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Carvalhoetal.2016

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2
Volume 1, Número 1, 2016The International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry – Edição em Português
Cássio Volponi Carvalho1 
Rodrigo Carlos Nahas de Castro Pinto2
Maria Luisa Silveira Souto3 / Leandro Chambrone4
Fernando Peixoto Soares1 / João Batista César-Neto5
Claudio Mendes Pannuti6 / Giuseppe Alexandre Romito7
Espaço biológico: conceito chave para estética e saúde 
gengival em procedimentos restauradores
Em casos complexos o tratamento interdisciplinar visa restabelecer saúde, função 
e estética. O conhecimento do complexo dentogengival é fundamental para a 
longevidade das reabilitações. Entretanto, frequentemente nos deparamos com 
tecidos periodontais inflamados ao redor de restaurações ou próteses. Métodos de 
diagnóstico precisos são utilizados na identificação da invasão do espaço biológico 
(EB) e na tomada de decisão do tratamento mais indicado para o restabelecimento 
dessas estruturas. O conhecimento do comportamento cicatricial dos tecidos 
guiará a complementação protética final. Adicionalmente, a localização dos 
términos cervicais deve respeitar os limites anatômicos do EB. O gerenciamento 
correto desses princípios garante o sucesso das reabilitações. Int J Periodontics 
Restorative Dent - edição em português 2016;1:825–832. doi: 10.11607/prd.1570.
Os tecidos periodontais formam 
um complexo dentogengival cuja 
principal função é manter a integri-
dade, o conforto e o “vedamento” 
biológico do dente. Algumas es-
truturas periodontais importantes 
estão localizadas na porção interna 
do tecido gengival que circunda os 
dentes cujas dimensões verticais 
são conhecidas como Espaço Bioló-
gico (EB).1 Essas estruturas apresen-
tam dimensões verticais médias já 
conhecidas, com pequena variabili-
dade entre os dentes e indivíduos: 
extensão média do sulco (0,69 mm), 
extensão média do epitélio juncio-
nal (0,97 mm) e extensão média da 
inserção conjuntiva supra-alveolar 
(1,07mm), sendo esta última a medi-
da que apresenta menor variabilida-
de.2 Nos procedimentos protéticos 
e restauradores, um periodonto 
saudável é um pré-requisito para um 
resultado funcional previsível e esté-
tico a longo prazo. Nevins e Skurow 
descreveram o sulco gengival como 
um componente importante do 
EB quando considerada a relação 
periodontia e procedimentos res-
tauradores.3 Esta “interface de tran-
sição” entre os ambientes interno e 
externo está presente em algumas 
1 Mestre e Doutor em Periodontia pela FOUSP - Faculdade de Odontologia, Universidade 
de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
2 Mestre em Periodontia pela FOUSP e Doutorando do Programa de Pós-Graduação em 
Ciências Odontológicas – Área de concentração Periodontia - Faculdade de Odontologia, 
Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
3 Especialista em Periodontia pela Fundação Faculdade de Odontologia (FUNDECTO) , São 
Paulo, SP, Brasil.
4 Professor Associado, Unidad de Investigación Básica Oral (UIBO), Universidad El Bosque, 
Bogotá, Colômbia e Professor Titular, Mestrado em Odontologia, Universidade Ibirapuera 
(UNIB), São Paulo, SP, Brasil.
5 Professor Doutor da Disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia, Universidade 
de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
6 Professor Associado da Disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia, 
Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
7 Professor Titular da Disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia, Universidade 
de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
 
Correspondência para: Prof. Dr. Cássio Volponi Carvalho, Endereço: Av. Professor Lineu 
Prestes, 2227 – Cidade Universitária – CEP 05508-000 – São Paulo – SP – Brasil; 
Telefone: (11) 3091-7833. (11) 981221919. E-mail: cvcarvalho@mac.com.
