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Resumos Nutrição Alimento: “Do ponto de vista biológico, alimento é toda a substância que é utilizada para nutrir os seres vivos e que, consequentemente, contribui para: - fornecer os materiais necessários para a formação, crescimento e reparação das células e tecidos; - prover o organismo dos materiais necessários para o seu metabolismo equilibrado; - fornecer os constituintes orgânicos necessários à produção de energia, incluindo as formas de calor, movimento e trabalho; - fornecer os materiais que devem ser acumulados sob a forma de reservas próprias do organismo.” Alimentação: ato voluntário consciente de seleção de alimentos, de acordo com as preferências, disponibilidade e aprendizagem de cada individuo, com o objetivo de nutrir o organismo. Nutrimentos: substâncias que os alimentos fornecem ao organismo e que são indispensáveis à vida; fornecem energia e/ou materiais necessários para a síntese, manutenção e reparação do organismo; contribuem para a formação do esqueleto e restantes estruturas orgânicas e para a reparação de células e tecidos. Indispensáveis na regulação e participação nos processos metabólicos; Nutrição: conjunto de processos, através dos quais o nosso organismo utiliza, transforma e incorpora nas suas próprias estruturas os nutrientes provenientes da alimentação. Dieta/Regime: hábitos alimentares de um indivíduo ou grupo populacional. Malnutrição: Situações patológicas de carência nutricional; (Fome alimentar: fome de quantidade) Situações de excesso e desequilíbrio (fome na abundância: fome de qualidade) Nutrimentos: - Energéticos (macronutri) : HC (4 kcal/g=16 Kj), Lípidos (9 kcal/g=37 Kj) e Proteínas (4 kcal/g=17Kj) - Plásticos: proteínas e minerais (p/ crescimento e regeneração de tecidos) - Reguladores: vitaminas, minerais, complantix e água 1 Kcal: Quantidade de calor necessário para fazer subir a temperatura de 1L de água em um 1ºC. S.I. adotou o Kj para medir a energia fornecida pelos alimentos e nutrimentos. 1 kcal = 4,184 kj 0,239 kcal = 1 kj Álcool: 7 kcal/g = 29Kj (calorias vazias porque só fornece calor, não dá nada nutricionalmente) Nutrimentos energéticos: ADE (Ação Dinâmica Específica): quantidade de energia que aproveito após metabolizar determinado nutriente. + alta: proteínas (ciclo da ureia + dispendioso) Termogénese induzida pela dieta; + baixa: HC Qt + alta ADE: - rentável. Nutrimento energético + rentável: HC: amido Hidratos de carbono C, H, O fórmula geral Cn(H2O)n - Monossacáridos Constituem a unidade básica HC: não podem ser desdobrados por hidrólise. -> glicerose (triose) -> eritrose (tetrose) -> xilose e arabinose (frutos e tubérculos) PENTOSES -> ribose e desoxirribose (DNA) -> glicose (mel, uvas, hortofrutícolas) HEXOSES -> dextrose (indústria) -> galactose mt impt: bainha de mielina e sinapse; vesiculas seminais p/ correta fertilização. -> frutose/ levulose (mel, frutos) Frutose acentua o doce (marcado sabor açucarado). Ponto vista nutricional, não se podem considerar como uma fonte de energia para o organismo. - Dissacáridos -> sacarose: glicose + frutose (beterraba, cana sacarina, mel, hortofrutícolas, doçaria, -> lactose: glicose + galactose (leite) indústria) -> maltose: glicose + glicose (indústria) -> trealose: glicose + glicose (cogumelos, insetos) - Oligossacáridos -> rafinose (trissacárido) -> estaquiose (tetrassacárido) odor intenso: urina-> frutanos (cebola, alcachofra, alho, espargo, hostofrutícolas, cereais) - Polissacáridos -> amido: reserva glicídica dos vegetais (cereais, tubérculos e leguminosas) - amilose - amilopectina - amidos modificados (indústria) -> não amiláceos: glicogénio (reserva glicídica dos animais) e fibras alimentares Classificação quanto à rapidez de absorção Mono e dissacáridos têm uma absorção habitualmente elevada. Glicose tem uma absorção muito rápida. Frutose é + lenta que glicose, no entanto, a sua absorção beneficia em presença da glicose. Há amidos de absorção muito rápida (amidos hidratados ex: na sopa), intermédia e lenta. Há combinações intracelulares de mono e dissacáridos que tornam lenta a sua absorção. ‘‘Atualmente ganha estatuto a classificação em disponíveis (digeríveis) e indisponíveis (indigeríveis).’’Peres91 IG: permite avaliar o efeito hiperglicemiante de uma refeição/ alimento, ou seja, o poder que têm para elevar a concentração de glicose sanguínea após a sua ingestão; Valores do IG são classificados segundo a taxa de absorção dos alimentos. IG Alto≥ 70: pão branco e integral, arroz branco, melancia, cenouras brancas, tâmaras IG Médio 55-70: sacarose, ananás, beterraba, cenouras, panquecas, figos secos IG Baixo ≤ 55: flocos de aveia, massas alimentares, leguminosas, batata doce, maçã, leite, iogurte, alimentos de soja “A recomendação para o uso do IG, baseia-se, principalmente, na substituição de alimentos de alto por baixo IG ao longo do dia. Contudo deve-se considerar os efeitos dos outros alimentos sobre a glicemia, quando se consome uma refeição mista.” Garga glicémica: quantidade de HC (Nem sempre a relação IG/ CG é direta) Indíce glicémica: qualidade do HC Digestão HC: Boca: amilase salivar desdobra o amido e o glicogénio em maltose; Estômago: Ø Duodeno: amilase pancreática (amido→maltose, maltotriose, oligossacáridos e alguma glicose) e das dissacaridases (di → monossacáridos). Metabolismo: Tecido muscular capta glicose para se abastecer de energia e para sintetizar glicogénio próprio; O tecido adiposo, desde que disponha de insulina ativa, capta todo o excesso de glicose e armazena-o como gordura (triacligliceróis) Fontes Alimentares HC: Cereais: trigo, o milho, a cevada, o centeio, a aveia, o sorgo e o arroz. A farinha constitui o produto resultante da moenda de grãos de cereais maduros, sãos, não germinados e isentos de impurezas. Leguminosas secas: ricas em amido e ricas em proteínas as suas proteínas são pobres em metionina e triptofano, mas ricas em lisina, pelo que podem ser complementadas com as dos cereais (que são A quase totalidade dos oligossacáridos é indigerível e inabsorvida, são metabolizados no cólon pelas bactérias. Modestas porções não são metabolizadas e saem imodificadas: urina c/ cheiro a cebola, alho, espargo Amido Cru: insolúvel na água e mal digerido Humedecido e aquecido: gelatiniza-se Gelatinizado arrefecido: recristaliza-se ricos em metionina e pobres em lisina). Produtos Açucarados a“necessidade’’ e o“desejo” ‘’A «necessidade» de doces ou bebidas açucaradas referida por alguns, ou é vício, porque o açúcar pode gerar dependência tal como as drogas, ou é um aviso a tempo para evitar a hipoglicemia e os seus desagradáveis sintomas de esvaimento físico e incapacidade mental, frequentes entre quem não come farináceos na quantidade precisa ou passa mais de 3,5 horas sem se alimentar’’ Peres,92 Proteínas (C,H,O,N; aa – peptideos – polipeptideos – proteínas) Origem animal - Escleroproteínas/ proteínas fibrosas: elastina do músculo, colagénio do tecido conjuntivo; São insolúveis; funções: proteção e suporte de tecidos - Esferoproteínas/ proteínas globulares: caseína do leite, albumina da clara do ovo, globulinas do plasma sanguíneo; São constituintes de líquidos orgânicos geralmente solúveis em água, digerem-se facilmente e contêm uma boa proporção de aa essenciais - Protaminas e histonas: polipeptídeos que se encontram nas ovas do pescado Origem vegetal Glutelinas e prolaminas: Glutenina (trigo) Gliadina (trigo e centeio) Hordeína(cevada) Zecalina (centeio) Aveína (aveia) Orizenina (arroz) Zeína (milho) Glúten (gliadina e glutelina; trigo, centeio, cevada e aveia) O glúten é a fração proteica dos grãos de trigo, centeio e cevada. Trata-se de uma mistura de várias proteínas (prolaminas e glutelinas, respetivamente solúveis e insolúveis em álcool), das quais a gliadina constituiu o componente que desencadeia a doença celíaca nos indivíduos predispostos a.a. essenciais: aqueles que o organismo não consegue sintetizar e têm que ser obtidos através da alimentação. Na idade adulta são 8 os aa essenciais; Durante a infância a Histidina é também um aa essencial. 