Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
( Taquiarritimias ) · DEFINIÇÃO: Distúrbio de causas diversas que levam a frequência cardíaca ficar acima de 100 bpm. · Podem ser caracterizadas por ter QRS estreito ou largo. · Esses distúrbios podem levar a instabilidade hemodinâmica, assim como podem ser consequências de alguma instabilidade. É importante determinar, isso faz diferença no tratamento. · INSTABILIDADE · 5 D´s · Dispneia · Dor torácica · Desmaio (síncope) · Diminuição do nível de consciência · Diminuição da PA (hipotensão) · O reconhecimento da instabilidade é importante, o tratamento é diferente e a reversão do ritmo deve ser realizada de forma imediata. · Tratamento: cardioversão elétrica sincronizada · Taquicardia sinusal · Fibrilação atrial · Flutter atrial · Taquicardia supraventricular · TV monomórfica · TV polimórfica · Taquicardia de QRS largo de tipo incerto · Há sintomas? · O paciente está instável? · O QRS é estreito ou largo? · O ritmo é regular ou irregular? · O QRS é monomórfico ou polimórfico? · QRS estreito: · Taquicardia sinusal · Fibrilação atrial (irregular) · Flutter atrial · Taquicardia supraventricular · QRS largo: · Taquicardia ventricular monomórfica · TV polimórfica · Taquicardia supraventricular com aberrância de condução · Fibrilação atrial ou flutter atrial com aberrância de condução ( Taquicardia sinusal ) · FC > 100 bpm · Ritmo regular · P de origem sinusal (+ em DI, DII e aVF, mesma morfologia e precede os QRS). · Intervalo RP’ > P’R · Tem início e término graduais · Geralmente o paciente tem alguma doença e entra em taquiardia de forma compensatória · Resposta a: · Dor · Febre · Ansiedade · Hipotensão · Tireotoxicose · Hipovolemia · Anemia · Exercício físico · Gestação · Síndrome postural ortostática ( Fibrilação atrial ) · DEFINIÇÃO: Ritmo não sinusal decorrente de múltiplas microreentradas (Vv. pulmonares). · A condução atrioventricular é variável e pode responder com frequência ventricular baixa, normal ou alta. · Não há onda P, pode haver ondas f visíveis (tremorzinho das microrrentradas atriais). O intervalo R-R é irregular. · Tem início súbito e pode permanecer de forma contínua ou terminar de forma súbita. · Frequência atrial entre 350 a 600 bpm · Obs. A FA nem sempre está em taquicardia. · É a taquicardia sustentada mais comum na prática clínica. · Aumenta cerca de 5x o risco de AVC (cardioembólicos), aumenta risco de isquemia mesentérica e TEP (estase sanguínea, lesão endotelial e aumento de coagulabilidade). · Aumenta mortalidade, hospitalização, reduz qualidade de vida, pode diminuir FEVE · CLASSIFICAÇÃO: · FA em episódio único · FA paroxística – término espontâneo geralmente em até 48 h (considera-se até 7 dias). · FA persistente - > 7 dias e requer reversão. Curta: < 1 ano. Longa > 1 ano. · FA permanente – não há mais proposta de reversão para ritmo sinusal. · F.A. estável: por quanto tempo este paciente está em FA? Calcular risco de trombo · Instável: ACO por pelo menos 4 semanas · Controle de FC: · Verapamil 5mg EV em 5 minutos. Pode repetir 10mg após a primeira dose caso não tenha reduzido FC. · Diltiazem 15-20mg EV em 2 minutos. Pode repetir 20 a 25mg 15 minutos após a primeira dose. · Metoprolol 5mg EV em 2 a 5 minutos. Pode repetir mais duas de 5mg. – mais usado no sus · Controle de ritmo: · Propafenona 450mg (<70Kg) a 600mg VO (preferência para pacientes sem cardiopatia estrutural). – quem tem IC não pode usar · Amiodarona 5-7mg/Kg (max 300mg) + SG5% 250mL em 