43
Volume 1, Número 1, 2016The International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry – Edição em Português
situações clínicas como localização 
dos términos dos preparos, perfil de 
emergência das coroas, forma do 
tecido interdental e resposta fisio-
lógica dos tecidos gengivais frente 
aos preparos restauradores e proté-
ticos. Clinicamente, em média 3 mm 
devem ser considerados entre o 
topo da crista óssea alveolar (COA) 
e a margem gengival3 (Fig 1). Em um 
periodonto saudável essas medidas 
podem variar em relação à posição 
do dente no alvéolo, entre diferen-
tes dentes, assim como entre super-
fícies distintas em um mesmo dente. 
Entretanto estas estruturas estão 
presentes em todas as dentições.1,4 
As causas mais comuns que 
podem levar a uma invasão do EB 
são: doença cárie, fraturas, perfu-
rações, reabsorções radiculares e 
preparos protéticos. O resultado 
desta violação pode provocar um 
processo inflamatório e, conse-
quentemente, reabsorção do teci-
do ósseo periodontal na tentativa 
de restabelecer a dimensão fisio-
lógica destas estruturas.
Na literatura são descritas várias 
opções de tratamento para o resta-
belecimento do EB, dentre elas tra-
tamentos não cirúrgicos e cirúrgicos 
periodontais com diferentes aborda-
gens. O gerenciamento clínico desta 
condição inclui exodontia estratégi-
ca, cirurgia ressectiva óssea para au-
mento de coroa clínica e, em alguns 
casos específicos, extrusão ortodôn-
tica.5 Quando corretamente indica-
dos, esses diferentes procedimentos 
fornecem resultados satisfatórios e 
previsíveis. No entanto, a literatura 
apresenta medidas variáveis para o 
restabelecimento do EB, que pode 
variar de 3 mm3,5 a 5,25 mm.6
O objetivo deste artigo foi revi-
sar a literatura a respeito dos concei-
tos atuais, diagnóstico e tratamento 
da invasão do EB e demonstrar a 
sua importância em relação aos pro-
cedimentos restauradores visando a 
saúde e estética.
Embasamento científico
Dentro de um plano de tratamento 
integrado envolvendo reabilitação 
protética, um dos aspectos fun-
damentais é a relação harmoniosa 
entre a localização cervical dos tér-
minos restauradores e a margem 
gengival. O EB foi definido por 
Nevins e Sckurow como a distância 
entre o topo da COA e a margem 
gengival, englobando o sulco his-
tológico, o epitélio juncional e a in-
serção conjuntiva.3 Durante muitas 
décadas padronizou-se considerar 
clinicamente a dimensão do EB em 
3 mm. Tal distância foi baseada nos 
achados de um estudo realizado 
em cadáveres que demonstrou a 
média de 2,73 mm entre a margem 
gengival e a COA.2 Estudos mais 
recentes sugerem que estas medi-
das podem estar limitadas quando 
consideramos diferentes situações 
clínicas e anatômicas, pois a distân-
cia pode variar entre os diferentes 
grupos de dentes, sítios e biótipos 
gengivais (Tabela 1).
Vacek et al.4 compararam as 
medidas do epitélio juncional e da 
inserção conjuntiva em dentes an-
teriores, pré-molares e molares. Os 
dentes anteriores apresentaram 
medidas menores, enquanto que 
nos molares as medidas referentes 
ao EB encontrado foram maiores. 
