção......................................................................... 24 
 
 6.7 - Preceitos............................................................................................. 25 
 
 6.8 - Zonas de Proteção............................................................................. 25 
 
 6.9 - Proteção Principal e Proteção de Retaguarda................................ 27 
 6.9.1 - Proteção Principal............................................................... 27 
 6.9.2 - Proteção de Retaguarda..................................................... 27 
 
 6.10 - Proteção de Transformadores.......................................................... 28 
 6.10.1 - Proteção de transformadores de pequeno porte................ 29 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 4
PROTEÇÃO 
 6.10.2 - Proteção de Transformadores de Grande Porte................. 30 
 6.10.3 - Proteção Intrínseca............................................................. 32 
 6.10.4 - Proteção Contra Sobrecarga.............................................. 35 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................. 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 5
PROTEÇÃO 
1 – Transformadores de Instrumentos 
 
 Com o objetivo de redução de perdas, devido às suas grandes extensões, o 
sistema elétrico de potência exige o uso de correntes e tensões cada vez mais elevadas. 
Para que sejam controlados e protegidos, estes sistemas utilizam instrumentos de 
medição e proteção que necessitam receber informações destas grandezas para: 
 
 Alimentar o sistema de proteção e medição com tensão e corrente reduzidas; 
 Proporcionar isolamento entre o circuito de alta tensão e os instrumentos e, 
cosequentemente, segurança pessoal; 
 Padronizar a fabricação dos instrumentos. 
 
Para a transformação dos valores de corrente e tensão do sistema de potência, são 
utilizados, respectivamente: 
 
 Transformador de corrente (TC); 
 Transformador de potêncial (TP). 
 
Todos os instrumentos de medição apresentão as seguintes definições básicas: 
 
Circuito primário: Circuito conectado ao enrolamento primário do transformador 
de instrumento, onde se tem o verdadeiro valor da grandeza a ser transformada (circuito 
de força, geralamente um cabo, um barramento, etc); 
 
Circuito secundário: Circuito conectado ao enrolamento secundário do 
transformador de intrumento, onde se tem o valor proporcional da grandeza do circuito 
primário, composto por fiações, blocos terminais e instrumentos (amperímetros, 
voltímetros, relés, etc); 
 
Carga do Transformador de instrumeto (TI): Impedância total do circuito 
secundário; 
 
Erro de relação: Diferença entre a relação de transformação medida e relação de 
transformação nominal; 
 
Classe de exatidão: Valor máximo do erro de relação expresso em porcentagem. 
 
1.1 – Transformador de Corrente (TC`s) 
 
 São dispositivos que têm o enrolamento primário ligado em série com o circuito 
principal e o enrolamento secundário ligado aos relés e/ou instrumentos de medição, cujo 
valor de corrente secundária depende da relação de transformação do equipamento (RTC 
– diretamente relacionado ao número de espiras dos enrolamentos) e do erro de relação. 
O enrolamento primário dos TC`s é normalmente constituído de um reduzido 
número de espiras (N1), podendo ser até mesmo o próprio condutor ao qual o TC está 
conectado. Já o enrolamento secundário possui um número elevado de espiras (N2) e é 
projetado para uma corrente nominal padronizada em 1 ou 5 A, sendo a correnteprimária 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 6
PROTEÇÃO 
nominal estabelecida de acordo com a ordem de grandeza da corrente do circuito em que 
o TC está ligado. Desta forma, as relações mais comuns encontradas no mercado são: 
3000-5 A; 2000-5 A, 1200-5 A; 600-5 A; entre outras. 
 
 
 
 
 
 A figura abaixo ilustra um quadro comparativo entre TC`s com relação única e TC`s 
com relação múltipla. 
 
 
 
 
 
 
Fig.01 – RTC de Transformador de Corrente. 
Fig.02 – Relação Única x Relação Múltipla. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 7
PROTEÇÃO 
1.1.1 – Características Construtivas 
 
O transformador de corrente podem ser construídos de diferentes formas e para 
diferentes usos, ou seja: 
 
a) TC tipo barra 
 
É aquele cujo enrolamento primário é constituído por uma barra fixada através do 
núcleo do transformador. 
O transformador de corrente de barra fixa em baixa tensão é extensivamente 
empregado em painéis de comando de elevada corrente, tanto para uso em proteção 
quanto para medição. 
O transformador de corrente do tipo barra fixa são os mais utilizados em 
subestações de potência de média e alta tensões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.03 – Transformador de Corrente do Tipo Barra Fixa. 
Fig.04 – Transformador de Corrente do Tipo Barra Fixa - 230kV. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 8
PROTEÇÃO 
b) TC tipo enrolado 
 
É aquele cujo enrolamento primário é constituído de uma ou mais espiras 
envolvendo o núcleo do transformador, conforme ilustrado na figura. 
 
 
 
 
 
 
c) TC tipo janela 
 
É aquele que não possui um primário fixo no transformador e é constituído de uma 
abertura através do núcleo, por onde passa o condutor que forma o circuito primário, 
conforme se apresenta na figura. 
São muito utilizados em painéis de comando de baixa tensão em pequenas e 
médias correntes, ou quando não se deseja seccionar o condutor para instalar o 
transformador de corrente. Dessa forma empregada, consegue-se reduzir os espaços no 
interior dos painéis. 
 
