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TEXTOS 
FUNDAMENTAIS DE 
POESIA EM LÍNGUA 
INGLESA
Liana Paraguassu
 
Período Elisabetano 
e o Renascimento 
inglês: contexto e 
aspectos históricos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Comparar o período Elisabetano com as mudanças sociais e artísticas.
  Caracterizar a literatura inglesa a partir dos aspectos históricos.
  Reconhecer o Renascimento e a sua importância para a constituição 
da literatura inglesa.
Introdução
Alguns fatos históricos foram determinantes para a construção da literatura 
inglesa na Era Elisabetana, entre eles o Renascimento, que se inicia com 
o reinado de Elizabeth I e perdura até o reinado de James I.
Neste capítulo, você conhecerá esses fatos históricos, descobrirá quais 
autores, além de William Shakespeare, tiveram destaque na literatura do 
período Elisabetano, bem como conhecerá os poetas não dramáticos, 
como Edmund Spenser e outros.
Era Elisabetana: sociedade e arte
Elizabeth I é considerada por muitos uma das maiores monarcas da história da 
Inglaterra. A rainha Elizabeth chegou ao poder em 1558, herdando problemas 
de todos os tipos, como confl itos religiosos, pobreza e política estrangeira 
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instável. Alguns historiadores chegam a afi rmar que, quando Elizabeth chegou 
ao poder, a Inglaterra estava prestes a entrar em colapso, porém, a nova rainha 
conseguiu reestabelecer a estabilidade e o status da monarquia.
Elizabeth solucionou as tensões religiosas, chegando a um meio-termo, em 
que se permitia a católicos e puritanos manterem suas crenças privadamente, 
desde que frequentassem a Igreja da Inglaterra. Contudo, ela perseguiu, tortu-
rou e executou padres católicos que chegaram à Inglaterra para contestar seu 
poder. A rainha sobreviveu a conspirações e rebeliões e executou a Rainha 
Maria da Escócia, em 1587. Elizabeth I foi a protagonista de muitas conquistas, 
incluindo a derrota da Armada Espanhola, transformando a Inglaterra em 
uma potência colonizadora. 
Apesar de todos esses fatos, nem só de glórias se viveu na Era Elisabetana. A 
rainha foi tão sangrenta quanto sua antecessora e meia-irmã, Maria, executando 
muito mais pessoas por suas crenças religiosas que seu pai, Henrique VIII. 
Elizabeth criou uma rede de espiões que a mantinha segura de conspirações e 
atentados internos e externos. O parlamento, naquela época, não tinha força, 
e ela chegou a prender aqueles que a desafiavam politicamente. 
Tempos de arte
No período Elisabetano, a arte era encorajada de todas as formas: pintura, 
música e literatura. A própria rainha encomendou muitos retratos que a repre-
sentassem de maneira pura e ao mesmo tempo poderosa. Elizabeth era vaidosa 
e amava a grandeza da Inglaterra, o que inspirou seu povo ao patriotismo 
exultado em Shakespeare, e com a devoção pessoal encontrada em Faerie 
Queene, de Spencer. Sob sua administração, a vida da Inglaterra progrediu 
em saltos gigantescos, e a literatura atingiu seu apogeu. 
A Era Elisabetana foi um período de liberdade intelectual, de desenvolvi-
mento do intelecto, conforto entre todas as classes, de patriotismo ilimitado e 
de relativa paz. Um período de grandes pensamentos e grandes ações, no qual 
se estimulavam a imaginação e o intelecto e buscava-se uma nova forma de 
literatura, que expressasse o homem como um todo (pensamentos, sentimentos, 
ações e caráter). Dessa forma, foi na época de Elizabeth I que a literatura 
encontrou sua plenitude no drama.
Período Elisabetano e o Renascimento inglês: contexto e aspectos históricos2
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Elizabeth era extremamente inteligente e com uma formação impecável e detalhista, 
além de possuir entendimento sobre a política da época. A rainha falava latim, grego, 
francês e italiano. Era muito resiliente, tendo sido presa em 1554 e mantida como 
prisioneira na Torre de Londres sob suspeita de ter cometido traição contra sua meia-
-irmã, Maria I. Entendia os perigos das políticas da corte, em que nobres ambiciosos 
conspiravam para ganhar poder e influência. 
