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PROJETO BRINCADEIRAS E JOGOS 1

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
EDUCAÇÃO FÍSICA
PROJETO DE ENSINO EM JOGOS E BRINCADEIRAS 
NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Pindamonhangaba
2021
PROJETO DE ENSINO EM JOGOS E BRINCADEIRAS 
NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Projeto de Ensino apresentado Universidade Anhanguera, como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física.
Docente supervisor: 
Pindamonhangaba 
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	5
2	JUSTIFICATIVA	7
3	PARTICIPANTES	8
4	OBJETIVOS	9
5	PROBLEMATIZAÇÃO	10
6	REFERENCIAL TEÓRICO: DEFINIÇÃO DE JOGOS	11
7	METODOLOGIA	18
8	CRONOGRAMA	20
9	RECURSOS	21
10	AVALIAÇÃO	22
CONSIDERAÇÕES FINAIS	23
REFERÊNCIAS	24
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, muito tem se discutido sobre a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento e aprendizagem dos educandos. Dessa forma, o presente projeto tem como objetivo analisar a importância dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças, tendo como referência os jogos e brincadeiras desenvolvidas em contexto escolar.
O lúdico, através dos jogos e das brincadeiras, está inerente ao ser humano desde seu nascimento, por isso é importante propiciar, oportunizar as crianças a se expressar de forma livre, espontânea, usando a imaginação. É importante e necessário possibilitar um ambiente mais motivador na escola, para facilitar a aprendizagem pensando na criança, nos seus interesses e necessidades. 
A importância desse projeto se dá devido ao fato de que brincar é direito de toda criança, porém nem todas têm esse direito respeitado; principalmente as menos favorecidas, onde o brincar fica em segundo plano. E quando vão para a escola muitos professores preferem que fiquem paradas só reproduzindo o que é mandado.
    No ambiente escolar, o jogo sempre usufruiu um lugar de destaque, sendo o conteúdo mais trabalhado pelos professores de Educação Física. No entanto, a sua contribuição real para o desenvolvimento integral do aluno é motivo de questionamento, para a escola, os pais e alguns professores.
       Acredita-se que, pela escola ser uma instituição social, o ambiente escolar é um meio que influência, produz ou reproduz, os processos de construção do sujeito. E assim o jogo é um importante caminho no processo educativo do indivíduo, com potencial para aproximar atividades e o comportamento das pessoas, no que diz respeito a condições básicas à liberdade, a separação nos limites de tempo e espaço estabelecidos e a regulamentação.
    No jogo pode-se notar duas perspectivas, pode-se jogar competitivamente e jogar cooperativamente. O jogo independente de ser competitivo ou cooperativo abrange conhecimentos diferenciados quanto à importância da prática de atividades físicas.
    A maneira como o jogo é aplicado aos alunos, é o que define a contribuição que ele pode oferecer. Se trabalhado de uma maneira correta, ressaltando os valores pedagógicos proporcionando divertimento e experiências formativas para a cidadania ou de uma forma obscura levando ao desentendimento dos alunos e a valorização do “melhor”.
24
TEMA 
Os jogos, os brinquedos e as brincadeiras acompanham a humanidade desde os tempos remotos. De lá para cá, mudaram muito pouco. Os materiais são outros, mas a função é a mesma: divertir e ensinar. Achados mostram que a humanidade brincava muito antes de aprender a escrever, e que os jogos já eram conhecidos na Pré-História. Seus registros indicam as mais variadas formas dessas práticas nas diversas partes do mundo, como manifestação da cultura de povos. Na Ásia, na América pré-colombiana, na África e entre os indígenas das ilhas mais longínquas do Oceano Pacífico, foram encontradas atividades dessa natureza com o intuito utilitário, recreativo e religioso. Desde o surgimento do homem, há registros de jogos, encontrados em paredes de cavernas espalhadas pelo mundo. Este fato mostra a necessidade de relatar os momentos de lutas pela sobrevivência num caráter lúdico (BROTTO, 2001).
Este projeto tem como finalidade conhecer a importância dos jogos dentro das aulas de Educação Física; sabendo que o jogo tem em sua essência a capacidade de proporcionar uma diversidade de benefícios dentro da escola de forma que sua bagagem é muito ampla e pode proporcionar a cada individuo a oportunidade de superação, diversão, amizade, companheirismo e dentre todos estes benefícios o conhecimento que é o objetivo maior dentre eles.
