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2 
 
1. PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010 
 
Redes de Atenção à Saúde - Integração da Atenção Básica e demais unidades 
de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos 
organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes 
densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas 
de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a 
integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 – portaria 
nº 4.279, de 30/12/2010). 
 
 
 
3 
 
 
 
 
(UPENET-2013) A organização de Redes de Atenção à Saúde (RAS) pode ser definida 
como estratégia para um cuidado integral e direcionada às necessidades de saúde de 
uma população. Nesse sentido, as RAS constituem-se em: 
 
A) arranjos corporativistas e organizados em função dos prestadores de serviços. 
B) um conjunto formado por ações e serviços de saúde com diferentes configurações 
tecnológicas e missões assistenciais. 
C) serviços articulados de forma complementar e sem base territorial alguma. 
D) atributos de uma atenção básica estruturada como ponto secundário ou terciário de 
cuidado e principal porta de saída do sistema. 
E) equipes multidisciplinares que cobrem, apenas, uma parte da população, atendendo, 
exclusivamente, os doentes graves. 
 
Resposta Correta: 
 B) um conjunto formado por ações e serviços de saúde com diferentes 
configurações tecnológicas e missões assistenciais. 
 
 
Comentário: 
As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de 
saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de 
apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. 
 
 
 
 
 
(2016/Prefeitura de Fortaleza – CE/Prefeitura de Fortaleza) Ao regatar os conceitos de 
Redes de Atenção à Saúde (RAS), Villaça (2011) apresenta a definição de RAS 
adotada pelo Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil, marque a 
alternativa que apresenta este conceito adotado. 
 
a) Arranjos técnicos assistenciais, territorializados com base no Mapa da Saúde, que 
ofertam serviços de alta tecnologia para todos os municípios integrantes da região, 
contribuindo assim para a ampliação do acesso à saúde. 
b) Regiões de alta densidade tecnológica com ofertas de serviços de saúde universais, com 
participação complementar da iniciativa privada, buscando ampliar o acesso à saúde. 
c) Arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades 
 
4 
 
 
tecnológicas, que integradas por meio de sistemas técnico, logístico e de gestão, buscam 
garantir a integralidade do cuidado. 
d) Regiões pactuadas de forma intermunicipal ou interestadual que ofertam serviços de 
atenção primária, atenção secundária e atenção terciária, territorializadas de acordo com o 
Mapa da Saúde, com parceria da iniciativa privada. 
 
Resposta Correta: 
 c) Arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades 
tecnológicas, que integradas por meio de sistemas técnico, logístico e de gestão, 
buscam garantir a integralidade do cuidado. 
 
 
Comentário: 
As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de 
saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de 
apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. 
 
 
 
 A implementação das RAS aponta para uma maior eficácia na produção 
de saúde, melhoria na eficiência da gestão do sistema de saúde no espaço 
regional, e contribui para o avanço do processo de efetivação do SUS. A 
transição entre o ideário de um sistema integrado de saúde conformado em redes e a 
sua concretização passam pela construção permanente nos territórios, que permita 
conhecer o real valor de uma proposta de inovação na organização e na gestão do 
sistema de saúde. 
 O modelo de atenção à saúde vigente fundamentado nas ações curativas, 
centrado no cuidado médico e estruturado com ações e serviços de saúde 
dimensionados a partir da oferta, tem se mostrado insuficiente para dar conta dos 
desafios sanitários atuais e, insustentável para os enfrentamentos futuros. 
 O cenário brasileiro é caracterizado pela diversidade de contextos regionais 
com marcantes diferenças sócias econômicas e de necessidades de saúde da 
população entre as regiões, agravado pelo elevado peso da oferta privada e seus 
interesses e pressões sobre o mercado na área da saúde e pelo desafio de lidar com 
 
5 
 
a complexa inter-relação entre acesso, escala, escopo, qualidade, custo e efetividade 
que demonstram a complexidade do processo de constituição de um sistema 
unificado e integrado no país. 
 
 Consequentemente, a organização da atenção e da gestão do SUS expressa 
o cenário apresentado e se caracteriza por intensa fragmentação de serviços, 
programas, ações e práticas clínicas demonstrado por: 
 
 
 Lacunas assistenciais importantes; 
 Financiamento público insuficiente, fragmentado e baixa eficiência no emprego 
dos recursos, com redução da capacidade do sistema de prover integralidade 
da atenção à saúde; 
 Configuração inadequada de modelos de atenção, marcada pela incoerência 
entre a oferta de serviços e a necessidade de atenção, não conseguindo 
acompanhar a tendência de declínio dos problemas agudos e de ascensão das 
condições crônicas; 
 Fragilidade na gestão do trabalho com o grave problema de precarização e 
carência de profissionais em número e alinhamento com a política pública; 
 A pulverização dos serviços nos municípios; e 
 Pouca inserção da Vigilância e Promoção em Saúde no cotidiano dos serviços 
de atenção, especialmente na Atenção Primária em Saúde (APS). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
Características das Redes de Atenção 
 
 
 
 
 
 
 
O objetivo da RAS é promover a integração sistêmica, de ações e 
serviços de saúde com provisão de atenção contínua, integral, de 
qualidade, responsável e humanizada, bem como incrementar o 
desempenho do Sistema, em termos de acesso, equidade, 
eficácia clínica e sanitária; e eficiência econômica. 
 
 
 
 
Redes de 
Atenção 
à Saúde 
Organizadas por 
critérios de eficiência 
microeconomica na 
aplicação de recursos. 
Integradas a partir da 
complementariedade 
de diferentes 
densidades 
tecnológicas. 
Objetivadas pela 
provisão de atenção 
contínua, integral, de 
qualidade,responsável 
e humanizada à saúde. Construídas mediante 
planejamento,gestão e 
financiamento 
intergovernamentais 
coorporativos. 
Voltadas para as 
necessidades 
populacionais de cada 
espaço regional 
singular. 
 
7 
 
Caracteriza-se pela: 
 
 Formação de relações horizontais entre os pontos de atenção com o centro de 
comunicação na Atenção Primária à Saúde (APS), 
 Centralidade nas necessidades em saúde de uma população, 
 Responsabilização na atenção contínua e integral, 
 Cuidado multiprofissional, compartilhamento de objetivos e compromissos com 
os resultados sanitários e econômicos. 
 
 
 
 
Fundamenta-se na compreensão da APS como primeiro nível de 
atenção, enfatizando a função resolutiva dos cuidados primários 
sobre os problemas mais comuns de saúde e a partir do qual se 
realiza e coordena o cuidado em todos os pontos de atenção. Os 
pontos de atenção à saúde são entendidos como espaços onde se 
ofertam determinados serviços de saúde, por meio de uma 
produção singular. 
 
 
 
 São exemplos de pontos de atenção à saúde: os domicílios, as unidades 
básicas de saúde, as unidades ambulatoriais especializadas, os serviços de 
hemoterapia e hematologia, os centros de apoio psicossocial, as residências 
terapêuticas, entre outros. 
 Os hospitais podem abrigar distintos pontos de atenção à saúde: o ambulatóriode pronto atendimento, a unidade de cirurgia ambulatorial, o centro cirúrgico, a 
maternidade, a unidade de terapia intensiva, a unidade de hospital/dia, entre outros. 
 
 
8 
 
 
Todos os pontos de atenção à saúde são igualmente importantes para 
que se cumpram os objetivos da rede de atenção à saúde e se 
diferenciam, apenas, pelas distintas densidades tecnológicas que os 
caracterizam. 
 
 
 
O TRABALHO EM SAÚDE E SUAS TECNOLOGIAS 
 
A visão já muito comum de que tecnologia é uma máquina moderna tem 
dificultado bastante a nossa compreensão de que quando se fala em trabalho 
em Saúde não se está referindo-se só ao conjunto das máquinas que são 
usadas nas ações de intervenção realizadas, por exemplo, sobre os 
pacientes. 
Ao olharmos com atenção os processos de trabalho realizados no conjunto 
das intervenções assistências, vemos que, além das várias ferramentas-
máquinas que usamos - como raios X, instrumentos para fazer exames de 
laboratórios, instrumentos para examinar o "paciente" ou, mesmo, fichários 
para anotar dados do usuário -, mobilizamos intensamente conhecimentos 
sobre a forma de saberes profissionais, bem estruturados, como a clínica do 
médico, a clínica do dentista, o saber da enfermagem ou do psicólogo, etc., o 
que nos permite dizer que há uma tecnologia menos dura do que os 
aparelhos e as ferramentas de trabalho e que está sempre presente nas 
atividade de Saúde, a qual denominamos leve-dura. É leve um saber que as 
pessoas adquiram e está inscrito na sua forma de pensar os casos de Saúde 
e na maneira de organizar uma atuação sobre eles; mas é dura à medida que 
é um saber fazer bem estruturado, bem organizado, bem protocolado, 
normalizável e normalizado. 
Entretanto, quando reparamos com maior atenção ainda, vemos que, além 
destas duas situações tecnológicas, há uma terceira, que denominamos leve. 
Qualquer abordagem assistencial de um trabalhador de Saúde junto a um 
usuário-paciente produz-se através de um trabalho vivo em ato, em um 
processo de relações, isto é, há um encontro entre duas pessoas que atuam 
uma sobre a outra e no qual se opera um jogo de expectativas e produções, 
 
9 
 
criando-se intersubjetivamente alguns momentos interessantes, como os 
seguintes: momentos de falas, escutas e interpretações, nos quais há a 
produção de uma acolhida ou não das intenções que essas pessoas colocam 
nesses encontros; momentos de cumplicidade, nos quais há a produção de 
uma responsabilização em torno do problema que vai ser enfrentado; 
momentos de confiabilidade e esperança, nos quais se produzem relações de 
vínculo e aceitação. 
Diante dessa complexa configuração tecnológica do trabalho em Saúde, 
advogamos a noção de que só uma conformação adequada da relação entre 
os três tipos é que pode produzir qualidade no sistema, expressa em termos 
de resultados, como maior defesa possível da vida do usuário, maior controle 
dos seus riscos de adoecer ou agravar seu problema e desenvolvimento de 
ações que permitam a produção de um maior grau de autonomia da relação 
do usuário no seu modo de estar no mundo. 
 
