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Explorando (Desbravando ) o território da diferença: Constituições do Devir-Docente I CICLO DE DIÁLOGOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA DO CAA ALICE NO PAÍS DA DIFERENÇA: uma aventura pelo devir professor de matemática dos anos iniciais do ensino fundamental Objetivo Geral investigar o devir professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental em matemática de alguns docentes de uma escola municipal de Jaboatão dos Guararapes-PE Deleuze (2006) Foucault (2004) Rolnik (1989) Deleuze e Guattari (1976) Queiroz (2015) linhas de força Subjetividades Agenciamentos Resistências Percebemos assim, um movimento repetitivo de fora para dentro que perpassa todos docentes, considerando-os como uma tábua rasa que recebem, absorvem e reproduzem tudo que lhes é ofertado de modo previsível e homogêneo. Aprendizagem é algo imprevisível, repleto de multiplicidades, que é individual e ao mesmo tempo coletivo, deve haver no aprender muito movimento, muita vida, muitas dúvidas e inquietações; então escapar é sempre possível. Escapar de modelos, de métodos padronizados, das verdades, das investidas da educação institucional em homogeneizar, em propor caminhos, quando não há caminho, em propor métodos eficazes quando não há método (CATO, 2010, p.10). Na toca do coelho Permita-se adentrar em novos territórios! Para Lopes e Macedo (2011), durante muito tempo a sociedade foi constituída por princípios/visões/valores sólidos, no qual o sujeito era conectado por sua identidade. O pós-estruturalismo trouxe outra visão, no qual o homem é compreendido por um indivíduo único, e a sociedade composta pelas multiplicidades de sujeitos únicos. A diferença deve sair de sua caverna e deixar de ser um monstro; ou, pelo menos, só deve subsistir como monstro aquilo que se subtrai ao feliz momento, aquilo que constitui somente um mau encontro, uma má ocasião.‖ (DELEUZE, 2006, p.38). Tirar a diferença de seu estado de maldição parece ser, assim, a tarefa da filosofia da diferença.(DELEUZE, 2 (DELEUZE, 2006, p.38). País da diferença Filosofia da Diferença e Educação Matemática Os estudos sobre multiplicidades e singularidades do sujeito respingam no cenário educativo, visto que o campo educativo é composto por múltiplos sujeitos que de forma ímpar se fazem presente no modo de ensinar, aprender e agir. O conceito de diferença presente no plano de imanência da filosofia da diferença permite um sentimento de resistência ao modelo de educação como algo uno, onde o aluno e o professor são moldados para atingir um determinado resultado. Os sujeitos são singulares na forma de pensar, agir, representar e transformar-se. No que se refere às ideias trazidas por Deleuze, Foucault e Guattari o sujeito seria um todo composto de partes. E estas partes são constituídas e desconstituídas pelos sentidos atribuídos na interação com a sociedade, envolto aos processos históricos os quais foram submetidos. ―[...] é ele a realidade glacial sobre o qual vão se formar estes aluviões, sedimentações, coagulação, dobramentos e assentamentos que compõem um organismo — e uma significação e um sujeito (DELEUZE; GUATARRI, 2006, p. 20). Na percepção foucaultiana o sujeito é tido como