As aulas lúdicas nos revelam todo o seu sentido no processo de desenvolvimento global do aluno. O jogo e a brincadeira reúnem experiências fantásticas para aprendizagem. O processo de repetir, imitar, representar e inventar é mais do que um ato de brincar, é através desse momento que o aluno nos revela uma parte de si, como pensa e como interage com os colegas.
Na escola, a criança tem a chance de se socializar com outras crianças através da recreação, jogos e brincadeiras dirigidas. Por isso a educação física tem a conjuntura de contribuir para que a criança ou adolescente desenvolva a autoconfiança interagindo com o grupo e também desenvolver habilidades motoras.
A educação física é uma porta para a formação social e de princípios do educando. É preciso que o professor tenha autonomia para administrar e despertar esses valores no aluno, transformando o meio em que vive.
O ato de brincar está em uma dimensão valorizada no desenvolvimento do aprender, abrangendo principalmente as crianças, elevando-as a patamares ainda maiores pelo brincar e representando a necessidade de conhecer, construir e de se descontrair, em um mundo real ou simbólico repleto de momentos que acontece através do lúdico. Por fim, é também através do brincar que as crianças podem exercer sua capacidade de criar condição imprescindível para que haja riqueza e diversidade nas experiências de sua formação humana.
JUSTIFICATIVA
O enfoque deste projeto é que o professor de educação física possa valorizar os jogos e as brincadeiras na educação física, ou seja, brinquedos e brincadeiras como estratégias e formas privilegiadas em suas aulas, para que as crianças se desenvolvam, aprendam, vivenciem novas experiências e se apropriem de conhecimentos.
 Portanto o jogo e a brincadeira são instrumentos indispensáveis da prática pedagógica e componente relevante de propostas curriculares. A educação física é um espaço privilegiado para falar dessa temática; afinal, dentro do sistema de ensino é um dos poucos lugares onde o lúdico ainda é visto como apropriado, ou mesmo "inerente" ou "natural". O professor de educação física tem um papel fundamental neste processo de possibilitar aos alunos formas diferentes e prazerosas de aprendizagem, ao quais se desenvolvam através dos jogos e brincadeiras.
O projeto Jogos e brincadeiras visa trabalhar de uma forma lúdica e de vivência, estimulando o Raciocínio Lógico, a criatividade, auxiliando as crianças no processo de construção do conhecimento.
O objetivo do presente projeto é discutir as principais perspectivas teóricas que abordam o uso de jogos e brincadeiras na escola, bem como a sua importância para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional da criança a partir de uma abordagem interacionista. A discussão torna-se pertinente em um momento que o papel da escola e da educação sofre questionamento e necessita de transformações.
O desenvolvimento deste projeto pode potencializar essas capacidades, ampliando as possibilidades das crianças de compreenderem e transformarem a realidade.
Tendo em vista que, o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece os desenvolvimentos físicos, cognitivos, afetivos e principalmente a interação e o respeito pelos amigos.
Levando em consideração que todos gostam de praticar algum tipo de jogo é interessante que a escola adote em seu currículo o uso dos jogos para permitir que os alunos sejam pessoas cooperativas, seguras de seus atos, e descubram nos colegas os valorespessoais, de forma a ser pessoas melhores.
PARTICIPANTES
A Educação Física permite que se vivenciem diferentes práticas corporais advindas das mais diversas manifestações culturais que seja vista como uma variada combinação de influências onde é presente na vida cotidiana. A partir das danças, dos esportes, dos jogos que compõem um vasto patrimônio cultural que deve ser valorizado, conhecido e desfrutado.
É nas aulas de educação física que muitas vezes lidamos com o diferente, com as limitações físicas e psíquicas nossa e dos outros. Por isso, a importância do docente despertar essa percepção no aluno, para que ele leve para a vida o saber conviver e o saber respeitar a diversidade que faz parte da sociedade.
Este projeto destina-se ao público do ensino fundamental de séries finais.
OBJETIVOS
O objetivo geral:
 Identificar qual a representação social do jogo e das brincadeiras para o professor de educação física na educação.
Objetivos Específicos:
· Os objetivos específicos deste trabalho consistem em: 
· Analisar o Projeto Político-Pedagógico da Escola com ênfase nos jogos; 
· Compreender o uso do jogo dentro das aulas de Educação Física;
· Analisar como os jogos e as brincadeiras são utilizados, e qual a sua função dentro das aulas de educação física. 