Texto extraído de: Emerson Elias Merhy in: Sistema Único de Saúde em Belo 
Horizonte – Reescrevendo o Público; Ed. Xamã; São Paulo, 1998. 
 
 
 
Importância da Rede de Atenção à Saúde – RAS 
 
 Para assegurar seu compromisso com a melhora de saúde da população, 
integração e articulação na lógica do funcionamento da RAS, com qualidade e 
eficiência para os serviços e para o Sistema, faz-se necessária a criação de 
mecanismos formais de contratualização entre os entes reguladores / financiadores e 
os prestadores de serviço. 
 Quando esses contratos abrangem todos os pontos de atenção da rede o 
Sistema passa a operar em modo de aprendizagem, ou seja, a busca contínua por 
uma gestão eficaz, eficiente e qualificada, deforma a proporcionar a 
democratização e a transparência ao SUS. 
 
 
10 
 
 
ATENÇÃO! 
 
A contratualização/contratos de gestão, nesse contexto, pode ser 
definida como o modo de pactuação da demanda quantitativa e 
qualitativa na definição clara de responsabilidades, de objetivos 
de desempenho, incluindo tanto os sanitários, quanto os 
econômicos, resultando dessa negociação um compromisso 
explícito entre ambas as partes. Esse processo deve resultar, 
ainda, na fixação de critérios e instrumentos de acompanhamento 
e avaliação de resultados, metas e indicadores definidos. Dentre 
os objetivos da contratualização destacam-se: 
 
 Melhorar o nível de saúde da população; 
 Responder com efetividade às necessidades em saúde; 
 Obter um efetivo e rigoroso controle sobre o crescimento 
das despesas de origem pública com a saúde; 
 Alcançar maior eficiência gestora no uso de recursos 
escassos, maximizando o nível de bem-estar. 
 
 
 
Fundamentos das Redes de Atenção à Saúde 
 
 Para assegurar resolutividade nas redes de atenção alguns fundamentos 
precisam ser considerados: 
 
 Economia de Escala, Qualidade e Acesso e Disponibilidade de Recursos 
 
 A Economia de Escala - ocorre quando os custos médios de longo prazo 
diminuem, à medida que aumenta o volume das atividades e os custos fixos se 
distribuem por um maior número dessas atividades, sendo o longo prazo, um período 
de tempo suficiente para que todos os insumos sejam variáveis. Desta forma, a 
concentração de serviços em determinado local racionaliza custos e otimiza 
 
11 
 
resultados, quando os insumos tecnológicos ou humanos relativos a estes serviços 
inviabilizam sua instalação em cada município isoladamente. 
 
 Qualidade – um dos objetivos fundamentais do sistema de atenção à saúde e 
das RAS é a qualidade na prestação de serviços de saúde. A qualidade na atenção 
em saúde pode ser melhor compreendida com o conceito de graus de excelência do 
cuidado que pressupõe avanços e retrocessos nas seis dimensões, a saber: 
 Segurança (reconhecer e evitar situações que podem gerar danos enquanto se 
tenta prevenir, diagnosticar e tratar); 
 Efetividade (utilizar-se do conhecimento para implementar ações que fazem a 
diferença, que produzem benefícios claros aos usuários); 
 Centralidade na pessoa (usuários devem ser respeitados nos seus valores e 
expectativas, e serem envolvidos e proativos no cuidado à saúde); 
 Pontualidade (cuidado no tempo certo, buscando evitar atrasos potencialmente 
danosos); 
 Eficiência (evitar desperdício ou ações desnecessárias e não efetivas), e 
 Equidade (características pessoais, como local de residência, escolaridade, 
poder aquisitivo, dentre outras, não deve resultar em desigualdades no 
cuidado a saúde). 
 
 Suficiência - significa o conjunto de ações e serviços disponíveis em 
quantidade e qualidade para atender as necessidades de saúde da população e inclui 
cuidados primários, secundários, terciários, reabilitação, preventivos e paliativos, 
realizados com qualidade. 
 
 Acesso - ausência de barreiras geográficas, financeiras, organizacionais, 
socioculturais, étnicas e de gênero ao cuidado. Deverão ser estabelecidas 
alternativas específicas na relação entre acesso, escala, escopo, qualidade e custo, 
para garantir o acesso, nas situações de populações dispersas de baixa densidade 
populacional, com baixíssima oferta de serviços. 
 
 
12 
 
 Integração Vertical e Horizontal 
 
 Integração Vertical - consiste na articulação de diversas organizações ou 
unidades de produção de saúde responsáveis por ações e serviços de natureza 
diferenciada, mas, complementar agregando resolutividade e qualidade neste 
processo. 
 
 Integração Horizontal: consiste na articulação ou fusão de unidades e 
serviços de saúde de mesma natureza ou especialidade, é utilizada para otimizar 
a escala de atividades, ampliar a cobertura e a eficiência econômica na provisão de 
ações e serviços de saúde através de ganhosde escala (redução dos custos médios 
totais em relação ao volume produzido) e escopo (aumento do rol de ações da 
unidade). 
 
 Processos de Substituição 
 
 São definidos como o reagrupamento contínuo de recursos entre e dentro dos 
serviços de saúde para explorar soluções melhores e de menores custos, em função 
das demandas e das necessidades da população e dos recursos disponíveis. 
 Esses processos são importantes para se alcançar os objetivos das RAS, no 
que se refere a prestar a atenção certa, no lugar certo, com o custo certo e no tempo 
certo. 
 A substituição pode ocorrer nas dimensões da localização, das competências 
clínicas, da tecnologia e da clínica. Ex.: mudar o local da atenção prestada do 
hospital para o domicílio; transição do cuidado profissional para o autocuidado; 
delegação de funções entre os membros da equipe multiprofissional, etc. 
 
 Região de Saúde ou Abrangência 
 A organização das RAS exige a definição da região de saúde que implica na 
definição dos seus limites geográficos e sua população e no estabelecimento do rol 
 
13 
 
de ações e serviços que serão ofertados nesta região de saúde. As competências e 
responsabilidades dos pontos de atenção no cuidado integral estão correlacionadas 
com abrangência de base populacional, acessibilidade e escala para conformação de 
serviços. 
 A definição adequada da abrangência dessas regiões é essencial para 
fundamentar as estratégias de organização das RAS, devendo ser observadas as 
pactuações entre o Estado e o Município para o processo de regionalização e 
parâmetros de escala e acesso. 
 
 Níveis de Atenção 
 Fundamentais para o uso racional dos recursos e para estabelecer o foco 
gerencial dos entes de governança das RAS, estruturam-se por meio de arranjos 
produtivos conformados segundo as densidades tecnológicas singulares, variando do 
nível de menor densidade (APS), ao de densidade tecnológica intermediária, 
(atenção secundária à saúde), até o de maior densidade tecnológica (atenção 
terciária à saúde). 
 
 
Fundamentos da Rede 
 
 
Economia de Escala, Qualidade e Acesso e Disponibilidade de Recursos 
Integração Vertical e Horizontal 
Processos de Substituição 
Região de Saúde ou Abrangência 
Níveis de Atenção 
 
14 
 
 
 
 
(2016/UFCG/UFCG) As Redes de Atenção à Saúde (RASs), para serem efetivas 
eficientes e de qualidade, devem estruturar-se com base nos seguintes fundamentos, 
EXCETO: 
 
a) Economia de escala. 
b) Aporte de recursos. 
c) Processos de substituição. 
d) Integração horizontal, com desprezo à verticalização. 
e) Territórios sanitários. 
 
Resposta Correta: 
d) Integração horizontal, com desprezo à verticalização. 
 
 
Comentário: 
Fundamentos da RAS: 
 
 
 
 
Economia de Escala, Qualidade e Acesso e Disponibilidade de Recursos 
Integração Vertical e Horizontal 
Processos de Substituição 
Região de Saúde ou Abrangência 
Níveis de Atenção 
 
15 
 
 
 
 
(2012/ESAF/MPOG) Para assegurar resolutividade na rede de atenção considera-se 
fundamentos da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS, exceto: 
 
a) Economia de escala, qualidade, suficiência, acesso e disponibilidade de recursos. 
b) Integração Vertical e Horizontal. 
c) Abordagem populacional isolada e com centralidade no nível terciário. 
d) Processos de Substituição. 
e) Níveis de Atenção. 
 
Resposta Correta: 
 c) Abordagem populacional isolada e com centralidade no nível terciário. 
 
 
Comentário: 
Fundamentos da RAS: 
 
 
 
 
 
 
Economia de Escala, Qualidade e Acesso e Disponibilidade de Recursos 
Integração Vertical e Horizontal 
Processos de Substituição 
Região de Saúde ou Abrangência 
Níveis de Atenção 
 
16 
 
 
 
 
(2013/IBFC/EBSERH) Segundo o Decreto Presidencial nº 7.508, de 28 de junho de 
2011, conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade 
crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde é a 
definição de: 
 
 a)Rede de Atenção à Saúde. 
 b)Região de Saúde. 
 c)Universalidade. 
 d)Regionalização. 
 
Resposta Correta: 
 a)Rede de Atenção à Saúde. 
 
