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Disciplina: Programas para a Doação de Órgãos e Tecidos Identificação da tarefa: Tarefa 4. Envio de arquivo Pontuação: 15 pontos Tarefa 4 De acordo com Leonardo Benedito Oliveira Rezende et al., 81,1% da amostra pesquisada declararam ter vontade de serem doadores contra 18,9% dos indivíduos que declararam não possuírem intenção de doar órgãos. Entre os não doadores os motivos foram diversos, porém se destaca com maior porcentagem o medo de que seus órgãos sejam retirados antes que estejam, efetivamente, mortos (40,3%), seguido do receio de incentivar o tráfico de órgãos (16,9%). O estudo também expôs que aproximadamente 60,4% da amostra já informou a família da intenção ou não de doar órgãos. Sobre as campanhas governamentais de doação de órgãos destaca-se que 92,2% dos respondentes afirmaram já terem assistido, visto ou ouvido alguma campanha. O meio de comunicação mais citado foi a televisão (88,3%), seguida da internet (49,3%). Entretanto, com baixa aderência, levando em consideração que 60,4% da amostra declararam não se lembrarem das mensagens transmitidas por essas campanhas e que acreditam que as atuais campanhas exibidas atualmente são ineficazes para influenciar os potenciais doadores de órgãos, pois as consideram campanhas ruins, ineficazes, pouco abrangentes e nada motivadoras. Apesar da avaliação negativa por um terço da amostra, 90,0% dos entrevistados julgam as ações de marketing social importantes para a sociedade. E a maioria dos participantes acredita que o aumento da periodicidade na exibição das campanhas contribuiria para o aumento do número de doadores. Os entrevistados tiveram dúvidas sobre os tipos de campanha com maior potencial de sensibilização. As campanhas com apelos negativos, ou seja, que transmitem mensagens trágicas e exibem o sofrimento das pessoas doentes no processo de transplantes de órgãos, por exemplo, aparentemente têm um maior poder de sensibilização da população. Porém as campanhas com apelo positivo, por exemplo, mostrando testemunho de pessoas que se curam após o transplante motivaria mais os potenciais doadores. Nesse sentido, identificou-se um consenso dos entrevistados, uma vez que concordam ou concordam totalmente que a junção das duas abordagens, principalmente envolvendo testemunho de pessoas que já vivenciaram os dois lados do processo na prática, propicia um maior engajamento na população. Segundo Dias (2015), campanhas que denotam ambientes trágicos, com cenas carregadas por apelos emocionais fortes, tendem a ser mais facilmente fixadas na memória e, portanto, mais eficazes. Resultado similar foi encontrado por Castro e Santos (2014). Segundo os autores, campanhas de marketing social com apelos negativos, que denotam culpa e medo tendem a ser mais eficazes na prevenção do hábito de beber e dirigir. Destacou-se que os entrevistados e o público de maneira geral, não são esclarecidos acerca da doação de órgãos, fato que reflete a ineficácia das campanhas de marketing social realizadas pelo governo. Entre as sugestões o ideal seria de que tais campanhas abrangessem os ambientes escolares, desde os níveis primários, a fim de que aos poucos, se alcançasse a mudança de comportamento proposta pelo marketing social. De forma geral é necessário maior engajamento na educação em saúde, já que o sentimento de medo entre os não doadores se baseia por falta de informação, o que acarreta em insegurança e na ineficácia das campanhas de doação de órgãos no país, inclusive para as doações em vida. REFERÊNCIAS 1. Rezende, L. B. O., Sousa, C. V., Pereira, J. R., & Rezende, L. O. (2015). Doação de Órgãos no Brasil: Uma Análise das Campanhas Governamentais sob a Perspectiva do Marketing Social. Revista Brasileira de Marketing, 14(3), 362-376. 2. Dias, R. G. (2015). O uso de metáforas na análise da eficácia das campanhas de marketing social sobre a prevenção aos acidentes de trânsito: um estudo com condutores habilitados. (Dissertação de Mestrado). Faculdade Novos Horizontes, Belo Horizonte.
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