· Compreender o valor dos jogos e brincadeiras nas aulas de educação física e se proporcionam às crianças a estimulação necessária para aprendizagem.
PROBLEMATIZAÇÃO
	
O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Através deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor.
No intuito de despertar nos futuros professores a cultura local e a riqueza de possibilidades que acompanha essas práticas corporais, procuramos através deste projeto criar novas formas e retomar os jogos e brincadeiras antigas adequando-as em novas situações, corroborando com os caminhos para mudança de paradigmas contemporâneos.
As expectativas são diferentes no olhar aluno versus professor. Muitos alunos e pais acreditam que as aulas são desenvolvidas corretamente. Porém, uma das grandes preocupações dos professores e das escolas, sobretudo as escolas públicas são a falta de materiais específicos e adequados para o ensino- aprendizagem. A grande maioria possui apenas materiais básicos para jogos coletivos.
Há uma escassez de materiais para ginástica, aeróbica, dança e lutas. Aulas diversificadas contribuem para o desenvolvimento das potencialidades dos alunos, como: a socialização, o desenvolvimento motor e a autonomia.
São importantes também as aulas teóricas, passar para os alunos o conhecimento histórico e cultural dos esportes. Por isso, é importante que o professor esteja se atualizando e muitos por ter uma carga-horária extensa são impedidos de preparar aulas com qualidades.
É importante criar campeonatos na escola, pois contribuem para os alunos aprenderam análise tática, trabalho em equipe e respeito ao adversário, porém todos devem participar. Destacamos também a importância da formação das equipes que devem ser diversificadas tanto em gêneros, portes físicos e também os mais e os menos habilidosos.
Já o professor deve sempre manter os alunos motivados, ditar e explicar com clareza as regras do jogo, e intermediar conflitos entre os alunos. Além de incitar os estudantes a identificar as próprias capacidades físicas, como ritmo, velocidade, força e resistência para que consigam se sair cada vez melhores.
REFERENCIAL TEÓRICO: DEFINIÇÃO DE JOGOS
O jogo é uma linguagem que possibilita a transformação de ações e objetos e deve ser desenvolvido numa perspectiva lúdica, com o objetivo de que a criança se comunique, se expresse e se comporte de forma criativa e crítica; sendo então uma atividade dinâmica, que se transforma de um contexto para outro de forma que cada criança pode modificar sua brincadeira e aprender e desenvolver vários aprendizados.
 Ferreira afirma que a recreação é uma atividade física ou mental a que o indivíduo é naturalmente impelido para satisfazer necessidades de ordem física, psíquica e social de cuja realização lhe advém prazer, e que é aprovado pela sociedade. Sendo o jogo uma atividade física ou mental que favorece a socialização e é realizado obedecendo a um sistema de regras, visando um determinado objetivo. (FERREIRA, 2003). 
Araújo (1992, p.64) afirma que o “jogo é atividade espontânea e desinteressada, admitindo uma regra livremente escolhida, que deve ser observada, ou um obstáculo deliberadamente estabelecido, que deve ser superado”.
Darido (2003, p.11), define jogo: 
“A palavra jogo provém de jocu, substantivo masculino de origem latina que significa gracejo. Em seu sentido etimológico, portanto, expressa um divertimento, brincadeira, passatempo sujeito a regras que devem ser observadas quando se joga. Significa também balanço, oscilação, astúcia, ardil, manobra.”
 Para Huizinga (1980, p.13), jogo é: 
“O jogo é uma atividade livre, conscientemente tomada como não séria e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer Antunes (2003, p.11), define jogo: “A palavra jogo provém de jocu, substantivo masculino de origem latina que significa gracejo. Em seu sentido etimológico, portanto, expressa um divertimento, brincadeira, passatempo sujeito a regras que devem ser observadas quando se joga. Significa também balanço, oscilação, astúcia, ardil, manobra.” Para Huizinga (1980, p.13), jogo é: “O jogo é uma atividade livre, conscientemente tomada como não séria e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com o qual não se pode obter qualquer lucro, praticado dentro dos limites espaciais e temporais próprios, segundo certa ordem e certas regras.”
Apesar de que quando é citado que com o jogo não se pode obter qualquer lucro é de questão financeira, pois a criança tem um lucro maior e incalculável com o jogo, que é o aprendizado, contando que o aprendizado adquirido é para toda uma vida.