 
Comentário: 
Esse conceito de redes de atenção à Saúde está explícito no Decreto 7.508/11 e é 
corroborado com a portaria 4279/10. 
 
 
 
 
 
 
(2014/INSTITUTO AOCP/UFGD) Assinale a alternativa INCORRETA. De acordo com o 
Decreto 7.508/2011, são Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas 
Redes de Atenção à Saúde os serviços: 
 
 a) de assistência social. 
 b) de atenção primária. 
 c) de atenção de urgência e emergência. 
 d) de atenção psicossocial. 
 e) especiais de acesso aberto. 
 
Resposta correta: 
a) de assistência social. 
 
17 
 
 
Comentário: 
De acordo com o Decreto 7.508/11, que regulamenta a LOS 8080/90 as Redes de Atenção 
são "conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade 
crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde." e possui 
como portas de entrada: 
"Art. 9o São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à 
Saúde os serviços: 
I - de atenção primária; 
II - de atenção de urgência e emergência; 
III - de atenção psicossocial; e 
IV - especiais de acesso aberto." 
 
 
 
 
 
 
(2014/FAFIPA/Prefeitura de Pinhais – PR) Para garantir a integralidade da Assistência 
à Saúde no SUS, é necessário um conjunto de ações e serviços de saúde articulados 
em níveis de complexidade crescente, esse conjunto de ações é conhecido como: 
 
 a)comissão intergestores 
 b)contrato organizativo. 
 c)rede de atenção em saúde. 
 d)pacto federativo. 
 
Resposta correta: 
c) rede de atenção em saúde. 
 
 
Comentário: 
O SUS é organizado de forma regionalizada e hierarquizada, em níveis de complexidade 
crescentes, e o conjunto de ações e serviços devem ser organizados em Rede de Atenção à 
Saúde. Onde é garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviço de forma 
longitudinal e articulada. 
 
 
 
18 
 
 
 
 
(2016/Iniciativa Global/CIAS-MG) Conforme o artigo 8º do decreto 7.508 de 28 de junho 
de 2011, o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se 
inicia pelas Portas de Entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e se completa na 
rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço. 
No artigo 9º desse mesmo decreto, as Portas de Entrada às ações e aos serviços de 
saúde nas Redes de Atenção à Saúde são apontadas. Qual dos serviços abaixo NÃO 
é uma Porta de Entrada ao SUS? 
 
 a)Serviço de atenção primária. 
 b)Serviço de atenção terciária. 
 c)Serviço de atenção de urgência e emergência. 
 d)Serviço de atenção psicossocial. 
 
Resposta correta: 
b) Serviço de atenção terciária. 
 
 
Comentário: 
O Decreto 7.508/11 traz o conceito de Rede de Atenção à Saúde e deixa explicitado o que 
são Portas de Entrada e quais são elas, dentro da Rede de Atenção: Atenção Primária, 
Atenção Ambulatorial e Especializada, Urgência e Emergência, Atenção Psicossocial e 
Serviços Especiais de Acesso Aberto. 
 
 
 
 
 
 
(2013/CESPE/DEPEN) No que se refere ao Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os 
itens que se seguem. 
 
Consideram-se portas de entrada às ações e aos serviços de saúde nas redes de 
atenção à saúde os serviços de atenção primária, de atenção de urgência e 
emergência, de atenção psicossocial e os especiais de acesso aberto. 
 
A) CERTO 
B) ERRADO 
 
 
19 
 
 
Resposta correta: 
A) CERTO 
 
 
Comentário: 
O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde da Rede de 
Atenção, se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e 
hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço. São Portas de Entrada da Rede: 
às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços:I - De atenção primária; 
II - De atenção de urgência e emergência; 
III - De atenção psicossocial; e 
IV - Especiais de acesso aberto. 
 
 
 
 
 
(2013/CESPE/MS) A rede de atenção à saúde, conjunto de ações e serviços de saúde 
articulados em níveis de complexidade crescente, tem por finalidade garantir a diretriz 
constitucional da integralidade da assistência à saúde. 
 
A) Certo 
B) Errado 
 
Resposta correta: 
A) CERTO 
 
 
Comentário: 
O SUS é organizado de forma regionalizada e hierarquizada, em níveis de complexidade 
crescentes, e o conjunto de ações e serviços devem ser organizados em Rede de Atenção à 
Saúde. Onde é garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviço de forma 
longitudinal e articulada. 
 
 
 
20 
 
 
 
 
(2013/CESPE/MPU) Julgue os itens seguintes, relativos à rede de atenção à saúde. 
 
Com a implantação da rede de atenção à saúde, a denominada lista de espera foi 
extinta no sistema de saúde, com o fim de acelerar o atendimento e humanizar a 
assistência. 
 
A) Certa 
B) Errada 
 
Resposta correta: 
B) ERRADO 
 
 
Comentário: 
O propósito da Rede de Atenção à Saúde é a ordenação das ações e serviços de saúde de 
forma a garantir a integralidade, prestando assistência equânime e humanizada. Não 
significando, ainda, a extinção de filas. Vale ressaltar que para o cumpridos os 
pressupostos do SUS e mais precisamente os da Política Nacional de Humanização, se 
deve garantir o acolhimento (escuta qualificada, utilizando critério cronológico e de risco), 
consequentemente haverá fila de espera - ofertar primeiro àquele que possui maior 
necessidade. 
 
 
 
Atributos das Redes de Atenção à Saúde 
 
 Considera-se que não há como prescrever um modelo organizacional único 
para as RAS, contudo as evidências mostram que o conjunto de atributos 
apresentados a seguir são essenciais ao seu funcionamento: 
 
1. População e território definidos com amplo conhecimento de suas necessidades 
e preferências que determinam a oferta de serviços de saúde; 
2. Extensa gama de estabelecimentos de saúde que presta serviços de promoção, 
prevenção, diagnóstico, tratamento, gestão de casos, reabilitação e cuidados 
 
21 
 
paliativos e integra os programas focalizados em doenças, riscos e populações 
específicas, os serviços de saúde individuais e os coletivos; 
3. Primeiro nível de atenção constituído de equipe multidisciplinar que cobre 
toda a população e serve de porta de entrada do sistema, integra e coordena o 
cuidado, e atende à maior parte das necessidades de saúde da população; 
4. Prestação de serviços especializados em lugar adequado; 
5. Existência de mecanismos de coordenação, continuidade do cuidado e integração 
assistencial por todo o contínuo da atenção; 
6. Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e na comunidade, tendo em 
conta as particularidades culturais, gênero, assim como a diversidade da população; 
7. Sistema de governança único para toda a rede com o propósito de criar uma 
missão, visão e estratégias nas organizações que compõem a região de saúde, 
definir objetivos e metas que devem ser cumpridos no curto, médio e longo prazo, 
articular as políticas institucionais e desenvolver a capacidade de gestão necessária 
para planejar, monitorar e avaliar o desempenho dos gerentes e das organizações; 
8. Participação social ampla; 
9. Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, clínico e logístico; 
10.Recursos humanos suficientes, competentes, comprometidos e com incentivos 
pelo alcance de metas da rede; 
 
11. Sistema de informação integrado que vincula todos os membros da rede, com 
identificação de dados por sexo, idade, lugar de residência, origem étnica e outras 
variáveis pertinentes; 
12. Financiamento tripartite, garantido e suficiente, alinhado com as metas da rede; 
13. Ação Intersetorial e abordagem dos determinantes da saúde e da equidade em 
saúde e, 
14.Gestão Institucional baseada em resultado 
 
 
 
22 
 
 
 
A integração dos sistemas de saúde deve ser entendida como um 
contínuo e não como uma situação de extremos opostos entre 
integração e não integração. Dessa forma, existem graus de 
integração, que variam da fragmentação absoluta à integração total. 
Por sua vez, a integração é um meio para melhorar o desempenho do 
sistema, de modo que os esforços se justificam na medida em que 
conduzam a serviços mais acessíveis, de maior qualidade, com 
melhor relação custo-benefício e satisfaçam aos usuários (OPAS, 
2009). 
 
 
 
Principais ferramentas de microgestão dos serviços 
 
 As Redes de Atenção organizam–se a partir de um processo de gestão da 
clínica associado ao uso de critérios de eficiência microeconômica na aplicação de 
recursos, mediante planejamento, gestão e financiamento intergovernamentais 
cooperativos, voltados para o desenvolvimento de soluções integradas de política de 
saúde. 
 É preciso ampliar objeto de trabalho da clínica para além das doenças 
visando compreender os problemas de saúde, ou seja, entender as situações que 
ampliam o risco ou a vulnerabilidade das pessoas. 
 Os problemas de saúde ou condições estão encarnadas em sujeitos, em 
pessoas, por isso, a clínica do sujeito é a principal ampliação da clínica, que 
possibilita o aumento do grau de autonomia dos usuários, cabendo uma decisão 
compartilhada do projeto terapêutico. 
 A gestão da clínica aqui compreendida implica "a aplicação de tecnologias de 
micro gestão dos serviços de saúde com a finalidade de: 
 
 Assegurar padrões clínicos ótimos; 
 Aumentar a eficiência; 
 
23 
 
 Diminuir os riscos para os usuários e para os profissionais; 
 Prestar serviços efetivos e, 
 Melhorar a qualidade da atenção à saúde". 
 
 Como subsídio à gestão da clínica utiliza-se a análise da situação de saúde em 
que o objetivo é a identificação e estratificação de riscos em grupos individuais 
expostos a determinados fatores e condições que os colocam em situação de 
prioridade para a dispensação de cuidados de saúde, sejam eles preventivos, 
promocionais ou assistenciais. 
 A gestão clínica dispõe de ferramentas de micro gestão que permitem integrar 
verticalmente os pontos de atenção e conformar as RAS. As ferramentas de micro 
gestão partem das tecnologias-mãe, as diretrizes clínicas, para, a partir delas, 
desenhar as RAS e ofertar outras ferramentas como a gestão da condição de saúde, 
gestão de casos, auditoria clínica e as listas de espera. 
 
