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EPIDEMIOLOGIA NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL

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EPIDEMIOLOGIA NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL
	A epidemiologia é a ciência que estuda o processo saúde-doença. Ela auxilia no planejamento e promoção de medidas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, mediante análise de fatores determinantes das doenças e ocorrências associadas à saúde. Para que esse processo seja estudado e analisado, a epidemiologia utiliza, principalmente, algumas medidas de ocorrência/frequência: prevalência e incidência, que determinam o estado de saúde-doença de uma população e alguns indicadores de saúde: mortalidade e morbidade, que buscam identificar a situação de saúde de um indivíduo ou de uma população. 
	Como medidas de ocorrência temos a prevalência, que calcula a presença ou ausência de determinada doença, auxiliando na prevenção de serviços e produtos em saúde, colaborando com o planejamento dos serviços relacionados à saúde e a incidência, que estuda o risco da população de desenvolver determinada doença, a probabilidade de desenvolvimento da doença. Já as definições dos principais indicadores de saúde são: mortalidade – calcula os indivíduos que morreram num período de tempo, bem como o risco e a probabilidade de alguém da população morrer em determinado período; morbidade – descreve o comportamento das doenças num intervalo de tempo, referindo-se ao conjunto de indivíduos que adquiriram a doença em determinado período.
	Visto que a fisioterapia não tem apenas o objetivo de controlar danos, mas também controlar riscos, a epidemiologia tem extrema importância para sua atuação. Por exemplo, a obesidade, de acordo com Organização Mundial de Saúde, a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar. No Brasil, essa doença crônica aumentou 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. A doença é responsável por um número elevado de mortes anualmente, bem como o aumento de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias e câncer. Sendo assim, fica clara a importância que a epidemiologia tem para a fisioterapia, visto que ela traz informações que são essenciais para que seja planejado uma maneira de evitar/controlar o aumento do índice de obesidade. Diante dos índices que indicam a quantidade de obesos, a distribuição deles por sexo, idade, ocupação, entre outras divisões, pode-se planejar medidas de controle de riscos, ou seja, evitar que o número de obesos aumente, e a população adoeça ainda mais.
	PREVALÊNCIA: A prevalência significa qualidade do que prevalece, prevalência implica em acontecer e permanecer existindo num determinado local e período. Casuística de mortalidade que se destaca por seus valores maiores que zero sobre eventos de saúde ou não doença. Termo descritivo da força da força com que subsistem as doenças nas coletividades (Kerr-Pontes & Rouquayrol, 1999). INCIDÊNCIA: Em epidemiologia este termo traduz a idéia de intensidade com que acontece a morbidade em uma população, mede a freqüência ou probabilidade de ocorrência de casos novos de doença na população. Alta incidência significa alto risco de adoecer. (Kerr-Pontes & Rouquayrol, 1999).
	MORTALIDADE: Diz respeito ao conjunto de indivíduos que morreram num dado intervalo de tempo. Está relacionado também ao risco ou probabilidade que qualquer pessoa da população apresenta de poder vir a morrer ou de morrer em virtude de uma determinada doença. É calculada pelas taxas ou coeficientes de mortalidade (Pereira, 2004, Conceito e definições da saúde e epidemiologia usadas na vigilância sanitária). MORBIDADE: É a constante característica dos seres vivos, tem como referência o conjunto de indivíduos que adquirem doenças num dado intervalo de tempo e em uma determinada população. A morbidade norteia o comportamento das doenças e dos agravos à saúde da população (Pereira, 2004, Conceito e definições da saúde e epidemiologia usadas na vigilância sanitária). 
Sendo assim, se formos pensar em como a epidemiologia se encaixa na nossa vida profissional, podemos tomar como exemplo: Um objetivo; a clínica de um paciente; doença aguda ou doença crônica; transmissibilidade maior ou menor; período de incubação curto ou longo; mais assintomático ou menos sintomático; aspecto social, interação doença-medicina social; estatísticas, cálculos; indicadores de saúde. Tudo isso para sabermos se a população tem qualidade de vida. 
	Como se calcula saúde? Ou a não saúde?
	Com o objetivo de prevenir doenças o Sistema Único de Saúde tende a garantir a universalidade, a integralidade, a descentralização administrativa, a participação popular e a equidade. Visto que, segundo a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, Art. 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
Estamos tendo um aumento na expectativa de vida. Sendo que, em 1980 a expectativa de vida no Brasil era de 62,3 anos em média, já em 2018 a expectativa de vida dos brasileiros aumentou, alcançando os 76,3 anos (censo2020.ibge.gov.br). A situação da saúde no Brasil, provocada pela transição demográfica e epidomiológica, exige que o sistema brasileiro responda pela “tripla carga de doença” (Frenk, 2006), caracterizada por três fenômenos: aumento da violência e morbimortalidade por causas externas; aumento das doenças crônicas pelo envelhecimento das pessoas e aumento dos fatores de risco (fumo, sedentarismo, pouca atividade física, sobrepeso e a falta de uma alimentação saudável; e por fim, presença das doenças parasitárias e virais, como por exemplo: dengue, H1N1, malária, tuberculose, Covid-19. 
Referências
https://www.scielosp.org/article/csc/2010.v15suppl1/1627-1636/pt/#:~:text=No%20que%20se%20refere%20aos,sociais%2C%20que%20poder%C3%A3o%20desvelar%20os
https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/mapa-da-obesidade/

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