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PROJETO RESIDENCIAL ELETRICO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
MARIA RITA DA SILVA 
NICOLE MAY CAGNINI 
RAFAELA KAMOGAWA 
PROJETO RESIDENCIAL ELÉTRICO 
CURITIBA 
2021 
 
 
 
 
1 MEMORIAL DESCRITIVO 
 Esse trabalho tem por objetivo executar um projeto elétrico. Nele, serão 
apresentados a planta baixa, o diagrama unifilar elétrico, a identificação dos 
circuitos por fase, o memorial de cálculo, as tubulações e as convenções. 
 A planta fornecida possui 1 suíte, 2 dormitórios, 1 banheiro, 1 lavabo, 2 
depósitos, cozinha, despensa, lavanderia, garagem, sala de jantar e de estar 
integradas, lareira e varanda. 
 Ainda, foram considerados um ar condicionado na suíte e um fogão 
elétrico. Além disso, a equipe decidiu considerar outros equipamentos, como 
geladeira e televisão, por exemplo, para a realização do projeto. Também, foi 
considerada uma temperatura de 30oC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 PROJETO ELÉTRICO 
 2.1 DEMANDA 
 Após a previsão de cargas feita de acordo com a NBR 5410:2004 e com 
os dados fornecidos foi encontrada uma carga instalada de 40578 VA. 
Analisando as possibilidades de funcionamento simultâneo, o cálculo dos fatores 
de demanda resultou em uma carga demandada igual a 10894 VA. 
𝐷 = 𝑑1 + 𝑑2 + 𝑑3 
Sendo: 
• D: demanda total 
• d1: demanda iluminação 
• d2: demanda TUG’s 
• d3: demanda TUE’s 
 Para a iluminação, tem-se uma potência total de 3300 VA, o que implica 
em um fator de demanda FD = 0,59. Então: 
𝑑1 = 3300 ∗ 0,59 = 1947 𝑉𝐴 
 Para as TUG’s, a potência total é de 10500 VA, o que resulta em um fator 
de demanda FD = 0,24. Logo: 
𝑑2 = 10500 ∗ 0,24 = 2520 𝑉𝐴 
 Por último, para as TUE’s, tem-se uma potência total de 26778 VA, 
resultando em um fator de demanda FD = 0,24. Assim: 
𝑑3 = 26778 ∗ 0,24 = 6427 𝑉𝐴 
 Dessa forma, tem-se a carga demandada total: 
𝐷 = 1947 + 2520 + 6427 = 10894 𝑉𝐴 
 Transformando a carga demandada total para watts, tem-se: 
𝐷 = 7081 𝑊 
 
 Dividindo esse valor por 220V: 
7081𝑊
220𝑉
= 32𝐴 
 Assim, tendo em vista o valor de corrente obtido, isso implica em um 
disjuntor geral de 40A, o qual possui uma demanda máxima de 10 kW, para uma 
instalação B1 e bifásica. 
 
 
 
 
 