Tristão et al.1 encontraram distâncias 
diferentes quando avaliado o grupo 
de dentes e sua localização (maxila 
ou mandíbula). Os diferentes sítios 
dos dentes também podem apre-
sentar profundidades diferentes do 
EB. Faces livres tendem a possuir 
um EB menor (aproximadamente 
3 mm). Sítios proximais podem ter 
um EB de 3 a 4,5 mm.7 Além disso, 
o biótipo gengival pode influenciar 
a dimensão do EB. Alguns autores 
sugeriram uma correlação entre es-
pessura gengival e profundidade 
do sulco gengival, na qual o biótipo 
espesso apresentava um sulco mais 
profundo.8-10 O biótipo periodontal 
também está relacionado com a al-
tura da COA. Uma maior distância 
entre a união cemento-esmalte à 
Tabela 1 Estudos que descreveram as dimensões do EB em humanos quando avaliados os grupos de dentes, localização e biótipo gengival
Autor (ano) Metodologia Resultados Conclusões
Espaço biológico (EB)
(Considerado pelos autores)
Gargiulo et al.2 Estudo em humanos (cadáver);
365 blocos de dentes;
Análise histométrica;
Não avaliaram o biótipo gengival
0,69 mm – ES
0,97 mm – EJ
1,07 mm – IC
Altura do topo da crista 
óssea
até a margem gengival 
de 2,73 mm.
2,04 mm
EJ + IC
Vacek et al.4 Estudoem humanos (cadáver);
171 superfícies de dentes;
Análise histométrica;
Não avaliaram o biótipo 
gengival
1,14 mm – EJ
0,77 mm – IC
1,32 mm – PS + EJ
(média para todas 
as superfícies
estudadas)
Quando comparadas as 
dimensões do EB entre 
as superfícies de dentes 
não houve diferença 
estatística
significativa
Anterior: 1,75 mm (EJ + IC)
Premolar: 1,97 mm (EJ + IC)
Molar: 2,08 mm (EJ + IC)
Jardini e Pustiglioni12 Estudo em humanos (in vivo); 
120 dentes com periodonto 
clinicamente saudável;
Análise clínica (sondagem 
transulcular);
Não avaliaram o biótipo 
gengival
Não foi avaliada 
a média geral do 
espaço biológico. 
Foi analisada a 
média por sítios e 
grupos de dentes
Os sítios proximais 
(mesiais e distais), tanto 
para o arco superior 
como para o inferior, 
apresentaram-se maiores 
do que os das faces livres 
(vestibular e palatina/
lingual)
Anterior Superior (MG-COA)
Sítio mesial: 2,94 ± 0,53
Sítio vestibular: 2,64 ± 0,55
Sítio distal: 2,81 ± 0,59
Sítio palatino: 2,58 ± 0,58
Médio Superior (MG-COA)
Sítio mesial: 3,21 ± 0,32
Sítio vestibular: 2,65 ± 0,49
Sítio distal: 3,15 ± 0,34
Sítio palatino: 2,78 ± 0,38
Posterior Superior (MG-COA)
Sítio mesial: 3,26 ± 0,21
Sítio vestibular: 2,87 ± 0,31
Sítio distal: 3,70 ± 0,36
Sítio palatino: 3,06 ± 0,37 
Anterior Inferior (MG-COA)
Sítio mesial: 2,84 ± 0,38
Sítio vestibular: 2,28 ± 0,25
Sítio distal: 2,79 ± 0,33
Sítio lingual: 2,50 ± 0,56
Médio Inferior (MG-COA)
Sítio mesial: 3,22 ± 0,30
Sítio vestibular: 2,44 ± 0,36
Sítio distal: 3,16 ± 0,28
Sítio lingual: 3,02 ± 0,35
Posterior Inferior (MG-COA)
Sítio mesial: 3,27 ± 0,36
Sítio vestibular: 2,69 ± 0,34
Sítio distal: 3,35 ± 0,36
Sítio lingual: 2,83 ± 0,33
Cook et al.11 Estudo em humanos (in vivo);
60 pacientes (26 biótipo delgado 
e 34 biótipo espesso);
360 dentes anteriores 
superiores com periodonto 
clinicamente saudável
Análise tomográfica 
(tomografia Cone Beam)
Biótipo delgado 
3,35 a 3,39 mm: 
JCE - COA 
Biótipo espesso 
3,06 a 3,15 mm: 
JCE – COA
Comparado com 
o biótipo gengival 
espesso, o biótipo 
delgado apresenta uma 
maior distância da JCE-
COA estatisticamente 
siginificativa (p=0,02)
Biótipo Delgado (JCE-COA)
Incisivo central superior: 3,35 ± 0,74
Incisivo lateral superior: 3,39 ± 0,68
Canino superior: 3,37 ± 0,59
Biótipo Espesso (JCE-COA)
Incisivo central superior: 3,10 ± 0,46
Incisivo lateral superior: 3,06 ± 0,53
Canino superior: 3,15 ± 0,44
Tristão et al.1 Estudo em humanos (in vivo).
