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PERIODONTIA II

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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 1 
PERIODONTIA II 
 
Aula 1 
 
INSTRUMENTAIS EM PERIODONTIA 
 
 Os instrumentos periodontais são 
desenhados para propósitos específicos, como 
remoção de cálculo, alisamento das superfícies 
radiculares, curetagem da gengiva e remoção 
do tecido doente. 
 
OBJETIVO 
 
- Diagnóstico da doença periodontal; 
- Remoção do biofilme e cálculo dental; 
- Alisamento da superfície radicular. 
 
FINALIDADE 
 
- Exame clínico; 
- Raspagem; 
- Cirurgia periodontal. 
 
TIPOS DE INSTRUMENTAIS 
 
a) Instrumentais manuais 
 
- Garantem boa sensação tátil; 
- Procedimento mais demorado; 
- Requer correta e frequente afiação; 
- Supra e sub gengival; 
- Alisamento radicular. 
 
• Características: 
 
- Delicado; 
- Leve; 
- Resistente; 
- Rígido; 
- Facilidade de afiação. 
 
• Partes constituintes: 
 
 
 
 
 
 
1.Cabo: liso ou estriado; empunhadura; 
identificação; 
2. Lâmina: em contato com o dente; simples ou 
dupla; 
3.Haste: liga o cabo a extremidade ativa; 
angulada; mais fina. 
 
• SONDAS PERIODONTAIS 
 
 São usadas para localizar, mensurar e 
indicar bolsas, assim como determinar seus 
cursos em superfícies dentárias individuais. É 
um instrumental indispensável para o exame 
periodontal e diagnóstico. 
 
• Características: 
 
- Extremidade ativa calibrada em mm; 
- Ponta arredondada; 
- Pressão controlada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➳ Sonda UNC – Carolina do Norte 1 a 15mm 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 2 
➳ Sonda de Williams – 1,2,3, 5,7,8,9,10mm 
 
 
 
 
 
 
 
• Indicações: 
 
- Presença ou ausência de bolsas periodontais; 
- Perda de inserção conjuntiva; 
- Presença de cálculos subgengvais. 
 
• Erros de sondagem: 
 
- Calibre da sonda: sondas 
mais calibrosas dificultam a 
penetração na bolsa 
periodontal; 
- Força de sondagem: 0,25N; 
- Grau de inflamação: tecidos edemaciados 
apresentam uma profundidade de sondagem 
maior (pseudobolsas). 
 
➳ Sonda de Nabers 
 
- Extremidade ativa curta; 
- Ponta arredondada; 
- Maior calibre que sonda exploradora; 
- Indicada para dentes com bi ou trifurcação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• CURETAS 
 
 São instrumentos delicados utilizados 
para raspagem supra e subgengival, alisamento 
radicular e remoção do revestimento de tecido 
mole da bolsa. 
 
a) Universais 
 
- Indicadas para qualquer superfície dentária; 
- Possui ambos bordos cortantes. 
- Ex: MacCall 
 
Dentes anteriores: 13-14 
 
 
 
Dentes posteriores: 17-18 
 
 
 
b) Específicas 
 
- Características especiais que permitem 
acesso máximo a uma área em particular; 
- Possui somente um ângulo de corte; 
- Ex: Gracey. 
 
➳ Gracey nº 1-2/3-4: dentes anteriores; 
➳ Gracey nº 5-6: todas as faces de dentes 
anteriores (pré a pré); 
➳ Gracey nº 7-8/9-10: faces livres de 
posteriores; 
➳ Gracey nº 11-12: mesial de posteriores; 
➳ Gracey nº 13-14: distal de posteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Furca de grau I 
 
Furca de grau II Furca de grau III 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 3 
• FOICES 0-00/0-01 
 
 São instrumentos brutos que têm a 
função de remover cálculo supragengival. 
 
Características: 
 
- Ângulo de corte reto (90º); 
- Corte transversal triangular; 
- Ponta ativa pontiaguda; 
- Movimento de tração. 
- Indicada para interproximais de anteriores e 
supragengival. 
 
• LIMAS PERIODONTAIS 
 
 São usadas para 
remover cálculo subgengival 
retentivo e o cemento 
alterado, alisamento radicular 
e são indicadas para locais de difícil acesso para 
curetas. Utilizadas também para remoção de 
grandes massas de cálculo subgengival. 
 
Características: 
 
- Faces livre e proximais; 
- Dentes anteriores e Posteriores; 
- Possui uma série de lâminas sobre uma base; 
- Penetram até o fundo da bolsa. 
 
➳ Dunlop: 
 
- Dentes anteriores: 4-5/1-2: V e L; 3-7: M e D; 
- Dentes posteriores: 3-7: V e L; 1-2: M e D. 
 
 ➳ Hirschefeld: 
 
- Dentes anteriores: 9-10/5-11: V e L; 3-7: M e 
D; 
- Dentes posteriores: 3-7: V e L; 5-11: M e D. 
 
 
 
 
 
 
b) Instrumentais ultrassônicos 
 
- Convergem corrente elétrica em energia 
mecânica na forma de vibrações; 
- Remove biofilme e cálculo por meio da ação 
mecânica. 
 
• Vantagens 
 
- Movimentos rápidos 
- Menor fadiga para o profissional; 
- Extremidade ativa longa. 
 
• Desvantagens 
 
- Não fornece sensibilidade tátil ao profissional; 
- Complemento manual após o uso. 
 
• Contraindicação 
 
- Pacientes portadores de marca-passo; 
- Pacientes com doenças infectocontagiosas. 
 
EMPUNHADURA 
 
- Caneta modificada; 
- Polegar e indicador seguram o cabo; 
- Anelar apoiado na haste. 
 
 
 
 
 
 
ERGONOMIA 
 
- Sentar-se com as coxas paralelas ao chão; 
- Costas apoiadas no mocho; 
- Pés apoiados no chão; 
- Cadeira na altura do 
cotovelo dobrado, cotovelo 
apoiado ao corpo; 
- Altura do mocho: formando 
um ângulo de 95º nos 
joelhos; 
- A cabeça do 
manequim/paciente se 
AFIAÇÃO 
 
- Restaurar o bordo cortante sem alterar a sua 
forma original; 
- Melhora sensibilidade tátil; 
- Maior precisão e eficiência. 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 4 
movimenta, portanto faça a adaptação para 
melhor desempenho do seu trabalho. 
 
• Arcada superior 
 
- Cadeira totalmente deitada, em 180º; 
- Cabeçote para baixo e refletor para frente. 
 
• Arcada inferior 
- Cadeira inclinada em 120º (o paciente 
levemente sentado); 
- Cabeçote para cima e refletor em cima da 
boca do paciente (distante). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 
 
EXAME CLÍNICO E RADIOGRÁFICO 
NA PERIODONTIA 
 
OBJETIVO PRINCIPAL 
 
 Colher informações e dados de forma 
organizada e sequenciada, estabelecendo um 
diagnóstico preciso da patologia ou lesão, 
objeto de nossa investigação. 
 