2.2 CARGA 
 O levantamento da carga de iluminação foi baseado nas recomendações 
da NBR 5410:2004. As condições para estabelecer a quantidade mínima de 
pontos de luz prevê que deve haver pelo menos um ponto de luz no teto, 
comandado por um interruptor de parede. Além disso, as condições para 
estabelecer a potência mínima de iluminação é prevista em função da área de 
cada cômodo, sendo que para área igual ou inferior à 6m2 é preciso atribuir pelo 
menos 100VA, e para áreas superiores a esse valor, atribui-se 100VA para os 
primeiros 6m2 com um acréscimo de 60VA para cada aumento de 4m2 inteiros. 
 O levantamento de carga de tomadas também foi fundamentado de 
acordo com as recomendações da NBR 5410:2004. Para cômodos com área 
igual ou inferior à 6m2, varandas e banheiros é necessário no mínimo um ponto 
de tomada. Para salas, dormitórios e cômodos com mais de 6m2 é preciso um 
ponto de tomada a cada 5m, espaçadas o mais uniformemente possível. Já para 
cozinhas, lavanderias e locais semelhantes é essencial um ponto de tomada 
para cada 3,5m, além disso, é preciso atribuir no mínimo 600VA por ponto, para 
até 3 tomadas, adicionando mais 100VA para os excedentes. Para os demais 
cômodos, atribui-se 100VA por ponto de tomada. 
 Para o levantamento de carga de TUE’s, utilizou-se as potências nominais 
dos aparelhos domésticos, disponibilizados nos materiais de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 CIRCUITOS 
 Considerando que os circuitos são divididos em iluminação, TUG’s e 
TUE’s, tem-se: 
• Iluminação: 
𝑃𝑖𝑙𝑢𝑚 = 3300 𝑉𝐴 
𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜𝑠 =
3300
127 ∗ 10
= 2,6 
 Sendo assim, precisa-se de 3 circuitos para a iluminação. 
• TUG’s: 
𝑃𝑇𝑈𝐺 = 10500 𝑉𝐴 
𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜𝑠 =
10500
127 ∗ 10
= 8,3 
 Dessa forma, faz-se necessário utilizar 9 circuitos para TUG’s. 
• TUE’s: 
𝑃𝑇𝑈𝐸 = 40624 𝑉𝐴 
 Nesse caso, para determinar o de número de circuitos para TUE’s, se a 
corrente para o equipamento foi maior do que 10A, é necessário um circuito 
exclusivo, caso contrário, pode ser exclusivo ou não. Dessa forma, definiu-se 7 
circuitos para TUE’s, totalizando 19 circuitos para o projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 IDENTIFICAÇÃO DOS CIRCUITOS POR FASE 
Para realizar a divisão dos circuitos por fase primeiramente é necessário 
encontrar a corrente de cada circuito, através da divisão da carga do circuito pela 
tensão. 
Os circuitos foram divididos por fase de modo que resultasse no melhor 
equilíbrio possível para todas as fases. Os resultados estão apresentados na 
tabela abaixo. 
 
 
 
 
 
 
2.5 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES 
 
 O dimensionamento dos condutores foi baseado de acordo com 
eletrodutos de PVC e a uma temperatura do condutor de 70º C, utilizando o 
método de referência B1 e 3 condutores carregados da norma NBR 5410:2004. 
A seção de cada condutor foi escolhido através da capacidade de condução de 
corrente. 
Para fazer a escolha da seção é necessário calcular a corrente corrigida 
do circuito através da equação abaixo: 
𝐼′𝑝 =
𝐼𝑝
𝐹𝐶𝑇 ∗ 𝐹𝐶𝐴 ∗ 𝐹𝐶𝑅
 
Onde: 
 𝐼𝑝: 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 
𝐹𝐶𝑇: 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 
𝐹𝐶𝑅: 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 
𝐹𝐶𝐴: 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑎𝑔𝑟𝑢𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 
 
A seção para cada circuito se encontra na tabela abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.6 DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS 
 
Para realizar o dimensionamento dos eletrodutos foi utilizado uma tabela 
que fornece diretamente o tamanho do eletroduto de acordo com o número de 
condutores e a maior seção nominal dos condutores. Os valores obtidos para 
cada eletroduto encontra-se na tabela abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
2.7 DIMENSIONAMENTO DAS PROTEÇÕES DE DISJUNTORES 
 
 Para realizar a escolha de um disjuntor para um circuito, é necessário 
calcular a proteção contra sobrecarga e proteção contra curto circuito. 
 Para calcular a proteção contra sobrecarga é necessário que 𝐼𝑏 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 𝐼𝑧, 
sendo: 
𝐼𝑏 =
𝐼𝑝
𝐹𝐶𝑇 ∗ 𝐹𝐶𝐴 ∗ 𝐹𝐶𝑅
 
𝐼𝑧 = 𝐼𝑐 ∗ 𝐹𝐶𝑇 ∗ 𝐹𝐶𝐴 
𝐼𝑛 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑟 
 
Os valores obtidos para os disjuntores de cada circuito encontram-se na 
tabela abaixo: 
 
 
 
Além disso, para que o valor seja realmente o mais adequado é preciso 
que 𝐼2 ≤ 1,45𝐼𝑧, em que 𝐼2 = 1,35 ∗ 𝐼𝑛. Para todos os valores escolhidos para 
os disjuntores se encaixam no critério, portanto, os valores são adequados. 
 
 
 
 
 
Já para calcular a proteção contra curto circuito é preciso que Tdd ≤ T, 
em que 𝑇 =
1152∗𝑥𝑆²
𝐼𝑠𝑐²
. O valor de Tdd é encontrado no gráfico de Características 
tempo X Corrente de disjuntores termomagnéticos. 
Os valores dos disjuntores escolhidos encaixam-se nos critérios e 
podem ser atribuídos nos circuitos. 
 
 
 
 
 
QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO DE DIVISÃO DE CIRCUITO

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