 
 
 
 
 
d) TC tipo bucha 
 
É aquele cujas características são semelhantes ao TC do tipo barra, porém sua 
instalação é feita na bucha dos equipamentos (transformadores, disjuntores, etc.), que 
funcionam como enrolamento primário, de acordo com a figura. 
São empregados em transformadores de potência para uso, em geral, na proteção 
diferencial, quando se deseja restringir ao próprio equipamento o campo de ação desse 
tipo de proteção. 
 
Fig.05 – Transformador de Corrente do Tipo Enrolado. 
Fig.06 – Transformador de Corrente do Tipo Janela. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 9
PROTEÇÃO 
 
 
 
 
e) TC tipo núcleo dividido 
 
É aquele cujas características são semelhantes às do TC do tipo janela, em que o 
núcleo pode ser separado para permitir envolver o condutor que funciona como 
enrolamento primário, conforme se mostra na figura. 
São basicamente utilizados na fabricação de equipamentos de medição de corrente 
e potência ativa ou reativa, já que permite obter resultados esperados sem seccionar o 
condutor ou barra sob medição. 
 
 
 
 
 
f) TC tipo com vários enrolamentos primários 
 
É aquele constituído de vários enrolamentos primários montados isoladamente e 
apenas um enrolamento secundário, conforme a figura. 
Neste tipo de transformador, as bobinas primárias podem ser ligadas em série ou e 
paralelo, propiciando a obtenção de várias relações de transformação. 
 
 
 
 
 
 
Fig. 07 – Transformador de Corrente do Tipo Bucha. 
Fig. 08 – Transformador de Corrente do Tipo Núcleo Divido. 
Fig. 09 – Transformador de Corrente do Tipo com Vários Enrolamentos Primário. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 10
PROTEÇÃO 
g) TC tipo com vários núcleos secundários 
 
É aquele constituído de dois ou mais enrolamentos secundários montados 
isoladamente, sendo que cada um possui individualmente o seu núcleo, formando 
juntamente com o enrolamento primário, um só conjunto, conforme se mostra na figura. 
Neste tipo de transformador de corrente, a seção do condutor primário deve ser 
dimensionada tendo e vista a maior das relações de transformação dos núcleos 
considerados. 
 
 
 
 
 
 
h) TC tipo vários enrolamentos secundários 
 
É aquele constituído de um único núcleo envolvido pelo enrolamento primário e 
vários enrolamentos secundários, conforme se mostra na figura, e que podem ser ligados 
em série ou em paralelo. 
 
 
 
i) TC tipo derivação no secundário 
 
É aquele constituído de um único núcleo envolvido pelos enrolamentos primário e 
secundário, sendo este provido de uma ou mais derivações. 
 
Fig. 10 – Transformador de Corrente do Tipo com Vários Núcleos Secundários. 
Fig. 11 – Transformador de Corrente do Tipo com Vários Enrolamentos Secundários. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 11
PROTEÇÃO 
 
 
 
 
1.1.2 - Representação Gráfica e Polaridade 
 
Convencionalmente, é adotada a representação mostrada na figura a seguir e a 
maneira como as bobinas primárias e secundárias são enroladas no núcleo magnético 
são simbolicamente indicadas pelas marcas de polaridade (pontos); 
 
 
 
 
 
Como regra, temos que a corrente primária I1 entra pela polaridade e a corrente 
secundária I2 sai pela polaridade e assim, temos I1 e I2 em fase. 
 
1.1.3 - Caracterização de um Transformador de Corrente 
 
De acordo com a ABNT, os valores nominais principais que caracterizam os 
transformadores de corrente são os seguintes: 
 
 Corrente nominal e relação nominal; 
 Nível de isolamento; 
 Freqüência nominal; 
 Carga nominal; 
 Classe de exatidão; 
 Fator de sobrecorrente nominal (somente para TC de proteção); 
 Fator térmico nominal; 
 Corrente térmica nominal; 
 Corrente dinâmica nominal. 
 
Os TC's para serviço de medição devem retratar fielmente a corrente a ser medida. 
É imprescindível que apresentem erros de fase e de relação mínimos dentro de suas 
respectivas classes de exatidão. Segundo as normas da ABNT e ANSI, os 
Fig. 12 – Transformador de Corrente do Tipo com Derivação no Secundário. 
Fig. 13 – Representação de Polaridade de TC. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 12
PROTEÇÃO 
transformadores de corrente devem manter sua exatidão na faixa de 10 a 100% da 
corrente nominal, ou seja: 
 
0,1Inominal ≤ Icarga ≤ InominalTC 
 
Os TC’s de medição devem manter sua precisão para correntes de carga normal, 
enquanto os TC’s de proteção devem ser precisos até o seu erro aceitável para corrente 
de curto-circuito de 20 x In. 
Para medição, em caso de curto-circuito, não há necessidade que a corrente seja 
transformada com exatidão. É até melhor que em condições de curto-circuito, o TC 
sature, proporcionando assim, uma auto-proteção aos equipamentos de medição 
conectados no seu secundário. 
Os núcleos magnéticos dos TC’s de medição são de seção menor que os de 
proteção para propositadamente saturarem durante o curto-circuito quando a corrente 
atinge valores altos. Essa saturação limita o valor da sobretensão aplicada nos 
equipamentos de medição. 
Outro detalhe muito importante é que quando o secundário de um TC se abre, 
tendo corrente no primário,o TC rapidamente satura, e gera uma sobretensão que pode 
chegar ao nível de milhares de volts. 
Além disso, segundo a norma ABNT/NBR 6856, onde fixa as características de 
desempenho de transformadores de corrente (TC’s) destinados a serviço de medição e 
proteção, os enrolamentos apresentam as seguintes cargas nominais: 
 
 
 
 
 
 
Fig. 14 – Cargas Nominais de Transformador de Corrente. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 13
PROTEÇÃO 
Exemplo: Segue abaixo a curva de saturação de um TC de uma determinada 
subestação de energia elétrica de 230kV (Dados obtido do DATA BOOK fornecido pelo 
fabricante). 
 