- Anamnese; 
- Exame clínico (extra e intra-oral); 
- Exame radiográfico; 
- Interpretação de exames complementares. 
 
AVALIAÇÃO DA SAÚDE GERAL 
 
 Para identificar paciente que estão 
tomando drogas ou medicamentos, que 
poderiam interagir de maneira adversa com 
outras drogas a serem prescritas, complicando 
o tratamento dentário, ou que poderiam servir 
como indício para doenças subjacentes que o 
paciente não mencionou. 
 
ANAMNESE 
 
• Perguntas básicas: 
 
- No que eu poderia ajuda-lo? 
- Faz uso rotineiro de algum tipo de 
medicamento? 
- Quais os medicamentos utilizados? 
- Tem o hábito de submeter-se a exames 
médicos periódicos? 
- É alérgico a algum tipo de medicamento ou 
substância? 
- É fumante? 
- Já realizou algum tipo de tratamento 
periodontal especializado? Há quanto tempo? 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 5 
EXAME CLÍNICO EXTRA-ORAL 
 
➳ Deve-se observar: 
 
- Periferia de lábio e bochecha; 
- Espessura de lábio; 
- Tipo de sorriso. 
 
EXAME CLÍNICO INTRA-ORAL 
 
➳ Deve-se observar: 
 
- Estado geral das mucosas; 
- Língua; 
- Condição gengival; 
- Condição periodontal; 
- Condição dental. 
 
• Condições gengivais 
 
- Cor; 
- Forma; 
- Volume; 
- Aspecto superficial; 
- Presença de exsudatos; 
- Tipo de sangramento; 
- Inserção de freios e bridas. 
 
• Condição periodontal 
 
- Sondagem (verificação da profundidade do 
sulco); 
- Mensuração do nível de inserção; 
- Avaliação da mobilidade; 
- Verificar integridade da região de furca 
(lesões de furca). 
 
• Sondagem 
 
 Meio de investigação 
clínica cujo objetivo principal é 
verificar a profundidade do 
sulco gengival, determinando 
se sua medida está dentro de 
padrões normais ou 
patológicos. Utilizamos a sonda periodontal, 
levando em consideração a distância existente 
entre a margem gengival e o fundo do sulco. 
 São utilizados seis pontos de 
mensuração. São eles: 
 
- Vestibular, mesio-vestibular e disto vestibular; 
- Palatino/lingual, mesio-palatino/lingual e 
disto-palatino/lingual. 
 
 Bolsa periodontal: 
pode ser definida como 
migração da margem 
gengival no sentido apical 
sobre a superfície radicular, 
posicionando-se além da 
junção amelo-cementária. 
 
• Verificação da mobilidade 
 
 A perda de estrutura 
de suporte, decorrenteda 
evolução da doença 
periodontal, pode gerar um 
aumento da mobilidade 
dental, que, se estiver 
presente, deverá ser verificada e classificada 
clinicamente. Verificamos a mobilidade da 
seguinte maneira: pressionamos os dentes, de 
vestibular para lingual, com o cabo de dois 
instrumentos colocados sobre a superfície 
vestibular e lingual. 
 
a) Grau I: movimento que mal se percebe. 
 
b) Grau II: movimento de até um 
milímetro horizontalmente (V-L); 
 
c) Grau III: movimento de mais de um 
milímetro horizontalmente (V-L) e 
intrusivo. 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 6 
• Lesão de furca 
 
 Para detecção clínica 
iremos utilizar a sonda de 
Nabers, introduzida de vestibular 
para lingual (molares inferiores) 
e mesial/distal, distal/mesial e 
vestibular/palatina em molares 
superiores. 
 
 As lesões podem ser classificadas 
quanto ao: 
 
a) Componente Horizontal de Perda Óssea 
 
- Classe I: perda horizontal de suporte 
periodontal não excedendo um terço da 
largura do dente (menos de 3mm). 
 
- Classe II: perda horizontal de suporte 
periodontal excedendo um terço de largura do 
dente (3mm ou mais), mas não atingindo a 
largura total da área de furca. 
 
- Classe III: destruição total de tecido 
periodontal na área de furca com a sonda 
passando de lado a lado. 
 
 
 
 
b) Componente Vertical de Perda Óssea 
 
- Subclasse A; 
- Subclasse B; 
- Subclasse C. 
 
 
 
 
CONDIÇÃO DENTAL 
 
Durante o exame clínico devemos observar 
algumas condições relativas a dentes, como: 
- Dentes ausentes; 
- Dentes com indicação para exodontia; 
- Presença de cárie ou restaurações mal 
adaptadas; 
- Facetas de desgaste; 
- Migração dental. 
 
EXAME RADIOGRÁFICO 
 
 A importância do exame radiográfico 
em periodontia é indiscutível. Sua condição de 
exame auxiliar, entretanto, torna imperativa a 
correlação da imagem radiográfica com o 
exame clínico. Fornece informação da altura e 
da configuração do osso alveolar interproximal. 
 
• Limitações do exame radiográfico 
 
- Não distingue especificamente caso não 
tratado daquele com sucesso; 
- Não mostra bolsa periodontal; 
- Não revela a morfologia da destruição óssea; 
- Não mostra as estruturas que se localizam a 
vestibular e lingual. 
 
• Exames solicitados 
 
- Radiodôntica (14 periapicais e 4 bitewings); 
- Panorâmicas; 
- Tomografias computadorizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Furca de grau I 
 
Furca de grau II Furca de grau III 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 7 
Aula 3 
 
Terapia Mucogengival – Cirurgia 
Plástica Periodontal 
 
 São procedimentos cirúrgicos 
realizados para prevenir ou corrigir defeitos de 
gengiva, mucosa alveolar ou osso causados por 
fatores anatômicos, de desenvolvimento, 
traumáticos ou induzidos por doença. 
 
Procedimentos incluídos 
 
• Recobrimento radicular; 
• Aumento de rebordo edêntulo; 
• Remoção de freio proeminente; 
• Aumento gengival; 
• Aumento de coroa clínica; 
• Correção de defeitos da mucosa nos 
implantes. 
 
Retração gengival 
 
 É o deslocamento da margem gengival 
apical para junção cemento-esmalte, com 
exposição da superfície radicular. 
 
Obs: O canino está mais susceptível a retração 
pois sua tábua óssea vestibular é menor. 
 
Tipos de retração da margem gengival 
 
a) ASSOCIADOS À FATORES MECÂNICOS 
 
Trauma produzido pela escovação ou trauma 
produzido por contato prematuro. 
 
b) ASSOCIADOS A LESÕES 
INFLAMATÓRIAS INDUZIDAS POR 
PLACA 
 
Podem ser encontradas onde o osso alveolar é 
fino ou ausente. 
c) ASSOCIADAS A DOENÇAS 
PERIODONTAIS DESTRUTIVAS 
 
Associados com formas generalizadas de 
doença periodontal destrutiva. 
 
• Fatores predisponentes: 
 
- Mal posicionamento dentário; 
- Freio labial; 
- Cálculo. 
 