 
Vamos aos conceitos: 
 
Diretrizes clínicas - entendidas como recomendações que orientam decisões 
assistenciais, de prevenção e promoção, como de organização de serviço para 
condições de saúde de relevância sanitária, elaboradas a partir da compreensão 
ampliada do processo saúde - doença, com foco na integralidade, incorporando as 
melhores evidências da clínica, da saúde coletiva, da gestão em saúde e da 
produção de autonomia. As diretrizes desdobram-se em Guias de Prática 
Clínica/Protocolos Assistenciais, orientam as Linhas de Cuidado e viabilizam a 
comunicação entre as equipes e serviços, programação de ações e padronização de 
determinados recursos. 
 
Linhas de Cuidado (LC) - uma forma de articulação de recursos e das práticas de 
produção de saúde, orientadas por diretrizes clínicas, entre as unidades de atenção 
de uma dada região de saúde, para a condução oportuna, ágil e singular, dos 
usuários pelas possibilidades de diagnóstico e terapia, em resposta às 
 
24 
 
necessidades epidemiológicas de maior relevância. Visa à coordenação ao longo do 
contínuo assistencial, através da pactuação/contratualização e a conectividade de 
papéis e de tarefas dos diferentes pontos de atenção e profissionais. 
Pressupõem uma resposta global dos profissionais envolvidos no cuidado, 
superando as respostas fragmentadas. A implantação de LC deve ser a partirdas 
unidades da APS que tem a responsabilidade da coordenação do cuidado e 
ordenamento da rede. Vários pressupostos devem ser observados para a efetivação 
das LC, como garantia dos recursos materiais e humanos necessários a sua 
operacionalização; integração e corresponsabilização das unidades de saúde; 
interação entre equipes; processos de educação permanente; gestão de 
compromissos pactuados e de resultados. Tais aspectos devem ser de 
responsabilidade de grupo técnico, com acompanhamento da gestão regional. 
 
Gestão da condição da saúde – é a mudança de um modelo de atenção à saúde focada 
no indivíduo por meios de procedimentos curativos e reabilitadores, para uma 
abordagem baseada numa população adscrita, que identifica pessoas em risco de 
adoecer ou adoecidas, com foco na promoção da saúde e/ou ação preventiva, ou a 
atenção adequada, com intervenção precoce com vistas a alcançar melhores 
resultados e menores custos. Sua premissa é a melhoria da qualidade da atenção à 
saúde em toda a RAS. Para tanto, engloba o conjunto de pontos de atenção à saúde, 
com o objetivo de alcançar bons resultados clínicos, a custos compatíveis, com 
base em evidência disponível na literatura científica. Pode ser definida como a 
gestão de processos de uma condição ou doença que envolve intervenções na 
promoção da saúde, na prevenção da condição ou doença e no seu tratamento e 
reabilitação. 
 
A gestão de caso - é um processo que se desenvolve entre o profissional responsável 
pelo caso e o usuário do serviço de saúde para planejar, monitorar e avaliar ações e 
serviços, de acordo com as necessidades da pessoa, com o objetivo de propiciar 
uma atenção de qualidade e humanizada. Seus objetivos são: 
a) atender as necessidades e expectativas de usuários em situação especial; 
b) prover o serviço certo ao usuário no tempo certo; 
c) aumentar a qualidade do cuidado; e, 
d) diminuir a fragmentação da atenção. 
 
25 
 
 
É, portanto, uma relação personalizada entre o profissional responsável pelo caso e 
o usuário de um serviço de saúde. 
 
Auditoria clínica – Segundo BERWICK E KNAPP, 1990, ha três enfoques principais de 
auditoria clínica: auditoria implícita, que utiliza opinião de experts para avaliar a 
pratica de atenção à saúde; a auditoria explícita, que avalia a atenção prestada 
contrastando-a com critérios pré-definidos, especialmente nas diretrizes clínicas; e a 
auditoria através de eventos- sentinela... A auditoria clínica consiste na análise 
crítica e sistemática da qualidade da atenção à saúde, incluindo os procedimentos 
usados no diagnóstico e tratamento, o uso dos recursos e os resultados para os 
pacientes em todos os pontos de atenção, observados a utilização dos protocolos 
clínicos estabelecidos. 
 
Lista de espera – pode ser conceituada como uma tecnologia que normatiza o uso de 
serviços em determinados pontos de atenção à saúde, estabelecendo critérios de 
ordenamento por necessidades e riscos, promovendo a transparência, ou seja, 
constituem uma tecnologia de gestão da clínica orientada a racionalizar o acesso a 
serviços em que existe um desequilíbrio entre a oferta e a demanda. 
 
TEXTO EXTRAÍDO DE: 
http://200.18.45.28/sites/residencia/images/Disciplinas/Diretrizes%20para%20organizao%20redes%
20de%20ateno%20SUS21210.pdf 
 
 
 
Elementos constitutivos das Redes de Atenção à Saúde 
 
 A operacionalização das RAS se dá pela interação dos seus três elementos 
constitutivos: população/região de saúde definidas, estrutura operacional e um por 
um sistema lógico de funcionamento determinado pelo modelo de atenção à saúde. 
 A estrutural operacional das RAS é constituída pelos diferentes pontos de 
atenção à saúde, ou seja, lugares institucionais onde se ofertam serviços de saúde e 
pelas ligações que os comunicam. 
http://200.18.45.28/sites/residencia/images/Disciplinas/Diretrizes%20para%20organizao%20redes%20de%20ateno%20SUS21210.pdf
http://200.18.45.28/sites/residencia/images/Disciplinas/Diretrizes%20para%20organizao%20redes%20de%20ateno%20SUS21210.pdf
 
26 
 
 Os componentes que estruturam as RAS incluem: 
 
 APS - Centro de comunicação: APS; 
 Os pontos de atenção secundária e terciária; 
 Os sistemas de apoio; 
 Os sistemas logísticos e 
 O sistema de governança. 
 
 
APS - Centro de Comunicação 
 
A Atenção Primária à Saúde é o centro de comunicação da RAS e 
tem um papel chave na sua estruturação como ordenadora da 
RAS e coordenadora do cuidado. 
 
Para cumprir este papel a APS deve ser o nível fundamental de um 
sistema de atenção à saúde, o primeiro contato de indivíduos, famílias 
e comunidades com o sistema e parte de um sistema global de 
desenvolvimento econômico e social. Constitui o primeiro contato 
de indivíduos, famílias e comunidades com o sistema de atenção 
à saúde, trazendo os serviços de saúde o mais próximo possível 
aos lugares de vida e trabalho das pessoas e significa o primeiro 
elemento de um processo contínuo de atenção. 
Deve exercer um conjunto de ações de saúde, no âmbito 
individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da 
saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a 
reabilitação e a manutenção da saúde. 
 
 
 
 A coordenação do cuidado é desenvolvida por meio do exercício de práticas 
gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em 
equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a 
 
27 
 
responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em 
que vivem essas populações. 
 Cabe a APS integrar verticalmente os serviços que, normalmente são ofertados 
de forma fragmentada, pelo sistema de saúde convencional. 
 Uma atenção primária de qualidade, como parte integrante das redes de 
atenção à saúde estrutura-se segundo sete atributos e três funções: 
 
 
 
 
 Atributos da Atenção Primária 
 
 Primeiro contato; 
 Longitudinalidade; 
 Integralidade; 
 Coordenação; 
 Centralidade na família; 
 Abordagem familiar 
 Orientação comunitária. 
 
 
 
 
 
Vamos aos conceitos: 
 
1. O Primeiro Contato: 
 
Evidências demonstram que o primeiro contato, pelos profissionais da APS, leva a 
uma atenção mais apropriada e a melhores resultados de saúde a custos totais 
mais baixos. 
 
 
 
28 
 
 
2. A Longitudinalidade: 
 
A longitudinalidade deriva da palavra longitudinal e é definida como “lidar com o 
crescimento e as mudanças de indivíduos ou grupos no decorrer de um período de 
anos” (STARFIELD, 2002). É uma relação pessoal de longa duração entre 
profissionais de saúde e usuários em suas unidades de saúde, independente do 
problema de saúde ou até mesmo da existência de algum problema. Está associada 
a diversos benefícios: menor utilização dos serviços; melhor atenção preventiva; 
atenção mais oportuna e adequada; menos doenças preveniveis; melhor 
reconhecimento dos problemas dos usuários; menos hospitalizações; custos 
totais mais baixos. Os maiores benefícios estão relacionados ao vínculo com o 
profissional ou equipe de saúde e ao manejo clínico adequado dos problemas de 
saúde, através da adoção dos instrumentos de gestão da clínica – diretriz clínica e 
gestão de patologias. 
 
3. A Integralidade da Atenção: 
 
A integralidade exige que a APS reconheça as necessidades de saúde da 
população e os recursos para abordá-las. A APS deve prestar, diretamente, todos 
os serviços para as necessidades comuns e agir como um agente para a prestação 
de serviços para as necessidades que devem ser atendidas em outros pontos de 
atenção. A integralidade da atenção é um mecanismo importante porque assegura que 
os serviços sejam ajustados às necessidades de saúde da população. 
 
