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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Cirurgia perirradicular: O tratamento endodôntico não cirúrgico resolve o problema na maioria dos casos, esse tratamento convencional apresenta um elevado sucesso. Ele é capaz de promover o reparo, mas em algumas situações, as condições perirradiculares podem persistir. (Cohen et al., 2017). • A história da cirurgia em endodontia começou em 1906 – Schamberg descreveu o uso da radiologia e o uso de brocas cirúrgicas para um “desgaste apical”; • Em 1963: ocorreu o reconhecimento da endodontia como especialidade (umas das primeiras especialidades odontológicas que surgiu); • E a cirurgia perirradicular começou a fazer parte da grade da disciplina de endodontia, por ser tratar de um procedimento preciso. Outros termos que podem ser encontrados na literatura: cirurgia perirradicular/ cirurgia parendodôntica / cirurgia periapical. Esses tipos de tratamentos visam resolver os problemas dos tratamentos anteriores. • Essa cirurgia consiste, por exemplo, em um dente que sofreu reabsorção dentária e deseja-se manter esse dente por mais tempo na boca. Pode-se realizar um retalho e realizar um tratamento de canal no sentindo inverso, do ápice para a coroa. E assim, o dente pode ser mantido na boca por mais tempo; • Trata-se de um procedimento cirúrgico que envolve a região periapical, a zona perirradicular e regiões adjacentes; • É realizada em aproximadamente 3 a 10% da rotina prática do especialista; • Normalmente é uma extensão do tratamento não cirúrgico; • Visa a prevenção ou eliminação da periodontite apical. A cirurgia perirradicular visa eliminar a etiologia persistente – pois microrganismos podem sobreviver nos túbulos dentinários (por isso que se tenta ao máximo descontaminar o dente para tentar matar o máximo de microrganismos ali presentes). Muitas vezes, esses microrganismos desenvolvem mecanismos para que eles possam sobreviver em situações adversas (patogenicidade dos microrganismos). Muitas vezes, ao realizar acompanhamentos, pode-se perceber que a endodontia não é bem feita • As infecções intra-radiculares apresentam origem microbiana; • Infecção primária – infecção mista: bactérias gram (+) e gram (-), com predomínio de bactérias anaeróbias estritas (que sobrevivem em baixas concentrações de oxigênio); • Infecção secundária: sem o predomínio de anaeróbios estritos ou facultativos – por não haver a prevalência de nenhum tipo de bactéria, os tratamentos são mais difíceis de serem realizados. Etiologia da doença perirradicular persistente: • Os Enterococcus faecalis são as principais bactérias relacionadas com a infecção endodôntica e são difíceis de serem eliminados – por isso causa as infecções perirradiculares persistentes; • Outras bactérias e fungos também podem estar associados com as infecções perirradiculares – por isso que muitas vezes o tratamento se torna mais difícil; • Essas colônias extrarradiculares podem não responder ao tratamento não cirúrgico (as vezes as soluções irrigantes acabam não alcançando algum microrganismo, pois eles ficam bem escondidos); • Esses microrganismos acabam sendo resistentes a eliminação por parte do hospedeiro ou por parte dos agentes antimicrobianos; – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Em decorrência do extravazamento de material obturador, ele também pode ser reconhecido como um corpo estranho e gerar uma resposta inflamatória, evitando a cicatrização; • Com o comprometimento da cicatrização haverá o retardo e insucesso de alguns tratamentos endodônticos, especialmente em pacientes diabéticos e imunocomprometidos. Razões para o tratamento ciúrgico: É importante lembrar que a primeira opção de tratamento sempre será o procedimento convencional não cirúrgico. Indicação para cirugia: • Casos que apresentam pouca ou nenhuma probabilidade de melhorar o resultado prévio; • Primeira opção: em pacientes com prótese fixa (analisar custo x benefício); • Primeira escolha: para casos de dentes com pinos longos ou fragmentos de instrumentos não removidos. Indicações gerais: • Drenagem da região periapical; • Alívio da dor; • Complicações anatômicas; • Iatrogenia; • Traumatismo; • Falha