Obs: A direção de erupção está diretamente 
relacionada à quantidade de gengiva ao redor 
do dente – linha mucogengival. 
 
• Consequências: 
 
- Sensibilidade; 
- Irritação dos tecidos marginais (inabilidade no 
controle de placa); 
- Prejuízo à estética; 
- Predisposição à cárie. 
 
• Fatores que propiciam o bom resultado do 
tratamento: 
 
- Idade; 
- História da retração tecidual marginal; 
- Estado inflamatório local; 
- Terapêutica dentária associada. 
 
• Objetivos do tratamento: 
 
- Estabilização da margem gengival; 
- Prevenir futuras retrações; 
- Correção de posição inadequada de freios; 
- Ganho de gengiva inserida para prótese; 
- Finalidade estética (pônticos). 
 
• Critérios de sucesso na cobertura das 
retrações: 
 
- Profundidade do sulco; 
- Sem sangramento à sondagem; 
- Sem sensibilidade; 
- Coloração dos tecidos aceitável. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 8 
Classificação de Miller (1985) 
 
A classificação de Miller Leva em consideração 
o recobrimento radicular possível de se obter 
(previsibilidade). 
 
• Classe I 
 
- Não atinge a JMG; 
- Não haverá perda óssea, e nem de tecido 
mole interdental; 
- Espera-se 100% de recobrimento. 
 
 
 
• Classe II 
 
- Atinge a JMG; 
- Não há perda óssea, e nem de tecido mole 
interdental; 
- Espera-se 100% de recobrimento. 
 
 
 
• Classe III 
 
- Atinge a JMG; 
- A perda óssea ou de tecido interdentais é 
discreta (apical em relação à JCE, porém 
coronária à extensão da retração); 
- Espera-se cobertura parcial. 
 
 
 
• Classe IV 
 
- Atinge a JMG; 
- Há perda inter-dental severa (estende-se 
apicalmente em relação à retração); 
- Baixa previsibilidade. 
 
 
 
Nova Classificação das recessões 
gengivais (2018) 
 
• Recessão Tipo 1 (RT1) 
 
Sem perda de inserção interproximal. Junção 
cemento-esmalte (JCE) interproximal não 
detectável clinicamente na mesial ou na distal. 
 
• Recessão Tipo 2 (RT2) 
 
Perda de inserção interproximal, com distância 
da JCE ao fundo de sulco/bolsa menor ou igual 
à perda de inserção vestibular (medida da JCE 
ao fundo de sulco/bolsa na face vestibular). 
 
• Recessão Tipo 3 (RT3) 
 
Perda de inserção interproximal, com distância 
da JCE ao fundo de sulco/bolsa maior que a 
perda de inserção vestibular (medida da JCE ao 
fundo de sulco/bolsa na face vestibular). 
 
Posição dentária 
 
- A posição na qual o dente irá erupcionar na 
arcada dentária está diretamente relacionada à 
quantidade de gengiva em torno do dente. 
 
- Trajeto próximo ao LMG haverá pouca ou 
nenhuma gengiva queratinizada, favorecendo 
a retração. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 9 
Figura 1. Pontos indicando a localização do 
zênite gengival em cada elemento dentário. 
Figura 2. Osteotomia. 
Gengivoplastia/Gengivectomia 
 
É a parte essencial da transformação de 
impacto do sorriso. 
 
• Indicações mais comuns 
 
- Pequenas correções de forma; 
- Nivelamento gengival; 
- Alinhamento das gengivas com lábios; 
- Correção do sorriso gengival; 
- Eliminação de gengivas hiperplásicas. 
 
• Roteiro clínico da gengivoplastia 
 
1. Profilaxia e tratamento gengival; 
2. Exames radiográficos e clínicos, 
levantamento fotográfico e moldagens 
para simulações e planejamento; 
3. Aprovação do planejamento; 
4. Cirurgia para gengivoplastia; 
5. Remoção da sutura. 
 
Obs: deve-se fazer uma 
sondagem para marcar 
os “pontos sangrentos”, 
e dessa forma, remover 
os excessos de gengiva. 
É onde será feita a 
incisão. 
 
Obs: zênite é o ponto mais alto da gengiva, e 
deve ser respeitado para que haja harmonia no 
sorriso. 
 
- Nos incisivos centrais: distalizados; 
- Nos incisivos laterais: centralizado (1mm 
abaixo dos incisivos centrais e caninos); 
- Caninos: distalizados. 
 
 
 
 
 
 
 
• Osteotomia 
 
- Da JCE até a crista óssea deve haver 3mm; 
- Se tiver menos que 3mm, pode levar ao 
insucesso e recidiva da gengiva; 
- Se tiver mais que 3mm, pode levar a retração 
gengival, pois no momento da osteotomia 
tirará mais osso do que deveria, e a gengiva 
depende do osso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cunha distal 
 
 Em muitos casos, o tratamento de 
bolsas periodontais presentes na face distal 
dos molares é dificultado pela presença de 
tecido hiperplásico sobre atuberosidade ou 
por um espaço retromolar proeminente. 
 São realizadas incisões pela face 
vestibular e lingual na região retromolar e/ou 
de tuberosidade, formando um triângulo atrás 
do molar. 
 
 
 
 
 
 As paredes vestibular e lingual do 
retalho são rebatidas, dissecadas e separadas 
do osso. As pontas soltas do tecido mole são 
removidas, e as superfícies radiculares são 
raspadas e alisadas. 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 10 
Os retalhos vestibular e lingual são reduzidos 
em espessura por meio de incisões (linhas 
pontilhadas) para evitar a sobreposição das 
margens da ferida. 
 
 
 
 
 
 
- Os retalhos encurtados no passo anterior são 
suturados. 
 
 
Área doadora de tecido conjuntivo: 
 
- Distal do canino ou mesial do 1ºPMS até a 
distal do 2º MS ou mesial do 3º MS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
 
Cirurgia Periodontal: Acesso Clínico 
(Retalhos) 
 
- Tem como objetivo obter acesso as 
superfícies periodontais acometidas pela 
doença; 
- Surgiram as cirurgias gengivais no século XIX; 
- Se baseava em cortar e remover a gengiva 
inflamada. A cicatrização não ocorria de forma 
correta, o que levava ao agravamento do 
quadro. 
Objetivos 
 
- Obter acesso cirúrgico a bolsas periodontais 
profundas; 
- Facilitar a remoção dos depósitos 
subgengivais de placa; 
- Facilitar controle de placa; 
- Preparo para restauração/prótese; 
- Terapia regenerativa. 
 
Obs: a terapia cirúrgica só é realizada após a 
resposta satisfatória da terapia relacionada à 
causa. 
Indicações 
 
- Dificuldade de acesso para raspagem; 
- Dificuldade de acesso para higiene; 
- Correção de hiperplasia; 
- Facilitar a terapia restauradora; 
- Alterar margem gengival em relação a 
restaurações. 
 
