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QUESTÃO DE PROVA 2- MACROECONOMIA I

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QUESTÃO DE PROVA – MACROECONOMIA I
Em virtude da conjuntura internacional, as taxas de inflação em praticamente todos os países saíram do controle em 2021. O Banco Central Brasileiro, que agora é independente do Poder Executivo (como acontece nos países que levam a sério a política monetária) andou tomando algumas decisões acerca das taxas de juros atuais e futuras. Na sua avaliação:
A – O que ancora essas decisões do Conselho de Política Monetária do BACEN para tomar essa decisão?
Motivos como desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos, e gargalos nas cadeias produtivas globais; alta no preço do barril de petróleo; forte elevação dos preços de bens transacionáveis em moeda local; alta nas contas de energia devido à escassez hídrica; elevação na cotação do dólar; bem como, descontrole sobre os gastos do governo federal devido aos trabalhos de combate a pandemia de COVID-19 e, principalmente em um período pré-eleições presidenciais de 2022, desencadearam uma elevada pressão de demanda por oferta e culminou em uma crescente inflação, que fechou 2021 em 10,06% no Brasil, extrapolando o limite superior de 1,5 pontos percentuais em torno da meta inflacionária imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o mesmo ano, de 3,75%. 
Tendo em vista a elevação da inflação para a casa dos dois dígitos, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, por unanimidade, elevou a taxa Selic para 10,75% em janeiro de 2022. 
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
B – Qual a fundamentação macroeconômica para a decisão?
Sabe-se que a alteração em uma variável macroeconômica ocasiona um efeito em cadeia que mexe com toda a economia. Como a inflação se encontra em nível elevado, o BACEN efetua uma política monetária restritiva de elevação da taxa de juros, afim de conter essa inflação. 
Desse modo, os ajustamentos macroeconômicos afim de se alcançar o objetivo de conter a alta inflacionária se dão da seguinte forma: 
O Banco Central eleva a taxa de juros, afetando negativamente o consumo e os investimentos, que caem. Com isso, a demanda, oferta e produto nacional caem. Também há redução na renda, que causa impacto direto nas importações, que também sofrem redução. Desse modo a balança de pagamentos se eleva, dada as exportações se mantendo estáticas. Essa elevação da taxa de juros também melhora a balança de capitais, por isso a balança de pagamentos se eleva por dois motivos. 
Outras consequências dessa política monetária restritiva é o aumento do desemprego, redução dos salários, diminuição no preço os bens e consequente REDUÇÃO NA INFLAÇÃO. 
O Brasil adota regime cambial flutuante, ou seja, não interfere no mercado para determinar a taxa de câmbio, desse modo, com a elevação da oferta de moeda estrangeira no país (devido as exportações e ao aumento na balança de capitais), a moeda nacional se valoriza e a taxa de câmbio se deprecia	. 
Ainda devido as exportações, também ocorre elevação na oferta interna de moeda, dado que os exportadores vendem em dólar, mas recebem esse valor convertido em real. Isso pressiona a demanda por bens e serviços, causando processo inflacionário, - justamente o oposto do desejado pelo Banco Central. 
Para evitar que ocorra essa neutralização da ação inicial, o Banco Central instiga os exportadores a comprarem papeis da dívida pública a taxas atraentes e, desse modo, retira o excesso de moeda nacional em circulação no mercado. Essa operação é chamada de esterilização da base monetária e busca controlar os estragos inflacionários que esse excesso de moeda em circulação causaria. 
Essa engrenagem macroeconômica pode ser representada graficamente:
C – Coloque-se na posição de técnica(o) do BACEN que reuniu informações para que a decisão tenha sido tomada, como você justificaria os seus argumentos.
O Copom discutiu a implementação da política monetária, considerando não apenas o cenário atual como também o balanço de riscos para a inflação. De acordo com o cenário de referência, que faz uso da trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e o câmbio seguindo a paridade do poder de compra, as projeções de inflação estão acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta para 2022 e ao redor da meta para 2023.
Nesse caso, as taxas de juros conseguem conter um pouco a elevação inflacionária ao segurar a atividade econômica e os preços porque, ao elevar os custos do crédito, há estímulo para que empresas e consumidores gastem menos ao passo que os estimula a poupar mais, uma vez que o dinheiro poupado é remunerado a uma taxa de juros maior, portanto, essa política pode ser considerada rápida e eficiente.
No entanto, conter a inflação causa efeitos colaterais que são sentidos por toda população, uma vez que haverá dificuldade a retomada dos investimentos produtivos, em um momento em que o Brasil ainda tenta retomar os patamares de antes da pandemia e da crise econômica.

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