6.1 A evolução dos jogos através dos tempos 
Acredita se que na época primitiva, considerada das cavernas, as pessoas aprendiam tudo sobre os afazeres dentro da sociedade através da relação direta com o que se pretendia aprender, ou seja, aprendia fazer, fazendo; as mudanças aconteceram, e com elas as pessoas tiveram que manter certa organização de forma que os afazeres foram divididos assim cada individuo tinha sua responsabilidade diante da família ou grupo; com esta divisão restava mais tempo para que cada indivíduo pudesse planejar e organizar-se melhor desta maneira começou a permitir que junto ao trabalho acontecessem atividades que hoje chamamos de lúdicas. 
Pode se dizer que os jogos acontecem hoje devido a necessidade pela sobrevivência das pessoas da época primitiva.
 Já no contexto da antiguidade com o desenvolvimento das várias maneiras para produzir os mecanismos de sobrevivência às pessoas começaram a formar as comunidades, de forma que com a proximidade tiveram que melhor se organizar, a partir de então começou haver a divisão social, por categorias sociais e começou a separação entre os trabalhadores; sendo em trabalho físico e o trabalho mental, diante desta divisão de classes surgiu a escravidão. 
Com toda divisão que aconteceu às pessoas que tinham o privilégio de terá cumulado riquezas tinha a seu favor o tempo livre para elaborações materiais para pensar e reformular ideias; com o aumento do tempo livre a cultura do lúdico também se desenvolveu de forma que houve uma grande diversidade do lúdico expandindo a distinção entre as classes, de forma que cada vez que se permitiam a brincar aumentava a capacidade para criar. Pode se perceber que nesta épocao jogo era apenas para os adultos e ainda para os que tinham condições financeiras elevadas. 
Neste tempo a igreja entrou nas comunidades para introduzir a Educação, a partir de então o lúdico começou a ser recriminado, de forma que a seriedade invadiu as escolas, pois a igreja pregava o ócio como inimigo da alma. 
No inicio da Idade Média o jogo começou muito defasado, pois a igreja ficou sendo a única em ensinar os povos, e assim pregava somente às doutrinas cristãs, onde não era permitido outro ensinamento; tudo isto com o intuito de manter o povo dócil e conformista; ela ensina que a tristeza era santa e que o corpo era uma miséria, desvalorizando as atividades que alegrasse ao corpo; com isto o jogo só perdia espaço. 
Mas não demorou muito tempo, pois os burgueses interferiram de forma que novas escolas foram edificadas para os novos ensinamentos, ainda sim restritos, mas de forma a permitir as crianças outros ensinamentos. Mas mesmo com outras escolas, o jogo não era trabalhado dentro das escolas e era vivido somente pelos nobres de forma livre e natural.
 Com a interferência da burguesia aos novos conhecimentos, chegou uma nova era chamada de Renascença onde a Educação oferecida era voltada para o pensamento mais humano, valorizando a pessoa o ser humano. Juntamente com este pensamento surgiu também a expansão do comércio. Diante desta conquista a cultura e o conhecimento valorizou-se mais. Mas por já existir a separação entre as classes pouco alterou; pois até outro nome deram para nomear a classe mais desfavorecida: plebe.
Com o início do capitalismo a Educação tornou se indispensável para o cenário de produção, mas os ricos sempre estavam em melhor vantagem, pois a plebe estudava com pregadores e os burgueses estudavam com professores. Como o capitalismo estava no auge, o jogo foram retirados do cotidiano da sociedade, pois segundo os burgueses a brincadeira não é uma característica para capitalismo.
Neste período revivem a ciência, fazem renascer as artes e desperta a educação. É neste período que a criança passa ter liberdade de ação; corre, salta, grita e participa, pois tudo deixa de ser pecado. Surge então a recreação educacional, sendo vista como forma de recuperação de crianças e adultos; surgem os grandes filósofos, ressaltam a liberdade, valorizam a Educação Moderna e criticam a tradicional. E inclui-se a Educação Física no contexto educacional.
 O jogo como herança recreativa de tempos remotos, foi sendo modificado evolutivamente pela espécie humana, dando origem assim a cada evolução uma forma diferente e complexa na sua forma de evoluírem, as habilidades físicas e mentais. 
Medeiros registrou várias informações equivocadas a respeito dos jogos realizados pelas crianças. Numa dessas interpretações, a criança que tinha preferência pela prática do jogo era rotulada como pouco inteligente. Essas visões da época dificultaram a compreensão do foco como uma prática educativa. (MEDEIROS apud MELLO, 2002, p.62). 