30 minutos. Deixar dose de manutenção (1mg/min por 6 horas e 0,5mg/min por 18 horas). · Cardioversão elétrica sincronizada · Manutenção em ritmo sinusal: · Sem cardiopatia ou com HVE leve: Propafenona ou sotalol · Coronariopatia: Sotalol (não pode ser usado por IC) · Insuficiência cardíaca: Amiodarona · Paredes > 15mm: Amiodarona · Ablação do foco (região das veias pulmonares para FA sob mapeamento em 3D) · Quem vai anticoagular a vida toda? CHA2DS2VASc · C: IC · H: HAS · A: a idade ≥ 75 · D: DM · S: stroke – AVC · V: vascular · A: a idade entre 65 – 74 · S: sexo feminino ( Flutter atrial ) · Macroreentrada geralmente através do istmo cavotriscuspídeo. · Ondas F em serrilhado de serrote, podendo ter RR regular (maioria) ou irregular quando BAV variável. Frequência atrial em torno de 300 estímulos por minuto e a ventricular depende do BAV. (nó AV consegue bloquear alguns estímulos) · Observar quando FC em 150bpm (condução 2:1). · Aumenta risco de AVC como na FA. · O tratamento é muito parecido com FA, porém não responde bem à propafenona e reverte à CVE com carga mais baixa (50J). · Pode fazer FC normal, alta ou baixa · Ñão tem ondas P, são ondas F · Paciente fazendo 150 sem variar? Flutter até que se prove o contrário · 3 x 1 · ( Taquicardia supraventricular )2x1 · Taquicardia por reentrada nodal (dupla via nodal) · Taquicardia por reentrada atrioventricular (feixe anômalo) · Taquicardia atrial (hiperautomatismo, reentrada ou atividade deflagrada) · 10% ocorre com aberrância de condução, alargando QRS. · ( Taquicardia de reentrada nodal )90% tem QRS estreito · O paciente nasce com uma dupla via nodal · Possui onda P’ dentro do QRS (60%) ou imediatamente após o QRS simulando um pseudo s (s’) em DII, DIII e aVF e r´em V1. · RR regular · RP’<P’R · FC: 140-230 bpm · Início e término súbitos (na saída da taquicardia sai com uma P retrógrada diferente da TA). · 60% dos casos o paciente não apresenta onda P, estará dentro do QRS · 40% estará colado logo após o QRS · P negativo em DII, DIII e AVF (deveria estar positiva) · P positiva em V1 (deveria estar negativa) · A P não é sinusal, acontece por despolarização contrária no átrio · Não há necessidade de anti-coagular · Geralmente o paciente tem sinal de frog positivo. · Mais comum em mulheres entre 40 e 50 anos. · TTO de manutenção: Betabloqueador, BCC, Propafenona ou sotalol se refratariedade sem IC, amiodarona. · ( Taquicardia por reentrada atrioventricular )Considerar ablação. · Ocorre devido um feixe anômalo de fibras musculares entre o átrio e o ventrículo. O estímulo desce pelo nó sinusal e sobe pela via acessória (ortodrômica), geralmente desencadeado por extrassístole que encontra a via acessória em período refratário e o nó AV conduz o estímulo. · Síndrome de wolff-parkinson-white · Pode causar QRS largo se descer pela via acessória e subir pelo nó sinusal → via antidrômica · RR regular · Apresenta P’ após o QRS, geralmente polaridade negativa, podendo levar a um infra de ST. · RP’< P’R · FC: 150-230 bpm · Pode haver alternância elétrica nas derivações precordiais (QRS de amplitudes diferentes) · Após reversão de ritmo: Síndrome de wolff-parkinson-white pós reversão de ritmo (QR curto e onda delta) · Tratamento de manutenção não pode haver medicamentos que realizem bloqueio do nó atrioventricular, pois facilitam a condução pela via anômala como betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio. → quando no sentido antidrômico ( Taquicardia atrial ) · Ritmo nó átrio mas