Vantagens 
 
- Reduz infiltrado inflamatório na gengiva; 
- Permite acesso ao osso; 
- Preserva tecido mole; 
- Permite manipulação tecidual; 
- Melhora condição para avaliar prognóstico; 
- Melhor pós-operatório. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 11 
Tipos de retalho 
 
a) RETALHO DE ESPESSURA TOTAL OU 
MUCOPERIOSTEAL 
 
- Deslocamento de todo tecido mole incluindo 
o periósteo; 
- Expõe osso. 
 
 
 
• Indicações 
 
- Todo procedimento que exigir acesso tanto a 
superfície radicular quanto a tecido ósseo; 
- Técnicas de eliminação; 
- Aumento de coroa clínica (ACC); 
- Terapias regenerativas. 
 
b) RETALHO DE ESPESSURA PARCIAL OU 
DIVIDIDO 
 
- Deslocamento do epitélio e uma camada de 
tecido conjuntivo; 
- O osso fica coberto de periósteo; 
- Parte do tecido é deslocado. 
 
 
 
• Indicações 
 
- Cirurgias plásticas; 
- Mucogengivais; 
- Pacientes com tábua óssea fina. 
Retalho periodontal quanto 
à localização 
 
a) RETALHOS REPOSICIONADOS (NÃO-
DESLOCADOS) 
 
- Reposicionado na sua posição original. 
 
 
 
b) RETALHOS DESLOCADOS 
 
• Apicalmente (ex: aumento de coroa clínica); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Coronariamente (ex: recobrimento de 
retração); 
 
 
 
• Lateralmente (ex: defeito ósseo, retração). 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 12 
 
 
 
 
 
Tipos de incisões 
 
Os diversos tipos de incisões se diferem em 
relação ao posicionamento e a angulação da 
lâmina de bisturi. 
 
a) BISEL INTERNO 
 
- Remove tecido/colarinho gengival; 
- Incisão à uma distância da margem até a crista 
óssea; 
- Lâmina de bisturi à superfície dental a 45º 
graus; 
- Sentido coronário para apical. 
 
 
 
 
Figura 3. Remoção de colarinho gengival. 
• Indicações 
 
- Áreas com boa quantidade de gengiva 
inserida. 
- Remoção de colarinho gengival. 
 
• Contra-indicações 
 
- Gengivas de fenótipo fino com pouca 
quantidade de gengiva inserida; 
- Áreas com tecido inflamado. 
 
b) INTRASULCULAR 
 
- Lâminas posicionadas dentro do sulco 
gengival; 
- Lâmina paralela à face do dente; 
- Preserva mucosa queratinizada. 
 
• Indicações 
 
- Área com comprometimento estético; 
- Áreas com pouca gengiva inserida. 
 
• Contra-indicações 
 
- Tecido hiperplasiado; 
- Tecido inflamado. 
 
c) VERTICAIS OU RELAXANTES 
 
- Facilita acesso a áreas de interesse; 
- Viabiliza deslocamento mais amplo; 
- Deve ser feita respeitando um ângulo de 30 a 
45º para evitar cicatrizes; 
- Deve ser feita perpendicular à margem 
gengival; 
- Evita dilaceração do retalho; 
- Não é feita na região lingual/palatina. 
 
 
Figura 4. Deslocamento apical do retalho. 
 
 
• Contra-indicações 
 
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 13 
- Lingual – risco de tracionamento. 
-Não é uma incisão indicada para dentes 
anteriores. 
 
Obs: 
 
- As incisões devem se estender até a linha 
mucogengival. 
- Não devem ser efetuados no centro da papila 
interdental ou sobre a superfície radicular de 
um dente; 
- As incisões devem ser evitadas em retalhos 
curtos, pois diminui o suprimento sanguíneo. 
 
Retalho original de Widman (1918) 
 
- Visa eliminar a bolsa periodontal; 
- Acesso a superfície radicular; 
- Remover epitélio da bolsa e tecido conjuntivo 
inflamado; 
- Facilitar higienização das superfícies 
radiculares; 
- Eliminar defeitos ósseos. 
 
• Contra-indicações 
 
Áreas onde exposição radicular apresentaria 
uma aparência desagradável. 
 
• Técnica 
 
1. Inicialmente se faz incisões relaxantes 
verticais; 
2. Com uma incisão intrasulcular unir as 
relaxantes; 
3. Rebatimento do retalho, remover com 
curetas o tecido gengival inflamado; 
4. Contorno do osso alveolar; 
5. Suturas interdentais. 
 
 
 
 
• Vantagens 
 
- Cicatrização em primeira intenção; 
- Restabelecimento do contorno do osso 
alveolar; 
 
Retalho de Neumann (1920) 
 
- Retalho para acesso radicular; 
 
• Técnica 
 
1. Incisão intrasulcular; 
2. Incisões relaxantes; 
3. Curetar para remover epitélio da bolsa 
e tecido de granulação; 
4. Contorno ósseo; 
5. Reposicionar o retalho à nível da crista 
óssea; 
6. Sutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A técnica de Widmann é diferente na técnica de 
Neumann pois na primeira (Widmann) deve-se 
começar pela incisão relaxante, e na segunda 
(Neumann) pela intrasulcular. 
 
 
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 14 
Retalho de Kirkland (1931) 
 
• Técnica 
 
1. Incisões intrasulculares até o fundo da 
bolsa; 
2. Afastamento gengival (V e L); 
3. Debridamento e curetagem; 
4. Posicionamento do retalho na posição 
original; 
5. Sutura simples. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Vantagens 
 
- Menor sacrifício em áreas inflamadas; 
- Sem deslocamento apical – estética; 
- Não há perda de tecido saudável; 
- Maior potencial de regeneração. 
 
 
 
Retalho reposicionado 
apicalmente (1964) 
 
• Técnica 
 
1. Incisão relaxante, em bisel interno; 
2. Incisão sulcular; 
3. Incisão relaxante; 
4. Rebatimento de retalho; 
5. Remover com curetas o colarinho 
gengival; 
6. Raspagem. das raízes expostas; 
7. Recontorno das cristas ósseas; 
8. Reposicionamento do retalho à altura 
da crista óssea. 
9. Sutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: Importância da preservação da faixa de 
gengiva inserida. 
 
• Indicações 
 
- Aumento da coroa clínica; 
- Aumento gengival; 
- Exposição cirúrgica de dentes retidos; 
- Cirurgia plástica perimplantar. 
 
Retalho reposicionado apicalmente 
modificado (retalho em bisel) 
 
São realizadas incisões relaxantes e 
intrasulculares na mesial e distal das bolsas. 
 
• Técnica 
 
1. Incisão em bisel interno; 
2. Descolamento e afastamento do 
retalho; 
3. Raspagem radicular e contorno ósseo; 
4. Reposicionamento do retalho; 
5. Sutura interproximal. 
6. 
 
 
 
 
 
 
 
É diferente das duas técnicas anteriores devido a 
ausência de incisão relaxante. 
 