8+1 = Isoleucina, Leucina, Lisina, Fenilalanina, Treonina, Valina, Metionina, Triptofano e a Histidina (Apenas na infância). Aa limitante: é absorvido em < quantidade, limita a absorção dos outros aa’s. Proteínas completas: valor biológico VB muito elevado; a sua proporção de aa essenciais é semelhante às proteínas humanas; proteínas de origem animal; carne, peixe, ovos, leite, queijo e iogurte; fornecem os 9 aa’s essenciais. Proteínas incompletas: valor biológico muito baixo; a sua proporção de aa essenciais é diferente das proteínas humanas; proteínas de origem vegetal; cereais, leguminosas, nozes, legumes; deficientes em 1 ou + dos aa’s essenciais. Proteínas complementares: valor biológico de uma proteína completa; proteína completa + proteína incompleta. Valor biológico: fração de aa absorvidos que são retidos pelo organismo. VB muito elevado: leite e ovos (aa aproveitam-se quase integralmente pois apresentam- se em proporções muito próximas das necessidades do organismo) Proteínas VB elevado: carnes, peixes e outros animais aquáticos e soja. Proteínas VB médio: cereais (exceto milho) e folhas. Proteínas BV baixo: milho, leguminosas (exceto soja) e gelatina. Digestão: Boca: inicia a digestão proteica; Estômago: pepsina (proteínas → polipeptídeos); Duodeno: enzimas proteolíticas pancreáticas (tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidase e elastase) (proteínas → polipeptídeos e polipeptídeos → dipeptídeos + aa livres) A presença de proteínas no intestino estimula o Peptídeo inibidor gástrico – GIP (atrasa o esvaziamento gástrico e inibe a secreção de enzimas e de ácido pelo estômago) Metabolismo: Os materiais sobrantes destas reações e os produtos resultantes da degradação das proteínas estruturais, podem ser catabolizados (ureia, ác. Úrico) ou aproveitados para produzir glícidos (neoglicogénese) e energia. A energia em excesso é armazenada no tecido adiposo como gordura. Fontes alimentares Proteínas: - Leite: proteínas com alto VB; principal HC: lactose - Iogurte: ácido lático provoca estimulação do suco gástrico e melhora o uso de proteínas e minerais - Queijo: ‘’forma concentrada do leite’’ proteínas, cálcio, fosforo, vitaminas A, B1 e B2 - Carnes: proteínas com VB elevado; bem digeridas - Pescado: proteínas de alta qualidade, boa composição em aa (deficientes em metionina e treonina; excesso de lisina) - Marisco: < quantidade de proteínas e aa essenciais que o peixe; pobre em fenilalanina e histidina - Ovos: o equilíbrio em aa é quase perfeito Lípidos (ADE média) C, H ,O ( Insolúveis na água e solúveis em solventes orgânicos) Lípidos alimentares - Fosfolípidos: Componentes estruturais de membranas celulares (lectina, cefalina, …) Poderosos emulsionantes (quer no corpo humano, quer na industria) ovos, carnes, cereais, leguminosas secas - Glicolípidos: Membranas celulares e algumas estruturas do SN (cerebrosídeos, gangliosídeos, …) Origem vegetal; “melhorantes” de farinhas (“pão de água”) - Triglicéridos: Armazenamento de gorduras; constituem quase a totalidade dos lípidos alimentares - Esteróis: membranas vegetais, animais, etc Colesterol: origem animal; Lípido de importância vital (colesterol endógeno e colesterol exógeno), sujeito a mecanismos muito preciosos de formação, regulação e destino; dele derivam os ácidos biliares primários, hormonas esteroides e calciferol; mioleiras, ovos, vísceras, carne de vaca, pele e gorduras de aves, natas e produtos com natas. No organismo humano, mono e diglicéridos são raros, a não ser em alimentos processados