 
 
 
 
 
1.2 – Transformador de Potencial (TP`s) 
 
 São dispositivos que possuem o enrolamento primário ligado em derivação com o 
circuito principal e reproduz em seus enrolamento secundário uma tensão cujo valor é 
função da tensão primária e da relação direta das quantidades de espiras dos 
enrolamentos. 
Os transformadores de potencial são equipamentos que permitem aos 
instrumentos de medição e proteção funcionarem adequadamente sem que seja 
necessário possuir tensão de isolamento de acordo com a da rede à qual estão ligados. 
Na sua forma mais simples, os transformadores de potencial possuem um 
enrolamento primário de muitas espiras e um enrolamento secundário através do qual se 
obtém a tensão desejada, normalmente padronizada em 115 V ou 115 / √3 V. Dessa 
forma, os instrumentos de proteção e medição são dimensionados em tamanhos 
reduzidos com bobinas e demais componentes de baixa isolação. 
Os transformadores de potencial são equipamentos utilizados para suprir aparelhos 
que apresentam elevada impedância, tais como voltímetros, relés de tensão, bobinas de 
tensão de medidores de energia, etc. São empregados indistintamente nos sistemas de 
proteção e medição de energia elétrica. 
A figura abaixo ilustra um transformador de potencial de subestação de energia 
elétrica. 
 
Fig. 15 – Curva de Saturação de Transformador de Corrente. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 14
PROTEÇÃO 
 
 
 
1.2.1 – Características Construtivas 
 
Os transformadores de potencial são fabricados de conformidade com o grupo de 
ligação requerido, com as tensões primárias e secundárias necessárias e com o tipo de 
instalação. 
O enrolamento primário é constituído de uma bobina de várias camadas de fio, 
submetida a uma esmaltação, em geral dupla, enrolada em um núcleo de ferro magnético 
sobre o qual também se envolve o enrolamento secundário. 
Já o enrolamento secundário ou terciário é de fio de cobre duplamente esmaltado e 
isolado do núcleo e do enrolamento primário por meio de fitas de papel especial. 
Os transformadores de potencial podem ser construídos a partir de dois tipos 
básicos: TP's indutivos e TP’s capacitivos. 
 
a) TP Tipo Indutivo 
 
São dessa forma, construídos basicamente todos os transformadores de potencial 
para utilização até a tensão de 138 KV, por apresentarem custo de produção inferior ao 
do tipo capacitivo. Os transformadores de potencial indutivo são dotados de um 
enrolamento primário envolvendo um núcleo de ferro-silício que é comum ao enrolamento 
secundário, conforme se mostra na figura. 
 
Fig. 16– Instalação de um conjunto de TC e TP. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 15
PROTEÇÃO 
 
 
 
 
 
 
b) TP Tipo Capacitivo 
 
Os transformadores deste tipo são construídos basicamente com a utilização de 
dois conjuntos de capacitores que servem para fornecer um divisor de tensão e permitir a 
comunicação através do sistema carrier. São construídos normalmente para tensões 
iguais ou superiores a 138 KV e apresentam como esquema básico a figura. 
A figura mostra um transformador de potencial capacitivo, detalhando as suas 
partes componentes. 
Fig. 17– Transformador de Potencial. 
Fig. 18– Transformador de Potencial Indutivo - 230kV. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
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Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 16
PROTEÇÃO 
 
 
 
 
1.2.2 – Caracterização de um Transformador de Potencial 
 
Os valores nominais que caracterizam um transformador de potencial são: 
 
 Tensão primária nominal e relação nominal; 
 Nível de isolamento; 
 Freqüência nominal; 
 Carga nominal; 
 Classe de exatidão; 
 Potência térmica nominal. 
 
Os TP’s são enquadrados em uma das seguintes classes de exatidão: 0,3 – 0,6 – 
1,2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 19– Transformador de Potencial Capacitivo - 230kV. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 17
PROTEÇÃO 
2 – Filosofia de Proteção de Sistemas Elétricos 
 
 Em oposição ao intento de garantir economicamente a qualidade do serviço e 
assegurar um vida razoavél às instalações, as concessionárias dos sistemas de energia 
elétrica defrontam-se com as perturbações e anomalias de funcionamento que afetam as 
redes elétricas e seus órgãos de controle, como por exemplo o ONS (Operador Nacional 
do Sistema Elétrico). 
 Além dos problemas causados pelas pertubações e anomalias no setor elétrico, 
quatro outras preocupações persitem para as concessionáias, tais como: 
 
 Previsão de crescimento do consumo de energia elétrica; 
 Elaboração e programas ótimos de geração; 
 Constituição de esquemas de interconexão apropriados; 
 Utilização de um conjunto coerente de proteções. 
 