4. A Coordenação: 
 
Coordenação é um “estado de estar em harmonia numa ação ou esforço comum” 
(SARFIELD, 2002).É um desafio para os profissionais e equipes de saúde da APS, 
pois nem sempre têm acesso às informações dos atendimentos de usuários 
realizados em outros pontos de atenção e, portanto, a dificuldade de viabilizar a 
continuidade do cuidado. A essência da coordenação é a disponibilidade de informação a 
respeito dos problemas de saúde e dos serviços prestados. Os prontuários clínicos 
eletrônicos e os sistemas informatizados podem contribuir para a coordenação da 
atenção, quando possibilitam o compartilhamento de informações referentes ao 
 
29 
 
atendimento dos usuários nos diversos pontos de atenção, entre os profissionais 
da APS e especialistas. 
 
5. A Centralidade na Família: 
 
Remete ao conhecimento pela equipe de saúde dos membros da família e dos seus 
problemas de saúde. No Brasil, atualmente, tem se adotado um conceito ampliado 
e a família é reconhecida como um grupo de pessoas que convivam sobre o 
mesmo teto, que possuam entre elas uma relação de parentesco primordialmente 
pai e/ou mãe e filhos consanguíneos ou não, assim como as demais pessoas 
significativas que convivam na mesma residência, qualquer que seja ou não o grau 
de parentesco. 
 
6. Abordagem Familiar: 
 
A abordagem familiar deve ser empregada em vários momentos, como por 
exemplo, na realização do cadastro das famílias, quando das mudanças de fase do 
ciclo de vida das famílias, do surgimento de doenças crônicas ou agudas de maior 
impacto. Estas situações permitem que a equipe estabeleça um vínculo com o usuário e 
sua família de forma natural, facilitando a aceitação quanto à investigação e 
intervenção, quando necessária. 
 
7. A Orientação Comunitária: 
 
A APS com orientação comunitária utiliza habilidades clínicas, epidemiológicas, 
ciências sociais e pesquisas avaliativas, de forma complementar para ajustar os 
programas para que atendam às necessidades específicas de saúde de uma 
população definida. Para tanto, faz-se necessário: 
 
 Definir e caracterizar a comunidade; 
 Identificar os problemas de saúde da comunidade; 
 Modificar programas para abordar estes problemas; 
 Monitorar a efetividade das modificações do programa. 
 
 
30 
 
 
 
A Atenção Primária à Saúde deve cumprir três funções essenciais (MENDES, 
2002): 
 
Funções: 
 
1.Resolubilidade: visa resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população; 
2.Organização: visa organizar os fluxos e contra fluxos dos usuários pelos diversos pontos 
de atenção à saúde, no sistema de serviços de saúde; 
3.Responsabilização: visa responsabilizar-se pela saúde dos usuários em qualquer ponto 
de atenção à saúde em que estejam. 
 
 
 
 
 
 
(2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Uma singularidade das Redes de Atenção em 
Saúde (RAS) é que seu centro de comunicação situa-se na: 
 
a) atenção primária em saúde. 
b) atenção ambulatorial especializada. 
c) rede de urgência e emergência. 
d) centralização do território sanitário. 
e) terceirização dos serviços médicos. 
 
Resposta Correta: 
a) atenção primária em saúde. 
 
 
Comentário: 
A Atenção Primária à Saúde é o centro de comunicação da RAS e tem um papel chave na 
sua estruturação como ordenadora da RAS e coordenadora do cuidado. 
 
 
 
31 
 
 
 
 
(2016/UFCG/UFCG) A atenção primária à saúde nas redes de atenção à saúde ampara-
se com base em atributos e funções. Todavia, quanto às funções é correto afirmar 
que são: 
 
a) Resolubilidade, comunicação e integralidade. 
b) Resolubilidade, comunicação e responsabilização. 
c) Comunicação, integralidade e coordenação. 
d) Integralidade, coordenação e longitudinalidade. 
e) Primeiro contanto, responsabilização e focalização na família. 
 
Resposta Correta: 
b) Resolubilidade, comunicação e responsabilização. 
 
 
Comentário: 
Funções da APS na RAS: 
1.Resolubilidade: visa resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população; 
2.Organização: visa organizar os fluxos e contra fluxos dos usuários pelos diversos pontos 
de atenção à saúde, no sistema de serviços de saúde; 
3.Responsabilização: visa responsabilizar-se pela saúde dos usuários em qualquer ponto de 
atenção à saúde em que estejam. 
 
 
 
 
 
(2014/CEC/Prefeitura de Piraquara – PR) O Brasil apresenta um processo de 
envelhecimento de sua população e uma situação de transição epidemiológica, 
caracterizada pela queda relativa das condições agudas e pelo aumento relativo das 
condições crônicas. A incoerência entre a situação de saúde e o sistema de atenção à 
saúde, praticado hegemonicamente, constitui o problema fundamental do SUS e, para 
ser superado, envolve a implantação das redes de atenção à saúde. A partir da 
situação descrita, analise as afirmativas: 
 
I. As redes de atenção à saúde constituem-se de três elementos fundamentais: uma 
população e as regiões de saúde, uma estrutura operacional e um modelo de atenção à 
saúde. 
II. A população de responsabilidade das redes de atenção à saúde vive em territórios 
sanitários, organiza-se socialmente em famílias e é cadastrada e registrada em 
 
32 
 
subpopulações por riscos sociossanitários. 
III. O conhecimento detalhado da população usuária de um sistema de atenção à saúde é o 
elemento fundamental que torna possível romper com a gestão baseada na oferta, 
característica dos sistemas fragmentados, e instituir a gestão fincada nas necessidades de 
saúde da população, elemento essencial das redes de atenção à saúde. 
IV. Nas Redes de Atenção à Saúde, a concepção de hierarquia é substituída pela de 
poliarquia e o sistema organiza-se sob a forma de uma rede horizontal de atenção à saúde. 
V. A Atenção Básica deve ser entendida como porta de entrada da Rede de Atenção à 
Saúde, como ordenadora do sistema de saúde brasileiro. 
 
Estão corretas as afirmativas: 
a) Apenas I, II, III e V 
b) Apenas I, II, III e IV 
c) Apenas I, III, IV e V 
d) Apenas II, IV e V 
e) I, II, III, IV e V 
 
Resposta Correta: 
e) I, II, III, IV e V 
 
Comentário: 
Proposição I- Correta. A operacionalização da RAS se dá pela interação dos seus três 
elementos constitutivos: população/região de saúde definidas, estrutura operacional e por 
um sistema lógico de funcionamento determinado pelo modelo de atenção à saúde; 
Proposição II- Correta. De acordo com MENDES (2010), a população de responsabilidade 
das redes de atenção à saúde vive em territórios sanitários singulares, organiza-se 
socialmente em famílias e é cadastrada e registrada em subpopulações por riscos 
sociossanitários. 
Proposição III- Correta. Ainda de acordo com o autor citado, o conhecimento da população 
de uma rede de atenção à saúde envolve um processo complexo, estruturado em vários 
momentos, sob a responsabilidade fundamental da atenção primária: o processo de 
territorialização; o cadastramento das famílias; a classificação das famílias por riscos 
sociossanitários; a vinculação das famílias à unidade de atenção primária à saúde/equipe do 
Programa de Saúde da Família; a identificação de subpopulações com fatores de riscos; a 
identificação das subpopulações com condições de saúde estabelecidas por graus de 
riscos; e a identificação de subpopulações com condições de saúde muito complexas. 
Proposição IV. Correta. As redes de atenção à saúde são organizações poliárquicas de 
conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos 
 
33 
 
comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que permitem ofertar uma atenção 
contínua e integral a determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde - 
prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa e de 
forma humanizada -, e com responsabilidades sanitárias e econômicas por esta população. 
(MENDES,2010). 
Proposição V. Correta. Um dos atributos das Redes de atenção à Saúde é Atenção Primária 
em Saúde estruturada como primeiro nível de atenção e porta de entrada dosistema, 
constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando 
o cuidado, e atendendo as suas necessidades de saúde. 
 
 
 
 
 
(2016/Prefeitura de Fortaleza – CE/ Prefeitura de Fortaleza – CE) Para Villaça (2011), a 
organização das Redes de Atenção à Saúde para ser feita de forma efetiva, eficiente e 
de qualidade, tem de estruturar-se com base nos seguintes fundamentos: economia 
de escala, disponibilidade de recursos, qualidade e acesso, integração horizontal e 
vertical; processos de substituição; territórios sanitários e níveis de atenção. Marque 
a alternativa correta quanto a estes fundamentos. 
 
a) A Substituição é definida como reagrupamento contínuo de recursos entre e dentro dos 
serviços de saúde para explorar soluções melhores e de menores custos, em função das 
demandas e das necessidades da população e dos recursos disponíveis. 
b) Os Níveis de Atenção à Saúde são definidos pelas tecnologias leves e duras 
considerando o orçamento anual para sua operacionalização, de acordo com o Mapa de 
Saúde programado. 
c) Economia de Escala refere-se ao campo do financiamento que deverá ser pactuado por 
cada município que compõe a região de saúde para destinar recursos aos serviços a serem 
ofertados. 
d) Territórios Sanitários são as regiões pactuadas por meio de limites intermunicipais para a 
constituição das RAS devendo considerar os níveis de atenção presentes em cada 
município com objetivo de não gerar sobreposição de ações. 
 
Resposta Correta: 
a) A Substituição é definida como reagrupamento contínuo de recursos entre e dentro 
dos serviços de saúde para explorar soluções melhores e de menores custos, em 
função das demandas e das necessidades da população e dos recursos disponíveis. 
 
34 
 
 
Comentário: 
Proposição I- Correta. Processos de Substituição- são definidos como o reagrupamento 
contínuo de recursos entre e dentro dos serviços de saúde para explorar soluções melhores 
e de menores custos, em função das demandas e das necessidades da população e dos 
recursos disponíveis. 
 