porque a indústria utiliza estas gorduras como emulsionantes. Ácidos gordos C18:2n6 -> 18 C; 2 é o nº de ligações duplas; 6 é a posição da 1ª ligação dupla Classificação quanto ao: Tamanho da cadeia carbonada: curta (4 a 6C); média (8 a 12); longa (14 a 18); muito longa (20 ou+C) Grau de saturação: saturados (SFA); monoinsaturados (MUFA): 1 lig. dupla; polinsaturados (PUFA): 2 ou + lig. duplas As ligações duplas diminuem o ponto de fusão das gorduras; além disso fixam o hidrogénio formando gorduras hidrogenadas Ácidos gordos essenciais Ómega-3 Ómega-6 Designação Ácido α-linolénico (C18:3n3) Ácido linoleico (C18:2n6) Funções Fundamental para a formação de prostaglandinas Intervém na síntese do ácido araquidónico, o qual origina prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos (“hormonas locais”) Fontes alimentares Óleos de peixes (salmão, sardinha e atum) Óleos de sementes (milho, girassol e soja) Azeite: gordura líquida a 20ºC; constituída só por lípidos sobretudo MUFA e pouca vitaminas A (vestígios) e E. Óleo comestível: gordura líquida a 20ºC; extraída de sementes girassol, soja, milho, amendoim, cártamo, algodão Óleo alimentar: gordura líquida a 20ºC; composto por 2 ou + óleos comestíveis; refinados isoladamente ou em conjunto, com a exceção do azeite. Independentemente da sua origem são constituídos por lípidos, diferindo entre si pelo tipo de ácidos gordos e pelo teor de vitamina E. Ricos em PUFA (à exceção do óleo de amendoim, rico em MUFA e dos óleos de coco e palma que têm mais SFA); Suportam aquecimento até 160ºC e o óleo de amendoim até 180ºC. Manteiga: produto butiroso obtido através do leite de vaca ou da sua nata; composto por SFA e colesterol, tem vestígios de proteínas e HC sob a forma de lactose e ácido láctico. O teor em vitamina A, D e carotenos depende da alimentação do animal e se estava num estábulo ou a pastar livremente. Degrada-se a cerca de 120ºC, pelo que só deve ser consumida crua. Margarina: produto butiroso obtido fundamentalmente por emulsão de uma fase aquosa em gorduras e óleos comestíveis; gordura hidrogenada; Os óleos ou gorduras que entram na composição dos diferentes tipos de margarina influenciam o seu teor em ácidos gordos e colesterol, mas não interferem no total lipídico. Degrada-se a temperaturas muito baixas, à volta de 140ºC, deve ser utilizada crua ou apenas ligeiramente aquecida. Minarina: margarinas cujo teor lipídico e energético foi reduzido pela adição de água; manteigas extra-magras. Banha: gordura de porco subcutânea, do mesentério e da zona das costelas.; composta só por lípidos; Composta quase exclusivamente por lípidos. Rica em MUFA e SFA; Suporta aquecimento a temperaturas elevadas 210ºC sem se decompor, usada para fritar. Complantix fibra alimentar/ dietética Conjunto de substâncias que ocorrem naturalmente em alimentos de origem vegetal e que são indigeríveis pelas enzimas do trato digestivo superior. Conjunto de substâncias que têm as seguintes características: - todas as substâncias são indigeríveis pelas nossas enzimas digestivas - apenas se encontram em alimentos de origem vegetal - ocorrem naturalmente em alimentos de origem vegetal (ou seja, diretamente da mãe natureza) Os constituintes do complantix passam ao cólon, onde são fermentados pela microflora para a sua própria manutenção. Da sua fermentação resulta energia e ác. gordos que passam ao meio interno Constituintes do complantix: - Fibras propriamente ditas: celuloses, hemiceluloses, lenhinas * Efeito sobreo cólon: aumentam o volume da massa fecal, aceleram a motilidade cólica e a propulsão de fezes e beneficiam o equilíbrio da flora intestinal. * Aceleram o trânsito intestinal abaixo da válvula íleo-cecal. - Substâncias gelificáveis pectinas, β-glicanos, gomas, mucilagens * Estupendos biodisponibilizadores de minerais; atrasadores do trânsito intestinal * Quando aquecidos em meio