Como relação ao programa de geração podemos dizer que os estudos/projetos 
devem prêver uma utilização econômica dos grupos geradores disponíveis no sistema 
interligado nacional (SIN), além de um repartição adequada geograficas dos grupos em 
serviço, evitando as sobrecargas indesejaveis em transformadores e linhas de 
transmissão. 
Já o esquema de interconexão, a condição ideal é realizar a interligação de todo o 
sistema elétrico brasileiro em forma de malha, evitando com isso possíveis apagões 
provenientes de anomalias no setor elétrico. 
Para atenuar os efeitos das perturbações no setor elétrico, deve-se utilizar um 
conjunto coerente de proteções para assegurar, o melhor possível, a continuidade de 
alimentação dos usuários e garantir a integridade das instalações elétricas. 
Para tanto, é necessário crias uma série de medidas e ações para informar os 
operadores em caso de perigo imediato e não imediato, e retirar de serviço a instalação 
se estiver sob um curto-circuito ou qualquer anomalia que possa causar um dano maior 
nos equipamentos pertecentes à instalação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 18
PROTEÇÃO 
3 – Tratamento Estatístico dos Defeitos 
 
 As estatísticas conhecidas nem sempre são completamente coerentes com a 
realidade de determinada concessionárias, segundo as diversas fontes de consulta, 
porém as informações são bastante útil para as fases de planejamentos. No entanto, 
deve-se ter cuidado de lembrar nas análises, por exemplo, que a incidência de certos 
tipos particulares de defeito dependem da localização, ou seja, em lugares extremamente 
secos, como áreas desérticas, as faltas à terra são mais raras, ao passo que em outros 
locais elas constituiem a maioria. 
 Como exemplo, segue abaixo o histograma relacionando o número de pertubações 
ocorrido no SIN (Sistema Interlidado Nacional) entre 1990 a 2000, e os tipos de 
pertubações ocorridos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 20– Gráfico Estatístico de Desligamento Forçado.PROTEÇÃO - SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA (SEP) 
Curso Técnico de Eletrotécnica – Morrinhos-GO 
 
 
Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 19
PROTEÇÃO 
4 – Aspectos Considerados da Proteção 
 
Na proteção de um sistema elétrico, devem ser examinados três aspectos: 
 
 Operação normal; 
 Prevenção contra falhas elétricas; 
 E a limitação dos defeitos devidos às falhas. 
 
Com relação a operação normal podemos dizer que está relacionado a inexistência 
de falhas no equipemanto, e a inexistência de erros humano. 
Já com relação a prevenção de falhas podem tomar as seguintes ações: Utilização 
de isolamento adequado; coordenação do isolamento; uso de cabos pára-raios e baixa 
resistência de pé de torre e apropriadas instrunções de operação e manutenção. 
A limitação dos efeitos das falhas está relacionado diretamente com a diminuição 
da corrente de curto-circuito através da instalação de banco de reatores por exemplo. 
Além disso, os projetos deverão ser capazes de suportar os efeitos mecânicos e térmicos 
das corrente de defeitos e as instalações deverão prêver circuitos multiplos (duplicata) e 
geradores de reserva, existência de releamento e outros dispositivos, bem como 
disjuntores com suficiente capacidade de interrupção, e um sistema ou meios de registrar 
as perturbações (Oscilografos). 
Além dos pontos mencionados anteriormente, não podemos esquecer que com o 
crescimento das instalações ou do setor elétrico, e com o aumento do consumo de 
energia elétrica, tanto os setores de geração, transmissão e distribuiçao deverão 
constantemente realizar estudos sobre as mudanças no sistema (crescimento e 
deslocamento das cargas) para reajustarem as devidas proteções para não ocorer 
atuação indevida ou incorreta. 
Portanto, verifica-se que o releamento é apenas umas das várias providências no 
sentido de minimizar danos aos equipamentos e interrupções no serviço, quando ocorrem 
falhas elétricas no setor elétrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
5 – Análise Generalizada da Proteção 
 
 Basicamente, em um sistema encontra-se os seguintes tipos de proteção: 
 
 Proteção contra incêndio; 
 Proteção pelos relés, ou releamento, e por fusíveis; 
 Proteção contra descarga atmosféricas e surtos de manobra. 
 
Um estudo de proteção leva em conta as seguintes considerações principais: 
 
a) Elétricas: 
 
Está relacionada com às características do sistema de potência (Natureza das 
falhas, sensibilidade, regimes e características gerais dos equipamentos, 
condições de operação e etc); 
 
b) Econômicas: 
 
Está relacionado com a importância do equipamento a ser protegido (Custo do 
equipamento principal versus custo relativo do sistema de proteção); 
 
c) Fisicas 
 
Está relacionado com a facilidade de manutenção, acomodação dos equipamentos 
(relés e redutores de medidas e etc), distância entre pontos de releamento etc. 
 
 
 É importante dizer que o sistema de releamento minimiza: 
 
 O custo de reparação dos estragos; 
 A propabilidade de que o defeito possa propagar-se e envolver outro 
equipamento; 
 O tempo que o equipamento fica inativo, reduzindo a necessidade das reservas; 
 A perda de renda e o agastamento das relações públicas, enquanto o 
equipamento está fora de serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
6 – Proteção de Sistema Elétrico 
 
Uma proteção é aplicada para detectar as anomalias que ocorrem na instalação 
protegida, desligando-a e protegendo-a contra os efeitos da deterioração que poderiam 
ocorrer da permanência da falha ou defeito por tempo elevado. 
Além dos defeitos da deterioração, podem ocorrer também instabilidades no 
Sistema de Potência no caso de falhas sustentadas por tempos acima de determinados 
limites. 
Assim, o Sistema de Proteção deve detectar a anomalia e remover o componenete 
do Sistema Elétrico sob falha, o mais rápido possível e de preferência, somente o 
componente sob falha. 
 