24 dentes com periodonto 
clinicamente saudável; 
Extraídos por indicação
protética juntamente com suas 
estruturas periodontais;
Análise histométrica.
Não avaliaram o biótipo gengival
1,58 ± 0,41 mm: 
GM – JE
1,18 ± 0,42 mm: 
EJ – COA
2,75 ± 0,59 mm: MG 
– COA
Altura do topo da crista 
óssea
até a margem gengival 
de 2,75 ± 0,59 mm
Incisivos centrais superiores: 2,95 ± 0,61 
(MG-COA)
Incisivos laterais superiores: 3,65 ± 0,099 
(MG-COA)
Caninos superiores: 2.04 ± 0.49 (MG-COA)
Segundos pré-molares superiores: 2,40 ± 
0,7 (MG-COA)
Incisivos centrais inferiores: 2,85 ± 0,47 
(MG-COA)
Incisivos laterais inferiors: 2,85 ± 0,47 
(MG-COA)
Primeiros pré-molares inferiores: 2,85 ± 
0,43 (MG-COA)
Dimensão dentogengival (mm) para epitélio do sulco (ES), epitélio juncional (EJ), inserção conjuntiva (IC), profundidade de sondagem (PS) e EB (epitélio 
juncional + inserção conjuntiva), MG (margem gengival), COA (crista óssea alveolar).
Fig 1 Esquema representativo das estru-
turas e dimensões que compõem o espaço 
biológico (sulco histológico: 0,69 mm; epité-
lio juncional: 0,97 mm; inserção conjuntiva: 
1,07 mm). Gargiulo et al.2: mensurações 
histológicas supra-crestais. Do ponto de 
vista clínico, uma distância de 3 mm pode 
ser considerada.
0,69 mm
0,97 mm
1,07 mm
65
Volume 1, Número 1, 2016The International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry – Edição em Português
crista óssea é encontrada no bióti-
po delgado, enquanto que no bió-
tipo espesso essa união encontra-se 
mais próxima à COA.11
Frente a tantas variações des-
tas dimensões, quando nos de-
paramos clinicamente com um 
término cervical de uma prótese 
ou restauração invadindo o EB, 
precisamos determinar o grau 
desta invasão em relação aos limi-
tes dimensionais correspondentes 
ao sulco clínico (0,5 a 1,0 mm) e o 
comprometimento da COA. Este 
diagnóstico é fundamental para 
guiar a melhor conduta terapêu-
tica. Diante disso, são necessárias 
técnicas previsíveis para mensura-
ção das dimensões do EB.
Jardini e Pustiglioni mensura-
ram as dimensões do EB através 
da sondagem transgengival (isto 
é, inserção da sonda periodon-
tal através dos tecidos gengivais 
para avaliar a morfologia do osso 
alveolar) de dentes periodon-
talmente saudáveis. De forma 
geral, os sítios mesial e distal, 
tanto para arco inferior quanto 
superior, possuíam medidas de 
EB maiores do que os sítios vesti-
bulares e linguais.12 Este método 
é útil para avaliar, clinicamente, a 
distância da margem gengival à 
crista óssea e mensurar, individu-
almente, as diferentes superfícies 
dos dentes.1 Inicialmente, duran-
te a sondagem, determinamos a 
junção cemento-esmalte ou o tér-
mino do preparo protético (Figs 
2 e 3). Sob anestesia local intro-
duzimos uma sonda periodontal 
milimetrada no sulco gengival até 
alcançar o topo da COA12 (Figs 4 
e 5). Dessa forma diagnosticamos 
se a distância correspondente ao 
EB é adequada ou se é indicado 
algum procedimento para o seu 
restabelecimento. 