Elizabeth era uma mulher confiante e carismática, capaz de fazer grandes discursos 
que envolviam e conquistavam seus súditos. Ela impunha suas visões de mundo aos 
ingleses e tinha um temperamento que muitos temiam. Por outro lado, ela levava 
muito tempo para decidir sobre questões importantes, ponderando cada fator, o que, 
com frequência, frustrava seus conselheiros.
Literatura na Era Elisabetana: da poesia 
ao drama
A literatura da era elisabetana pode ser dividida entre antes e depois do sur-
gimento do drama. Foram vários os poetas não dramáticos que contribuíram 
para o enriquecimento da literatura do período, mas um deles merece desta-
que: Edmund Spencer (1553-1599), que fi cou conhecido por sua obra-prima 
The Faerie Queene, um poema épico e uma alegoria fantástica que celebra a 
dinastia Tudor e Elizabeth I. Spenser é reconhecido como um dos precursores 
do verso em inglês moderno e, frequentemente, é considerado um dos maiores 
poetas da língua inglesa. 
Origem do drama 
A origem do drama está intrinsicamente ligada à predisposição da humanidade 
a tudo que é religioso. Na Grécia e Roma antigas, o drama era utilizado para 
passar mensagens de cunho religioso aos seus espectadores, da mesma forma 
aconteceu na Inglaterra e em outras nações. 
Como a Bíblia era escrita somente em latim, as pessoas comuns não con-
seguiam compreender seus significados, portanto, o clero procurou novos 
métodos de ensinar aquilo que a bíblia dizia ao povo. Na Inglaterra, as primeiras 
3Período Elisabetano e o Renascimento inglês: contexto e aspectos históricos
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peças foram obras traduzidas do latim e encenadas por alunos de colégios. 
Sob essa perspectiva, pode-se afirmar que foram os elementos religiosos que 
desenvolveram o drama como gênero literário. 
Períodos de desenvolvimento do drama
  Período religioso: na Europa, assim como na Grécia antiga, o drama 
teve origem religiosa. Os primeiros personagens foram baseados no 
Novo Testamento e o objetivo das primeiras peças era passar a mensagem 
da igreja para o povo. 
Na França, o nome miracle foi dado a qualquer peça que representasse a vida de 
santos. As chamadas Miracles (qualquer peça que tivesse sua origem na Bíblia ou na 
vida de santos), na Inglaterra, eram divididas em duas classes: a primeira ocorria no 
Natal, incluindo as peças relacionadas ao nascimento de Cristo; e a segunda na Páscoa, 
incluindo as peças relacionadas à morte e triunfo de Jesus. 
  Período moral: o segundo período do drama, também conhecido como 
período moral, surge com o aumento das peças de cunho moral, que 
falavam sobre moralidade. Nessas peças, os personagens eram alegó-
ricos, como vida, morte, repetência, atos de Deus, amor, ganância e 
outras virtudes ou vícios. 
  Período artístico: é o último estágio no desenvolvimento do drama 
inglês. Ele difere radicalmente dos outros dois, uma vez que seu prin-
cipal propósito não é apontar a moral, mas representar a vida humana 
como ela é. A primeira peça inglesa com um enredo regular, dividido 
em atos e cenas, provavelmente é a comédia Ralph Royster Doyster, 
escrita por Nicholas Udall e encenada por estudantes em torno de 1556.
Influência clássica sobre o drama
O ressurgimento da literatura em latim teve uma infl uência decisiva no drama 
inglês, uma vez que ele se desenvolveu a partir das peças chamadas Miracles. 
No século XV, os professores de inglês, com o intuito de aumentar o interesse 
dos alunos pelo latim, os incentivavam a encenar peças que eles tinham lido 
Período Elisabetano e o Renascimento inglês: contexto e aspectos históricos4
C08_Elisabetano_Renascimento_Ingles_Contexto_e_Aspectos_Historicos.indd 4 18/06/2018 16:01:23como literatura. Sêneca era o autor de preferência em latim, e suas tragédias 
foram traduzidas para o inglês entre os anos de 1559 e 1581.