6.1 – Definição de Classificação dos Relés 
 
São equipamentos ou instrumentos especialmente projetados e devidamente 
aplicados para detectar condições anormais, indesejáveis e intoleráveis no sistema 
elétrico e prover, simultânea ou parcialmente, os seguintes eventos: 
 
 Pronta remoção de serviço (desligamento) dos componentes sob falha, ou dos 
componentes sujeitos a danos, ou ainda dos componentes que de alguma 
forma possam interferir na efetiva operação do restante do sistema; 
 Adequadas sinalizações, alarmes e registros para orientação dos 
procedimentos humanos posteriores; 
 Acionamentos e comandos complementares para se garantir confiabilidade, 
rapidez e seletividade na sua função de proteção. 
 
Há uma grande variedade de relés atendendo às diversas aplicações, porém eles 
podem ser reduzidos a um pequeno número de tipos didaticamente falando. Sendo assim 
podemos classificar os relés, basicamente: 
 
 Quanto às grandezas físicas de atuações: Elétricas, mecânicas, térmicas, óticas 
e etc; 
 Quanto à natureza da grandeza a que respondem: Corrente, tensão, potência, 
frequência, pressão, temperatura, etc; 
 Quanto ao tipo construtivo: Eletromecânicos (Indução), mecânicos (centrífugo), 
eletrônicos (fotoelétrico), estáticos (Efeito Hall), digitais (Microprocessado) e etc; 
 Quanto à função: Sobrecorrente, subcorrente, tensão ou potência, direcional de 
corrente, diferencial, distância, sobretensão, subtensão, etc. 
 Quanto à forma de conexão do elemento sensor: Direto no circuito primário ou 
através de redutores de tensão e corrente (TP`s ou TC`s); 
 Quanto ao tipo de fonte para atuação do elemento de controle: Corrente 
alternada ou contínua; 
 Quanto ao grau de importância: Principal (por exemplo relé de sobrecorrente 51 
ANSI) ou intermediário ( por exemplo relé de bloqueio 86 ANSI); 
 Quanto ao posicionamento dos contatos (com circuito desenergizado: 
Normalmente aberto ou fechado; 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
 Quanto à aplicação: Máquinas rotativas (Gerador) ou estáticas 
(Transformadores), linhas aéreas ou subterrâneas, e aparelhos em geral 
(Motores e etc); 
 Quanto a temporização: Instantâneo (sem retardo proposital) e temporizado 
(mecânica, elétrica, ou eletronicamente, por exemplo). 
 
6.2 – Relé Elementar 
 
 Seja um circuito monofásico, contendo uma fonte de tensão (V), alimentando um 
carga (Z), do que resulta uma circulante (I) (Ver figura abaixo). Nesse circuito foi 
introduzido um relé elementar, do tipo eletromecânico: Uma estrutura em charneira, 
composta de um núcleo fixo e uma armadura móvel à qual estão solidários o contato 
móvel e uma mola, o que obriga o circuito magnético ficar aberto em uma posição 
regulável. O núcleo é percorrido por um fluxo proporcional à corrente do circuito, 
circulando na bobina do relé, e isso faz com que seja possível que o contato móvel feche 
um circuito operativo auxiliar (Fonte de corrente contínua, nesse caso), alimentando uma 
alarme (lâmpada) e/ou o disparador do disjuntor colocado no circuito principal, sempre 
que Fe > Fm. 
 Por motivo de projeto, o valor (I) deve limitado e assim, sempre que excede um 
valor prefixado (Ia – demoninado corrente de atuação do relé), o circuito deve ser 
interrompido, por exemplo, pelo fornecimento de um impulso de operação (Iop) enviado à 
bobina do disparador o disjuntor, ou pelo menos, ser assinalada aquela ultrapassagem 
por um alarme (Lâmpada e/ou buzina). 
 
 
 
 
 Sabemos dos princípios da conversão eletromecânica que a força eletromagnética 
(Fe) desenvolvida através do entreferro(δ) pelo fluxo no núcleo, e provocada pela 
corrente I na bobina do relé segundo a fórmula de Picou, neste tipo de estrutura, é 
 
ࢋࡲ = ࡷ × ૛ࡵ
Fig. 21– Esquemático do Relé Elementar. 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
 Onde K leva em conta a taxa de variação da permeância do entreferro, o numero 
de espiras, e ajusta as unidades convenientemente. 
 Por outro lado, existe a força da mola (Fm), oponto-se ao deslocamento da 
armadura. 
 Portanto, há no relé orgãos motores (bobina); orgãos antagonistas (mola, 
gravidade) e orgãos auxiliares (contatos, amortecedores e etc). 
 
6.3 – Qualidades Requeridas de um Relé 
 
 Para cumprir sua finalidade, os relés devem: 
 
 Ser tão simples (confiabilidade) e robustos (efeitos dinâmicos da corrente de 
defeito) o quanto antes; 
 Ser tão rápidos (razões de estabilidade do sistema) o quanto possível, 
independentemente do valor, natureza e localização do defeito; 
 Ter baixo consumo próprio (especificação dos redutores de medidas); 
 Ter alta sensibilidade e poder de discriminação (a corrente de defeito pode ser 
inferior à nominal, e a tensão quase anular-se); 
 Realizar contatos firmes (evitando centelhamento e recochetes que conduzem a 
desgastes prematuro); 
 Manter sua regulagem independentemente da temperatura exterior, variações 
de frequência, vibrações, campos externos e etc; 
 Ter baixo custo. 
 