 
 
 
 
(2016/UFCG/UFCG) Rede de Atenção à Saúde (RAS) ordenada pela Atenção Básica 
(AB) tende a ser: 
 
a) Mais resolutiva e menos equitativa. 
b) Menos resolutiva e mais equitativa. 
c) Mais solidária. 
d) Mais resolutiva e equitativa. 
e) Mais abrangente. 
 
Resposta Correta: 
d) Mais resolutiva e equitativa. 
 
 
Comentário: 
Uma questão mais subjetiva, mas a rede de atenção à saúde tem na equidade e na 
resolubilidade alguns dos seus fundamentos e objetivos. 
 
 
 
 
 
(2012/ESAF/MPOG) Considere as proposições a seguir, quanto à proposta da Rede de 
Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, e assinale a opção incorreta. 
 
a) A Rede de Atenção à Saúde é definida como arranjos organizativos de ações e serviços 
de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que, integradas por meio de sistemas de 
apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. 
b) Entre os objetivos da Rede de Atenção à Saúde está o de promover a integração 
sistêmica, de ações e serviços de saúde com provisão de atenção contínua, integral, de 
qualidade, responsável e humanizada. 
 
35 
 
c) O desenvolvimento da Rede de Atenção à Saúde é uma estratégia de reestruturação do 
sistema de saúde, tanto no que se refere a sua organização, quanto na qualidade e impacto 
da atenção prestada. 
d) A Rede de Atenção à Saúde fundamenta-se na compreensão da Atenção Hospitalar 
como primeiro nível de atenção e a partir do qual se realiza e coordena o cuidado em todos 
os pontos de atenção. 
e) Na construção da Rede de Atenção à Saúde devem ser observados os conceitos de 
integração vertical e horizontal, que vêm da teoria econômica e estão associados a 
concepções relativas às cadeias produtivas. 
 
Resposta Correta: 
d) A Rede de Atenção à Saúde fundamenta-se na compreensão da Atenção Hospitalar 
como primeiro nível de atenção e a partir do qual se realiza e coordena o cuidado em 
todos os pontos de atenção. 
 
 
Comentário: 
Um dos atributos da rede de atenção à saúde Atenção Primária em Saúde estruturada como 
primeiro nível de atenção e porta de entrada do sistema, constituída de equipe 
multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cuidado, e 
atendendo as suas necessidades de saúde. 
 
 
 
 
 
 
(2014/BIO-RIO/Fundação Saúde) Sobre novos modos de atenção à saúde, enfocando 
os termos humanização dos serviços de saúde, projeto assistencial e linhas de 
cuidado, marque a alternativa que NÃO contempla esse modo de atenção: 
 
a) acesso humanizado e acolhimento. 
b) vínculo e responsabilização. 
c) prática clínica centrada no médico e na realização de procedimentos. 
d) gestão integrada na linha de cuidado. 
e) aumento da qualidade da atenção com ações coordenadas e continuadas. 
 
Resposta Correta: 
c) prática clínica centrada no médico e na realização de procedimentos. 
 
36 
 
 
Comentário: 
As redes de atenção à saúde buscam romper com atendimento fragmentado, inserindo um 
novo conceito de atenção. O objetivo da RAS é promover a integração sistêmica, de ações 
e serviços de saúde com provisão de atenção contínua, integral, de qualidade, responsável 
e humanizada, bem como incrementar o desempenho do Sistema, em termos de acesso, 
equidade, eficácia clínica e sanitária; e eficiência econômica. 
 
 
 
 
 
(2014/FUNCAB/INCA) As redes de atenção à saúde são concebidas enquanto 
conjunto de serviços de saúde para a prestação de atenção a dada população. Entre 
suas características e seus fundamentos, pode-se destacar que: 
 
 a) o cuidado profissional é atributo centrado nos médicos, e, sem ele, a atenção perde o 
caráter de integralidade. 
 b) a ênfase no cuidado privilegia a cura, com atenção dirigida essencialmente à demanda 
espontânea pelos serviços. 
 c) a atenção se dá para populações adscritas, valorizando o risco diferenciado por grupos. 
 d) a participação de serviços privados se dá exclusivamente nos casos em que são 
conferidos os certificados de filantropia. 
 e) o conceito de rede de atenção valoriza a evolução da carga da enfermidade em um dado 
país, muito embora não sejam destacadas mudanças na oferta de cuidados entre condições 
agudas e crônicas de saúde. 
Resposta correta: 
e) o conceito de rede de atenção valoriza a evolução da carga da enfermidade em um dado 
país, muito embora não sejam destacadas mudanças na oferta de cuidados entre condições 
agudas e crônicas de saúde. 
 
 
Comentário: 
A Rede de Atenção à saúde tem na Atenção Primária o nível ordenador do sistema de 
saúde. Este nível é caracterizado pela adscrição de clientela e territorialização, ofertando as 
ações e serviços de acordo com o perfil real da comunidade e segundo linhas de cuidado: 
criança, adulto, mulher, dentre outros. 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
(2016/CKM Serviços/Prefeitura de Natal – RN) Dentre os pilares que fundamentam a 
organização do Sistema Único de Saúde (SUS), tem-se a hierarquização. Esta, diz 
respeito à organização da rede de atendimento conforme níveis de complexidade dos 
serviços, ou seja, de sua estruturação em níveis de maior ou menor complexidade de 
ações e serviços de saúde, como se pode observar, por exemplo, na Lei n⁰ 8.080/90. 
Sendo assim, pode-se afirmar ainda que o modelo de atenção à saúde deve ser 
organizado a partir do (a): 
 
 a) Direção centralizada. 
 b) Atenção básica. 
 c) Atendimento especializado. 
 d) Assistência compartimentalizada. 
 
Resposta correta: 
b) Atenção básica. 
 
 
Comentário: 
O SUS é organizado de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade 
crescentes e desde a regulamentação da LOS 8080/90, através do Decreto 7508/11, as 
ações e serviços deve ser ofertada em conjunto articulado - REDE. A Rede de Atenção, por 
sua vez, tem como ordenadora do cuidado a AtençãoPrimária/Básica. 
 
 
 
ATENÇÃO PRIMÁRIA e os outros “PONTOS” da REDE 
 
 
 Pontos de Atenção Secundários e Terciários: somente os serviços de APS 
não são suficientes para atender as necessidades de cuidados em saúde da 
população. Portanto, os serviços de APS devem ser apoiados e 
complementados por pontos de atenção de diferentes densidades tecnológicas 
para a realização de ações especializadas (ambulatorial e hospitalar), no lugar e 
tempo certos. 
 
38 
 
 
Sistemas de Apoio: 
 
 São os lugares institucionais das redes onde se prestam serviços comuns a 
todos os pontos de atenção à saúde. São constituídos pelos sistemas de apoio 
diagnóstico e terapêutico (patologia clínica, imagens, entre outros); pelo sistema de 
assistência farmacêutica que envolve a organização dessa assistência em todas as 
suas etapas: seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição, 
prescrição, dispensação e promoção do uso racional de medicamentos; e pelos 
sistemas de informação em saúde. 
 
 Sistemas Logísticos: 
 
 Os sistemas logísticos são soluções em saúde, fortemente ancoradas nas 
tecnologias de informação, e ligadas ao conceito de integração vertical. 
 Consiste na efetivação de um sistema eficaz de referência e contra 
referência de pessoas e de trocas eficientes de produtos e de informações ao 
longo dos pontos de atenção à saúde e dos sistemas de apoio nas redes de 
atenção à saúde. 
 Estão voltados para promover a integração dos pontos de atenção à saúde. Os 
principais sistemas logísticos das redes de atenção à saúde são: os sistemas de 
identificação e acompanhamento dos usuários; as centrais de regulação, registro 
eletrônico em saúde e os sistemas de transportes sanitários. 
 
Sistema de Governança: 
 
 A governança é definida pela Organização das Nações Unidas como o 
exercício da autoridade política, econômica e administrativa para gerir os negócios do 
Estado. Constitui-se de complexos mecanismos, processos, relações e instituições 
através das quais os cidadãos e os grupos sociais articulam seus interesses, exercem 
seus direitos e obrigações e mediam suas diferenças (RONDINELLI, 2006). 
 
39 
 
 Exercer uma governança solidária nas regiões de saúde implica no 
compartilhamento de estruturas administrativas, de recursos, sistema logístico e 
apoio, e de um processo contínuo de monitoramento e avaliação das Redes de 
Atenção à Saúde. Assim, a governança das RAS é diferente da gerência dos pontos 
de atenção à saúde, dos sistemas de apoio e dos logísticos. 
 
 
 
No processo de governança são utilizados instrumentos e 
mecanismos de natureza operacional, tais como: roteiros de 
diagnóstico, planejamento e programações regionais, sistemas 
de informação e identificação dos usuários, normas e regras de 
utilização de serviços, processos conjuntos de aquisição de 
insumos, complexos reguladores, contratos de serviços, 
sistemas de certificação/acreditação, sistema de monitoramento e 
avaliação, comissões/câmaras técnicas temáticas, etc. 
 
 
 
Alguns desses mecanismos podem ser viabilizados por intermédio de 
consórcio público de saúde, que se afigura como uma alternativa de apoio e 
fortalecimento da cooperação interfederativa para o desenvolvimento de ações 
conjuntas e de objetivos de interesse comum, para melhoria da eficiência da 
prestação dos serviços públicos e operacionalização das Redes de Atenção à Saúde. 
 No que tange ao Controle Social, as estruturas locais e estaduais devem 
desenvolver mecanismos e instrumentos inovadores de articulação, tais como fóruns 
regionais, pesquisas de satisfação do usuário, entre outros, cujas informações podem 
ser transformadas em subsídios de monitoramento e avaliação das políticas de saúde 
no espaço regional. 
 Como parte intrínseca a governança das RAS seu financiamento é atribuição 
comum aos gestores das três esferas de governo, sendo orientado no sentido de 
reduzir a fragmentação, estimular o compartilhamento de responsabilidades, a 
continuidade do cuidado, a eficiência da gestão e a equidade. 
 
