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Utilizando a Dose Diária Definida na UTI Adulta POR: PATRICIA DIAS – @CADERNODEFARMACIA- Mestranda em Saúde Pública – Fiocruz / Residência em Farmácia Hospitalar – UFF A Dose Diária Definida é a dose média de manutenção diária para determinado medicamento na sua principal indicação em adultos, sendo considerada apenas unidade de medida e não retrata, obrigatoriamente, a dose diária de fármaco recomendada ou prescrita¹,². O valor da Dose Diária Definida estabelecida pode ser encontrada no site da WHO pesquisando cada fármaco pelo nome em inglês ou código ATC³. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) elaborou uma nota técnica com orientações para auxiliar a notificação das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), as Resistências Microbianas (RM) e para monitorar o consumo de antimicrobianos nos hospitais com leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), gerando um indicador, para cada antimicrobiano consumido4: Figura 1 - Indicador de consumo de antimicrobiano A = Quantidade total do antimicrobiano consumido (g); B = Dose diária padrão estabelecida para o antimicrobiano (g); P = Pacientes-dia (no período observado); X 1000 = pacientes/dia. Os resultados obtidos por esse indicador fornecem uma estimativa do consumo percentual (dos antimicrobianos, neste caso) em um dado período, permitindo avaliar o consumo, tendências de prescrição e comparação entre outras UTIs. Os dados coletados sobre os antimicrobianos utilizados na UTI Adulto deverão ser informados mensalmente pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do hospital no formulário eletrônico da Anvisa5. Abaixo podemos conferir a lista dos antimicrobianos para serem monitorizados, segundo Anvisa4 : ▪ Ampicilina-sulbactam ▪ Anfotericina B ▪ Anfotericina B Lipossomal ▪ Anidulafungina ▪ Caspofungina ▪ Cefepima ▪ Cefotaxima ▪ Ceftazidima ▪ Ceftriaxone ▪ Ciprofloxacina oral e parenteral ▪ Daptomicina ▪ Ertapenem ▪ Fluconazol parenteral ▪ Imipenem ▪ Levofloxacina oral e parenteral ▪ Linezolida oral e parenteral ▪ Meropenem ▪ Micafungina ▪ Moxifloxacino oral e parenteral ▪ Piperacilina-tazobactam ▪ Sulfato de Polimixina B ▪ Sulfato de Polimixina E ▪ Teicoplanina ▪ Tigeciclina ▪ Vancomicina ▪ Voriconazol Bibliografia 1. WHOCC. WHOCC - Definition and general considerations. Disponível em: <https://www.whocc.no/ddd/definition_and_general_considera/>. Acesso em: 29 dez. 2021. 2. CASTRO, C.G.S.O., coord. Estudos de utilização de medicamentos: noções básicas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000. 92 p. ISBN 85-85676-89-2. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/livro/estudos-de-utilizacao-de-medicamentos- nocoes-basicas>. Acesso em: 29 dez. 2021. 3. WHOCC. WHOCC - ATC/DDD Index. Disponível em: <https://www.whocc.no/atc_ddd_index/>. Acesso em: 29 dez. 2021. 4. Nota Técnica GVIMS/GGTES Nº 05/2017 - REVISADA. Orientações para a notificação nacional das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), Resistência Microbiana (RM) e monitoramento do consumo de antimicrobianos – 2018. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt- br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/notas-tecnicas/nota- tecnica-gvims-ggtes-no-05-2017-revisada.pdf/view>. Acesso em: 29 dez. 2021. 5. CONSUMO DE ANTIMICROBIANOS EM UTI ADULTO - CÁLCULO DDD-DOSE DIÁRIA DEFINIDA - 2021. Disponível em: <https://pesquisa.anvisa.gov.br/index.php/965364?lang=pt-BR>. Acesso em: 29 dez. 2021.
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