em tratamento prévio; • Necessidade de biópsia. Indicações específicas: • Impossibilidade de retratamento; • Extravazamento de material; • Proservação; • Perfurações; • Reabsorções. • É o único procedimento que é feito na fase aguda; • Pode ser intra ou extra-bucal; • Irá gerar o alívio da dor (a persistência da dor é um sinal de que o tratamento endodôntico não deu certo); • Com o aparecimento e persitência da dor – muitas vezes é necessário fazer trefilação ou fistulização (incisão de 2 a 3 mm para promover a descompressão). • Quando não consegue se resolver o problema com tratamentos não cirúrgicos: ▪ Canal calcificado e lesões apicais; ▪ Curvatura acentuada; ▪ Ápice incompleto; ▪ Reabsorção radicular; ▪ Mal-formações anatômicas; ▪ Canais acessórios. • Causadas pelo profissional: ▪ Obturação com cone de prata; ▪ Degrau intransponível; ▪ Perfurações da coroa e da raiz; ▪ Fratura de instrumentos; ▪ Extravazamento de material; ▪ Desvios de instrumentação. • Fraturas radiculares; • Fraturas longitudinais; • Avulsão ou instrusão. Podem ser causados pelos profissionais e podem levar: • Fracasso cirúrgico; • Dor persistente pré e pós-obturação; • Impossibilidade de desinfecção; • Exacerbação contínua; • Dificuldade de cura; • Lesão endo-pério; • Necessidade de biópsia OBS: Depois de um tratamento endodôntico, uma lesão demora aproximadamente (a depender do caso) de 6 meses a 1 ano/1 ano e meio para ter um reparo completo. Durante esse tempo, é importante acompanhar e proservar. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Contra-indicações: • Irá depender das condições orgânicas do paciente; • Também irá depender das condições psicológicas; • E condições relacionadas ao operador; • E condições relacionadas ao dente, (Bramente, 2000; Cohen et al., 2017) Tomada de decisões: • Analisar o paciente como um TODO; • Analisar se os pinos são longos ou se tem fragmentos de instrumentos não removidos anteriormente; • Realizar julgamento clínico e levar em consideração a opinião do paciente; • Saber os riscos e benefícios do tratamento, para que se possa chegar ao melhor prognóstico; • Escolher um tratamento adequado. Planejamento cirúrgico: • Necessita de bases biológicas; • Saber o que operar e como operar; • Compreender a lesão; • Levar em consideração as variações anatômicas; • Dentes ântero-superiores: compreender que a maxila é um osso com a cortical mais fina, possui facilidade de acesso e pode haver uma íntima relação com a fossa nasal; • Nas regiões póstero superiores - cortical do osso também é fina, há facilidade de acesso e também pode haver íntima relação com o seio maxilar; • Nos dentes póstero-inferiores – o osso da mandíbula normalmente é mais rígido, possui uma cortical espessa e há dificuldade para fazer o acesso (lembrar das invervações presentes na região para evitar casos de parestesia); Cuidados pré-operatórios: • Levar em consideração a saúde oral e geral do paciente – aspecto físico e psicológico; • Identificar os principais riscos cirúrgicos; • Solicitar exames como: tempo de sangramento e coagulação; • Antes da cirurgia: eliminar os focos de infecção – fazer adequação do meio bucal (não levar microrganismos que não estavam presentes anteriormente); • Realizar profilaxia antibiótica e anti-inflamatória (1 dia antes) – para ajudar no controle do processo inflamatório após o procedimento cirúrgico. Para o procedimento cirúrgico: • É importante saber as técnicas de anestesia – do tipo infiltrativa: ▪ Incisivo e canino superior; ▪ Pré-molares superiores;▪ Molares superiores; ▪ Dentes inferiores. • Realizar antissepsia do campo operatório – tem a finalidade de diminuir o contingente bacteriano da cavidade oral; • Utilizar os instrumentos adequados, que são facilitadores no sucesso do tratamento. Cuidados pós-operatórios: • Repouso absoluto; • Fazer compressa com gelo - suspender depois das 48 horas, pois depois desse tempo irá prejudicar o processo de reparo; • Evitar ingerir alimentos quentes (estimulam a vasodilatação – maior circulação sanguínea) e alimentos duros; • Fazer bochechos com substâncias antissépticas; • Também é importante utilizar a medicação prescrita; • Realizar as consultas de retorno; • Remover a sutura. (Bremante, 2000; Versiani et al., 2019) Fatores complicadores: Após todo o procedimento, alguns fatores complicadores podem estar presentes: • Fatores de origem não microbiana: ▪ Fatores endógenos – como os cristais de colesterol e o cisto periapical; ▪ Fatores exógenos – como o talco da luva, celulose (nas pontas de papel absorvente) e material obturador. Fases do acesso cirúrgico: • Incisão - feita pra visualizar melhor o campo operatório; • Divulsão – separar os tecidos; • Ostectomia – secção em osso (desgastar osso); • Sutura – unir as bordas da incisão. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Montagem correta da mesa clínica: organizar todos os materiais na sequência. Princípios gerais da cirurgia parendodôntica: • Utilizar lâmina 15; • Deve ser feito um traçado horizontal de forma contínua; • Seguido de dois traçados verticais; • Base do retalho deve ser maior que na gengiva livre; • Incisão a nível da papila: lateralmente a raiz do dente; • Evitar a divisão da papila – para facilitar o reparo da papila. Dividir a papila pode dificultar a sutura e a reposição do retalho. • Separação dos tecidos; • Pode ser realizada através do retalho total (mucoperiósteo): com auxílio de periósteo; • Através de retalho dividido (dupla espessura): cortical muito fina; • Tomar cuidado: quanto menor a manipulação, ajudará mais na recuperação do organismo; • Deve-se observar: ▪ A anatomia da área; ▪ Integridade do osso cortical; ▪ Localização do ápice; ▪ Espessura da cortical. • Corte e remoção do osso para permitir o acesso ao ápice radicular; • Avaliar sempre se a cortical está íntegra, debilitada ou perfurada. • Manter em posição adequada os tecidos que foram incisados; • O objetivo é aproximar os tecidos cruentos; • Eliminar espaços mortos; • Obter a hemostasia; • Orientar a cicatrização. Depois é realizado a drenagem, a curetagem, apicoplastia (cirurgia de remodelação do ápice) e apicetomia (secção do ápice). • Apicoplastia: visa o desgaste da extremidade radicular; • Apicetomia: parte do ápice é cortado para dar acesso a outra raíz mais profunda. Quando cortar e como cortar: • Quando houver indicação; • Utilizar broca troncocônica (699, 700, 701 e 702); • Cortar o mínimo e o mais perpendicular possível; • Corte deve ser uniforme e preciso; Durante a apicetomia, podem acontecer acidentes e complicações: 1. Secção do feixe nervoso de dentes adjacentes; 2. Desgaste da superfície radicular adjacente; 3. Secção de nervos e vasos; 4. Perfurações. Quando é indicada a cirurgia com obturação simultânea do canal: • Canal difícil de secar; • Ápice desgastado em excesso; • Material extravazado; • Instrumento fraturado; • Rizogênese incompleta associada a cisto. Quando a cirurgia com obturação simultânea do canal não é uma indicação: • Inacessibilidade cirúrgica do dente; • Dente com raiz curta; • Perda óssea acentuada; • Inacessibilidade ao canal. Quando é indicada a cirurgia com obturação retrógrada: • Canais inacessíveis por calcificação; • Dentes com prótese a pino; • Perfurações; – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Instrumentos fraturados; • Dens in dente. Quando a cirurgia com obturação retrógrada não é indicada: • Inacessibilidade cirúrgica; • Raiz curta; • Perda óssea acentuada; • Conformações anatômicas apicais complexas; • Curvatura radicular acentuada. Quando é indicada cirurgia com retroinstrumentação com retrobturação: • Dentes portadores de prótese suportada por pino; • Intrumentos fraturados na região apical. Quando não é indicada cirurgia com retroinstrumentação com retrobturação: • Inacessibilidade cirúrgica; • Raiz curta; • Perda óssea acentuada; • Canais atresiados. Após a cirurgia, é importante proservar e acompanhar para verificar o processo de cicatrização dos tecidos periapicais. Esse processo de cicatrização leva tempo. Princípios biológicos gerais de cicatrização: • Irá ter o período de cicatrização do tecido, da gengiva livre e inserida, da mucosa alveolar, do periósteo, do osso e do ligamento periodontal; • Essa cicatrização pode ocorrer por: ▪ Primeira intenção: quando ocorre a aproximação dos tecidos cruentos; ▪ Segunda intenção: quando não há a aproximação desses