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 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Retalho de Widman 
modificado (1974) 
 
• Técnica 
 
1. Incisão inicial: bisel interno 1mm da 
margem gengival, paralela ao longo 
eixo do dente; 
2. Afastamento do retalho; 
3. Segunda incisão: intrasulcular até a 
crista óssea; 
4. Separar o colarinho tecidual com uma 
terceira incisão perpendicular a raiz; 
5. Debridamentoradicular; 
6. Ajustar os retalhos ao osso alveolar; 
7. Sutura interproximal. 
 
 
 
 
Conclusão 
 
- Esses procedimentos tem como finalidade o 
acesso a superfície radicular e/ou tecido ósseo; 
- A diferença básica entre os tipos de retalho 
são: tipo de incisão, deslocamento e 
posicionamento. 
Aula 5 
 
Importância da preservação e 
restabelecimento do espaço biológico 
com finalidade restauradora 
 
 O aumento de coroa clínica vai além 
para com a estética. Possui grande importância 
para a recuperação das distâncias biológicas 
(espaço biológico) com finalidade 
restauradora. Quando ocorre a invasão do 
espaço biológico, o organismo promove a 
reabsorção do tecido ósseo de sustentação 
para compensar o espaço perdido. Com isso, 
para que se obtenha êxito no tratamento 
restaurador, sem que ocorram prejuízos ao 
tecido de sustentação, a cirurgia para o 
aumento de coroa é indicada. Comumente são 
encontradas margens cavitárias subgengivais 
invadindo o espaço biológico, sendo necessária 
a intervenção cirúrgica para devolvermos as 
condições de normalidade aos tecidos de 
sustentação. Procedimentos de aumento de 
coroa clínica são executados a fim de permitir 
um preparo adequado, seja para o dente 
receber um tratamento restaurador direto, 
seja para a moldagem e restauração de forma 
indireta. Também são indicados para ajustar 
margens gengivais em casos de necessidade de 
melhoria estética. 
 Para que um tratamento restaurador 
não cause danos aos tecidos periodontais, o 
término do preparo deve estar localizado entre 
3 a 4 mm da crista óssea alveolar, preservando, 
dessa forma, a integridade do epitélio juncional 
e inserção conjuntiva. 
 
O que é espaço biológico? 
 
 Diferentes autores classificam o espaço 
biológico de diferentes maneiras. O espaço 
biológico é constituído pelo epitélio do sulco, 
epitélio juncional e inserção conjuntiva, e 
compreende a dimensão entre a crista óssea 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 16 
Figura 5. Diferentes representações do espaço biológico. 
Figura 6. Possíveis causas de invasão do espaço biológico. 
alveolar e a margem gengival livre. O espaço 
biológico tem por função proteger os tecidos 
de sustentação do elemento dentário da 
agressão bacteriana e suas toxinas, pois existe 
uma luta do organismo em manter sua 
integridade física. Por isso, quando ocorre a 
invasão do espaço biológico, ocorre uma 
migração e reorganização mais apical dessas 
estruturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A invasão do espaço biológico pode 
resultar em inflamação crônica conduzindo à 
periodontite, podendo consequentemente 
evoluir para a perda do elemento dental. Dessa 
forma, ocorre reabsorção do tecido ósseo 
alveolar como tentativa em restabelecer o 
espaço correspondente à inserção conjuntiva. 
 
Como restabelecer o espaço biológico 
aumentando a coroa clínica? 
 
É necessário verificar se houve invasão do 
espaço biológico, através de: 
 
• Interpretação radiográfica: consegue-se 
medir e observar o término do dente e a 
crista óssea; 
• Sondagem: insere-se a sonda milimetrada 
e apoia-se na crista óssea para verificar 
onde está o término; 
• Técnica visual: realizada a partir do exame 
visual. 
 
 Se há invasão desse espaço, pode 
ocorrer danos aos tecidos de sustentação. As 
causas para ocorrer a invasão do espaço 
biológico podem ser diversas, e a importância 
é sempre preservar as estruturas periodontais. 
 
 
 
 
 
 
 
Se tratando de preparos protéticos, vale 
lembrar os tipos de término: 
 
• Término em chanfrado 
 
- É indicado para coroas metalocerâmicas; 
- Possui boa adaptação marginal, tendo menor 
concentração de estresse nessa região; 
- Proporciona melhor escoamento do cimento; 
- É feito de um segmento de círculo (¼ de 
círculo), e utiliza-se ponta diamantada 
cilíndrica com diâmetro de 1,2mm para sua 
confecção. 
 
• Término em chanferete 
 
- É indicado para coroas totais metálicas; 
- Possui boa adaptação marginal, tendo menor 
concentração de estresse nessa região; 
- Proporciona melhor escoamento do cimento; 
- Deve ser utilizado somente em coroas 
metálicas; 
- É um segmento de círculo menor que o 
chanfrado, e utiliza-se ponta diamantada 
cilíndrica com diâmetro de 1,2mm para sua 
confecção. 
 
 
 
 
• Término em ombro arrendondado ou 
biselado 
 
- É indicado para coroas cerâmicas; 
- Permite espessura adequada da cerâmica na 
região cervical, garantindo resistência contra 
forças oclusais; 
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 17 
Figura 9. Foto inicial. 
- Apresenta maior discrepância marginal em 
relação aos demais términos; 
- Pode apresentar maior dificuldade no 
escoamento do cimento; 
- Necessita de maior quantidade de desgastes 
nas faces axiais, incisal e oclusal; 
- É um ângulo interno arredondado entre a 
parede axial e gengival; 
- Utiliza-se ponta diamantada cilíndrica com 
diâmetro de 1mm com extremidade reta e 
ângulo arredondado. 
 
 
 
 
• Término em ombro ou degrau 
 
- É indicado para coroas metal free com 1,0 a 
1,2mm de espessura; 
- A parede axial do preparo forma um ângulo 
de aproximadamente 90° com a parede 
cervical. 
 
 
 
 
Durante os procedimentos restauradores, 
pode-se optar por 3 tipos de términos para não 
promover alterações nos tecidos. Eles são 
classificados de acordo com o posicionamento 
do término do preparo em relação a margem 
gengival: 
 
• Supra-sulcular ou supra-gengival 
 
O limite cervical da 
restauração está localizado 
coronariamente ao nível 
gengival. 
 
 
• Gengival 
 
O limite cervical estará 
localizado ao nível da 
margem gengival. 
 
• Intrasulcular 
 
O limite cervical localizado dentro 
das dimensões do sulco 
histológico, sem invadir o espaço 
biológico, no máximo 0,5mm. 
 
 
Recuperação do espaço biológico 
 
Pode acontecer através de dois métodos: 
 
• Recuperação cirúrgica 
 
 Os procedimentos cirúrgicos para 
aumento de coroa clínica compreendem a 
excisão de tecidos moles através de 
gengivectomias e gengivoplastias ou 
necessitando de remoção de tecido ósseo 
através de osteotomias e osteoplastias. Cada 
procedimento deve ser avaliado quanto à sua 
viabilidade e observando-se os princípios 
biológicos, realizando exames periodontais 
detalhados bem como avaliação dos fatores 
etiológicos e higiene bucal, presença de 
alterações mucogengivais, avaliação oclusal, 
além de um detalhado exame radiográfico, a 
fim de estabelecer um correto diagnóstico e 
indicação da necessidade da realização do 
procedimento. 
 