40 
 
 As modalidades de repasses financeiros devem estar alinhadas com o modelo 
de atenção e ao planejamento regional, fortalecendo as relações de 
complementaridade e interdependência entre os entes envolvidos, na organização da 
atenção. 
 A alocação dos recursos de custeio das Redes de Atenção à Saúde deve ser 
pautada por uma combinação de critérios de necessidades de saúde envolvendo 
variáveis demográficas, epidemiológicas e sanitárias e ao desempenho no 
cumprimento dos objetivos e das metas fixadas. A construção de programação 
pactuada e integrada – PPI consiste em uma estratégia para orientar a definição de 
alocação compartilhada de recursos. 
 Além do modelo de alocação, torna-se necessário também o dimensionamento 
e a garantia de um volume de recursos compatível com as necessidades de 
investimento nas redes de atenção à saúde. 
 Da mesma forma, é necessário buscar a unificação dos processos decisórios 
relativos aos investimentos, que se devem pautar pelos critérios de ampliação do 
acesso, integralidade e equidade na organização da estrutura regional de atenção à 
saúde e sustentabilidade, materializados nos Planos Diretores de Regionalização e 
Investimentos. 
 
Modelo de Atenção à Saúde 
 
 O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico que organiza o 
funcionamento das RAS, articulando, de forma singular, as relações entre a 
população e suas subpopulações estratificadas por riscos, os focos das intervenções 
do sistema de atenção à saúde e os diferentes tipos de intervenções sanitárias, 
definido em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográficas e 
epidemiológicas e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado 
tempo e em determinada sociedade. Para a implantação das RAS, é necessária uma 
mudança no atual modelo de atenção hegemônico no SUS, ou seja, exige uma 
intervenção concomitante sobre as condições agudas e crônicas. 
 Ainda que o modelo de atenção a condição aguda seja diferente do modelo de 
atenção as condições crônicas, em ambos devem ser aplicadas a mesma estrutura 
 
41 
 
operacional das RAS, ou seja, a APS, os pontos de atenção secundária e 
terciária, os sistemas de apoio, os sistemas logísticos e os sistemas de 
governança. 
 
 
No SUS a Estratégia Saúde da Família, representa o modelo para a 
organização da APS. O seu fortalecimento torna-se uma exigência 
para o estabelecimento das RAS. 
 
 
 
 
MEMORIZANDO 
 
Atenção Primária de Saúde (APS) 
 
Estabelece todas as ações de promoção, prevenção e proteção à saúde em um 
território definido e é de responsabilidade do município. Funciona para triagem e 
encaminhamento. Os profissionais devem ser capazes de resolver problemas de 
saúde mais comuns e de dominar novos saberes que promovam a saúde e 
previnam doenças. A Unidade Básica de Saúde da Família deve realizar 
assistência integral, contínua e de qualidade, desenvolvida por uma equipe 
multiprofissional 
 
Atenção Secundária 
 
É prestada por meio de uma rede de unidades especializadas – ambulatórios e 
hospitais –, garantindo o acesso à população sob sua gestão. 
Está baseada na organização do Sistema Microrregional dos Serviços de Saúde, 
de acordo com a definição do Plano Diretor de regionalização (PDR), que tem 
como objetivo definir as diretrizes para organização regionalizada da Atenção 
Secundária. 
 
42 
 
A organização da Atenção Secundária se dá por meio de cada uma das 
microrregiões do Estado, onde há hospitais de nível secundário que prestam 
assistência nas especialidades básicas (pediatria, clínica médica e obstetrícia), 
além dos serviços de urgência e emergência, ambulatório eletivo para referênciase 
assistência a pacientes internados, treinamento, avaliação e acompanhamento da 
Equipe de Saúde da Família (ESF). 
 
Atenção Terciária 
 
É a atenção da saúde de terceiro nível, integrada pelos serviços ambulatoriais e 
hospitalares especializados de alta complexidade. 
A Atenção Terciária é organizada em polos macrorregionais, através do sistema de 
referência. 
O modelo técnico-científico de atenção à saúde, que privilegia o hospital como 
ambiente para a prática de cuidados, contribuiu para que a atenção terciária 
permanecesse no imaginário popular como nível de atenção à saúde de maior 
importância. Com efeito, é comum ver a mídia em geral destacar novíssimas 
tecnologias e até mesmo técnicas experimentais como sendo soluções para os 
problemas de saúde. Liga-se a imagem do hospital bem equipado à de eficiência 
de sistema de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
QUESTÕES 
 
 
 
1. (UPENET-2013) A organização de Redes de Atenção à Saúde (RAS) pode ser 
definida como estratégia para um cuidado integral e direcionada às necessidades de 
saúde de uma população. Nesse sentido, as RAS constituem-se em: 
 
A) arranjos corporativistas e organizados em função dos prestadores de serviços. 
B) um conjunto formado por ações e serviços de saúde com diferentes configurações 
tecnológicas e missões assistenciais. 
C) serviços articulados de forma complementar e sem base territorial alguma. 
D) atributos de uma atenção básica estruturada como ponto secundário ou terciário de 
cuidado e principal porta de saída do sistema. 
E) equipes multidisciplinares que cobrem, apenas, uma parte da população, atendendo, 
exclusivamente, os doentes graves. 
 
 
2. (2016/Prefeitura de Fortaleza – CE/Prefeitura de Fortaleza) Ao regatar os conceitos 
de Redes de Atenção à Saúde (RAS), Villaça (2011) apresenta a definição de RAS 
adotada pelo Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil, marque a 
alternativa que apresenta este conceito adotado. 
 
a) Arranjos técnico assistenciais, territorializados com base no Mapa da Saúde, que ofertam 
serviços de alta tecnologia para todos os municípios integrantes da região, contribuindo 
assim para a ampliação do acesso à saúde. 
b) Regiões de alta densidade tecnológica com ofertas de serviços de saúde universais, com 
participação complementar da iniciativa privada, buscando ampliar o acesso à saúde. 
c) Arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades 
tecnológicas, que integradas por meio de sistemas técnico, logístico e de gestão, buscam 
garantir a integralidade do cuidado. 
d) Regiões pactuadas de forma intermunicipal ou interestadual que ofertam serviços de 
atenção primária, atenção secundária e atenção terciária, territorializadas de acordo com o 
Mapa da Saúde, com parceria da iniciativa privada 
 
 
 
 
 
44 
 
3. (2016/UFCG/UFCG) As Redes de Atenção à Saúde (RASs), para serem efetivas, 
eficientes e de qualidade, devem estruturar-se com base nos seguintes fundamentos, 
EXCETO: 
 
a) Economia de escala. 
b) Aporte de recursos. 
c) Processos de substituição. 
d) Integração horizontal, com desprezo à verticalização. 
e) Territórios sanitários. 
 
4. (2012/ESAF/MPOG) Para assegurar resolutividade na rede de atenção considera-se 
fundamentos da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS, EXCETO: 
 
a) Economia de escala, qualidade, suficiência, acesso e disponibilidade de recursos. 
b) Integração Vertical e Horizontal. 
c) Abordagem populacional isolada e com centralidade no nível terciário. 
d) Processos de Substituição. 
e) Níveis de Atenção. 
 
5. (2013/IBFC/EBSERH) Segundo o Decreto Presidencial nº 7.508, de 28 de junho de 
2011, conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade 
crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde é a 
definição de: 
 
 a)Rede de Atenção à Saúde. 
 b)Região de Saúde. 
 c)Universalidade. 
 d)Regionalização. 
 
6. (2014/INSTITUTO AOCP/UFGD) Assinale a alternativa INCORRETA. De acordo com 
o Decreto 7.508/2011, são Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas 
Redes de Atenção à Saúde os serviços: 
 
 a) de assistência social. 
 b) de atenção primária. 
 c) de atenção de urgência e emergência. 
 d) de atenção psicossocial. 
 e) especiais de acesso aberto. 
 
45 
 
 
7. (2014/FAFIPA/Prefeitura de Pinhais – PR) Para garantir a integralidade da 
Assistência à Saúde no SUS, é necessário um conjunto de ações e serviços de saúde 
articulados em níveis de complexidade crescente, esse conjunto de ações é 
conhecido como: 
 
 a)comissão intergestores 
 b)contrato organizativo. 
 c)rede de atenção em saúde. 
 d)pacto federativo. 
 
8. (2016/Iniciativa Global/CIAS-MG) Conforme o artigo 8º do decreto 7.508 de 28 de 
junho de 2011, o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de 
saúde se inicia pelas Portas de Entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e se 
completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do 
serviço. 
 
No artigo 9º desse mesmo decreto, as Portas de Entrada às ações e aos serviços de 
saúde nas Redes de Atenção à Saúde são apontadas. Qual dos serviços abaixo NÃO 
é uma Porta de Entrada ao SUS? 
 
 a)Serviço de atenção primária. 
 b)Serviço de atenção terciária. 
 c)Serviço de atenção de urgência e emergência. 
 d)Serviço de atenção psicossocial. 
 
 
9. (2013/CESPE/DEPEN) No que se refere ao Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os 
itens que se seguem. 
 
Consideram-se portas de entrada às ações e aos serviços de saúde nas redes de 
atenção à saúde os serviços de atenção primária, de atenção de urgência e 
emergência, de atenção psicossocial e os especiais de acesso aberto. 
 
A) CERTO 
B) ERRADO 
 
 
46 
 
 
10. (2013/CESPE/MS) A rede de atenção à saúde, conjunto de ações e serviços de 
saúde articulados em níveis de complexidade crescente, tem por finalidade garantir a 
diretriz constitucional da integralidade da assistência à saúde. 
 