Este foi o momento em que os primeiros dramaturgos ingleses começavam 
a construir suas próprias obras, deixando de lado a simplicidade dos dramas 
de Sêneca para dar lugar à exuberância das peças inglesas. O drama inglês 
era dinâmico, pois os mesmos atores apareciam ora em casa, ora na corte, 
ora no campo de batalha. Tudo mudava rapidamente para atrair a atenção do 
espectador.
Dramaturgos pré-Shakespeare
John Lily (1554-1606) é um dos autores mais infl uentes dos primórdios da 
dramaturgia inglesa. Suas comédias sobre a corte inglesa são conhecidas pelos 
diálogos espirituosos. Já a Tragédia Espanhola de Thomas Kyd (1585) traz o 
drama ou o melodrama, infl uenciando, mais tarde, Marlowe e Shakespeare. 
Robert Greene (1558-1592) tem papel importante no desenvolvimento da 
comédia romântica, apresentando cenas excelentes sobre a vida no campo na 
Inglaterra em peças como Friar Bacon e Friar Bungay. 
Dos contemporâneos de Shakespeare, Christopher Marlowe é quem aparece 
com maior destaque. Os dois chegaram a trabalhar juntos. Entre suas grandes 
obras podemos citar Tamburlaine. Tamburlaine the Great, sobre o conquistador 
Timur (Tamerlane), que foi a primeira de suas peças a ser encenada em um palco 
inglês, em Londres, 1587. As duas partes de Tamburlaine foram publicadas 
em 1590. A história é uma homenagem à dinastia Tudor e conta a história 
de Timur, que passa de sua condição de pastor a senhor da guerra. Todas as 
outras obras de Marlowe foram publicadas postumamente. A sequência de suas 
outras quatro peças (The Jew of Malta, Edward the Second, The Massacre at 
Paris, Doctor Faustus) é desconhecida e todas lidam com temas controversos. 
William Shakespeare foi, inquestionavelmente, o maior de todos os autores 
e dramaturgos da Era Elisabetana, sua obra é encenada, lida e vista até hoje 
em diversos países e em diversas línguas. 
Declínio do drama
Após Shakespeare e suas majestosas obras, o drama entra em decadência 
na Inglaterra. O que não surpreende, já que seria difícil para qualquer es-
critor e dramaturgo conseguir superar ou mesmo se igualar à genialidade de 
Shakespeare e o que ele representou para a literatura inglesa. Além disso, 
5Período Elisabetano e o Renascimento inglês: contexto e aspectos históricos
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tudo aquilo que motivou o drama elisabetano também estava em cheque. 
A Inglaterra estava mudando, e o patriotismo sentido na época da rainha 
Elizabeth começava a esmorecer. 
Segundo William J. Long (2013), o público das peças de teatro já não 
era o mesmo. Aquele público que buscava informação e a representação 
da sociedade com seus vícios e virtudes deu lugar a um que ia ao teatro 
somente para se divertir, sem se importar com o conteúdo e a qualidade das 
peças. Assim, tudo aquilo que fez a literatura da Era Elisabetana chegar ao 
seu apogeu começava a se perder, dando início ao declínio do drama e o 
que ele representava. 
Além de Spencer, outros poetas de menor destaque fizeram parte da gama de po-
etas não dramáticos da Era Elisabetana. Entre eles, podemos citar Thomas Sackville 
(1536-1608), cuja principal obra foi baseada no Inferno de Dante, com o poema chamado 
Mirror of Magistrates. Sackville escreveu também a primeira tragédia inglesa, chamada 
Ferrex and Porrex. Philip Sidney (1554-1586), cuja trajetória de vida é mais interessante 
que suas obras literárias, tem três obras principais em seu currículo, todas publicadas 
após sua morte: The Arcadia, The Apologie for Poetrie e The School of Abuse. George 
Chapman (1559-1634) passou a vida entre os dramaturgos e tem como seus trabalhos 
mais famosos as traduções da Ilíada e da Odisseia. Michael Drayton (1563-1631) é con-
siderado o poeta mais produtivo e interessante dos poetas de menor expressão. Sua 
principal obra é Polyolbion, um enorme poema com milhares de linhas que descreve 
as cidades, as montanhas e os rios da Bretanha.