Depois da 2° Guerra Mundial e com a criação da Associação Cristã de Moços (ACM) em vários países o jogo como fator educacional começou ocupar seu espaço. A Academia Militar de West Point foi o primeiro ensino de Educação Física, após a guerra acentuou-se a valorização ao exercício físico. 
A Alemanha é o segundo país do mundo no campo da Educação Física, pelo reconhecimento do valor que se dá ao jogo na infância e na adolescência. 
Enquanto na Itália, em 1910 criou-se a “Instituzione dell Giovani Exploratori”, foi um tempo de muita esperança para Educação Física, porem o projeto começou a declinar devido às tendências políticas e a própria resistência do povo italiano que ainda seguia as forças militares. 
Nos Estados Unidos, o primeiro movimento em prol da Educação Física foi devido a Benjamim Franklin, que preconizou a preparação de jovens para o serviço da coletividade, instituindo o valor da instalação de locais apropriado para realização dos jogos. A história da Educação Física nos Estados Unidos começa em Boston, em 1887 e hoje sendo o primeiro país do mundo em valorização dos jogos como estratégias fundamentais ao aprendizado da criança. 
No Brasil para dar suporte a essa prática a Constituição Brasileira em seu artigo 227, vem trazendo o seguinte tópico: “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar a criança e o adolescente à vida, a saúde, a alimentação, a educação, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão”. O termo usado é LAZER, mas sua interpretação é abrangente, envolvendo especificamente aos jogos. 
A cada tempo histórico, a construção social dos jogos e brincadeiras foi se formando; primeiro como uma atividade unicamente adulta, depois, com a liberação dessas atividades também para crianças, depois pela divisão entre esportes e brincadeiras para crianças e na idade contemporânea o brincar como um ato infantil; e vou mais além se tornou livre independentemente da idade, hoje os jogos são apreciado por todos.
6.2 A importância da Educação Física no Ensino Fundamental
A Educação Física é muito importante no ensino fundamental de forma que tem seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento, de forma a abranger todo ser por completo nas suas dimensões culturais, sociais, política e efetiva; e sendo entendida como uma cultura corporal.
 E segundo a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96 de 20/12/96), a educação física é componente curricular e obrigatória da educação básica, afirma também que ela deve estar integrada á proposta pedagógica da escola. 
A atividade cultural só vem a fortalecer o trabalho pedagógico. Portanto, a escola tem autonomia para desenvolver essa atividade, resta saber se o professor se encontra preparado para esse papel, pois para os pesquisadores do assunto é fundamental que esteja, assim ao falar da importância do jogo nas brincadeiras, o respaldo não esta subsidiada apenas nos referenciais teóricos dos autores, estão impostos na legislação que rege a Educação.
 A Educação Física visa o desenvolvimento da autonomia, cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios democráticos para as pessoas envolvidas neste processo de aprendizagem. Contando que o trabalho da educação física é capacitar o indivíduo é refletir sobre suas possibilidades corporais, expressando e experimentando um conjunto de características de sua personalidade.
 Sendo assim, o papel do docente na Educação Física é oportunizar o discente a vivenciar diversas formas de cultura, e para a educação do Ensino nos primeiros anos faz-se necessário o uso dos jogos. Sendo que o mesmo pode ser entendido como moderadores do comportamento humano, proporcionando a experiência de situações de convivência e conflitos; sendo um instrumento educacional que deve contribuir para construção de valores éticos e moral.
Sendo assim a criança que ingressa no Ensino Fundamental tem um corpo que necessita de movimento, então por exigir movimentos diversos o jogo são elementos importantes no dia a dia da criança e é indispensável favorecer a realização destes jogos, pois elas estimulam a aprendizagem, o desenvolvimento, a socialização e a construção do conhecimento.
6.3 A importância dos Jogos para alunos do Ensino Fundamental
O jogo apresenta-se como estratégia dinâmica e polêmica de trabalhar assuntos relacionados à educação, possibilitando novas formas do trabalho docente que provocam discussões, críticas, reflexões, posicionamentos pessoais e coletivos e levam às novas formas de pensar e construir o conhecimento. O jogo permite a criança superar dificuldades. 