6.4 – Critérios de Existência de Falta e Seus Efeitos 
 
 Por definiçao, defeito ou falta é o termo usado para denotar um acidental 
afastamento das condições normais de operação. Assim, um curto-circuito ou um 
condutor interrompido constituiem uma falta. 
 Um defeito modifica mais ou menos profundamente as tensões e as correntes 
próprias ao orgãos considerados. Logo, as grandezas atuantes sobre os relés deverão se 
ligadas, obrigatoriamente, àquelas alterações de módulo e/ou argumento das correntes e 
tensões. 
 De fato, um curto-circuito traduz-se por: 
 
 Altas correntesr e quedas de tensão (Na maioria das vezes); 
 Variação da impedância aparente: Corresponde à relação de tensão por 
corrente no local do relé. A variação é brusca e maior na ocasião de defeito do 
que nas simples variação de carga. Logo, é um bom critério discriminativo; 
 Aparecimento de componentes simétricas: Sequência negativa e sequencia 
zero ou homopolar, ambas de corrente e tensão em curtos desequilibrados; 
 Acentuadas diferenças de fase (ângulo) e/ou amplitude entre a corrente de 
entrada e corrente de saída de um elemento da rede. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
6.5 – Sistemas de Proteção 
 
Conjuntos de relés e dispositivos de proteção, outros dispositivos afins, 
equipamentos de teleproteção, circuitos de corrente alternada e corrente contínua, 
circuitos de comando e sinalização, disjuntores, etc. que associados, têm por finalidade 
proteger componentes ou partes do sistema elétrico de potência quando de condições 
anormais, indesejáveis ou intoleráveis. 
Quando se fala em Sistemas de Proteção, usualmente se entende tal sistema 
como “Relé de Proteção”. Na realidade um Sistema de Proteção consiste, além dos relés 
de proteção, também de outros subsistemas que participam do processo de remoção da 
falha. Tais subsistemas são mostrados na figura a seguir: 
 
 
 
 
 
6.6 – Funções de Proteção 
 
Entende-se como função de proteção um conjunto de atributos desempenhados 
por um sistema de proteção, para fins previamente estabelecidos e definidos, dentro de 
uma determinada categoria ou modalidade de atuação. 
Um relé ou dispositivo de proteção pode ter uma ou mais funções de proteção 
incorporadas (a chamada proteção “multifuncional”). 
 
Requisitos Básicos de um Sistema de Proteção: 
 
 Seletividade: É a capacidade do Sistema de Proteção prover a máxima 
continuidade de serviço do Sistema Protegido com um mínimo de desconexões 
para isolar uma falta no sistema. 
 Confiabilidade: É a habilidade do relé ou do Sistema de Proteção atuar 
corretamente quando necessário (dependabilidade) e evitar operações 
desnecessárias (segurança). 
 Velocidade: Característica que garante o mínimo tempo de falha, para um mínimo 
de danos ou instabilidade no componente ou sistema protegido. 
 Economia: No sentido de se ter máxima proteção ao menor custo, considerando 
sempre o aspecto custo X beneficio, que é a essência da Engenharia. 
Fig. 22 – Sistema de Proteção. 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
 Simplicidade: Característica que considera a utilização mínima de equipamentos e 
circuitos na execução da Proteção. 
 Mantenabilidade: É a capacidade da proteção permitir manutenção rápida e 
precisa, reduzindo-se ao mínimo o tempo fora de serviço e os custos de 
manutenção. 
 
6.7 – Preceitos 
 
Os seguintes preceitos são generalizados para qualquer Sistema de Proteção: 
 
 A Proteção deve desligar o mínimo necessário de componentes para isolar a 
falha ou anormalidade, no mínimo de tempo possível (seletividade velocidade); 
 A Proteção deve ter sensibilidade suficiente para cobrir a maior parte possível 
do universo de possibilidade de falhas e anormalidades no componente ou 
sistema protegido (dependabilidade); 
 A Proteção não deve atuar desnecessariamente (segurança); 
 Deve haver, sempre, uma segunda Proteção, local ou remota, para a detecção 
de uma mesma anormalidade (dependabilidade); 
 Um esquema mais simples de proteção, desde que cobertos os requisitos 
básicos, apresenta uma menor probabilidade de atuação desnecessária 
(simplicidade incrementando a segurança, com economia); 
 Quanto mais caro o Sistema de Proteção, mais se justifica o investimento na 
confiabilidade (dependabilidade) do Sistema de Proteção (economia = custo X 
beneficio). 
 
 
6.8 – Zonas de Proteção 
 
A filosofia geral de proteção de um sistema elétrico é dividi-lo em “zonas de 
proteção” de modo que, quando da ocorrência de uma anormalidade, haja o mínimo de 
desligamentos possível, preservando o máximo de continuidade dos serviços. 
 