Renascentismo inglês
O Renascentismo inglês foi um movimento cultural e artístico na Inglaterra 
que data do fi nal do século XV ao início do século XVII. Está ligado ao Re-
nascentismo europeu, que se iniciou na Itália no fi nal do século XIV. Como a 
maior parte do norte da Europa, a Inglaterra viu pouco desse movimento até 
mais de um século depois. 
Acredita-se que o movimento renascentista na Inglaterra iniciou em 1485, 
quando a Batalha de Bosworth Field pôs fim à Guerra das Rosas e inaugurou 
a Dinastia Tudor. O estilo e as ideias renascentistas, no entanto, demoraram a 
penetrar na Inglaterra, e a Era Elisabetana da segunda metade do século XVI 
é considerada o apogeu do Renascentismo inglês. 
Período Elisabetano e o Renascimento inglês: contexto e aspectos históricos6
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O Renascentismo inglês é diferente do Renascentismo italiano de diversas 
maneiras. As formas de arte dominantes do Renascentismo inglês eram a 
literatura e a música; já as artes visuais do Renascentismo inglês foram muito 
menos significativas do que no renascentismo italiano, apesar de estimuladas 
pela rainha Elizabeth. O período inglês começou muito mais tarde do que o 
italiano, que geralmente tem o seu início considerado no final do século XIV, 
e estava entrando no Maneirismo e no Barroco por volta de 1550 ou antes. Em 
contraste, o Renascentismo inglês começou timidamente por volta de 1520 e 
durou até aproximadamente 1640.
Literatura
A Inglaterra tinha uma forte tradição na literatura no vernáculo inglês, e que 
aumentou gradualmente à medida que o uso da língua inglesa nas obras im-
prensas se tornou comum, em meados do século XVI. Na época da literatura 
elisabetana, havia uma vigorosa cultura literária do drama e da poesia com 
poetas como Edmund Spenser, um de seus expoentes, cujo épico verso The 
Faerie Queene teve uma forte infl uência na literatura inglesa, além dos gran-
des William Shakespeare, Thomas Wyatt, entre outros. Os trabalhos desses 
dramaturgos e poetas circularam em forma de manuscrito por algum tempo 
antes de serem publicados. Porém, as peças de teatro do período renascentista 
inglês foram o legado mais notável da época.
A cena teatral inglesa, que se apresentava tanto para a corte em apresenta-
ções privadas como para o grande público nos teatros, era a mais concorrida 
da Europa, com uma série de dramaturgos, além das grandes figuras de 
Christopher Marlowe, Shakespeare e Ben Jonson. A própria Elizabeth I foi 
um produto do humanismo renascentista e escreveu poemas ocasionais, como 
On Monsieur’s Departure, em momentos críticos de sua vida. Filósofos e inte-
lectuais notáveis incluíam Thomas More e Francis Bacon. Todos os monarcas 
da linhagem Tudor do século XVI eram altamente instruídos, assim como 
grande parte da nobreza, e a literatura italiana tinha um número considerável 
de seguidores, servindo como base para muitas das peças de Shakespeare.
Crítica à ideia de Renascentismo
Chamar este período de Renascentismo é algo recente na história, tendo 
essa noção sido popularizada pelo historiador Jacob Burckhardt, apenas no 
século XIX. A ideia do Renascentismo tem sido alvo de críticas crescentes por 
muitos historiadores culturais, que argumentam que o Renascentismo inglês 
7Período Elisabetano e o Renascimento inglês: contexto e aspectos históricos
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não tem vínculo real com as conquistas e objetivos artísticos dos artistas 
italianos (Leonardo da Vinci, Michelangelo, Donatello), que são estreitamente 
identifi cados com a arte visual da Renascença. 