liquido formam geles, sendo substâncias super-viscosas. - Outras substâncias indigeríveis: ácido fítico, sílica, ceras e cutinas, tanino, hidroxiprolina e outras substâncias proteicas e glicoproteínas, saponinas… Alimentos ricos em fibras solúveis: aveia, cevada, verduras, leguminosas, maças e citrinos Ricos em fibras insolúveis: vegetais de folha verde, cereais integrais e farelo de trigo EFEITOS do complantix no organismo 1. Alonga o tempo de mastigação e aumenta a salivação. Reduz a placa bacteriana. Beneficia a articulação odonto-alveolar; nas crianças e adolescentes concorre para alargar as arcadas de implantação dentária 2. Retarda o esvaziamento gástrico e confere saciação. Aumenta a produção de muco gástrico (efeito extremamente anti-cancerígeno). 3. Aumenta a fluidez da bile e diminui a concentração de colesterol. 4. Retarda a progressão do quilo. Alonga os tempos de digestão e absorção; Aumenta a importância digestiva do íleon distal e terminal; Aplana a produção de sinalizadores hormonais. 5. Liga-se aos ácidos biliares pelo que sequestra colesterol. Alonga e reduz a absorção dos lípidos; Aumenta a perda fecal de colesterol e lípidos. 6. Barra o contacto dos fermentos digestivos com nutrimentos incluídos ou bandas de matriz, atrasando a sua difusão. Atrasa a absorção de minerais mas não a impede 7. Avoluma e hidrata fezes, diminui a pressão luminal e acelera o trânsito cólico-rectal. Assim, aumenta o volume e o número de defecações e antecipa-as. ↓ DCA, hemorroidas e varizes m. inferiores; Modifica a microflora intestinal e aumenta as fermentações cólicas. Vitaminas lipossolúveis: A, D, E, K; hidrossolúveis: B e C A (retinol) fígado, cenoura, margarina, batata doce carências: cegueira noturna; cegueira total; secura, descamação e queratinização da pele, mucosas e da permeabilidade das membranas D ovos e fígado; carências: raquitismo (crianças); osteomalacia (adultos) E excelente antioxidante carências: alterações oculares; fraqueza muscular, anemia; edema; lesões cutâneas, renais e do aparelho genital; hemólise dos eritrócitos K carências: deficiente coagulação sanguínea; transtornos hemorrágicos B1 (tiamina) carências: béri-béri (afeta o SNP e SCV) B2 (riboflavina) carências: acentuada diminuição da vitalidade; anemia; estomatite angular; dermatite seborreica; fotofobia, vascularização da córnea B3 (niacina) carências: descamação da pele; língua pálida e escorregadia e/ou com fissuras, atrofia papilar da língua; pigmentação da pele à volta dos olhos B5 (ácido pantoténico) carências: sensação de queimadura nos pés (prisioneiros de guerra) B6 (piridoxina) carências: fadiga, insónia, irritabilidade, dores musculares; estomatite angular; convulsões (crianças) B8 (biotina) carências: dermatites; língua inflamada; anemia; depressão B12 (cobalamina) carências: anemia perniciosa; problemas neurológicos; vegetarianos estritos constituem um grupo de risco C (ácido ascórbico) carências: escorbuto ácido fólico (folacina) carências: transtornos digestivos, diarreias; anemia megaloblástica; na gravidez, a sua diminuição plasmática pode causar hemorragias e deficiente formação do tubo neural do feto Minerais e Carências minerais: Ca, P, Mg, Na, K, Cl oligo: Cu, Cr, Fe, F, I, Mng, Mo, Se, Zn Biodisponibilidade: quantidade de um dado nutrimento que é absorvido e disponibilizado para o normal funcionamento do organismo Cálcio + abundante; ossos e dentes; sangue carências: deficiente massa óssea (crianças); osteoporose (adultos); tetania Fósforo esqueleto, dentes, células carências: pode dever-se à ingestão prolongada de antiácidos que contenham hidroxilo de alumínio Magnésio carências: debilidade muscular, depressão, vertigens e tetania (sobretudo nos alcoólicos, queimados ou doenças inflamatórias intestinais) Potássio carências: situações de normalidade não ocorrem carências de potássio Cloro carências: podem