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Cetoacidose Diabética José Filipe Andrade; Júlia Benetoli; Júlia Castro; Júlia Maida; Júlia Reis; Júlia Valim; Juliana Sormani; Karina Furtado; Laís Bruzadelli; Larissa Fernandes; Leonardo Henrique; Laura Amorim; Maria Carolina Guedes; Vitor Cardoso A3-A Alterações Bioquímicas Hiperglicemia, acidose metabólica e desidratação na vigência de deficiência profunda de insulina; Acometimento e precipitações; Deficiência profunda de insulina e excesso de hormônios contra-reguladores, como glucagon, cortisol e catecolaminas; Lipólise, proteólise e glicogenólise; Oxidação de ácidos graxos; Hiperglicemia e secreção hepática exacerbada; Glicosúria. Alterações Moleculares Níveis de Eletrólitos; Níveis de Glicose; Dosagem de beta-hidroxibutirato Alterações Fisiológicas Hiperglicemia presente; A secreção hepática exacerbada de glicose; Glicogenólise; Aumento da osmolaridade plasmática; Ultrapassando o limiar renal; Diurese osmótica Cetose: na DM1, o organismo passa a utilizar a gordura como fonte de energia para manter as funções do corpo, levando à produção de corpos cetônicos em excesso; Acidose: a presença em excesso de corpos cetônicos faz com que haja diminuição do pH do sangue, deixando-o mais ácido; Os principais cetoácidos produzidos, os ácidos acetoacético e beta-hidroxibutírico, são ácidos orgânicos fortes que causam acidose metabólica; A acetona derivada do ácido acetoacético acumula-se no sangue e é eliminada lentamente pela respiração; A hiperglicemia causada pela deficiência de insulina causa diurese osmótica.; A excreção urinária de cetonas causa necessariamente perdas adicionais de sódio e potássio. Se o potássio sérico não for monitorado e reposto quando necessário, pode ter hipopotassemia, potencialmente fatal. Alterações Histológicas Diagnóstico Clínico Sintomas iniciais: Aumento da vontade de urinar; Sede excessiva; Náusea e vômitos; Dor abdominal; Hálito com cheiro frutado (devido a liberação de cetonas). A respiração tende a se tornar profunda e rápida como uma tentativa do corpo de corrigir a acidez do sangue. Diagnóstico Laboratorial Deve-se dosar os eletrólitos séricos, ureia e creatina, glicose, cetonas e a osmolaridade; Deve-se testar na urina a presença de cetonas; É diagnosticada pela detecção de pH arterial < 7,30 com hiato aniônico > 12 e cetonas séricas na presença de hiperglicemia; O diagnóstico presuntivo pode ser feito quando glicose urinária e cetona forem fortemente positivas; Outras anormalidades laboratoriais são: hiponatremia, elevação da creatinina sérica e da osmolaridade plasmática; A hiperglicemia pode causar hiponatremia dilucional. Assim, a dosagem do sódio sérico é corrigida acrescentando 1,6 mEq/L para cada 100 mg/dL de elevação da glicemia acima de 100 mg/dL; À medida que se corrige a acidose, o potássio sérico cai. Uma concentração inicial de potássio < 4,5 mEq/dL indica depleção significativa de potássio e exige reposição imediata. Exames Alterados Glicemia elevada (geralmente entre 250 e 850mg/dl); Cetoanemia e cetonúria elevadas; Ureia e cretinina podem ser elevadas. Hematócrito pode ser elevado; Amilase e CPK podem ser elevadas; Sódio corporal total está diminuído e sua concentração plasmática pode ser elevada ou diminuída; Potássio corporal total é diminuído (em cerca de 5mEq/kg) e a concentração sérica do íon pode ser normal, alta ou baixa; Gasometria arterial demonstra acidose metabólica, com diminuição do PH sanguíneo e do bicarbonato sérico; Osmolaridade plasmática é elevada (acima de 295 mOsm/kg); Anion gap é elevado (acima de 9). Tratamento Injeções de soro e insulina; Reversão do quadro; Alta do paciente; Reposição de potássio. Prognóstico Complicações mais frequentes: hipoglicemia, hiperglicemia e hipocalemia; Outras complicações: IAM, AVC, SARA, choque hipovolêmico e edema cerebral Dados Estatísticos Dados Estatísticos Do ponto de vista epidemiológico, a cetoacidose diabética tem sido observada de maneira crescente; Verificou-se que as taxas de mortalidade relacionadas a tais manifestações agudas diabéticas tem sofrido decréscimo, e quando há óbitos, geralmente não é resultado da acidose, e sim de fatores concomitantes que precipitaram o distúrbio ou se desenvolveram durante o tratamento; Em uma revisão de prontuários médicos de 545 indivíduos com DM1 diagnosticados entre 1968 e 2006 em dois grandes centros locais de tratamento de diabetes. A CAD ocorreu no início do DM1 em 179 pacientes (32,8%). A frequência de CAD foi maior em não brancos do que em brancos e nas faixas etárias mais jovens (< ou = 5 anos e 6-10 anos). Dados Estatísticos No Brasil, existem poucos dados sobre a frequência dessa evolução adversa, mas dados sugerem que seja similar àquela encontrada em países desenvolvidos. Na Dinamarca, estimou-se que a incidência anual na população em geral foi de 12.6 em 100,000 entre 1996-2002; essa incidência foi maior em homens que em mulheres). Doze por cento dos pacientes, geralmente com >50 anos, foram diagnosticados com diabetes do tipo 2. A mortalidade geral foi de 4% Na Inglaterra, a incidência de internação hospitalar para cetoacidose diabética (CAD) entre adultos com diabetes do tipo 2 aumentou 4.24% ao ano entre 1998 e 2013; a internação hospitalar para CAD em adultos com diabetes do tipo 1 aumentou entre 1998 e 2007 e permaneceu estática até 2013. Nos EUA, entre 2000-2009, a taxa de internação hospitalar em decorrência de CAD diminuiu de maneira geral, de 21.9% para 19.5% em 1000 pessoas com diabetes, mas aumentou entre 2009-2014 para 30.2% em 1000 pessoas com diabetes. Referências https://www.scielo.br/j/abem/a/yk7dNDjrkBbBcjvq8C8TFLv/?lang=pt# https://www.scielo.br/j/reeusp/a/K7mTbpYwmd8XXkGsMPqYkNp/?lang=pt Barone, Bianca et al. Cetoacidose diabética em adultos: atualização de uma complicação antiga. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia [online]. 2007, v. 51, n. 9 [Acessado 19 Outubro 2021] ,pp. 1434-1447. Disponível em: Epub 18 Jan 2008. ISSN 1677- 9487. https://doi.org/10.1590/S0004-27302007000900005. BARONE, Bianca et al . Cetoacidose diabética em adultos: atualização de uma complicação antiga. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 51, n. 9, p. 1434- 1447, Dec. 2017 https://www.scielo.br/j/ramb/a/JxQy5qD3YqSvhHwkJrfVVTv/?lang=pt
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