Um método radiográfico para 
mensuração do EB, denominado 
técnica radiográfica paralela de 
perfil, foi proposto por Alpiste-Illue-
ca.13 Ele permite mensurar de forma 
não invasiva, através de radiografias 
periapicais, a espessura e a dimen-
são clínica dos componentes da 
unidade dentogengival dos den-
tes anteriores. Além disso, pode 
ser utilizado para o diagnóstico da 
invasão do EB através da identifi-
cação das margens intrassulculares 
de restaurações nos procedimentos 
de aumento de coroa. Mais recente-
mente, Januário et al.14 propuseram 
uma técnica para mensuração das 
estruturas do periodonto através 
de tomografias Cone Beam. Este 
procedimento deve ser realizado 
com o auxílio de um afastador labial 
de plástico e um palito de madeira 
oclusal no intuito de manter a língua 
o mais baixa possível. Dessa forma, 
elimina-se a sobreposição do lábio 
e da língua dos tecidos periodontais 
e a unidade dentogengival pode 
ser visualizada e mensurada (Fig 6). 
Quando comparada à sondagem 
transgengival esta é considera-
da não invasiva, sem necessidade 
de anestesia local e pode auxiliar 
nas mensurações da relação entre 
margem gengival e COA (distância 
correspondente ao EB), margem 
gengival e união cemento-esmalte 
(distância correspondente ao epi-
télio de sulco e epitélio juncional), 
união cemento-esmalte e COA (dis-
tância correspondente à inserção 
conjuntiva), além das espessuras do 
osso alveolar e gengiva vestibular.
Tratamento
Para determinarmos qual a melhor 
opção terapêutica para o restabele-
cimento das dimensões biológicas 
do EB, o primeiro passo é a realiza-
ção de procedimentos básicos pe-
riodontais, visando o controle ou a 
eliminação dos fatores etiológicos 
locais com o objetivo de diminuir 
o processo inflamatório tecidual. 
Neste momento, um dos procedi-
mentos é a remoção eventual do 
tecido cariado e/ou confecção de 
restauração ou prótese provisória. 
A orientação e a motivação do pa-
ciente frente à higiene bucal são 
importantes, bem como procedi-
mentos de raspagem, aplanamento 
e polimento coronário e radicular, 
sempre que necessário. Estes pro-
cedimentos são fundamentais para 
o controle do edema local e con-
Fig 2 Esquema representativo da identifi-
cação da JCE em dente íntegro através da 
sondagem periodontal. Esta medida clínica 
corresponde, histologicamente, ao epitélio 
do sulco e epitélio juncional em condições 
fisiológicas normais, em média 2 mm.
Fig 4 Esquema representativo da identi-
ficação da COA em dente íntegro através 
da sondagem periodontal transgengival. 
Esta medida clínicacorresponde, histologi-
camente, ao epitélio do sulco, epitélio jun-
cional e inserção conjuntiva em condições 
fisiológicas normais, em média 3 mm.
Fig 3 Avaliação clínica da identificação da 
JCE em dente íntegro através da sondagem 
periodontal. Esta medida clínica correspon-
de, histologicamente, ao epitélio do sulco e 
epitélio juncional em condições fisiológicas 
normais, em média 2 mm.
Fig 5 Avaliação clínica da identificação da 
COA em dente íntegro através da sonda-
gem periodontal transgengival. Esta medida 
clínica corresponde, histologicamente, ao 
epitélio do sulco, epitélio juncional e inser-
ção conjuntiva em condições fisiológicas 
normais, em média 3 mm.