Os historiadores culturais que contestam essa ideia acreditam que, do ponto 
de vista da história literária, a Inglaterra já havia experimentado um floresci-
mento da literaturamais de 200 anos antes da época de Shakespeare, durante 
as últimas décadas do século XIV. A popularização de Geoffrey Chaucer, que 
passou a escrever em inglês, em vez de latim, ocorreu apenas 50 anos depois 
que Dante começou a usar o italiano na poesia, além disso Chaucer traduziu 
obras de Boccaccio e Petrarca para o inglês da idade média. Ao mesmo tempo, 
William Langland, autor de Piers Ploughman, e John Gower também escreviam 
em inglês. No século XV, Thomas Malory, autor de Le Morte D’Arthur, era uma 
figura notável. Por essa razão, alguns estudiosos acreditam que a singularidade 
do período chamado de Renascentismo inglês é questionável.
Os historiadores culturais também começaram a questionar o termo Re-
nascentismo por acreditarem que essa palavra passa a ideia de que houve um 
“renascimento” positivo após a Idade Média, supostamente mais primitiva (o 
que não seria verdade). Muitos deles, agora, preferem usar o termo “início da 
era moderna” para designar esse período, pois destaca o período como sendo 
uma fase transitória que levou ao mundo moderno e tenta evitar conotações 
positivas ou negativas.
Já outros historiadores culturais contestam que, independentemente se 
o nome Renascentismo é apropriado ou não, havia inegavelmente um flo-
rescimento artístico na Inglaterra sob os monarcas Tudor, culminando em 
Shakespeare e seus contemporâneos.
As principais figuras literárias do Renascentismo Inglês foram:
  Francis Bacon
  Francis Beaumont
  George Chapman
  Thomas Dekker
  John Donne
  John Fletcher
  John Ford
  Ben Jonson
  Thomas Kyd
  Christopher Marlowe
  Philip Massinger
  Thomas Middleton
  Thomas More
  Thomas Nashe
  William Rowley
  William Shakespeare
  James Shirley
  Philip Sidney
  Edmund Spenser
  John Webster
  Thomas Wyatt
  William Tyndale
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Acesse o link a seguir e conheça as mulheres que contribuíram para a literatura inglesa 
nos séculos XVI e XVII. 
https://goo.gl/zJh8EM
1. Observe as afirmativas sobre a 
Inglaterra nos anos que antecedem 
o reinado da rainha Elizabeth I (1558). 
I. A indústria têxtil europeia entrou 
em colapso por volta de 1550, 
levando a uma depressão.
II. Em 1558, a Inglaterra estava 
em guerra com a Espanha e 
venceu a Grande Armada.
III. A Inglaterra tinha uma hierarquia 
social flexível, acreditava-se que 
a posição social dependia apenas 
dos seus próprios esforços.
IV. A Inglaterra era oficialmente um 
país católico, mas com um número 
cada vez maior de protestantes.
V. Pobreza e desemprego 
cresciam nas classes mais 
baixas por volta de 1550.
Assinale a alternativa correta sobre 
as afirmações verdadeiras ou falsas.
a) V, F, V, F, V.
b) V, V, V, F, F.
c) V, F, F, V, V.
d) V, V, F, F, V.
e) V, F, F, V, F.
2. A literatura da Era Elisabetana é 
conhecida pelo drama, mas além 
do drama quem foram os poetas 
não dramáticos do período?
a) O principal poeta não dramático 
da Era Elisabetana foi Edmund 
Spenser, com sua obra Faerie 
Queene, um poema épico sobre 
a dinastia Tudor. Além dele, 
outros escritores como Thomas 
Sackville, Philip Sidney, George 
Chapman e Michael Drayton 
aparecem como poetas de 
menor destaque no período.
b) O principal poeta não dramático 
da Era Elisabetana foi William 
Shakespeare, com sua obra Faerie 
Queene, um poema épico sobre 
a dinastia Tudor. Além dele, 
outros escritores como Thomas 
Sackville, Philip Sidney, George 
Chapman e Michael Drayton 
aparecem como poetas de 
menor destaque no período.
c) O principal poeta não dramático 
da Era Elisabetana foi Edmund 
Spenser, com sua obra Faerie 
Queene, um poema épico sobre 
a dinastia Tudor. Além dele, 
outros escritores como Geoffrey 
Chaucer, Philip Sidney, George 
Chapman e Michael Drayton 
aparecem como poetas de 
menor destaque no período.