Aumento de coroa clínica com osteotomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7. Término 
supra-gengival. 
Figura 8. Término a 
nível gengival. 
Figura 9. Término 
intra-sulcular. 
Figura 10. Radiografia 
interproximal e periapical. 
Figura 11. Demarcação dos 
limites da incisão pela face 
vestibular. 
Figura 12. Demarcação dos 
limites da incisão pela face 
palatina. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Tracionamento ortodôntico: 
 
- É melhor em dentes anteriores; 
- A extrusão por meio de tracionamento 
ortodôntico se apresenta como uma opção de 
tratamento minimamente invasivo para 
restabelecimento do espaço biológico; 
- Essa mobilidade de intervenção não afeta a 
estética, nem interfere na cor ou ao apoio 
periodontal dos dentes vizinhos; 
- Se a violação for na face interproximal ou 
através da superfície vestibular, é indicado a 
extrusão ortodôntica; 
- Extrusão rápida: é tracionada toda estrutura 
que está ao redor; 
- Extrusão lenta: é tracionado apenas o dente 
com incisão. 
Conclusão 
 
 Independente do tipo de restauração 
que será realizada para reabilitação, deve-se 
considerar que o espaço biológico precisa se 
manter íntegro ou restabelecido para garantir 
a longevidade das restaurações e saúde dos 
tecidos periodontais. 
Aula 6 
 
Fatores modificadores da doença 
periodontal (diabetes e tabagismo) 
 
 A doença periodontal pode ser 
modificada através de fatores ambientais, 
como fatores de higiene ou também através desuscetibilidade. Existem fatores externos que 
podem alterar o curso da doença periodontal. 
 As doenças periodontais podem ser 
induzidas pelo biofilme, porém cada indivíduo 
responde de uma maneira diferente. A 
natureza da inflamação é mediada pela 
resposta imune, que é feita através de uma 
rede de citocinas e de mediadores 
inflamatórios, como as células beta, 
prostaglandinas, interleucinas, TFN (fator de 
necrose tumoral) e os RANK L. Isso faz com que 
os pacientes susceptíveis tenham uma 
progressão mais rápida da doença periodontal. 
 Quando citocinas e mediadores 
começam a se manifestar como a 1ª linha de 
defesa do organismo, ocorre uma maior 
destruição de tecido conjuntivo e uma 
reabsorção óssea mais rápida. Como o tecido 
conjuntivo tem em sua maior parte o colágeno, 
quando há destruição de tecido conjuntivo, 
consequentemente há a diminuição da 
produção de colágeno. Isso faz com que o 
dente perca sua inserção no osso e torna-se um 
dente com um grau de mobilidade que 
demonstra uma doença periodontal agressiva, 
de rápido desenvolvimento. 
 Os fatores modificadores são aqueles 
que alteram o curso da lesão inflamatória, 
podendo ter: 
 
• Efeitos sobre o hospedeiro, podendo haver: 
 
- Diferenciação na resposta fisiológica; 
- Diferenciação no sistema vascular; 
- Alteração da resposta inflamatória; 
- Alteração na reposta imune; 
- Diferenciação no reparo tecidual. 
Figura 13. Incisão intrasulcular. Figura 14. Remoção da gengiva 
pós incisão. 
Figura 15. Curetagem. Figura 16. Osteotomia. 
Figura 17. A crista óssea deve 
estar, no mínimo, a 3mm do 
término da cavidade. 
Figura 18. Sutura e restauração 
com cimento de ionômero de 
vidro. 
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 19 
• Modificações na: 
 
- Suscetibilidade da doença; 
- Microbiota da placa; 
- Apresentação clínica da doença periodontal; 
- Progressão da doença; 
- Resposta ao tratamento. 
 
Os fatores modificadores são fatores 
sistêmicos, e não são a causa da doença 
periodontal, mas influenciam na sua 
progressão. Ex: Diabetes Mellitus e tabagismo. 
 
Diabetes Mellitus 
 
É uma doença metabólica caracterizada pela 
hiperglicemia (um aumento da glicose no 
sangue). 
 
• Dados 
 
- 1 a cada 2 adultos não possui o diagnóstico de 
diabetes; 
- No Brasil, 8,1% da população possui 
diagnóstico de diabetes e 6% das causas de 
morte são pela diabetes mellitus; 
- Há uma estimativa que em 2030, seja a 7ª 
causa de morte no mundo; 
- Loe H. em 1993 descreveu a doença 
periodontal como a 6ª complicação da diabetes 
mellitus. 
 
• Classificação da Diabetes Mellitus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Sintomas clínicos 
 
- Retinopatia; 
- Nefropatia; 
- Doença vascular; 
- Cicatrização deficiente; 
- Perda de peso; 
- Sintomas orais: disfunção salivar, disfagia e 
candidíase. 
 
 Evidências consistentes de que a 
Diabetes Mellitus atua como fator modificador 
da doença periodontal é que indivíduos com 
Diabetes Mellitus desenvolvem uma resposta 
inflamatória maior e mais precoce. 
 
Por que um paciente diabético possui uma 
alteração no curso da doença periodontal? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O paciente diabético possui uma 
hiperglicemia crônica, e essa hiperglicemia faz 
com que haja a produção de AGEs (produtos 
finais da glicação avançada). A produção de 
AGEs fica aumentada, afetando células 
endoteliais, fibroblastos e macrófagos. Os 
macrófagos ligam as células AGE-RAGE que 
estão nos receptores, se transformando em 
células hiperativas que irão alterar a produção 
do TNF e das interleucinas 1-beta que podem 
destruir o tecido conjuntivo, diminuindo o 
colágeno e a inserção. As células endoteliais 
irão aumentar a permeabilidade das moléculas 
de adesão fazendo com que o paciente esteja 
mais suscetível a uma inflamação e infecção. 
Quando os AGEs agem nos fibroblastos, há uma 
diminuição da produção de colágeno, tornando 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 20 
o paciente mais suscetível à infecção e 
diminuição da capacidade de cicatrização, 
deixando o portador de Diabetes Mellitus mais 
vulnerável de desenvolver periodontites. Os 
AGEs podem produzir respostas inflamatórias 
exacerbadas, devido à produção exagerada de 
citocinas, podendo causar: 
 
- Alterações vasculares; 
- Cicatrização alterada; 
- Maior predisposição à infecção. 
 
A ativação dos RAGE contribui para a 
patogênese da periodontite em pacientes 
diabéticos e uma diminuição da sua função. 
 
• Estudos e Revisões 
 
Revisão de Literatura – Avaliação da extensão e 
severidade da doença periodontal entre 
paciente portadores de Diabetes Mellitus (DM) 
e não-portadores da Diabates Mellitus (NDM). 
 