Fig 6 Diagnóstico tomográfico da unidade dentogengival. Com este método podemos ter uma avaliação aproximada da distância da 
MG-JCE, JCE-COA, MG-COA, espessura do tecido gengival e espessura do tecido ósseo.
2 mm
3 mm
87
Volume 1, Número 1, 2016The International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry – Edição em Português
tração tecidual, permitindo melhor 
diagnóstico da violação ou não do 
EB. Caso seja necessária interven-
ção cirúrgica, ela será realizada em 
uma condição mais favorável, res-
peitando o princípio cirúrgico de 
não operar em área inflamada.15
Neste sentido, duas situa-
ções clínicas podem ser encon-
tradas (Fig 7).
a) sem invasão da área 
correspondente ao EB:
O preparo protético está sub-
gengival, mas existem os três mi-
límetros até o topo da COA. Tal 
condição clínica permite algumas 
opções terapêuticas. A primeira 
delas é que, após o controle dos 
fatores etiológicos locais, haja uma 
contração tecidual de tal porte que 
exponha o remanescente radicular 
saudável de dente. Caso a contra-
ção tecidual não seja suficiente, 
podemos utilizar uma complemen-
tação cirúrgica. As opções são gen-
givectomia, retalho com excisão de 
margem reposicionado e retalho 
deslocado apicalmente. A tomada 
de decisão para a escolha da técni-
ca está na dependência da quanti-
dade de tecido queratinizado. Se a 
situação clínica permitir que, após 
a excisão de margem ainda sejam 
mantidos no mínimo 2 mm de te-
cido queratinizado, podemos optar 
pela gengivectomia ou retalho com 
excisão de margem. Caso contrá-
rio, optamos por retalho deslocado 
apicalmente no intuito de preser-
varmos, no mínimo, 2 mm de teci-
do queratinizado.16
b) com invasão da área 
correspondente ao EB:
O término protético está sub-
gengival e não existem 3 mm até 
o topo da COA. Para que haja 
devolução da distância equiva-
lente ao EB, algumas técnicas 
são necessárias para distanciar o 
tecido ósseo do término do pre-
paro protético. 
A extrusão ortodôntica pode 
ser uma alternativa não cirúrgica 
em áreas onde a realização de ci-
rurgias pode causar sequelas es-
téticas e/ou funcionais. A técnica 
de extrusão lenta permite o des-
locamento dos tecidos ósseo e 
gengival em conjunto com o des-
locamento do dente.17 Diferentes 
recursos associados à extrusão 
podem impedir o deslocamento 
Procedimentos 
básicos
Não cirúrgico
CirúrgicoCirúrgico
Procedimentos
básicos
Extrusão
ortodôntica
Sem invasão do E.B
(união dentro-gengival)
Com invasão do E.B
(união dentro-gengival)
Faixa adequada de
tecido querainizado
Gengivectomia ou 
retalho com excisão 
de margem sem 
osteotomia
Faixa adequada de
tecido querainizado
Retalho com excisão 
de margem e 
osteotomia
Faixa insuficiente de
tecido queratinizado
Retalho deslocado 
apicalmente sem 
osteotomia
Faixa insuficiente de
tecido queratinizado
Retalho deslocado
apicalmente e 
osteotomia
Fig 7 Fluxograma de tomada de decisão para o tratamento da invasão do espaço biológico. “Procedimentos Básicos”: procedimentos 
dedicados à eliminação e/ou controle dos fatores etiológicos locais visando à eliminação e/ou controle do processo inflamatório periodontal.
