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Propedêutica complementar em medicina do sono

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Aluno: Davi de Aguiar Portela (0001418) 
Medicina – 4º Período Medicina do Sono – Semana 05 
 
Propedêutica complementar em 
medicina do sono 
 
Para diagnosticar distúrbios do sono, há métodos 
de investigação que podem ser feitos por meio 
de avaliações subjetivas, aplicação de 
questionários específicos, registros actigráficos 
ou polissonográficos diurnos ou noturnos. 
 
Questionários 
Os questionários podem ser utilizados na rotina 
clínica para fins diagnósticos, monitorização da 
resposta ao tratamento instituído, estudos 
epidemiológicos e pesquisas clínicas. Entretanto, 
como em sua maioria são internacionais, há 
muitas diferenças culturais que podem influenciar 
na especificidade e sensibilidade desse método. 
Alguns deles avaliam o sono em seus aspectos 
gerais, tais como: 
o Início (latência do sono); 
o Qualidade; 
o Aspectos comportamentais; 
o Presença de despertar 
o Sonolência diurna. 
 
Alguns questionários conhecidos são: 
Nome do 
Questionário 
Avaliação 
Sleep Disorders 
Questionnaire 
Qualitativa e quantitativa 
Pittsburgh Sleep 
Quality Index 
Qualidade do sono no 
último mês 
Mini-Sleep 
Questionnaire 
(MSQ) 
Frequência de queixas 
Basic Nordic 
Sleep 
Questionnaire 
(BNSQ) 
Queixas mais comum em 
termos de frequência e 
intensidade nos últimos 3 
meses com especificação 
quantitativa 
Escala de Sono 
de Wpworth 
Pontuação vai de 0 a 24, 
sonolência excessiva > 10 
Escala de 
Sonolência de 
Stanford 
Estado momentâneo de 
sonolência 
Hoffstein, 
Douglass, Deegan 
e Fletcher e 
Luckett 
Distúrbios respiratórios 
 
Actigrafia 
É uma técnica de avaliação do ciclo nosso-vigília 
que permite o registro da atividade motora por 
meio dos movimentos dos membros durante 24 
horas. 
É feita mediante um dispositivo colocado no 
punho, que permite detectar movimentos, 
podendo transferir informações para o 
computador. 
Pode-se obter informações como: 
o Tempo total de sono; 
o Tempo total acordado; 
o Número de despertares; 
o Latência para o sono. 
É utilizado, principalmente, em indivíduos que 
não toleram dormir em laboratório, tais como 
crianças pequenas, idosos e insones. 
Apresenta um coeficiente de confiabilidade de 
0,8 a 0,9 em comparação com a polissonografia. 
Utilizado para avaliar os cronotipos e distúrbios de 
ritmos do sono (atrasado ou adiantado). 
 
Polissonografia Basal 
É o método padrão-ouro para distúrbios do 
sono, sendo feito por meio de uma noite inteira 
no laboratório, possibilitando o registro em 
poligrafo do eletroencefalograma (EEG), do 
eletrooculograma (EOG), da eletromiografia 
(EMG), das medidas do fluxo oronasal, do 
movimento torácico-abdominal, do 
eletrocardiograma (ECG) e da oximetria de pulso. 
Por meio do índice apneia-hipopneia (IAH), a 
polissonografia mede a gravidade da Apneia 
Obstrutiva do Sono (AOS). 
Gravidade da AOS IAH (eventos por 
hora) 
Leve 5-15 
Moderada 15-30 
Grave >30 
 
O estagiamento do sono é baseado no padrão 
de ondas cerebrais de baixa frequência e 
amplitude (ondas tetas), na atividade muscular, no 
mento e no oculograma analisados a cada 
período de 20 ou 30 segundos – denominado 
Época. Os estágios seguem as normas 
internacionais de Kechtschaffen & Kales. 
N-REM 1 Ondas teta (baixa frequência e 
baixa amplitude), redução da 
atividade muscular e 
movimentos oculares lentos 
N-REM 2 Complexo K, fusos do sono e 
ausência de movimentos 
oculares. 
N-REM 3 Ondas delta (baixa frequência e 
grande amplitude)  Sono de 
ondas lentas. 
REM Redução da ausência do tônus 
muscular, movimentos oculares 
rápidos e ondas de dente de 
serra. 
 
PARÊMETROS POLISSONOGRÁFICOS 
Os principais dados apresentados na 
polissonografia são: 
1. Tempo total de sono (TTS); tempo de 
vigília, tempo total de registro (TTR); 
2. Eficiência do sono: TTS/TTR; 
3. Latência para o início do sono, Latência 
para o sono REM e para os demais 
estágios do sono; 
4. Durações (minutos) e as proporções dos 
estágios do sono do TTS. 
Estas proporções variam com a idade, sendo 
que o sono de ondas lentas está 
fisiologicamente diminuído no idoso; 
5. Número total e o índice das apneias e 
hipopneias (IAH) por hora de sono; 
6. Os valores da saturação e os eventos de 
7. dessaturação da oxihemoglobina (quedas > 3 ou 4%, com 10 segundos); 
8. Número total e o índice dos movimentos periódicos de membros inferiores por hora de sono; 
9. Número total e o índice dos micro-despertares por hora de sono e sua relação com os eventos 
respiratórios ou os movimentos de pernas; 
10. O ritmo e a frequência cardíaca. 
 
Tabela 1- Valores de referência do padrão deo em adulto 
 
 
Teste de 
Múltiplas Latências do Sono 
É considerado o método de escolha para a avaliação e acompanhamento da sonolência diurna excessiva, 
quantificando este sintoma e possibilitando a identificação do sono REM, o que o torna extremamente 
útil no diagnóstico da narcolepsia. É o único teste cientificamente validado para a avaliação objetivada 
sonolência. 
Calcula-se a média das latências para o início do sono dos4 ou 5 registros do sono, que têm duração 
de 20 minutos a intervalos de 4 horas. Nestes períodos, o paciente é mantido fora do leito e 
supervisionado para não cochilar 
Teste de Manutenção da Vigília 
Avalia a capacidade do individuo de permanecer acordado, sendo muito utilizado nos Estados Unidos nas 
autoescolas, para saber se os pacientes conseguem manter a vigília enquanto dirigem. É muito pouco 
usado no Brasil
Referências Bibliográficas: 
1. DA MOTA GOMES, Marleide; QUINHONES, Marcos Schmidt; ENGELHARDT, Eliasz. Neurofisiologia 
do sono e aspectos farmacoterapêuticos dos seus transtornos. Revista brasileira de Neurologia, v. 
46, n. 1, p. 5-15, 2010. 
2. FERNANDES, Regina Maria França. O sono normal. Medicina (Ribeirão Preto), v. 39, n. 2, p. 157-168, 
2006. 
3. TOGEIRO, Sônia Maria Guimarães Pereira; SMITH, Anna Karla. Métodos diagnósticos nos distúrbios 
do sono. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 27, p. 8-15, 2005. 
 
Tabela 2- Questionário de Fletcher & Luckett

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