O sistema é dividido em zonas de proteção para: 
 
 Geradores; 
 Transformadores; 
 Barras; 
 Linhas de Transmissão e Subtransmissão; 
 Dispositivos e Sistemas de Compensação Reativa; 
 Circuitos de Distribuição; 
 Transformadores de Distribuição; 
 Motores; 
 Outras cargas. 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
 
 
 
 
A separação das zonas se dá através da localização de Disjuntores e 
Transformadores de Corrente que alimentam os relés de proteção. As figuras a seguir 
mostram detalhes dessa fronteira de zonas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 23 – Zonas de Proteção. 
Fig. 24 – Limites de Zona – Exemplo 1. 
Fig. 25 – Limites de Zona – Exemplo 2. 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
 
 
No exemplo 1 tem-se a utilização de TC’s de ambos os lados do disjuntor. No 
exemplo 2 os TC’s de um lado apenas do disjuntor. 
Nesse segundo caso, verifica-se uma “zona morta” entre o disjuntor e o 
equipamento TC sem aparente cobertura. Há esquemas especiais para cobrir essa zona 
morta, para instalações importantes (geralmente em Extra Alta Tensão). 
 
6.9 – Proteção Principal e Proteção de Retaguarda 
 
Para se garantir o requisito básico de confiabilidade (dependabilidade) para o 
Sistema de Proteção, há necessidade para a maioria dos casos, da existência de uma 
segundaproteção, pelo menos, para a detecção da mesma falha no componente 
protegido. 
Resultam deste aspecto os conceitos de Proteção Principal e Proteção de 
Retaguarda: 
 
6.9.1 – Proteção Principal 
 
É aquela que, por especificação e escolha de projeto, tem condição de detectar 
uma anormalidade para a qual foi concebida, no componente protegido, contemplando os 
requisitos de seletividade, confiabilidade e de velocidade. 
Dependendo da importância do componente protegido, pode existir projeto com 
duas proteções principais, que no caso de serem iguais são denominadas “duplicadas” ou 
“primária + alternada”. O que caracteriza o fato de serem “principais” é o atendimento aos 
requisitos básicos de velocidade, seletividade e confiabilidade. 
Mais recentemente no Brasil optou-se por duplicar relés ou funções principais para 
proteção de linhas de transmissão de Extra Alta Tensão (níveis de tensão iguais ou 
superiores) como exigência da Aneel para novas instalações. 
 
6.9.2 – Proteção de Retaguarda 
 
É aquela que, também por especificação e escolha de projeto, tem a finalidade de 
ser a segunda ou terceira proteção a detectar uma mesma anormalidade em um dado 
componente do sistema de potência, atuando o respectivo disjuntor quando da falha da 
proteção principal. 
Para garantia da seletividade a proteção de retaguarda utiliza temporização 
intencional para que se aguarde a atuação da proteção principal. Apenas no caso de falha 
da principal, após uma temporização ajustada, é que atuaria a proteção de retaguarda. 
 
Retaguarda Local 
 
Uma proteção de retaguarda pode estar instalada no mesmo local da proteção 
principal. Neste caso é denominada de “retaguarda local”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
Retaguarda Remota 
 
Ou pode estar instalada em um outro componente adjacente àquele original. Neste 
caso é denominada de “retaguarda remota”: 
 
 
 
 
 
6.10 – Proteção de Transformadores 
 
Transformadores são máquinas de operação estática que por meio de indução 
eletromagnética transfere energia de um circuito, chamado primário, para um ou mais 
circuitos denominados, respectivamente, secundário e terciário, sendo, no entanto, 
mantida a mesma freqüência, porém com tensões e correntes diferentes. 
 
 Dentre os equipamentos podemos citar: 
 
 Transformadores; 
 Autotransformadores; 
 Transformadores de aterramento; 
 Transformadores reguladores; 
 Transformadores de fornos; 
 Transformadores retificadores. 
 
Classificação: 
 
 Pequeno porte: 
 
- Potência até 7,5 MVA 
- Tensão até 34,5 KV 
Fig. 26 – Conceito de Proteção Principal e Retaguarda. 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
 Grande Porte: 
 
- Potência acima 10 MVA 
- Tensão superior a 34,5 KV 
 
Condições anormais: 
 
 Curto-Circuito; 
 Sobretemperatura; 
 Sobrepressão; 
 Sobreexcitação 
 
Proteções utilizadas: 
 
 Basicamente, as proteções utilizadas em transformadores podem ser classificadas, 
segundo a norma ANSI, como: 
 
Função (ANSI) Descrição 
24 Sobreexitação (V/HZ) 
26 Sobretemperatura (Óleo) 
27 Subtensão 
30 Anunciador de alarme 
49 Sobretemperatura (Emrolamento) 
50 Sobrecorrente instantâneo 
51 Sobrecorrente temporizado 
59 Sobretensão 
60 Desbalanço de tensão ou corrente 
63 Pressão de gás (Buchholz) 
67 Sobrecorrente direcional 
71 Acúmulo de gás 
86 Auxiliar de bloqueio 
87 Diferencial 
 
 
 
 
6.10.1 – Proteção de transformadores de pequeno porte 
 
 Para transformadores cuja potência é inferior a 3MVA, o sistema de proteção 
podem ser classificado em: 
 
 Proteção por fusível na AT (Alta tensão) e relés de sobrecorrente na BT; 
 A proteção de retaguarda é realizada pela proteção da SE remota. 
 
