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Resumo Taquiarritmias

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1 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
Eletrocardiograma 
Anormal 
TAQUIARRITMIAS 
As taquiarritmias são arritmias cardíacas que 
se manifestam com uma FC superior a 100 
bpm. Elas podem ser classificadas em: 
- Supraventriculares: quando a origem do 
estímulo elétrico que resulta na arritmia está 
localizada acima dos ventrículos. 
- Ventriculares: quando a origem do estímulo 
elétrico que resulta na arritmia está localizada 
nos ventrículos. 
- Sustentada: quando a arritmia tem uma 
duração superior a 10 batimentos cardíacos 
consecutivos. 
- Não sustentada: quando a arritmia tem uma 
duração entre 3 e 10 batimentos cardíacos 
consecutivos. 
- Estável: quando não há sinais de 
instabilidade hemodinâmica. 
- Instável: quando há sinais de instabilidade 
hemodinâmica. Os sinais de instabilidade são: 
→ Dor torácica isquêmica (SCA). 
→ Insuficiência cardíaca aguda (EAP). 
→ Alteração aguda do estado mental. 
→ Hipotensão arterial (PAS < 90 mmHg). 
→ Sinais de choque. 
As taquiarritmias formam-se por: 
- Distúrbios da formação do impulso elétrico. 
- Distúrbios da condução do impulso elétrico. 
As principais taquiarritmias supraventriculares 
são: 
- Taquicardia sinusal. 
- Taquicardia atrial. 
- Taquicardia atrial multifocal. 
- Taquicardia por reentrada nodal. 
- Taquicardia supraventricular. 
- Flutter atrial. 
- Fibrilação atrial. 
 
Taquicardia Sinusal: 
- FC > 100 bpm. 
- Ritmo regular. 
- Associação entre atividade elétrica atrial e 
atividade elétrica ventricular, isto é, todas as 
ondas P são sucedidas por complexos QRS. 
- Todas as ondas apresentam morfologia 
constante no ECG. 
 
 Extrassístole Atrial: 
- Ritmo irregular. 
- Onda P de morfologia diferente da onda P 
sinusal, ocorrendo antes do batimento sinusal 
esperado. 
- As extrassístoles que se originam no mesmo 
foco apresentam morfologia semelhante. 
- O complexo QRS geralmente é normal. 
 
Extrassístole Juncional ou Nodal: 
- Origina-se no nó AV. 
- Ritmo irregular. 
- Onda P negativa em D2, D3 e aVF. 
- Onda P pode estar ausente. 
- O complexo QRS geralmente é normal. 
 
Taquicardia Supraventricular: 
- Inclui a taquicardia atrial e a taquicardia 
juncional. 
- A taquicardia supraventricular é iniciada por 
uma extrassístole atrial ou juncional com 
condução AV prolongada (aumento do 
intervalo PR). 
- FC entre 160 e 240 bpm. 
 
2 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
- Ritmo regular. 
- Complexo QRS normal ou estreito. 
- Se a taquicardia é atrial, a onda P apresenta 
morfologia diferente da onda P sinusal. 
 
 
- Se a taquicardia é juncional, a onda P é 
negativa em D2, D3 e aVF ou está ausente. 
 
Flutter Atrial: 
- Ritmo irregular. 
- Intervalos R-R variáveis. 
- Complexo QRS normal ou estreito. 
- Ausência de ondas P. 
- Presença de ondas F de mesma morfologia 
e com ritmo regular (semelhante a uma serra). 
 
Fibrilação Atrial: 
- Ritmo irregular. 
- Intervalos R-R variáveis. 
- Complexo QRS normal ou estreito. 
- Ausência de ondas P. 
- Presença de ondas f (principalmente em V1) 
de morfologia variável e com ritmo irregular. 
 
 
As principais taquiarritmias ventriculares são: 
- Extrassístoles ventriculares. 
- Taquicardia ventricular não sustentada. 
- Taquicardia ventricular sustentada. 
- Fibrilação ventricular. 
Extrassístole Ventricular: 
- Ritmo irregular. 
- Onda P sinusal geralmente oculta pelo 
complexo QRS, segmento ST ou onda T da 
extrassístole. 
- O complexo QRS é precoce, alargado (> 
0,12 segundos ou 3 quadrados menores) e de 
morfologia bizarra. 
- O segmento ST e a onda T geralmente 
apresentam polaridade oposta ao complexo 
QRS. 
- As extrassístoles que se originam no mesmo 
foco apresentam morfologia semelhante. As 
extrassístoles que se originam em focos 
diferentes apresentam morfologias diferentes. 
- A extrassístole ventricular monomórfica 
apresenta complexos QRS com morfologias 
semelhantes. 
 
- A extrassístole ventricular polimórfica 
apresenta complexos QRS com morfologias 
diferentes. 
 
- A extrassístole ventricular pode ser 
bigeminada, trigeminada ou quadrigeminada. 
A bigeminada caracteriza-se por extrassístole 
alternada com 2 batimentos cardíacos 
normais (sinusais), a trigeminada com 3 e a 
quadrigeminada com 4. 
 
3 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
 
Taquicardia Ventricular: 
- A taquicardia ventricular geralmente está 
associada a cardiopatias graves. Ela pode 
evoluir para fibrilação ventricular. 
- FC entre 100 e 220 bpm. 
- Ritmo regular. 
- Onda P sinusal oculta pelo complexo QRS. 
- Complexo QRS alargado (> 0,12 segundos 
ou 3 quadrados menores) e de morfologia 
bizarra. 
 
Resumo! 
Taquicardia Supraventricular: 
- Ritmo regular. 
- QRS estreito. 
Taquicardia Ventricular: 
- Ritmo regular. 
- QRS largo. 
Tratamento! 
Taquicardia Supraventricular: 
- Estável: manobra vagal; adenosina 6 mg EV. 
Pode ser realizada segunda dose de 12 mg 
EV. 
- Instável: cardioversão elétrica sincronizada 
(100 J). 
Taquicardia Ventricular: 
- Estável: amiodarona 150 mg EV em 10 
minutos. Pode ser realizada segunda dose de 
150 mg EV. 
- Instável: cardioversão elétrica sincronizada 
(200 J). 
OBS.: A cardioversão elétrica é realizada em 
pacientes com pulso, ou seja, com complexos 
QRS. Na cardioversão elétrica sincronizada, o 
choque deve ocorrer no momento da onda R 
no ECG, visto que se o choque ocorrer 
durante o período de repolarização 
ventricular, pode ser desencadeada uma 
arritmia cardíaca mais grave no paciente. 
Fibrilação Ventricular: 
- Ausência de atividade elétrica organizada no 
coração. 
- A mortalidade aumenta em 
aproximadamente 10% a cada minuto. 
- Altamente associada à isquemia miocárdica 
(IAM). 
- Apresentação clínica: PCR. 
- O tratamento baseia-se em desfibrilação 
precoce.

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