ocorrer deficiências associadas a carência de sódio Sódio carências: rara Cobre carências: pode ocorrer em prematuros, situações de cirurgia intestinal, indivíduos medicados com antiácidos ou em casos de suplementação com zinco Ferro reações redox; hemoglobina e mioglobina muscular; transporte de O2 e CO2; componente ativo de enzimas envolvidas na respiração celular e geração de ATP carências: anemia ferropénica (hemorragias; gravidez) -> apatia, irritabilidade e fraqueza Crómio carências: intolerância à glicose; aumenta os níveis séricos de colesterol e TG Flúor carências: aumento da cárie dentária Iodo carências: bócio Selénio carências: dores musculares e perturbações cardíacas Zinco carências: deficiência alimentar associada à de ferro -> atrasos de crescimento, imaturidade sexual, diminuição da acuidade olfativa e gustativa Alimentação saudável e obesidade Alimentação saudável: completa (todos os setores e beber água diariamente) equilibrada (respeitando as porções, comer maior quantidade de alimentos pertencentes aos grupos de maior dimensão e menor quantidade dos de menor dimensão) variada (dentro de cada grupo variar diariamente, semanalmente e nas diferentes épocas do ano) - cereais, derivados e tubérculos: principal fonte de HC (vit complexo B, minerais e fibra alimentar) - frutos e produtos hortícolas: fornecedores de vitaminas, minerais, fibra alimentar e água - laticínios: fornecedores de proteínas de elevado VB, cálcio e fósforo (vitaminas A, B2 e D) - carnes, pescado e ovos: fornecedores de proteínas de elevado VB, vitaminas complexo B e minerais (ferro, fósforo e iodo) - leguminosas secas: fornecedores de HC, proteínas, vitaminas B1 e B2, minerais e fibra alimentar - óleos e gorduras alimentares: fornecedores de gorduras e vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) - água: não possui um grupo porque está representada em todos eles “Five a day”: ingerir 5 a 9 porçoes diárias de produtos hortícolas e frutos. O que não está na RAP? - bebidas alcoólicas - sumos, néctares e refrigerantes - açúcar e produtos açucarados - sal e produtos “snack” - “regras de ouro” - mastigar e ensalivar bem tudo o que se come e bebe, até a água - comer com calma, com os pés debaixo da mesa, sem TV aos berros nem zaragatas para descarregar tensões, em ambiente agradável e repousante - comer com prazer, gastronomicamente e, na medida do possível, de acordo com as nossas tradições culinárias, e sem esquecer que comer é ato de comunhão - afastar as bebidas alcoólicas de crianças, adolescentes, grávidas e aleitantes. Limitar o seu consumo a adultos saudáveis, em quantidades modestas e às refeições ou logo a seguir - preferir pão e produtos cerealíferos mais grosseiros, menos espoados - beber água potável ou tisanas e outras bebidas sem minerais e calorias, em quantidades liberais para que a diurese se mantenha abundante e a urina sempre clara e pouco cheirosa - consumir a quantidade necessária de comida, nem mais nem menos, tendo em atenção ajustar o fornecimento calórico às necessidades do organismo - vigiar regularmente o peso e mantê-lo nos valores desejáveis. Verificar também a intervalos regulares o desenvolvimento de crianças e adolescentes - Obesidade IMC = peso (kg) / altura2 (m) baixo peso < 18,5 (risco baixo, mas aumentado de outros problemas) normal 18,5-24,9 (risco médio) pré-obesidade 25,0-24,9 (risco aumentado) obesidade I 30-34,9 (risco moderado) obesidade II 35-39,9 (riscograve) obesidade III ≥ 40 (risco muito grave) - Regime Alimentar Saudável (OMS 2004) - equilíbrio energético e peso saudável - limitar o consumo lipídico total - aumentar o consumo de produtos hortícolas e frutos, leguminosas e cereais - limitar a ingestão de açucares simples - limitar o consumo de sal Padrões Alimentares Padrão Alimentar Saudável: proporciona a situação nutricional mais propícia ao bem-estar; não existe só