Fig. 27 – Código ANSI – Proteção de Transformadores. 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
 
 
 
 
 
Já para transformadores cuja potência é está entre 3MVA e 10MVA, o sistema de 
proteção podem ser classificado em: 
 
 Proteção por relés de sobrecorrente de fase e neutro com característica de 
tempo inverso; 
 A utilização de relés de sobrecorrente no lado de BT (51/51G) e do relé de gás 
(63) é opcional; 
 
 
 
 
 
6.10.2 – Proteção de Transformadores de Grande Porte 
 
Para transformadores cuja potência é superior a 10MVA, o sistema de proteção 
pode ser classificado conforme figura abaixo: 
 
Fig. 28 – Esquema de Proteção de Transformadores com Potência Inferior a 3MVA. 
Fig. 29 – Esquema de Proteção de Transformadores com Potência entre 3MVA e 10MVA. 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
 
 2 Enrolamentos 
 
 
 
 
 
 
 3 Enrolamentos 
 
 
Fig. 30 – Esquema de Proteção de Transformadores com Potência superior de 10MVA 
com Dois Enrolamentos. 
Fig. 31 – Esquema de Proteção de Transformadores com Potência superior de 10MVA 
com Três Enrolamentos. 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
Já para autotransformadores cuja potência é superior a 10MVA, o sistema de 
proteção pode ser classificado em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.10.3 – Proteção Intrínseca 
 
 Dente as proteções intrínsecas podemos destacar: 
 
 Relé Buchholz 
 
É a combinação feliz do relé de pressão com o relé detector de gás. Ele é 
composto de dois elementos, montados no tubo que liga o tanque do 
transformador ao conservador. 
Um dos elementos é uma bóia colocada na câmara coletora de gás, enquanto o 
outro contém uma lâmina que opera pela rápida circulação de óleo no tubo. O 
primeiro elemento detecta as faltas incipientes, por acumulação de gás, 
enquanto o segundo detecta curto-circuito, no qual provoca rápida expansão do 
óleo entre o tanque e o conservador. 
Fig. 32 – Esquema de Proteção de Autotransformadores com Potência superior de 
10MVA com Três Enrolamentos. 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
 
 
 
 
Os gases dissolvidos no óleo indicam a origem da falha e provoca a operação 
do relé de gás Buchholz. Alguns dos gases formado nos transformadores são: 
 
 - O hidrogênio: É gerado por corona ou descargas parciais; 
 
 - O Etileno (C2H4): Está associado com a degradação térmica do óleo. Traços 
de etano e metano são gerados a partir de 150°C. Geração significante de 
etileno começa por volta de 300°C; 
 
 - Monóxido de Carbono e Dióxido de Carbono: É gerado pelo 
sobreaquecimento da isolação composta por celulose (Papel Kraft); 
 
 - Acetileno (C2H2): É produzido em quantidade significante por arco elétrico no 
óleo 
 
A figura abaixo ilustra uma figura de uma relé de gás e pressão (Buchholz) 
utilizado em transformadores ou reatores. 
 
Fig. 33 – Esquemático do circuito do Relé de Gás - Buchholz 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
 
 
 
 
 
 Válvula de Alívio de Pressão / Dispositivo de Alívio de Pressão 
 
Este dispositivo tem por finalidade proteger o tanque do transformador contra 
sobrepressões críticas que possam surgir no seu interior. 
Genericamente, as válvulas de segurança baseiam-se em um dispositivo 
projetado para suportar pressões até um limite de segurança para otanque do 
transformador, a partir do qual se rompe um diafragma, por exemplo, liberando 
o excesso da pressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 34 – Relé de Gás e Pressão - Buchholz 
Fig. 35 – Válcula de Alívio de Pressão 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO 
6.10.4 – Proteção Contra Sobrecarga 
 
 Destina-se a proteger o isolante de seus enrolamentos contra os estragos 
provocados por aquecimento inadmissível. 
 Geralmente os transformadores dispõem de um indicador da temperatura, tipo 
termômetro, no topo do óleo, o qual por meio de tubo capilar poderá acionar um contato 
de alarme ou contato de desligamento (Trip), e ainda, outro contato para acionar os 
ventiladores e para ligar as bombas de circulação do óleo. 
 Quando desejado, o transformador pode ser equipado com um detector de 
temperatura do enrolamento, tipo resistência alimentado por um TC, ou seja, trata-se de 
uma imagem térmica colocada dentro do óleo refletindo a temperatura do ponto mais 
quente do enrolamento. Esse indicador ou imagem possui três contatos normalmente 
ajustados para operar em transformadores com elevação de temperatura no enrolamento. 
Sendo os dois primeiros para atuar o equipamento de ventilação e o último para alarme 
ou disparo do disjuntor. 
 Podem ser ainda, usados relés térmico, diretos ou secundários que tem um 
dispositivo de disparo instantâneo ou fracamente temporizado e regulável, que em 
associação com um elemento temporizado, podem servir como proteção de curto- circuito 
em certos casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 36 – Proteção Contra Sobrecarga 
 
 
 
 
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Aula Teórica – Proteção - Sistema Elétrico de Potência 36
PROTEÇÃO 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 
1. Apostila: Filosofia de Proteção. Virtus Consultoria e Serviços Ltda; 
 
2. Apostila: Proteção de Transformadores. Virtus Consultoria e Serviços Ltda; 
 
3. Manual de Transformador ABB; 
 
4. Catálogo de Produtos de Transmissão PLP Brasil; 
 
5. João Mamede Filho. Manual de Equipamentos Elétricos. 3ª Edição. Editora LTC. 2005; 
 
6. José Roberto R. Cândido, Carlos André S. Araújo, Flávio Câmara de Souza, et al. 
Proteção de Sistemas Elétricos. 2ª Edição. Editora Interciência. 
 
7. Amadeu C. Caminha. 8ª Reimpressão. Editora Edgard Blücher Ltda. Introdução à 
Proteção dos sistemas Elétricos. 
 
8. Rui Menezes de Moraes. Paper – Filosofia de Proteção de Sistemas Elétricos.

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