desses tecidos, evitando, assim, a 
necessidade de complementação 
cirúrgica.5,18-20
O tecido queratinizado e o 
comprometimento estético de-
verão ser considerados na com-
plementação cirúrgica. Em áreas 
com menor requisito estético e 
pequena faixa de tecido quera-
tinizado o retalho deslocado 
apicalmente, associado à osteo-
tomia, pode ser considerado. Em 
áreas estéticas com ampla faixa 
de gengiva queratinizada, o re-
talho de espessura total com ex-
cisão de margem reposicionado, 
associado à osteotomia, pode 
ser a melhor opção. Nos casos 
onde precisamos de osteotomia 
mais extensa (em altura e volu-
me), um retalho total deve ser 
realizado para facilitar o acesso 
(Figs 8 e 9). Em casos onde há 
necessidade de remoção óssea 
em altura e não em espessura, 
a cirurgia flapless (sem retalho) 
e o acesso ao tecido ósseo via 
sulco gengival devem ser indica-
dos. Esta opção pode gerar me-
nos trauma cirúrgico aos tecidos, 
maior conforto pós-operatório 
e melhor qualidade de vida por 
parte do paciente. Os resultados 
clínicos desta abordagem foram 
similares às cirurgias a retalho.21
Uma vez realizado o procedi-
mento cirúrgico para exposição 
da coroa clínica, a dúvida mais 
comum é com relação ao tempo 
que se deve aguardar para a mol-
dagem do trabalho protético defi-
nitivo. A primeira consideração é 
que, independente do tempo de 
espera, um provisório extrema-
mente adaptado e com as mesmas 
características anatômicas da peça 
final é fundamental para o suces-
so do resultado final.22 Respeitada 
esta condição, devemos avaliar 
algumas características clínicas 
como biótipo periodontal; técnica 
cirúrgica realizada e área reabilita-
da com imperativo estético na re-
gião cervical. 
Basicamente, os trabalhos mos-
tram que o período final de cicatri-
zação e remodelação pode variar 
de seis meses22-24 até um ano.25 Se 
estivermos trabalhando em áreas 
sem imperativo estético, o período 
correspondente entre 6 e 12 sema-
nas pode ser considerado para a 
reabilitação final.26 Em regiões com 
imperativo estético e em pacientes 
com linha de sorriso alta, devemos 
aguardar entre três a seis meses 
para os procedimentos de molda-
gem, uma vez que neste intervalo 
de tempo pode haver alteração 
significativa da posição da margem 
gengival.28,29 Este tempo de espe-
ra pode ser estendido para até 12 
meses se a cirurgia realizada foi o 
retalho deslocado apicalmente e 
com biótipo espesso.25 Em casos de 
próteses livres de metal com prepa-
ros minimamente invasivos (prefe-
rencialmente em esmalte), cabe o 
bom senso do profissional quanto 
ao tempo de espera, visto que deve 
ser analisada a localização cervical 
da prótese em relação à posição da 
margem gengival.
Fig 8 Aspecto clínico inicial de uma paciente com biótipo espesso necessitando de aumen-
to de coroa clínica para o restabelecimento correto do EB. A correção cirúrgica foi realizada 
com excisão de margem e redução em altura e espessura do tecido ósseo.
Fig 9 Aspecto clínico após o procedimento cirúrgico e abordagem restauradora com pre-
paros minimamente invasivos e laminados cerâmicos (dissilicato de lítio).
109
Volume 1, Número 1, 2016The International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry – Edição em Português
Relação entre os limites 
cervicais dos preparos 
dentários e o espaço 
biológico
Evidências científicas demonstra-
ram o efeito deletério que os pre-
paros protéticos e restauradores 
subgengivais podem causar aos 
tecidos periodontais.7,29 Términos 
subgengivais localizados 1 mm 
subgengivalmente podem gerar 
resposta inflamatória exacerbada, 
aumento do sangramento à son-
dagem, da profundidade clínica 
de sondagem e perda nos níveis 
clínicos de inserção.7 Estudos em 
modelo animal concluíram que 
as restaurações posicionadas na 
altura da crista óssea podem le-
var à migração apical do epitélio 
juncional e, consequentemente, 
à perda da COA de até 5 mm. A 
gravidade de destruição estava 
diretamente associada à espes-
sura da crista óssea subjacente à 
restauração.30
O biótipo periodontal exer-
ce um papel de grande impor-
tância para a localização cervical 
dos preparos restauradores.31 A 
resposta biológicado biótipo 
delgado nos casos de preparos 
subgengivais pode estar relacio-
nada com maior inflamação gen-
gival, retração gengival, migração 
apical do epitélio juncional e re-
absorção da crista óssea alveolar. 