Segundo Marcellino (1990), informa que:
[...] através do prazer, o brincar possibilita à criança a vivência de sua faixa etária e ainda contribui de modo significativo para sua formação como ser humano, participando da cultura da sociedade que vive, e não apenas como mero indivíduo requeridopelos padrões de produtividade social. Sendo assim a vivência dos jogos é imprescindível em termos de participação cultural e crítica e, principalmente criativa [...]
Com seus estudos, Vygotsky nos deixa uma importante consideração sobre a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da criança, tanto para conhecimento do mundo que a cerca, como prática cultural: brincar possibilita criar novas relações tanto entre situações do mundo real quanto nas imaginárias, que permitem conhecer a si mesmo e ao outro. 
Para Piaget, os jogos são essenciais no desenvolvimento da criança, pois permite que ela se expresse livremente, pelo prazer que sente, e, assim, demonstra o estágio em que se encontra cognitivamente. (Jean Piaget, 1896-1980); para Piaget, o jogo não deve ser visto como divertimento ou brincadeira para simples desgaste de energia, segundo ele a seriedade do jogo reside no fato que ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral do indivíduo; assim o jogo é excelente forma de conhecer o mundo e entrar no contanto com elementos de sua cultura. 
A diferença entre os dois autores acima citado é interessante, pois a junção deles permite que o jogo seja usado das formas mais abrangentes do ser humano, de forma que pode ser usado para o simples divertimento quanto para o desenvolvimento pessoal.
Kishimoto (1994), afirma que:
[...] em qualquer tipo de jogo a criança sempre se educa, pois todo jogo é educativo em sua essência, trazendo inúmeros efeitos positivos na dominância corporal, moral e social da criança; sendo que para os adultos os jogos são excelentes ferramentas que constroem e exercitam a paciência, amenizam a ansiedade, promovem o respeito e a tolerância no trato dos diferentes pontos de vista das pessoas com quem convivemos [...]. 
Desta forma é importante concluir que os jogos podem ser utilizados por todos independente do objetivo, mas como este trabalho refere-se às aulas de Educação Física é de suma importância que os jogos sejam trabalhados com objetivos específicos e direcionados para que a criança tenha em sua formação o conhecimento e habilidade necessária para sobreviver às necessidades diárias como pessoa.
METODOLOGIA
Para a execução da atividade foram necessárias diversas aulas e metodologias diferenciadas. Onde o professor irá solicitar o material necessário antes das aulas e confeccionar com os alunos. 
1 - Familiarização dos alunos com o material do jogo; 2 - Reconhecimento das regras; 3 - O “jogo pelo jogo” – jogar para garantir regras; 4 - Intervenções pedagógicas verbais (questionamentos e observações feitas pelo professor durante o jogo com o objetivo de fazer com que o aluno analise suas jogadas); 5- Registro do jogo; 6- Intervenção escrita (problematização de situações de jogo) 7- Jogar com competência. Porém, é necessário realizar boas intervenções pedagógicas durante o jogo para garantir a aprendizagem dos conceitos pelos alunos, elevando o seu nível de desenvolvimento.
Jogos e Brincadeiras: 
Jogo da velha, jogos dos pontos, dama, jogo da amarelinha, brincadeiras de corda, voleiçol, mãe de rua, coelhinho sai da toca, cabo de guerra, malabares com bexigas dançantes, pega-pega, xadrez, xadrez gigante, combate, continue desenhando, handcones, dança da cadeira, morto vivo, pinga bola, stop, corrida do jokem pô, esgrima- agilidade, esgrima luta imaginária, esgrima –jornal, jogos de oposição, jogos matemáticos, nunca três, pinga-bola, pipa, júri simulado, handbolsabonette, gato e rato, boliche, pular elástico, queimada congelada, queimada maluca, seguindo o chefe, stop, silabas e palavras, voleibol com balões.
1º Momento: Os alunos entrarem em contato com o material do jogo, identificando peças já conhecidas, por exemplo, tampinhas, dados, cartelas, cartas, peões, tabuleiros, etc. e realizaram imitação e simulações jogadas, como ficou claro principalmente com o uso de cartas.
 2º Momento: Foram apresentadas as regras de alguns jogos (um jogo de cada vez em diferentes dias). Em alguns jogos, houve crianças que já conheciam o jogo de casa e puderam explicar a seu modo, para o amigo.
3º Momento: Por vezes os alunos jogavam sem nenhuma intervenção, apenas assimilando o jogo à sua maneira numa atitude ativa de exploração e reforço das regras pelos próprios colegas.