tecidos. • Objetivos da cicatrização: ▪ Regeneração tecidual; ▪ Reparo (que irá depender do tipo de lesão e das fases em que o processo inflamatório está: inflamatória, proliferativa e de maturação). • É similar em todos os tecidos; • Fases: ▪ Formação do coágulo; ▪ Inflamação inicial; ▪ Inflamação tardia. • Fases inflamatória e proliferativa: semelhante aos tecidos moles; • Diferença na fase de maturação (pois muitas vezes, haverá a mineralização desses tecidos); • Tecidos envolvidos: osso cortical, osso medular, osso alveolar, endósteo, ligamento periodontal, dentina, cemento e tecido mucoperiosteal íntegro; • Osteoblastos - vão induzir o processo de osteogênese: ▪ Hematoma; ▪ Inflamação dos tecidos; ▪ Formação do tecido de granulação; ▪ Formação do calo ósseo; ▪ Conversão de osso trabecular em osso lamelar; ▪ Remodelação óssea - mineralização desses tecidos (e depois, o osteoclasto terá a função de reabsorver esse osso formado de forma irregular). • Osteoclasto: ▪ Irá remover osso necrótico das margens da ferida; ▪ Atua controlando a granulação que envolve o ápice de 2.-4 dias; ▪ Entra no coágulo: atuando nas células osteogênicas, até induzir a formação de pré- osteoblastos e osteoblastos propriamente dito. • Após 6 dias de cirurgia, haverá o início de uma nova formação óssea; • De 3-4 semanas: 75% a 80% da ferida está preenchida – osteóide ativo + células osteoblásticas atuando; • Com 8 semanas: 80% da ferida original – trabéculas ósseas mais densas e osteoblastos menos ativos; • Com 16 semanas: defeito ósseo totalmente preenchido; • Depois irá acontecer a maturação e remodelação – estas continuam por muitos meses; • Esse processo é influenciado pelo hospedeiro (endócrino- hormônios). • Formação de cemento sobre a superfície do ápice radicular apicetomizado; • Começa de 10-12 dias após a ressecção do ápice; • Com 28 dias: o cemento cobre o ápice totalmente. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Deve-se estar atento ao uso de medicamentos como os bisfosfonatos – pois o uso desse medicamento pode levar a necrose da mandíbula e causar uma periodontite apical aguda ou crônica (muitas vezes será necessário fazer até uma terapia cirúrgica para evitar a contaminação dos demais tecidos). • Por isso, deve-se avaliar a menor probabilidade de osteonecrose; • As fraturas devem ser identificadas por tomografia cone-beam. Interrelação Endo-Pério: Na maioria das vezes, inicia-se pelo procedimento endodôntico e depois, se for necessário, são realizadas intervenções para o periodonto de proteção. • Primeiro é feita descontaminação dos canais, para depois realizar a descontaminação dos tecidos perirradiculares. As doenças endodôntico-periodontais são um desafio para o clínico, muitas vezes vão desde o diagnóstico, tratamento e avaliação do prognóstico(gera dificuldade, pois exige conhecimentos das demais áreas também). Muitas vezes, as situações que vão comprometer a endo e a pério estarão associadas à trauma, reabsorções radiculares, perfurações e má formações dentárias. • O tratamento e o prognóstico irão variar, pois são condições específicas (devem ser avaliadas caso a caso). As relações anatômicas entre a polpa e o periodonto acontecem por meio dos túbulos dentinários expostos, devido as ramificações que podem ter (portais menores de saída). Muitas vezes, será possível observar essas interrelações anatômicas por meio de exames complementares (exames de imagem). • A polpa e o periodonto possuem uma íntima relação, mesma origem, vivem em contato profundo. TÚBULOS DENTINÁRIOS EXPOSTOS: • Essas situações acontecem especiamentel nas situações de recessão gengival; • Os túbulos dentinários irão ficar expostos, em especial na camada que era recoberta por cemento (quando o cemento fica exposto em ambiente oral, ele se dissolve mais fácil do que o esmalte); • Com a ausência de cemento e esmalte, a dentina fica exposta. Quando a dentina fica exposta, gera maior sensibilidade. Isso evidencia a íntima relação entre a polpa e o ligamento periodontal, pois os túbulos dentinários se estendem da polpa para a JAD; • O diâmetro desses túbulos irá variar conforme a idade do paciente. Muitas vezes, pode haver casos com comprometimento periodontal (bolsa periodontal + lesão de furca) juntamente com uma lesão endodôntica. Assim, pode-se realizar uma descontaminação prévia inicial periodôntica e o tratamendo de canal (a endo deve se tratada primeiro). As lesões endo-pério podem ser classificadas em: • Lesões primariamente endodônticas; • Lesões primariamente endodônticas com envolvimento periodontal; • Lesões primariamente periodontais; • Lesões primariamente periodontais com envolvimento secundário; • Lesões combinadas verdadeiras. Essas lesões combinadas devem ser reavaliadas de tempos em tempos. • O diagnóstico diferencial é fundamental – trabalhar por meio da terapia de eliminação (excluindo as hipóteses diagnósticas); • Lesões endodônticas primárias: normalmente se originam de uma pulpite reversível, se não for tratada pode evoluir para uma pulpite irreversível, a polpa inicia um processo de necrose pulpar (a polpa já morreu); • Patologias de origem endodôntica: ▪ Pulpite aguda (reversível, irreversível); ▪ Pulpite crônica; ▪ Necrose Pulpar; ▪ Degenerações, calcificações, reabsorções. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Sinais e sintomas das patologias de origem endodôntica: ▪ Dor; ▪ Inchaço; ▪ Presença de cárie; ▪ Presença de fraturas; ▪ Imagem radiográfica de espessamento periapical. • Podem causar problemas de origem endodôntica: ▪ Cárie; ▪ Procedimentos restauradores; ▪ Trauma. • Polpa vital: ▪ É incapaz de produzir irritantes que causem problemas periodontais; ▪ Por si só, se estiver isolada, a polpa não é capaz de causar esses problemas. • Em situações de necrose pulpar: ▪ Está associada a lesões no tecido periodontal; ▪ É mais frequente no ápice; ▪ A microbiota endodôntica é menos complexa que a periodontal (a microbiota endodôntica tem aproximadamente cerca de 30 a 35 espécies causando a infecção, enquanto as de origem periodontal possui aproximadamente cerca de 700 espécies bacterianas). A necrose pulpar pode evoluir para um abscesso agudo, que irá gerar dor e inchaço imediato e em alguns casos, pode gerar o abscesso crônico, com a formação de fístula e pus, levando a complicações periodontais. • Abscesso periodontal – possui secreção purulenta, inchaço na margem gengival, dor e bolsa periodontal aumentada (normalmente, nesses casos, a vitalidade da polpa irá responder de forma positiva); A necrose pulpar pode induzir um abscesso agudo, que gera uma resposta inflamatória crônica e muitas vezes irá precisar da revisão de tratamento pelo profissional. Quando se está diante de uma polpa necrótica e doença periodontal severa, deve-se reavaliar a conduta. Infecção de origem endodôntica: • Vitalidade da polpa: negativa; • Com a presença de bolsas extensas comunicando-se com a lesão: origem endodôntica; • Não responde ao teste do calor; • Não responde ao teste do frio; • Irá responder ao teste da percussão (pois haverá comprometimento periodontal); • A dor pode variar de duvidosa a severa; • Com a presença de cálculo; • A radiografia pode ser realizada para diferenciar essas lesões – muitas vezes, a radiografia irá mostrar a perda óssea da crista ao ápice e do ápice a crista, • Tratamento: sempre seguir a mesma sequência nas lesões endo-perio: primeiro o tratamento endodôntico e depois o periodontal (nesta ordem). • Ausência de dor e edema; • Ausência de drenagem; • Fechamento de fístula; • Dente em função; • Desaparecimento da rarefação óssea; • Lâmina dura contínua; • Ausência de reabsorção radicular. • Redução da profundidade de sondagem; • Ganho de inserção clínica; • Reparo ósseo; • Melhora clínica. Resposta pulpar Ausente Presente Deformidade óssea U tubular V triangular Biofilme e cálculo Ausente Presente Cárie/restauração Presente Ausente Mobilidade Ausente Presente Periodontite Ausente Presente Status pulpar Necrótico Necrótico Status periodontal Normal Periodontite Biofilme e cálculo Ausente Presente Sondagem Presente Ausente Tratamento Endodôntico Combinado Prognóstico Bom Depende da perio – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Referências: Aula teórica de Clínica de Endodontia. Faculdade Maurício de Nassau, Professor Reinaldo Dias da Silva Neto, Odontologia, 2021.
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