fora do nó sinatrial · FC >100 bpm, porém, geralmente não passa de 240 bpm. · Ondas P não sinusais, podendo ter a mesma morfologia ou não (TA unifocal ou multifocal – pelo menos 3 diferentes). · Geralmente Intervalo RP’>P’R · Pode haver condução 1:1, 2:1, 3:1... · Pode ser sustentada (> 30 seg.) ou não. · Tratar a doença de base · TTO manutenção: BCC, betabloqueadores, ou ablação por radiofrequência. Taquicardia atrial unifocal · Em caso de emergência: Adenosina: acesso curto no máximo 3 vezes ( Taquicardias de QRS largo ) · FC > 100 bpm · QRS ≥ 120ms · Taquicardia ventricular monomórfica (mesma morfologia) → foco do disparo sempre o mesmo · Taquicardia ventricular polimórfica (diferentes morfologias de QRS, ex: torsaide point) · TSV com aberrância de condução · > 80% é Taquicardia Ventricular · Taquicardia supraventricular com condução aberrante (ex: bloqueio de ramo, via antidrômica) origem ventricular do estímulo ( Taquicardia ventricular monomórfica ) · Ritmo de origem ventricular, com QRS de morfologias semelhantes. · Pode ser um ritmode PCR ou não · Pode gerar instabilidade hemodinâmica ou não · TSV com aberrância de condução pode ter algumas características semelhantes. · Quando considerar TV? · Mais que 3 batimentos consecutivos de origem ventricular (3 extrassístoles consecutivas) · < 30 segundos: TV não sustentada · > 30 segundos: TV sustentada · Pode ter característica monomórfica ou polimórfica · O paciente pode estar instável, estável ou parado · Como diferenciar TV de TSV com aberrância? · Critério de Brugada – mais conhecido e mais acurado · Critério de Vereckei · Critério de Santos – mais fácil · Crit. Brugada · Precordiais v1-v6 · Ausência de RS: porção positiva mais negativa · Nadir: pico máximo > 2,5 quadradinhos · Crit. Vereckei 40 ms = um quadradinho · Algoritmo de Santos Passo 1: 4, 3, 2 sendo que d1 e V6 ( Taquicardia ventricular polimórfica ) · Taquicardia de origem ventricular com complexos QRS de diferentes morfologias. · Pode sofrer degeneração para Fibrilação ventricular. · Pode ser ritmo de parada cardiorrespiratória. · Torsades points TV polimórfica eu não sincronizo o aparelho = desfibrilar. Não tem picos então é impossível sincronizar o ritmo ( Caso clínico ) · Homem, 62 anos, carpinteiro e portador e HAS, doença de chagas e DM II, sem uso de medicações regulares. Admitido no pronto atendimento com quadro de palpitação de início há 2 horas. Relata que estava trabalhando quando iniciou o quadro, permanecendo mesmo ao repouso. Refere associação com dor torácica e dispneia. Apresentou quadro de palpitação anteriormente, porem não associado a outros sintomas. · Ao exame: PA: 95 x 65mmHg, FC: 100 bpm avaliada pelo oxímetro, porém notada à ausculta uma FC mais alta. SatO2: 88% ar ambiente, FR: 28 irpm. · AR: MVF sem RA ou sinais de desconforto. ACV: Impossibilidade em avaliação de regularidade do ritmo devido taquicardia importante. Íctus presente e palpável com 2,5 polpas digitais, em 5° EIC esquerdo, linha axilar anterior. Sopro sistólico mitral audível, 3+/6+. ABD: RHA +, indolor a palpação, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis. MMII: Panturrilhas livres, sem edema, TEC < 3 seg. ( Fibrilação ventricular )Fibrilação atrial com alta resposta ventricular · Obrigatoriamente um ritmo de parada · Não gera pulso!!! Impulsos sem contrações · Caracterizado por ondas finas, não sendo possível caracterizar complexos QRS. · É um ritmo de PCR – se beneficia de choque e antiarrítmico.
Compartilhar