9Período Elisabetano e o Renascimento inglês: contexto e aspectos históricos
C08_Elisabetano_Renascimento_Ingles_Contexto_e_Aspectos_Historicos.indd 9 18/06/2018 16:01:25
https://goo.gl/zJh8EM
d) O principal poeta não dramático 
da Era Elisabetana foi Edmund 
Spenser, com sua obra Doctor 
Faustus, um poema épico sobre 
a dinastia Tudor. Além dele, 
outros escritores como Thomas 
Sackville, Philip Sidney, George 
Chapman e Michael Drayton 
aparecem como poetas de 
menor destaque no período.
e) O principal poeta não dramático 
da Era Elisabetana foi Edmund 
Spenser, com sua obra Faerie 
Queene, um poema épico sobre 
Alexandre, o Grande. Além dele, 
outros escritores como Thomas 
Sackville, Philip Sidney, George 
Chapman e Michael Drayton 
aparecem como poetas de 
menor destaque no período.
3. Marque a alternativa correta 
sobre a origem do drama.
a) A origem do drama inglês 
está nos Celtas. Os Celtas 
influenciaram a história da 
dramaturgia europeia, pois 
seus dramas eram basicamente 
cerimônias de culto à guerra e 
aos deuses pagãos. Mais tarde, 
como os livros eram escritos 
em dialetos distintos, os nobres 
tentaram encontrar uma maneira 
de unificar a mensagem, criando, 
assim, um novo método: contar 
as histórias sagradas por meio 
da encenação dessas histórias.
b) A origem do drama está 
intrinsicamente relacionada à 
religiosidade da humanidade, 
mas isso aconteceu somente 
na história da literatura inglesa. 
Os dramas na Grécia e Roma 
antigas eram basicamente 
cerimônias religiosas, mais 
tarde, como a bíblia era escrita 
em latim e grande parte das 
pessoas não compreendia o 
que estava escrito nela, a igreja 
tentou encontrar uma maneira 
de passar a mensagem para o 
povo, criando um novo método: 
contar as histórias sagradas 
por meio da sua encenação.
c) A origem do drama está 
intrinsicamente relacionada à 
religiosidade da humanidade, e 
isso aconteceu não somente na 
história da literatura inglesa, mas 
também em várias outras nações. 
Os dramas dos Celtas eram 
basicamente cerimônias religiosas, 
portanto, mais tarde, como a bíblia 
era escrita em latim e grande parte 
das pessoas não compreendia o 
que estava escrito nela, a igreja 
tentou encontrar uma maneira 
de passar a mensagem para o 
povo, criando um novo método: 
contar as histórias sagradas 
por meio da sua encenação.
d) A origem do drama está 
intrinsicamente relacionada à 
religiosidade da humanidade, 
e isso aconteceu não somente 
na história da literatura inglesa, 
mas também em várias outras 
nações. Os dramas na Grécia e 
Roma antigas eram basicamente 
cerimônias religiosas e, mais 
tarde, como a bíblia era escrita 
em latim e grande parte das 
pessoas não compreendia o que 
estava escrito nela, a igreja tentou 
encontrar uma maneira de 
passar a mensagem para o povo, 
por meio de um novo método: 
contar as histórias sagradas 
por meio da sua encenação.
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C08_Elisabetano_Renascimento_Ingles_Contexto_e_Aspectos_Historicos.indd 10 18/06/2018 16:01:25
e) A origem do drama está 
intrinsicamente relacionada às 
necessidades humanas. Isso 
aconteceu não somente na 
história da literatura inglesa, 
mas também em várias outras 
nações. Os dramas na Grécia e 
Roma antigas eram basicamente 
cerimônias de culto à guerra. 