 4º Momento: Em algumas rodadas, me sentava com um grupo para acompanhá-los dando pistas de que naquele jogo havia mais possibilidades de ação, como foi o caso do jogo do “pontinho”, onde algumas oportunidades de fechar o quadrado passavam despercebidas pelas crianças. 
5º Momento: Registramos alguns dos jogos de tabuleiros em papel xerocado, outros eram levados como “para casa” para serem jogados em casa com a família e posteriormente foram observados em sala pelos próprios colegas e pelo professor. 
6º Momento: Retomamos os passos do 4º momento, com observações e registros escritos dos avanços obtidos pelos alunos em relação aos limites e possibilidades. 
7º Momento: Neste momento alguns alunos já jogavam com mais autonomia se interessando mais por aqueles que tinham maior domínio
CRONOGRAMA
	Etapas do Projeto: 
	Período:
	1- Planejamento
	Uma semana 
	2- Execução 
	1 mês (2 aulas por semana)
	3- Avaliação 
	No período das aulas 
RECURSOS 
Corda, bexiga, bola, elástico, fita crepe, jornal, cola, folha de seda, bambu, linhas, crepom, barbante, tintas, revistas, celular para gravas algumas brincadeiras, internet, Giz de cera,  Tinta guache, tesoura, cola,  Lápis de cor, Papéis diferenciados, Pincel, Musica CD, Garrafa pet,  Cordão de nylon, Palito de churrasco, Tampinha de garrafa, Livros de história, Retalho de e.v.a, Lápis preto, borracha, apontador;  Folha de A4,  Caixa de papelão, papel pardo, professores, coordenação pedagógica, direção, equipe de apoio e administrativa, crianças e a família. 
AVALIAÇÃO
Na educação física escolar, o professor é o mediador entre o aluno e o processo de aprendizagem. Durante as atividades físicas, através de cada ação que o educando expressa, o professor verificará suas carências e dificuldades. Todo e qualquer ato revela sua personalidade, e assim o educador poderá auxiliar a criança, melhorando seu desenvolvimento. 
Avaliação será através da participação, do interesse, do compromisso e responsabilidade, das habilidades desenvolvidas nas brincadeiras e jogos e as competências e atitudes dos educandos.
Registros: Devem ser registradas observações pertinentes ao desenvolvimento do aluno conforme os resultados esperados em cada jogo ou brincadeira. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A toda criança deve ser garantida o direito de brincar, pois este se mostra como requisito crescimento e desenvolvimento do individuo. A escola deve ser um espaço importante que oferece privilégio à vida e a aprendizagem, deve proporcionar condições para que a criança possa realizar atividades lúdicas livremente, e ao mesmo tempo apropriá-las como estratégia de ensino aprendizagem.
O jogar e o brincar educativo são recursos que ensinam, desenvolvem e educam de forma prazerosa, potencializam a exploração e a construção do conhecimento desempenhando um papel de grande relevância na aprendizagem da criança. Portanto, o educador necessita tomar consciência de que seu trabalho é organizar situações de ensino que possibilitem ao aluno tomar consciência do significado, da importância do conhecimento a ser adquirido e de que para aprender torna-se necessário um conjunto de ações a serem executadas com métodos adequados, de forma que se torne uma atividade que estimule sua auto estruturação.
Como estudando foi gratificante elaborar esse projeto, pois através a pesquisa obteve um conhecimento em aulas coisas que poderei utilizar futuramente em campos. Cada processo de conhecimento vou levar para a minha vida profissional, pois neste processo de conhecimento ainda fico insegura e a pandemia do Covid-19 deixou à mostra para todos algumas das principais dificuldades na educação, não só no Brasil, claro, mas principalmentena nossa realidade de nação em desenvolvimento.
Utilizar jogos como meio educacional é um avanço para a educação, pois temos que tomar consciência da importância de trazer o jogo e as brincadeiras para dentro da escola e de usá-lo como instrumento de desenvolvimento e aprendizagem, servindo como uma ferramenta de auxílio no planejamento de aulas, visando contribuir para melhoria do processo educacional, buscando facilitar o ensino aprendizagem contribuindo não só com alunos, professores, equipe pedagógica, mas com a comunidade em geral.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, V. C. Aprender a brincar, aprender a viver. São Paulo: Manole, 1992. 
BRASIL, Estatuto da Criança e do adolescente, Lei 8.069 Art. 4º, julho de 1990. 
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