Consiste na avaliação da higiene oral do 
paciente, condição gengival e periodontal. 
Foram avaliados 18 estudos transversais e 3 
estudos de coorte. 
 
1. Higiene Oral 
 
- Avaliação do índice de placa em DM e NDM. 
 
2. Condição gengival 
 
- Sangramento à sondagem em DM e NDM. 
 
3. Condição periodontal 
 
- Profundidade de bolsa e perda de inserção 
clínica em DM e NDM. 
 
➳ Índice de placa 
 
- A grande maioria teve maior acúmulo de placa 
em DM do que em NDM. 
 
 
➳ Bolsa periodontal 
 
- Na grande maioria, a presença de bolsa foi 
encontrada. Todos do lado direito 
apresentaram profundidade de bolsa. A 
profundidade de sondagem foi 
significantemente maior em DM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ➳ Perda de inserção clínica 
 
A perda de inserção clínica foi 
significantemente maior nos pacientes DM. 
 
 Conclui-se que os pacientes DM 
possuem pior condição de higiene oral devido 
ao maior acúmulo de placa, possui doença 
periodontal muito mais grave e a destruição do 
tecido é muito mais acelerada, pois a 
hiperglicemia causa diminuição do colágeno. 
 
Estudo – Avaliação dos efeitos do tratamento 
periodontal na glicemia do paciente. 
 
Será que o tratamento da doença periodontal 
em pacientes diabéticos diminui a 
hemoglobina glicada? 
 
Foi avaliado nesse estudo a terapia periodontal 
básica associada à antibióticos. 
Em primeira mão, todos apresentaram melhor 
índice glicêmico enquanto tratados 
periodontalmente. A associação do antibiótico 
na maioria dos grupos não foi tão importante 
Figura 10. Gráfico evidenciando a presença de bolsas em 
paciente DM e NDM. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 21 
quanto a terapia periodontal básica 
(mecânica). 
 
Conclui-se que: 
 
- O tratamento periodontal reduz 
significantemente os níveis de HbA1c 
(hemoglobina glicada) em pacientes com 
diabetes; 
- Apenas um estudo dessa revisão relatou um 
efeito positivo do uso de antimicrobianos 
associados; 
- A terapia periodontal básica é fundamental 
em paciente com DM (Diabetes Mellitus), pois 
leva uma melhora do controle glicêmico. 
 
• Conclusão 
 
 Conclui-se que a Diabetes Mellitus é um 
fator modificador da doença periodontal. O 
paciente diabético possui um aumento na 
prevalência, incidência e severidade da doença 
periodontal, assim como possui uma doença 
muito mais destrutiva e rápida. 
 A taxa de progressão da periodontite 
aumenta em quase 3 vezes mais em pacientes 
não-controlados. 
 O tratamento periodontal não-
cirúrgico, melhora o controle glicêmico do 
paciente diabético, comprovando uma relação 
bidirecional entre a doença periodontal e a 
diabetes mellitus. 
 
Tabagismo 
 
 No tabagismo, os sinais clínicos da 
doença periodontal são mascarados, ao 
contrário da diabetes que exacerba esses 
sinais. O tabagismo é considerado o maior fator 
modificador da doença periodontal. 
 
• Dados 
 
- O cigarro é responsável por 30% das mortes 
por câncer; 
- O tabaco mata até metade de seus usuários; 
- Existem 1,1 bilhão de fumantes no mundo. 
 
• O cigarro como fator modificador 
 
- Está associado ao aumento da incidência da 
doença periodontal e a fraca resposta ao 
tratamento; 
- Fumantes apresentam pior quadro 
periodontal; 
- Devido aos efeitos imunossupressores da 
nicotina, a doença periodontal é mascarada 
pela falta dos sinais clássicos da inflamação; 
- O tratamento periodontalem pacientes 
fumantes é considerado um desafio à 
periodontia. 
 
• Efeitos do cigarro no tecido periodontal 
 
 Os fumantes são mais suscetíveis às 
doenças periodontais do que os não-fumantes, 
pois possuem uma menor resposta 
inflamatória e menos sangramento à 
sondagem. As recessões gengivais também são 
mais comuns nos pacientes tabagistas. 
 Os tecidos periodontais são muito 
vascularizados, e isso facilita o diagnóstico da 
doença periodontal. Nos pacientes fumantes, 
há uma vasoconstrição induzida pela nicotina, 
ou seja, diminuição de vasos sanguíneos e 
menos sangramento, o que dificulta o 
diagnóstico, pois um dos principais parâmetros 
para verificar se há doença periodontal é o 
sangramento à sondagem. 
 O próprio paciente pode ter dificuldade 
em perceber se há algo errado na cavidade 
oral. 
 
• Estudos e Revisões 
 
Um estudo avaliou 20 pessoas da mesma faixa 
etária (10 fumantes e 10 não-fumantes), que 
permaneceram 4 semanas sem realizar higiene 
oral. 
 
Levando em consideração a quantidade de 
placa, sangramento gengival e vermelhidão, 
obtiveram os resultados: 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 22 
➳ Quantidade de placa 
 
- Não houve diferença significativa. 
 
➳ Sangramento gengival 
 
- Um aumento gradual do número de sítios de 
sangramento foi observado em não-fumantes. 
 
➳ Vermelhidão 
 
- Os sítios com vermelhidão foram menores em 
paciente não-fumantes. 
 
 Conclui-se que a formação de placa foi 
semelhante nos dois grupos, os fumantes 
apresentaram menor reação inflamatória 
gengival. A reposta inflamatória pode ser 
suprimida sob a influência do tabagismo. 
 
Uma revisão sistêmica avaliou o efeito do 
cigarro no TPNC (tratamento periodontal não-
cirúrgico), onde obteve os seguintes resultados: 
 
- Fumantes experimentam menor redução na 
profundidade de sondagem; 
- Há evidência de diferença no ganho de 
inserção clínica entre fumantes e não-
fumantes, mesmo que pequena. 
 
• Potencial de cicatrização 
 
 A nicotina e outros componentes do 
tabaco, influenciam a função dos fibroblastos 
gengivais in vitro, incluindo uma diminuição na 
produção de colágeno. A fixação de 
fibroblastos do ligamento periodontal é 
reduzida nas superfícies radiculares em 
fumantes. As células epiteliais atuam como 
barreira mecânica, podendo reduzir, mas não 
eliminar o efeito da nicotina nos fibroblastos 
gengivais. 
 
• Cessação do fumo 
 
- Diminui o risco de desenvolver periodontite; 
- Pode atrasar ou impedir a destruição 
periodontal; 
- Há menos casos de periodontites em ex-
fumantes; 
- A perda óssea e profundidade de sondagem é 
menor em indivíduos que pararam de fumar; 
- A cessação do fumo pode resultar em 
melhorias na saúde bucal e nos parâmetros 
periodontais. 
 