Mais tarde, como os livros 
eram escritos em latim e 
grande parte das pessoas não 
compreendia o que estava 
escrito, os nobres tentaram 
encontrar uma maneira de 
passar a mensagem para o povo, 
criando, assim, um novo método: 
contar as histórias sagradas 
por meio da sua encenação.
4. Christopher Marlowe é considerado 
um dos maiores dramaturgos 
da Era Elisabetana. Decida se as 
afirmações a seguir, sobre sua vida 
e obra, são verdadeiras ou falsas:
I. Marlowe é contemporâneo 
de William Shakespeare e 
do cientista Copernicus.
II. Suas principais obras são 
Tamburlaine the Great (1587), 
O judeu de Malta (1592) e 
Doctor Faustus (1604).
III. Marlowe seguiu os passos 
de William Shakespeare 
ao trabalharcom versos 
brancos em suas obras.
IV. Doctor Faustus, considerada sua 
peça mais famosa, fala da relação 
de um homem desencantado 
com a vida que decide se iniciar 
nos estudos de magia e bruxaria 
e acaba por vender sua alma 
ao diabo em troca de poder.
V. O protagonista de Doctor Faustus 
é um conde, o que mostra que 
só os nobres e bem-nascidos 
estão sujeitos à tragédia.
a) V, V, V, F, F.
b) F, V, F, F, V.
c) V, V, V, F, F.
d) F, F, V, F, V.
e) F, V, F, V, F.
5. Qual período da história literária 
inglesa compreende a Era Jacobina?
a) Após a morte de Elizabeth I, 
em 1603, seu sucessor, o rei 
Henrique VIII da Inglaterra, 
reinou de 1603 a 1625. Seu 
reinado recebeu o nome de 
Era Jacobina. O Renascentismo 
na Inglaterra compreende 
o período de reinado da 
rainha Elizabeth I e de James 
I, sendo considerado a era de 
ouro da literatura inglesa.
b) Após a morte de Elizabeth I, em 
1603, seu sucessor, o rei James 
VI da Escócia, que assumiu o 
título de James I da Inglaterra, 
reinou de 1603 a 1625. Seu 
reinado recebeu o nome de 
Era Jacobina. O Renascentismo 
na Inglaterra compreende 
o período de reinado da 
rainha Elizabeth I e de James 
I, sendo considerado a era de 
ouro da literatura inglesa.
c) Após a morte de Elizabeth I, em 
1603, seu sucessor, o rei James 
VI da Escócia, que assumiu o 
título de James I da Inglaterra, 
reinou de 1603 a 1625. Seu 
reinado recebeu o nome de 
Era Jacobina. O Renascentismo 
na Inglaterra compreende o 
período de reinado da rainha 
Elizabeth I e de James I, sendo 
considerado o período de 
decadência da literatura inglesa.
11Período Elisabetano e o Renascimento inglês: contexto e aspectos históricos
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d) Após a morte de Maria I, em 
1603, seu sucessor, o rei James 
VI da Escócia, que assumiu o 
título de James I da Inglaterra, 
reinou de 1603 a 1625. Seu 
reinado recebeu o nome de Era 
Jacobina. O Renascentismo na 
Inglaterra compreende o período 
de reinado da rainha Maria I e 
de James I, sendo considerado a 
era de ouro da literatura inglesa.
e) Após a morte de Elizabeth I, em 
1558, seu sucessor, o rei James VI 
da Escócia, que assumiu o título 
de James I da Inglaterra, reinou 
de 1558 a 1625. Seu reinado 
recebeu o nome de Era Jacobina. 
O Renascentismo na Inglaterra 
compreende o período de 
reinado da rainha Elizabeth I e 
de James I, sendo considerado a 
era de ouro da literatura inglesa.
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https://www.hrp.org.uk/tower-of-
http://www.luminarium.org/
http://www.britannica.com/biography/Christopher-Marlowe
https://courses.lumenlearning/
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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