possível de mudanças. Resultado da relação de poder que estabelece, os saberes que adquire, e as subjetivações que o compõe. Alguns conceitos utilizados Sujeito Subjetividade Para Guattari e Rolnik (1997), o sujeito é visto como uma máquina produtora de subjetividade, produto das relações humanas em sociedade, portanto enquanto sujeitos, integramos imensuráveis conexões e adentramos múltiplos dispositivos. Neste sentido, os processos de subjetivação e as relações de poder que estabelecemos pontencializa nosso estado inconcluso, resultando em comportamentos repletos de significados. Devir Os devires são rizomáticos, não cópias, não repetições, não têm início nem fim, apenas o interminável movimento de estar sendo, não se tornam nem vão se tornando, pois não têm um fim. O tornar-se passa a ideia de que o movimento, em algum momento, para por ter alcançado seu objetivo, que é o de se tornar algo (QUEIROZ, 2015, p. 32). Cartografar Desemaranhar as linhas de um dispositivo é, em cada caso, traçar um mapa, cartografar, percorrer terras desconhecidas, é o que Foucault chama de ‗trabalho de terreno‘. É preciso instalarmo-nos sobre as próprias linhas, que não se contentam apenas em compor um dispositivo, mas atravessam-no, arrastam-no, de norte a sul, de leste a oeste ou em diagonal (DELEUZE, 1990, p.1) Resultados A Lagarta e Alice olharam-se por algum tempo em silêncio. Por fim, a Lagarta tirou o cachimbo da boca e dirigiu-se a Alice com voz lânguida e sonolenta: ―Quem é você?‖ Não era um começo de conversa encorajador. Alice respondeu muito tímida: ―Eu... já nem sei, minha senhora, nesse momento... Bem, eu sei quem eu era quando acordei esta manhã, mas acho que mudei tantas vezes desde então...‖ ―O que você quer dizer com isto?‖ perguntou a Lagarta com rispidez. ―Explique-se melhor!‖ ―Acho que eu mesma não posso me explicar melhor, senhora‖, disse Alice, ―porque eu não sou eu mesma, compreende?‖. Lewis Carroll (2002, p. 50-51) Processo de subjetivação Como “fazer” um tcc? Mudança de rota; Escolha do tema; Experiência Discussão em encontros da disciplina Filosofia O desejo de ensinar Matemática na visão de professores de uma cidade do Agreste Pernambucano Teoria Larrosa, 2002 Deleuze, 1994 Conceito de Diferença Devir; Subjetivação Experiência Queiroz, 2015 E o problema de pesquisa? Quais as subjetivações que fizeram com que professores de uma cidade do Agreste Pernambucano, desejassem ser professores e ainda por cima de Matemática? Objetivo Geral Compreender as subjetivações que levaram alguns sujeitos a desejar serem professores de matemática da Educação Básica de uma cidade do Agreste Metodologia Resultados Passado; Futuro; Presente Criado em 2017 Cadastrado no Diretório de Grupos do CNPq Vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências e Matemática PGECM da Universidade Federal de Pernambuco, Campus Agreste – UFPE/CAA. GRUPO DE PESQUISA DIFERENÇA ORGANIZAÇÃO 22 Líder: Professora Drª Simone Moura Queiroz. Periodicidade das reuniões: Quinzenal Participação de pesquisadores, estudantes de pós-graduação, graduação e professores da Educação Básica. PRINCIPAIS TEÓRICOS: Bauman Deleuze Foucault Guattari Larrosa Rolnik Dentre outros SURGIMENTO Filosofia da Diferença na Licenciatura de Matemática