um mas sim vários - Evitar comprar produtos desnecessários, antes de ir às compras: Faça uma lista de compras; Não vá ao supermercado com fome; Vá às compras sozinho; Não deixe passar muito tempo entre uma compra e outra - Escolher alimentos: sazonalidade, cheiro, cor, textura e tipo de conservação do alimento - Leitura de Rótulos + impt: - lista de ingredientes, sobretudo aditivos e alergénios - prazo de validade e - condições de conservação - Escolher produtos embalados: - ver prazo de validade - ver aspeto organoléptico do alimento - atenção à integridade da embalagem; - verificar se o local de armazenamento está em boas condições - Escolher produtos congelados: - ver integridade e verificar o interior das embalagens - confirmar o prazo de validade - EVITAR comprar produtos em fase de descongelação - Padrão Alimentar Mediterrânico -> equilíbrio de sabores -> estilo de vida marcado pela diversidade e conjugado com as características seguintes: . consumo elevado de alimentos de origem vegetal . consumo de produtos frescos, pouco processados e locais, respeitando a sazonalidade . usar o azeite como principal gordura para cozinhar ou temperar . consumo baixo a moderado de laticínios . consumo frequente de pescado e baixo e pouco frequente de carnes vermelhas . consumo de água como bebida de eleição e baixo e moderado consumo de vinho . realização de confeções culinárias simples . prática de exercício físico diária . fazer refeições em família/ entre amigos, promovendo a convivência entre as pessoas à mesa. - A cada refeição principal: frutas 1-2; hortícolas 2p; azeite; pão; massas; arroz; outros cereais 1-2p - Diariamente: laticínios 2p; azeitonas/nozes/sementes 1-2p; alho; cebolas; especiarias - Semanalmente: batatas ≤ 3p; carnes brancas 2p; peixe 2p; ovos 2-4p; leguminosas secas ≥ 2p; carnes vermelhas < 2p; carnes processadas ≤ 1p - Padrão Ocidental -> alimentos com elevada DE e reduzida DN -> refeições repetidas e monótonas -> curta saciedade -> conglomerado de DMD Avaliação do estado nutricional Estado nutricional: balanço entre a ingestão alimentar de um indivíduo (ou grupo populacional) e as suas necessidades ou gastos nutricionais, de modo a permitir a utilização de nutrientes, a manutenção das reservas e a compensação das perdas Estado nutricional ótimo: equilíbrio entre a ingestão de nutrientes e as necessidades nutricionais Desnutrição: estado de hipernutrição (obesidade) ou subnutrição: Marasmo (subnutrição energética); Kwashiorkor (subnutrição proteica) e Kwashiorkor marasmático (proteico-energética) Avaliação do estado nutricional Métodos indiretos: inquéritos; taxas; estatísticas Métodos diretos: 1. antropometria: exame físico, medição e avaliação de medidas e índices derivados, relacionados com o crescimento e desenvolvimento e com a composição corporal - peso corporal - estatura - perímetro do braço - prega cutânea tricipital 2. avaliação bioquímica: albumina; transferrina; pré-albumina; proteína transportadora do retinol; outras proteínas séricas: PCR, fibronectina, somatomedina C; outras determinações plasmáticas; índice da excreção da creatinina; balanço azotado 3. sinais clínicos 4. história nutricional Necessidades energéticas recomendações energéticas (DRI 2005) normal: 20% proteínas, 30% gordura e 50% HC + saborosa: 20% proteínas, 25% gordura e 55% HC VET = MB x f. atividade x f. agressão Cálculo do metabolismo basal (MB) pela equação de Harris-Benedict: masculino: TMB= 66,47 + (13,75xP) + (5,00xA) – (6,76xI) feminino: TMB= 655,1 + (9,56xP) + (1,85xA) – (4,68xI) Fatores atividade Fatores “stress” 1,2 -> acamados 1,3 -> ambulatório 1,2 -> cirurgia minor 1,35 -> trauma esquelético 1,6 -> sepsis 2,1 -> queimaduras severas Valor energético de uma refeição: HC: 4 kcal/g -> se 100g HC: 100x4=400 kcal; proteínas: 4 kcal/g; Lípidos: 9 kcal/g
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