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Introdução - Apicultura de forma orgânica e sustentável

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO 
DISCIPLINA: CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO LINGUÍSTICO EM 
TEXTOS DE BIOLOGIA 
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
ROTEIRO DO TEXTO DE INTRODUÇÃO 
 
TEMA: Ameaça de extinção as abelhas 
 
TÍTULO: Apicultura de forma orgânica e sustentável 
 
Durante milhares de anos a evolução das abelhas e das plantas se deu 
em conjunto. Podendo algumas plantas se autopolinizarem (Souza, et. al, 2007) 
e outras necessitarem do auxílio de um polinizador que coleta e traz o pólen de 
outras plantas (Chiari, et. al., 2005). 
Mesmo atualmente as abelhas são consideradas as principais 
polinizadoras no reino vegetal, auxiliando a manter a biodiversidade (Lopes, et. 
al., 2014) , e também várias plantas que possuem alta importância econômica e 
necessitam desse inseto para sua reprodução, mostrando assim, o seu extenso 
valor para a natureza e para o agronegócio (Freitas, et. al. 2017). 
Porém, com a mudança industrial nos anos 40, da produção de armas 
químicas para a produção de agrotóxicos visando o aumento na produção de 
alimentos pós-guerra (Londres, 2011), além do constante aumento da 
urbanização, desmatamento, queimadas e da variação climática as abelhas 
estão sofrendo uma diminuição populacional cada vez maior(Beringer et. al., 
2019). 
 A falta de alimento, falta de rainha, perda de hábitat, dentre outros, são 
fatores que influenciam na diminuição populacional desses animais. Todos eles 
causados por ações antrópicas (Johnson, et. al., 2010). Se ocorrer a extinção 
desses pequenos insetos, ocorrerá também, um grande impacto ambiental em 
 
massa. Podendo levar à extinção de plantas e animais, e fortes mudanças no 
ecossistema (Kevan e Viana, 2003). 
A biodiversidade e o ecossistema são de extrema importância em todo o 
mundo e isso é indiscutível. Portanto, torna-se evidente a necessidade de 
proteção aos polinizadores (Cobert, 2000). E sendo as abelhas um desses 
animais, sua conservação também deve ser realizada. 
Dessa forma, o objetivo deste trabalho é apresentar uma alternativa 
rápida, sustentável e orgânica para a realização da conservação desse inseto 
tão importante ecológica e economicamente. 
A técnica de apicultura vem se mostrando muito eficiente para a 
conservação deste indivíduo. Além de apresentar baixo impacto ambiental e alto 
valor social, gerando ainda, uma rentabilidade para quem o desenvolve. (Khan, 
et. al., 2009). Porém, ela ainda está associada ao uso de agrotóxicos, possuindo 
poucos estudos com o uso de produtos naturais (Bogdanov, 2006). 
Portanto, essa técnica deve ser realizada a partir do cultivo de plantas 
orgânicas atrativas para a espécie que deseja ser conservada, com a construção 
de um espaço adequado para que elas façam suas colméias e suprimentos 
alimentares até o momento que elas consigam manter essas colméias sozinhas. 
Deverá ter também um grupo controle, com a aplicação da técnica convencional 
de apicultura. 
As colméias deverão ser acompanhadas no período de um ano para 
coleta de dados quanto ao aparecimento de doenças, crescimento e 
desenvolvimento das colméias e controle para saber se essa mudança de 
abordagem causa mudança no sabor de seus meliponíneos. 
 
 
 
Referências: 
BOGDANOV, S. 2006. Contaminants of bee products. Apidologie v. 37, p. 1-18. 
 
BERINGER, J., MACIEL, F. L., & TRAMONTINA, F. F. (2019). O declínio 
populacional das abelhas: causas, potenciais soluções e perspectivas futuras. 
Revista Eletrônica Científica Da UERGS , v. 5(1), p. 18-27. 
CHIARI, W. C., V. d. A. A. TOLEDO, M. C. C. RUVOLO-TAKASUSUKI, A. J. B. 
OLIVEIRA, E. S. SAKAGUTI, V. M. ATTENCIA, F. M. COSTA, e M. H. MITSUI. 
(2005). Pollination of soybean (Glycine max L. Merril) by honeybees (Apis 
mellifera L.). Brazilian Archives of Biology and Technology, v. 48, p. 31-36. 
COBERT, S.A. (2000). A Conserving compartments in pollination webs. 
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FREITAS, P. V. D. X. D., RIBEIRO, F. M., ALMEIDA, E. M., ZANATA, R. A., 
ALVES, J. J. L., OLIVEIRA, V. F., FAQUINELLO, P. (2017) Declínio populacional 
das abelhas polinizadoras: Revisão. Pubvet (Londrina), v. 11, p. 1-10. 
JOHNSON, R. M., M. D. ELLIS, C. A. MULLIN, M. FRAZIER. (2010). Pesticides 
and honey bee toxicity–USA. Apidologie, v. 41, p. 312-331. 
KHAN, A. S., V. D. MATOS, e LIMA, P. V. P. S. (2009). Desempenho da 
apicultura no estado do Ceará: competitividade, nível tecnológico e fatores 
condicionantes. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 47, p. 651-676. 
KEVAN, P.G.; VIANA, B.F. (2003). The global decline of pollination services. 
Biodiversity, v.4, n. 4, p. 3-8. 
LONDRES, F. (2011) Agrotóxicos no Brasil: um guia para ação e defesa da vida. 
Rio de Janeiro: RBJA, p. 191. 
LOPES, L. A; DAL-FARRA, R. A.; ATHAYDES, Y. Relevância dos insetos em 
termos ecológicos e suas interações com o ser humano: contribuições para a 
educação ambiental. Revista eletrônica educação ambiental em ação, (2014). 
Disponível em: <http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1863>. Acesso 
em: 25 de novembro de 2021. 
SOUZA, D. L., A. EVANGELISTA-RODRIGUES, e Pinto, M. S. C. (2007). As 
abelhas como agentes polinizadores. Revista Electrónica de Veterinaria, v. 8, p. 
1-3.

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