Aula 7 
 
Tomografia computadorizada 
em periodontia 
 
 A doença periodontal é uma infecção 
bacteriana causada por micro-organismos 
gram negativos anaeróbicos, presentes no 
biofilme aderido aos dentes. A doença 
periodontal, de forma lenta, destrói 
progressivamente o osso alveolar e é em 
grande parte, irreversível. 
 A periodontite é uma doença infecciosa 
causada pelo biofilme bacteriano na superfície 
do dente, e caracteriza-se pela inflamação 
gengival, formação de bolsa periodontal, perda 
de inserção e reabsorção óssea alveolar. A 
correta avaliação da condição óssea é 
fundamental para o diagnóstico, planejamento 
do tratamento e prognóstico da periodontite. 
As radiografias mais comumente utilizadas 
para o diagnóstico periodontal são as 
radiografias periapicais, interproximais e 
panorâmicas. No entanto, as radiografias 
apresentam limitações inerentes à 
bidimensionalidade destes exames, o que 
torna o seu uso limitado. Recentemente, a 
tomografia computadorizada de feixe cônico 
(TCFC) é utilizada quando o exame radiográfico 
não fornece as informações necessárias para o 
tratamento periodontal. As técnicas 
radiográficas intra-orais (especialmente a 
técnica interproximal), permitem a observação 
da relação entre a altura (aproximada) da crista 
óssea alveolar com a junção amelo-cementária, 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
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uma das razões pelas quais os exames 
radiográficos são importantes ferramentas 
auxiliares no diagnóstico de periodontopatias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21. Radiografia panorâmica. 
 A radiologia vem evoluindo 
continuamente desde a descoberta do raio-x, 
em 1895. No entanto, com a revolução 
tecnológica das últimas décadas, ela 
conquistou avanços até então inimagináveis. A 
tomografia Cone Beam é um exemplo disso, 
pois possibilitou a captura de imagens em 3D 
para especialidades que não podiam usufruir 
dessa tecnologia. 
 
Tomografia Cone Beam 
 
 Também chamada de tomografia 
computadorizada de feixe cônico ou 
volumétrica, a tomografia Cone Beam é um 
método de captura radiográfica de imagem em 
três dimensões (3D). Para conseguir as 
imagens, o aparelho conta com um feixe de 
radiação e um receptor, que giram em 360° 
uma única vez na região de interesse. Durante 
o giro, inúmeros registros, com informações 
necessárias para a criação da imagem em 3D, 
são enviados ao computador. Lá, a imagem 
será formada por meio de software. A partir 
daí, o paciente já esta liberado. Os cortes axiais, 
coronais e sagitais podem ser tranquilamente 
feitos por meio da montagem criada 
virtualmente. 
 A Cone Beam é uma tecnologia ainda 
recente na odontologia. Seus primeiros relatos 
na literatura apareceram apenas na década de 
1990, quando pesquisadores italianos 
apresentaram os resultados preliminares de 
um novo aparelho de tomografia 
computadorizada volumétrica para imagens 
odontológicas. Ela foi uma solução para as 
especialidades que precisavam de uma 
tomografia computadorizada, mas a tecnologia 
da época (Feixe Fan Beam) não trazia 
especificidade para a odontologia. A Cone 
Beam surge em 1998 como fruto de pesquisas 
simultâneas no Japão e na Itália. O primeiro 
tomógrafo computadorizado para a técnica foi 
o Newton 9000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Características do Tomógrafo Cone Beam 
 
 Por ser voltado exclusivamente à 
arcada dentária e contar com uma tecnologia 
mais avançada, o tomógrafo de Cone Beam 
gera imagens muito mais detalhadas, 
incluindo: 
 
- Lâmina dura (osso compacto adjacente ao 
ligamento periodontal); 
- Cortical óssea compacta e medular; 
- Tecidos dentários; 
- Câmara pulpar; 
- Periodonto. 
 Apesar das técnicas radiográficas orais 
mostrarem com riqueza de detalhes 
informações importantes ao clínico, deve-se 
lembrar que as radiografias periapicais e 
interproximais, por exemplo, fornecem a 
projeção de uma imagem bidimensional (altura 
e largura) de um corpo tridimensional, que 
Figura 19. Radiografia 
periapical. 
Figura 11. Radiografia 
interproximal. 
Figura 12. Diferença entre tomografia 
Fan Beam e Cone Beam. 
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possui altura, largura e profundidade. Em 
outras palavras, as radiografias periapicais e 
interproximais permitem apenas a observação 
no sentido mesio-distal das estruturas dentais. 
As tábuas ósseas vestibular e lingual/palatina, 
não podem ser observadas por meio desse tipo 
de técnica. 
 A tomografia computadorizada de Cone 
Beam permite a observação tridimensional de 
todas as estruturas que compõem o órgão 
dental e seu respectivo alvéolo, ou seja, as 
superfícies perirradicular e o tecido ósseo 
adjacente, e a junção amelo-cementária e sua 
relação com as corticais/tábuas ósseas 
vestibular e lingual/palatina em tamanho real. 
A tomografia computadorizada Cone Beam 
também pode ser útil para o estudo de regiões 
peri-implantares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências bibliográficas: 
 
• Material de apoio cedido pelos professores 
da disciplina. 
• Newman, Michael G. Carranza periodontia 
clínica. Elsevier Brasil, 2012. 
• LINDHE, J. A. N.; KARRING, Thorkild; LANG, 
Niklaus. Tratado de periodontia clínica e 
implantodologia oral, 1999. 
• BAUMERT AH, Michele K., et al. The effectof smoking on the response to periodontal 
therapy. Journal of clinical periodontology, 
1994, 21.2: 91-97. 
• RISSATO, Marcos; TRENTIN, Micheline 
Sandini. Aumento de coroa clínica para 
restabelecimento das distâncias biológicas 
com finalidade restauradora–revisão da 
literatura. Revista da Faculdade de 
Odontologia-UPF, 2012, 17.2. 
• LALLA, Evanthia, et al. Hyperglycemia, 
glycoxidation and receptor for advanced 
glycation endproducts: Potential 
mechanisms underlying diabetic 
complications, including diabetes-
associated periodontitis. Periodontology 
2000, 2000, 23.1: 50-62. 
• KHADER, Yousef S., et al. Periodontal status 
of diabetics compared with nondiabetics: a 
meta-analysis. Journal of diabetes and its 
complications, 2006, 20.1: 59-68. 
• GROSSI, Sara G.; GENCO, Robert J. 
Periodontal disease and diabetes mellitus: a 
two-way relationship. Annals of 
periodontology, 1998, 3.1: 51-61. 
 
Recado para você que adquiriu essa apostila: 
 
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato 
comigo ou tire essa dúvida com algum 
professor. Talvez possa ter coisas diferentes da 
forma que você aprendeu, mas isso não quer 
dizer necessariamente que eu ou você 
estejamos errados. Professores e autores têm 
diferentes pontos de vista as vezes. Essa 
apostila não pode ser vendida por terceiros e 
nem plagiada. Plágio é crime de violação aos 
Figura 13. Tomografia de Cone Beam. 
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estudos! 
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