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1 Política Nacional de Atenção Hospitalar Prof. Sthephanie Freitas Parte - I Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) A Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) foi instituída por meio da Portaria 3.390, de 30 de dezembro de 2013. As disposições desta Portaria se aplicam a todos os hospitais, públicos ou privados, que prestem ações e serviços de saúde no âmbito do SUS. Fonte: BRASIL, 2013 EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 2 Art. 5º Para efeito desta Portaria, considera-se: Fonte: BRASIL, 2013 acessibilidade hospitalar: a condição para utilização com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos do hospital por uma pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida; acolhimento: a escuta ética e adequada das necessidades de saúde do usuário no momento de procura ao serviço de saúde e na prestação de cuidados com a finalidade de atender à demanda com resolutividade e responsabilidade; apoio matricial: o suporte técnico especializado que é ofertado a uma equipe interdisciplinar de saúde a fim de ampliar seu campo de atuação e qualificar suas ações, invertendo a lógica da fragmentação dos saberes; auditoria clínica: a análise crítica e sistemática da qualidade de atenção à saúde prestada no hospital, incluindo-se os procedimentos usados para o diagnóstico e o tratamento, uso dos recursos e os resultados para os usuários; Art. 5º Para efeito desta Portaria, considera-se: classificação de risco: protocolo pré-estabelecido, com a finalidade de dar agilidade ao atendimento a partir da análise do grau de necessidade do usuário, proporcionando atenção centrada no nível de complexidade e não na ordem de chegada; clínica ampliada: dispositivo de atenção à saúde, centrado nas necessidades de cada usuário e no seu contexto, articulando um conjunto de práticas capazes de potencializar a capacidade de atuação dos profissionais por meio da implantação das equipes de referência, construção de vínculo e elaboração de projetos terapêuticos compartilhados com os usuários, buscando ampliar os recursos de intervenção sobre o processo saúde/doença; diretrizes terapêuticas: recomendações desenvolvidas de modo sistemático para auxiliar os profissionais de saúde e usuários no momento da tomada de decisões acerca de circunstâncias clínicas específicas; gerência: administração de uma unidade ou órgão de saúde, tais como ambulatório, hospital, instituto e fundação, que se caracteriza como prestador de serviços do SUS; EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 3 Art. 5º Para efeito desta Portaria, considera-se: Fonte: BRASIL, 2013 gestão: atividade e responsabilidade de comandar um sistema de saúde municipal, distrital, estadual ou nacional, exercendo as funções de coordenação, articulação, negociação, planejamento, (...) controle e avaliação do sistema/redes e dos prestadores públicos ou privados e prestação direta de serviços de saúde; gestão da clínica: práticas assistenciais e gerenciais desenvolvidas a partir da caracterização do perfil dos usuários por meio da gestão de leitos, co-responsabilização das equipes e avaliação de indicadores assistenciais; horizontalização do cuidado: a forma de organização do trabalho em saúde, na qual existe uma equipe multiprofissional de referência que atua diariamente no serviço, em contraposição à forma de organização do trabalho em que os profissionais têm uma carga horária distribuída por plantão; gerenciamento de leitos: dispositivo para otimização da utilização dos leitos, aumentando a rotatividade dentro de critérios técnicos, visando diminuir o tempo de internação desnecessário e abrir novas vagas para demandas represadas; Art. 5º Para efeito desta Portaria, considera-se: Fonte: BRASIL, 2013 linha de cuidado: a estratégia de organização da atenção que viabiliza a integralidade da assistência, por meio de um conjunto de saberes, tecnologias e recursos necessários ao enfrentamento de riscos, agravos ou demais condições específicas do ciclo de vida (...); modelo de atenção: forma como é organizado o sistema de saúde a partir da compreensão do processo de saúde e doença, (...) estruturadas para o atendimento de necessidades individuais e coletivas, específicas para um determinado contexto histórico e social; plano terapêutico: plano de cuidado de cada paciente, resultado da discussão da equipe multiprofissional, com o objetivo de avaliar ou reavaliar diagnósticos e riscos, redefinindo as linhas de intervenção terapêutica dos profissionais envolvidos no cuidado; ponto de atenção: espaços onde se ofertam determinados serviços de saúde, por meio de uma produção singular, como uma unidade ambulatorial especializada, uma unidade de atenção domiciliar, uma unidade de atenção paliativa, etc.; EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 4 Art. 5º Para efeito desta Portaria, considera-se: Fonte: BRASIL, 2013 prontuário único: o conjunto de documentos em saúde padronizados e ordenados, destinado ao registro dos cuidados que foram prestados aos usuários por todos os profissionais de saúde; Portas Hospitalares de Urgência e Emergência: serviços instalados em uma unidade hospitalar para prestar atendimento ininterrupto ao conjunto de demandas espontâneas e referenciadas de urgências e emergências clínicas, pediátricas, obstétricas, cirúrgicas e/ou traumatológicas, etc; protocolo clínico: documento que normaliza um padrão de atendimento a determinada patologia ou condição clínica, identificando as ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação; RAS: malha que integra os diversos pontos de atenção em determinado território, organizando-os sistematicamente para que os diferentes níveis e densidades tecnológicas estejam articulados e adequados de forma regulada para o atendimento ao usuário; Art. 5º Para efeito desta Portaria, considera-se: Fonte: BRASIL, 2013 visita aberta: o acesso dos visitantes às unidades de internação em qualquer tempo, desde que negociado previamente entre usuário, profissionais, gestores e visitantes, de forma a garantir o elo entre o usuário e sua rede social de apoio; Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH): Núcleo composto por profissionais das diversas áreas do hospital cuja finalidade é a garantia da qualidade da gestão do serviço de urgência e emergência e dos leitos de retaguarda às urgências; Núcleo Interno de Regulação (NIR): constitui a interface com as Centrais de Regulação para delinear o perfil de complexidade da assistência que sua instituição representa no âmbito do SUS e disponibilizar consultas ambulatoriais, serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, além dos leitos de internação, segundo critérios pré-estabelecidos para o atendimento, além de buscar vagas de internação e apoio diagnóstico e terapêutico fora do hospital para os pacientes internados, quando necessário. EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 5 Art. 6º São diretrizes da PNHOSP: I - garantia de universalidade de acesso, equidade e integralidade na atenção hospitalar; II - regionalização da atenção hospitalar, com abrangência territorial e populacional, em consonância com as pactuações regionais; III - continuidade do cuidado por meio da articulação do hospital com os demais pontos de atenção da RAS; IV - modelo de atenção centrado no cuidado ao usuário, de forma multiprofissional e interdisciplinar; V - acesso regulado de acordo com o estabelecido na Política Nacional de Regulação do SUS; Art. 6º São diretrizes da PNHOSP: VI - atenção humanizada em consonância com a Política Nacional de Humanização; VII - gestão de tecnologia em saúde de acordo com a Política Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS; VIII - garantia da qualidade da atenção hospitalar e segurança do paciente; IX - garantia da efetividade dos serviços, com racionalização da utilização dos recursos, respeitando as especificidades regionais; X - financiamentotripartite pactuado entre as três esferas de gestão; EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 6 Art. 6º São diretrizes da PNHOSP: XI - garantia da atenção à saúde indígena, organizada de acordo com as necessidades regionais, respeitando-se as especificidades socioculturais e direitos estabelecidos na legislação com correspondentes alternativas de financiamento específico de acordo com pactuação com subsistema de saúde indígena; XII - transparência e eficiência na aplicação de recursos; XIII - participação e controle social no processo de planejamento e avaliação; e XIV - monitoramento e avaliação. Art. 7º São eixos estruturantes da PNHOSP: Gestão Hospitalar; Formação, Desenvolvimento e Gestão da Força de Trabalho; Assistência Hospitalar; Contratualização; e Responsabilidades das Esferas de Gestão. Financiamento; EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 7 1. (UFRN-RN/2016) A Portaria Nº 3.390, de 30 de dezembro de 2013 institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente hospitalar na Rede de Atenção à Saúde (RAS). Para efeito desta portaria, considera-se: I - Classificação de risco: protocolo pré-estabelecido, com a finalidade de dar agilidade ao atendimento a partir da análise do grau de necessidade do usuário, proporcionando atenção centrada no nível de complexidade e na ordem de chegada; 1. (UFRN-RN/2016) II - Clínica Ampliada: dispositivo de atenção à saúde, centrado nas necessidades de cada usuário e no seu contexto, articulando um conjunto de práticas capazes de potencializar a capacidade de atuação dos profissionais por meio da implantação das equipes de referência, construção de vínculo e elaboração de projetos terapêuticos compartilhados com os usuários, buscando ampliar os recursos de intervenção sobre o processo saúde/doença; III - Gestão da Clínica: dispositivo para otimização da utilização dos leitos, aumentando a rotatividade dentro de critérios técnicos, visando diminuir o tempo de internação desnecessário e abrir novas vagas para demandas represadas; EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 8 1. (UFRN-RN/2016) IV - Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH): Núcleo composto por profissionais das diversas áreas do hospital cuja finalidade é a garantia da qualidade da gestão do serviço de urgência e emergência e dos leitos de retaguarda às urgências; V - Protocolo Clínico: documento que normaliza um padrão de atendimento a determinada patologia ou condição clínica, identificando as ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação; Considerando as afirmativas acima, responda: 1. (UFRN-RN/2016) a) As alternativas I, III e IV estão corretas b) As alternativas I, II e V estão corretas c) Somente as alternativas II, IV e V estão corretas d) Todas as afirmativas estão corretas EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 9 BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3.390, de 30 de dezembro de 2013. Institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo- se as diretrizes para a organização do componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 dez. 