A) Certo 
B) Errado 
 
11. (2013/CESPE/MPU) Julgue os itens seguintes, relativos à rede de atenção à saúde. 
 
Com a implantação da rede de atenção à saúde, a denominada lista de espera foi 
extinta no sistema de saúde, com o fim de acelerar o atendimento e humanizar a 
assistência. 
 
A) Certa 
B) Errada 
 
12. (2016/UFCG/UFCG) A atenção primária à saúde nas redes de atenção à saúde 
ampara-se com base em atributos e funções. Todavia, quanto às funções é correto 
afirmar que são: 
 
a) Resolubilidade, comunicação e integralidade. 
b) Resolubilidade, comunicação e responsabilização. 
c) Comunicação, integralidade e coordenação. 
d) Integralidade, coordenação e longitudinalidade. 
e) Primeiro contanto, responsabilização e focalização na família. 
 
13. (2014/CEC/Prefeitura de Piraquara – PR) O Brasil apresenta um processo de 
envelhecimento de sua população e uma situação de transição epidemiológica, 
caracterizada pela queda relativa das condições agudas e pelo aumento relativo das 
condições crônicas. A incoerência entre a situação de saúde e o sistema de atenção à 
saúde, praticado hegemonicamente, constitui o problema fundamental do SUS e, para 
ser superado, envolve a implantação das redes de atenção à saúde. A partir da 
situação descrita, analise as afirmativas: 
 
I. As redes de atenção à saúde constituem-se de três elementos fundamentais: uma 
população e as regiões de saúde, uma estrutura operacional e um modelo de atenção à 
saúde. 
 
47 
 
II. A população de responsabilidade das redes de atenção à saúde vive em territórios 
sanitários, organiza-se socialmente em famílias e é cadastrada e registrada em 
subpopulações por riscos sociossanitários. 
III. O conhecimento detalhado da população usuária de um sistema de atenção à saúde é o 
elemento fundamental que torna possível romper com a gestão baseada na oferta, 
característica dos sistemasfragmentados, e instituir a gestão fincada nas necessidades de 
saúde da população, elemento essencial das redes de atenção à saúde. 
IV. Nas Redes de Atenção à Saúde, a concepção de hierarquia é substituída pela de 
poliarquia e o sistema organiza-se sob a forma de uma rede horizontal de atenção à saúde. 
V. A Atenção Básica deve ser entendida como porta de entrada da Rede de Atenção à 
Saúde, como ordenadora do sistema de saúde brasileiro. 
 
Estão corretas as afirmativas: 
a) Apenas I, II, III e V 
b) Apenas I, II, III e IV 
c) Apenas I, III, IV e V 
d) Apenas II, IV e V 
e) I, II, III, IV e V 
 
14. (2016/Prefeitura de Fortaleza – CE/ Prefeitura de Fortaleza – CE) Para Villaça 
(2011), a organização das Redes de Atenção à Saúde para ser feita de forma efetiva, 
eficiente e de qualidade, tem de estruturar-se com base nos seguintes fundamentos: 
economia de escala, disponibilidade de recursos, qualidade e acesso, integração 
horizontal e vertical; processos de substituição; territórios sanitários e níveis de 
atenção. Marque a alternativa correta quanto a estes fundamentos. 
 
a) A Substituição é definida como reagrupamento contínuo de recursos entre e dentro dos 
serviços de saúde para explorar soluções melhores e de menores custos, em função das 
demandas e das necessidades da população e dos recursos disponíveis. 
b) Os Níveis de Atenção à Saúde são definidos pelas tecnologias leves e duras 
considerando o orçamento anual para sua operacionalização, de acordo com o Mapa de 
Saúde programado. 
c) Economia de Escala refere-se ao campo do financiamento que deverá ser pactuado por 
cada município que compõe a região de saúde para destinar recursos aos serviços a serem 
ofertados. 
d) Territórios Sanitários são as regiões pactuadas por meio de limites intermunicipais para a 
constituição das RAS devendo considerar os níveis de atenção presentes em cada 
município com objetivo de não gerar sobreposição de ações. 
 
48 
 
15. (2016/UFCG/UFCG) Rede de Atenção à Saúde (RAS) ordenada pela Atenção Básica 
(AB) tende a ser: 
 
a) Mais resolutiva e menos equitativa. 
b) Menos resolutiva e mais equitativa. 
c) Mais solidária. 
d) Mais resolutiva e equitativa. 
e) Mais abrangente. 
 
16. (2012/ESAF/MPOG) Considere as proposições a seguir, quanto à proposta da 
Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, e assinale a opção 
incorreta. 
 
a) A Rede de Atenção à Saúde é definida como arranjos organizativos de ações e serviços 
de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que, integradas por meio de sistemas de 
apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. 
b) Entre os objetivos da Rede de Atenção à Saúde está o de promover a integração 
sistêmica, de ações e serviços de saúde com provisão de atenção contínua, integral, de 
qualidade, responsável e humanizada. 
c) O desenvolvimento da Rede de Atenção à Saúde é uma estratégia de reestruturação do 
sistema de saúde, tanto no que se refere a sua organização, quanto na qualidade e impacto 
da atenção prestada. 
d) A Rede de Atenção à Saúde fundamenta-se na compreensão da Atenção Hospitalar 
como primeiro nível de atenção e a partir do qual se realiza e coordena o cuidado em todos 
os pontos de atenção. 
e) Na construção da Rede de Atenção à Saúde devem ser observados os conceitos de 
integração vertical e horizontal, que vêm da teoria econômica e estão associados a 
concepções relativas às cadeias produtivas. 
 
17. (2014/BIO-RIO/Fundação Saúde) Sobre novos modos de atenção à saúde, 
enfocando os termos humanização dos serviços de saúde, projeto assistencial e 
linhas de cuidado, marque a alternativa que NÃO contempla esse modo de atenção: 
 
a) acesso humanizado e acolhimento. 
b) vínculo e responsabilização. 
c) prática clínica centrada no médico e na realização de procedimentos. 
d) gestão integrada na linha de cuidado. 
e) aumento da qualidade da atenção com ações coordenadas e continuadas. 
 
49 
 
 
18. (2014/FUNCAB/INCA) As redes de atenção à saúde são concebidas enquanto 
conjunto de serviços de saúde para a prestação de atenção a dada população. Entre 
suas características e seus fundamentos, pode-se destacar que: 
 
 a) o cuidado profissional é atributo centrado nos médicos, e, sem ele, a atenção perde o 
caráter de integralidade. 
 b) a ênfase no cuidado privilegia a cura, com atenção dirigida essencialmente à demanda 
espontânea pelos serviços. 
 c) a atenção se dá para populações adscritas, valorizando o risco diferenciado por grupos. 
 d) a participação de serviços privados se dá exclusivamente nos casos em que são 
conferidos os certificados de filantropia. 
 e) o conceito de rede de atenção valoriza a evolução da carga da enfermidade em um dado 
país, muito embora não sejam destacadas mudanças na oferta de cuidados entre condições 
agudas e crônicas de saúde. 
 
19. (2016/CKM Serviços/Prefeitura de Natal – RN) Dentre os pilares que fundamentam 
a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), tem-se a hierarquização. Esta, diz 
respeito à organização da rede de atendimento conforme níveis de complexidade dos 
serviços, ou seja, de sua estruturação em níveis de maior ou menor complexidade de 
ações e serviços de saúde, como se pode observar, por exemplo, na Lei n⁰ 8.080/90. 
Sendo assim, pode-se afirmar ainda que o modelo de atenção à saúde deve ser 
organizado a partir do (a): 
 
 a) Direção centralizada. 
 b) Atenção básica. 
 c) Atendimento especializado. 
 d) Assistência compartimentalizada. 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
50 
 
GABARITO 
 
1 B 
2 C 
3 D 
4 C 
5 A 
6 A 
7 C 
8 B 
9 A 
10 A 
11 B 
12 B 
13 E 
14 A 
15 D 
16 D 
17 C 
18 E 
19 B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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outras providências. Disponível em: www.saude.gov.br/legislação Acesso em: 
25/05/14 
 
_______, Ministério da Saúde, Departamento de Atenção Básica. Caderno da 
Atenção Básica de Vigilância em Saúde, 2007.Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pacto_saude_volume13.pdf. Acesso: 
28/07/14. 
 
_______, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretrizes 
Nacionais de Vigilância em Saúde, 2010.Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pacto_saude_volume13.pdf. Acesso; 
28/07/14. 
 
________, Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 1.378, DE 9 DE JULHO DE 2013. 
Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1378_09_07_2013.html. 
 
_______. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Executiva. Projeto de Investimentos 
para a Qualificação do Sistema Único de Saúde, Documento Revisado, maio 2008. 
 
_______. MINISTÉRIO DA SAÚDE. GABINETE DO MINISTRO. Portaria N. 325, de 
22 de fevereiro de 2008. Brasília: Ministério da Saúde, 2008a. 
_______. MINISTÉRIO DA SAÚDE. GABINETE DO MINISTRO. Portaria N. 2488, de 
21 de outubro de 2011. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 
 
CAMPOS, G. W. S. Reforma de Reforma: repensando a saúde. São Paulo: Hucitec, 
1992. 
 
CAMPOS, G. W. S. A clínica do sujeito: por uma clínica reformulada e ampliada. In: 
CAMPOS, G. W. S. (Org.) Saúde Paidéia. São Paulo: Hucitec, 2003. 
 
CECILIO, L. C. O. Modelos tecnicoassistenciais em saúde: da pirâmide ao círculo, 
uma possibilidade a ser explorada. Cadernos de Saúde Pública, 13(3): 469-478, jul.-
set., 1997. 
 
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