Buscar

ESTUDO DE CASO PROJETO OBJETO

Prévia do material em texto

A Poltrona Barcelona 
 
Presente nos mais variados projetos e tida como ícone do design, a poltrona 
Barcelona foi criada em 1929 pelo arquiteto Mies Van der Rohe, no 
desenvolvimento de seu projeto para a Exposição Universal de Barcelona, o 
Pavilhão Alemão (Mies projetou não apenas o Pavilhão, mas também os 
móveis). 
Preocupado com a acomodação da realeza da época, o arquiteto pensou 
em uma poltrona “importante, elegante e monumental”, que marcasse 
presença naquele espaço e ao mesmo tempo fosse de extremo conforto. “A 
poltrona deveria abrir-se ao seu ocupante sob o peso do seu corpo. As costas 
deveriam inclinar-se e o assento afundar-se.” Mies Van der Rohe utilizou duas 
poltronas em couro branco, em frente a uma parede de ônix cor mel, conferindo 
assim um ar de autoridade ao Pavilhão. 
 
Poltronas Barcelona ao lado da parede de ônix (reconstrução do Pavilhão 
Alemão). 
Forma e acabamentos 
 
"A curva primária das costas da poltrona e a perna frontal são formadas por um 
círculo com raio idêntico ao quadrado, cujo centro é o ponto “A”. A curva do 
círculo original é repetida em frente ao suporte do assento, com um círculo 
idêntico, com centro no ponto “B”. Um outro círculo, cujo raio é a metade do 
primeiro, define a perna posterior, com centro em “C”." - Fonte: Bauhaus 
 
A cadeira Barcelona permite acabamentos em couro natural e ecológico, em 
variadas cores, como: preto, branco, marrom, bege, cinza, azul, vermelha e 
outras conforme o fabricante. Possui estrutura em barra chata de ferro cromado 
e percintas em sola natural bovina. 
 
Dimensões da Poltrona Barcelona 
 
 
 
 
O Arquiteto - Mies Van der Rohe (1886-1969) 
 
Mies Van der Rohe nasceu em Aachen, Alemanha, em 1886. Destacou-se 
como uma das figuras mais importantes do racionalismo arquitetônico moderno 
(assim como Le Corbusier, Walter Gropius e Frank Lloyd Wright). 
Foi professor da Bauhaus e um dos criadores do "International Style" 
(arquitetura funcionalista praticada na primeira metade do século XX em todo o 
mundo - Fonte: Wikipédia). 
Em 1937 emigrou para os Estados Unidos, onde continuou a desenvolver 
projetos com muito vidro e aço, destacando-se também por utilizar o 
minimalismo em suas criações. 
Frases famosas: "Less is more" (menos é mais) e "God is in the details" (Deus 
está nos detalhes). 
Obras famosas: edifício comercial na Friedrichstrasse, em Berlim (1921), o 
pavilhão alemão da Exposição Internacional de Barcelona (1929), a casa 
Tugendhat, em Brno, na atual República Tcheca (1930), o projeto de campus 
do Instituto Illinois de Tecnologia (1939-1941) e o do Seagram Building, na 
Park Avenue de Nova York (1958). O edifício sede do Columbia Broadcasting 
System, em Nova York, foi sua última realização, concluída pouco antes de sua 
morte em Chicago, Estados Unidos. 
 
Outras criações de Mies Van der Rohe: 
 
 
 
 
 
 
 
Chaise Cadeira de Balanço 
 
Uma das peças ícone do arquiteto, de 1977, é a Chaise nomeada 
como Cadeira de Balanço. No livro Móvel Moderno no Brasil, 
Niemeyer comenta: “É interessante assinalar como a técnica da 
madeira prensada nos aproxima da arquitetura: a mesma 
possibilidade de novas formas, o mesmo empenho em reduzir a seção 
e simplificar o sistema construtivo”. 
 
Desenho: Oscar Niemeyer e Anna Maria Niemeyer 
Ano de criação: 1977/78 
Estrutura: madeira prensada, curva, laqueada de preto 
Revestimento: palha 
 
A peça curvilínea feita de mobiliário doméstico é uma relação 
equilibrada entre lugar e volume. O estilo de cadeira de 
convés atemporal feito de madeira em vernizes de alto brilho é 
influenciado pela elegância das curvas femininas e representa a 
geografia do Rio. As curvas sensuais finlandesas Niemeyer nas 
montanhas de seu lugar se refletem em sua geração. A chaise longue 
com contornos plásticos e delicados emergiu em 1978 da colaboração 
com Anna Maria Niemeyer. Foi elaborado o único a partir de madeira 
laminada colada e rafia de tecidos à mão. Um mero olhar evoca uma 
emoção de paz adiante 
 
 
 
 
 
A cadeira de balanço faz parte da linha de mobiliário, que teve cerca 
de dez peças, desenhadas pelo arquiteto e produzidas em parceria 
com a filha, Anna Maria Niemeyer. Na peça, os apoios são reduzidos, 
justamente para valorizar as curvas, que é o traço característico do 
arquiteto, e torna-se ainda mais leve pelo uso da palhinha. 
Oscar Niemeyer inicia a sua incursão no design de móveis em 1971. 
“O problema que encontrei no equipamento dos edifícios é que, muitas 
vezes, o mobiliário, o arranjo interno, prejudica completamente a 
arquitetura”, diz o arquiteto no livro Móvel Moderno no Brasil, de Maria 
Cecilia Loschiavo dos Santos, ao explicar o porquê do interesse em 
projetar mobiliário: considera-os parte fundamental da composição 
arquitetônica. Na mesma publicação, Niemeyer revela ainda que prevê 
em seus projetos os espaços destinados aos grupos de móveis e, se 
colocados de maneira indevida, todo o projeto é prejudicado. “Às 
vezes eles não estão de acordo com a arquitetura, e o ambiente se faz 
sem a unidade que a gente gostaria. Por isso é que eu comecei”, diz, 
e segue, “todos os móveis estão presos ao princípio de que são 
complemento da arquitetura e devem ser atualizados e modernos 
como a própria arquitetura”. 
 
 
Outras obras: 
 
 
Desenho: Oscar Niemeyer e Anna Maria Niemeyer 
Data: 1971 
Estrutura: madeira prensada, curva, laqueada de preto 
Revestimento: almofadas em couro 
 
 
 
 
Desenho: Oscar Niemeyer e Anna Maria Niemeyer 
Ano de criação: 1974 
Estrutura: madeira prensada, curva, laqueada de preto 
Revestimento: palha de Viena

Continue navegando