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Ministério da Educação, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Manual de implantação e implementação : núcleo interno de regulação para Hospitais Gerais e Especializados Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Referências Rumo à aprovação! EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 10 Política Nacional de Atenção Hospitalar Prof. Sthephanie Freitas Parte - II Fonte: BRASIL, 2017 Em 2017, por meio da Portaria de Consolidação n.º 2, de 28 de setembro, em seu art. 6º, inciso IV, define e recomenda a criação do Núcleo Interno de Regulação (NIR) nos hospitais, de forma a realizar a interface com as Centrais de Regulação, delinear o perfil de complexidade da assistência no âmbito do SUS, entre outras atribuições. EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 11 Objetivo Geral do NIR Apresentar um modelo que subsidie o gestor hospitalar a implantar o Núcleo Interno de Regulação (NIR). Fonte: BRASIL, 2017 Objetivos Específicos do NIR Promover diretrizes que norteiem os gestores na implantação e implementação do NIR; Dar subsídios técnicos para a elaboração do Regimento Interno e constituição da equipe do NIR; Orientar a realização da Gestão de Leitos Intra-Hospitalares; Dar subsídios técnicos para realização de ações que qualifiquem o cuidado. EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 12 Principais Atribuições do NIR Permitir o conhecimento da necessidade de leitos Regular e gerenciar as diferentes ofertas hospitalares existentes Subsidiar discussões tanto internas, como externas Otimizar a utilização dos leitos hospitalares Otimizar a ocupação das Salas Cirúrgicas Reduzir ao máximo o número de procedimentos eletivos cancelados Redução do tempo de espera entre a indicação de terapia cirúrgica Controle e o uso racional de órteses, próteses e materiais especiais. Estabelecer e/ou monitorar o painel de indicadores da capacidade instalada hospitalar Induzir a implantação dos mecanismos de gestão da clínica Principais Atribuições do NIR EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 13 Promover o uso dinâmico dos leitos hospitalares Permitir e aprimorar a interface entre a gestão interna Qualificar os fluxos de acesso aos serviços e às informações Otimizar os recursos existentes Promover a permanente articulação do conjunto das especialidades clínicas e cirúrgicas Principais Atribuições do NIR Aprimorar e apoiar o processo integral do cuidado ao usuário dos serviços hospitalares Apoiar as equipes na definição de critérios para internação e instituição de alta hospitalar Fornecer subsídios às coordenações assistenciais Estimular o cuidado horizontal dentro da instituição. Subsidiar a direção do hospital para a tomada de decisão Principais Atribuições do NIR EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 14 Pilares do NIR Práticas de Regulação Articulação com a RAS Monitoramento Regulação do acesso realizadas pelo NIR. Interface com as Centrais de Regulação Hospitalar. Avaliação de indicadores. Fonte: BRASIL, 2017 Práticas de Regulação Indispensável a comunicação entre o NIR e as Centrais de Regulação Ambulatorial Hospitalar Urgência Fonte: BRASIL, 2017 EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 15 Implantação e articulação da equipe de trabalho Capacidade instalada. Projeto terapêutico Padronizar os processos Centralizar no NIR Fonte: BRASIL, 2017 Rotina do NIR É esperado que o NIR passe a ter controle total sobre os leitos do hospital. O papel do enfermeiro operacional: sua função primordial é a gestão em tempo real dos leitos livres Fonte: BRASIL, 2017 EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 16 Principais atividades do NIR Coordenar o trabalho de regulação intra-hospitalar. Controlar diariamente a disponibilidade de leitos. Monitorar o tempo médio de permanência de cada paciente. Constituir a interface entre hospital e Central de Regulação. Monitorar o fluxo de informações entre a Central de Regulação e o hospital. Organizar e acompanhar indicadores. Elaborar relatórios mensais para discussão em colegiado/comissões Passo a passo para Implantação do NIR Definição dos Objetivos do NIR 1º Passo Definição das Atribuições do NIR 2º Passo Planejando as ações para alcançar os Objetivos e Atribuições propostos para o NIR 3º Passo Fonte: BRASIL, 2017Validação em plenária 4º Passo EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 17 O NIR estará instituídoquando houver: Equipe de referência Definição de indicadores Plano De Ação Consonância Entre o eixo Fonte: BRASIL, 2017 Vantagens na implantação do NIR Impactará na melhoria dos processos institucionais, na racionalização e uso da capacidade instalada, na ampliação do acesso e na promoção de práticas assistenciais seguras na transição do cuidado. Fonte: BRASIL, 2017 EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 18 BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3.390, de 30 de dezembro de 2013. Institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo- se as diretrizes para a organização do componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 dez. 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Ministério da Educação, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Manual de implantação e implementação : núcleo interno de regulação para Hospitais Gerais e Especializados Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Referências Gabarito 1 C EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13 19 Rumo à aprovação! EMANUELLY ANDREZA SANTOS ARAÚJO VAZ - 055.893.433-13
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