Filosofia da Diferença na Pós Graduação Cartografia (teoria e prática). RIZOMA. DISPOSITIVO. SUBJETIVAÇÃO. DESEJO. EXPERIÊNCIA. RELAÇÃO DE FORÇA, ... OBJETIVOS Adentrar territórios outros em busca de novas experiências que enriqueçam o grupo e potencializem seus membros na produção de novas pesquisas. PRODUÇÕES Dissertação e TCCs Mesas redonda Artigos Curso de extensão Oficinas Palestras Mine-cursos Discussões Comunicação em eventos e anais MODERNIDADE LÍQUIDA CUIDADO DE SI DEVIR DOCENTE CARTOGRAFIA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA O GOVERNO DE SI E DOS OUTROS FOUCAULT , 2010 CURSO MINISTRADO EM “COLLÈGE DE FRANCE” 1982-1983 FORMAS DE VERIDICÇÃO PROCEDIMENTOS DE GOVERNAMENTALIDADE ANÁLISE HISTÓRICA DA PRAGMÁTICA O GOVERNO DE SI E DOS OUTROS FOUCAULT , 2010 ATUALIDADE PODER VERDADE SUBJETIVAÇÃO MENORIDADE MAIORIDADE AUSGANG ALFCLÄRRUM FORMAS DE RACIONALIDADE E DE TÉCNICA FAZER USO DA CONSCIÊNCIA AUTONOMIA AUTORIDADE DO SABER SERVIR-SE DO PRÓPRIO ENTENDIMENTO SEM A DIREÇÃO DE OUTREM. MENORIDADE x MAIORIDADE OS HOMENS SÃO PERFEITAMENTE CAPAZES DE SE GUIAR POR SI. UM DEFEITO FAZ QUE ELES NÃO SEJAM CAPAZES. OS HOMENS SE ENCONTRARIAM PRIVADOS DA FACULDADE DE USAR OS SEUS PODERES.DEPENDÊNCIA DE UM DIRETOR DE CONSCIENCIA,... LIBERTADOS, MAS NÃO CAMINHAM COM AS PRÓPRIAS PERNAS. HABITUADOS AO JUGO, NÃO SUPORTAM A LIBERDADE E A EMANCIPAÇÃO QUE LHES É CONCEDIDA, OBEDIÊNCIA E AUSÊNCIA DE RACIOCÍNIO 33 CONDIÇÕES PRA GOVERNAR CONHECER-SE GOVERNAR A SI MESMO FALAR A VERDADE FALAR A VERDADE QUE REPRESENTE A MAIORIA OUVIR A VERDADE DO MAIS FRACO CUIDAR DE SI DEVE CONTÍNUA E PERMANENTEMENTE 34 GOVERNO DE SI GOVERNO DO OUTRO PARRESÍA vínculo: liberdade/verdade PARRESÍA... ? FALA FRANCA AUTENTICA A FALA COM A CONDUTA HÁ ABERTURA DE UM RISCO RISCO CONSCIENTE INTERESSE INDIVIDUAL LISONJA PERFORMATIVIDADE CORAGEM , PUREZA E PRUDÊNCIA RETÓRICA X A vida dos justos é feliz e a dos injustos, infeliz “Procurar um homem de bem”” DIONÍSIO PLATÃO DION "O que você veio fazer na Sicília?" "Pelos deuses, é evidente que você ainda não o encontrou!” Você é tirano graças a Gelon, que inspirava uma confiança de que você tirou proveito. Gelon governava era bom; e, agora que você governa, a cidade está num estado desastroso. PÚBLICO CREUSA/LETO APOLO/ZEUS XUTO ÍON PAIXÕES VERDADE MENTIRAS INJUSTIÇAS REVOLTAS ORÁCULO PEDAGOGO QUATRO VÉRTICES DA PARRESÍA CORAGEM VERDADE ASCENDÊNCIA DEMOCRACIA Péricles X Cleofonte DEMOCRACIA E PARRESIA ABERTURA – MOVIMENTO – PODER ( JOGO POLÍTICO) PODER E SABER ANDAM JUNTOS PORQUE UM PROMOVE O OUTRO A DEMOCRACIA POSSIBILITA O DISCURSO VERDADEIRO, MAS TAMBÉM O AMEAÇA SEM CESSAR. VERDADE Não se pode cuidar de si mesmo, se preocupar consigo mesmo sem ter relação com outro. E o papel desse outro é precisamente dizer a verdade, dizer toda a verdade, ou em todo caso dizer toda a verdade necessária, e dizê-la de uma certa forma. CUIDADO DE SI VERDADE LIBERDADE ÉTICA Ser ético corresponde a ser virtuoso “[...] virtude não é senão a unidade, a coerência, a força de coesão da própria alma. Ela é sua não-dispersão. E também pela simples razão de que a virtude escapa ao tempo: um instante de virtude vale a eternidade” ( FOUCAULT, 2006 .p.368).
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