Após o período de dez anos, os 
términos subgengivais tendem a 
se tornar supragengivais e cáries 
radiculares foram frequentemente 
encontradas. Em áreas estéticas 
este conceito pode ser de grande 
importância na conduta clínica. 
Fig 10 Aspecto inicial de uma paciente com queixa principal de comprometimento 
estético do sorriso. Avaliação clínica revelou a necessidade de aumento de coroa clínica 
para o posicionamento correto do EB dos dentes 15 a 25 e complementação restauradora 
minimamente invasiva para restabelecer a anatomia ideal dos dentes 12 e 22 (lâminas 
cerâmicas) e 23 (fragmento cerâmico).
Fig 11 Aspecto clínico após o procedimento de aumento de coroa clínica.
Fig 12 Aspecto clínico do preparo suprassulcular minimamente 
invasivo do dente 12. Este término é o ideal do ponto de vista da 
manutenção da saúde periodontal.
Fig 13 Design digital do dente 12 realizado em CAD/CAM.
Fig 14 Aspecto final do sorriso após o tratamento interdisciplinar. Notar a saúde do tecido gengival dos dentes anteriores e a relação 
harmoniosa com os elementos dentais hígidos e restaurados.
Nos biótipos espessos a margem 
gengival raramente se altera, o 
epitélio juncional migra para api-
cal, ocorre reabsorção da COA e, 
consequentemente, formação de 
bolsa periodontal.32
Inúmeras situações clínicas 
exigem que preparos cervicais se 
localizem no nível subgengival. 
Devido à importância do EB e do 
sulco histológico neste contexto, 
a classificação proposta por Car-
valho et al. apresenta 3 condições 
de términos cervicais:5
• Subsulcular: término cervical do 
preparo restaurador invadindo 
a área da união dentogengival. 
• Intrassulcular: término cervi-
cal do preparo restaurador 
localizado dentro das dimen-
sões do sulco histológico 
(aproximadamente 0,5 mm) 
sem invasão do complexo 
dentogengival. 
• Suprassulcular: término cer-
vical do preparo restaurador 
localizado em um nível su-
pragengival (Figs 10 a 14).
1211
Volume 1, Número 1, 2016The International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry – Edição em Português
Considerações finais
Existem inúmeros estudos que 
quantificam a dimensão das estru-
turas que compõem o espaço bio-
lógico. Diferentes metodologias são 
acompanhadas de resultados diver-
gentes que, frequentemente, estão 
relacionados a fatores anatômicos 
locais. Na prática clínica, podemos 
enfatizar que as mensurações do 
EB são dependentes da técnica de 
diagnóstico utilizada, do grupo, da 
face, localização dos dentes ava-
liados e do biótipo periodontal. O 
bom senso clínico é fundamental na 
tomada de decisão do tratamento 
da invasão do EB visto que os limi-
tes biológicos deverão ser avaliados 
para maior previsibilidade e manu-
tenção dos resultados ao longo do 
tempo. Desta forma, mais estudos 
de qualidade são necessários para 
avaliar as dimensões do EB, suas re-
lações com o tipo e a posição dos 
dentes, biótipo periodontal, largura 
da gengiva queratinizada, morfolo-
gia do osso e sua resposta biológica 
nos casos de términos cervicais. 
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