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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JATAÍ FISIOTERAPIA PORTFÓLIO REUMATOLOGIA E GERIATRIA ANNE GABRIELLE DA SILVA PINHEIRO KAMILLE NÁTHALY NUNES CHRISÓSTOMO VITÓRIA SOUZA LIMA Jataí 2022 Anne Gabrielle Da Silva Pinheiro Kamille Náthaly Nunes Chrisóstomo Vitória Souza Lima PORTFÓLIO REUMATOLOGIA E GERIATRIA Portfólio acadêmico apresentado como requisito para obtenção de nota complementar na disciplina de reumatologia e geriatria, para discentes do curso de Fisioterapia na Universidade Federal de Jataí. Orientador: Profª. Drª Daisy de Araujo Vilela Jataí 2022 CURRÍCULOS ACADÊMICOS: Anne Gabrielle Da Silva Pinheiro: Discente do curso de Fisioterapia na Universidade Federal de Jataí, atualmente aluna do 5º período. Kamille Náthaly Nunes Chrisóstomo: Discente do curso de Fisioterapia na Universidade Federal de Jataí, atualmente aluna do 5º período. Integrante e monitora da Liga Acadêmica de Atendimento Pré-Hospitalar e Segurança do Paciente (LAAPH). Vitória Souza Lima: Discente do curso de Fisioterapia na Universidade Federal de Jataí, atualmente aluna do 5º período. Integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa Morfofuncional na Saúde e Doença (GEPEMSAD) e integrante da Liga de Estudos e Desenvolvimentos em Fisioterapia (LEDF). SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 6 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................ 7 AULA 1 (08/12/2021) .............................................................................................................. 7 1.1 DATA SUS ............................................................................................................................. 7 1.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ........................................................................................ 10 AULA 2 (10/12/2021) ............................................................................................................ 11 2.1 ESPONDILOARTROPATIAS ................................................................................................. 11 2.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ........................................................................................ 13 AULA 3 (15/12/2021) ............................................................................................................ 14 3.1 AVALIAÇÃO EM IDOSOS COM ESCALAS VALIDADAS ................................................ 14 3.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ........................................................................................ 17 AULA 4 (19/01/2022) ............................................................................................................ 18 4.1 MICROFISIOTERAPIA ........................................................................................................... 18 4.1 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ........................................................................................ 19 Feito com base na palestra ministrada. ...................................................................................... 19 AULA 5 (21/01/2022) ............................................................................................................ 20 5.1 DOENÇAS MISTAS DO TECIDO CONJUNTIVO .............................................................. 20 5.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ........................................................................................ 22 AULA 6 (26/01/2022) ............................................................................................................ 23 6.1 INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPI) ............................................................ 23 6.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ........................................................................................ 25 AULA 7 (02/02/2022) ............................................................................................................ 27 7.1 COVID E AS CONSEQUÊNCIAS REUMATOLÓGICAS .................................................. 27 7.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ........................................................................................ 33 AULA 8 (04/02/2022) ............................................................................................................ 34 8.1 FISIOTERAPIA PARA REUMATOLOGIA ........................................................................... 34 8.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ........................................................................................ 37 AULA 9 (09/02/2022) ............................................................................................................ 38 9.1 ONCOGERIATRIA ................................................................................................................... 38 9.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ........................................................................................ 40 AULA 10 (11/02/2022) .......................................................................................................... 42 10.1 PROMOÇÃO DA SAÚDE NO ENVELHECIMENTO HUMANO ..................................... 42 10.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ...................................................................................... 44 AULA 11 (16/02/2022) .......................................................................................................... 45 11.1 CUIDADOS PALIATIVOS NA FINITUDE .......................................................................... 45 11.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ...................................................................................... 47 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 49 6 INTRODUÇÃO A presente pesquisa tem a finalidade de analisar como vem sendo executadas as aulas (08/12/2021 à 16/02/2022) de Reumatologia e Geriatria gerenciada pela professora Drª. Daisy de Araújo Vilela. Este trabalho visa discutir a importância dos temas abordados ao longo do portfólio, com objetivo de estudar as mudanças biológicas, psicológicas, socioculturais e socioeconômicas envolvidas no processo de envelhecimento. Portanto, é necessário pesquisas e intervenções qualificadas para atender à necessidade deste público, com atenção às doenças que afetam esses pacientes, visto que, o crescimento da população idosa tende a crescer nas próximas décadas, segundo o IBGE (2018), para 2043, um quarto da população deverá ter mais de 60 anos. Em relação aos impactos da pandemia houve uma reconfiguração na rede acadêmica, com isso, tivemos que nos organizar em modo remoto, tanto nas dificuldades de acompanhamentos das aulas e atividades on-line, quanto impactou também, no âmbito familiar, social, psicológico, econômico, entre outros. Além disso, outra problemática, está sendo o atraso das atividades práticas, principalmente no curso da Fisioterapia que exige em sua maior grade aulas presenciais, dessa forma tendo que ajustar o calendário acadêmico, para que possamos recuperar o tempo perdido. Porém, com o passar da pandemia, completando já seus 2 anos, atualmente, mesmo com algumas dificuldades ainda, conseguimos nos organizar remotamente em relação às disciplinas teóricas. 7 DESENVOLVIMENTO AULA 1 (08/12/2021) 1.1 DATA SUS O Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) surgiu em 1991 com a criação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Na época, a Fundação passou a exercer a função de controle e processamento das contas referentes à saúde que antes era da Empresa de Tecnologia e Informaçõesda Previdência Social (DATAPREV). Foi então formalizada a criação e as competências do DATASUS, que tem como responsabilidade prover os órgãos do SUS de sistemas de informação e suporte de informática, necessários ao processo de planejamento, operação e controle. Possui quase 25 anos de atuação, com mais 200 sistemas que auxiliam diretamente o Ministério da Saúde no processo de construção e fortalecimento do SUS. Atualmente, o Departamento é um grande provedor de soluções de software para as secretarias estaduais e municipais de saúde, sempre adaptando seus sistemas às necessidades dos gestores e incorporando novas tecnologias, na medida em que a descentralização da gestão se torna mais concreta. O DATASUS dispõe de duas salas-cofre, uma em Brasília e outra no Rio de Janeiro, nas quais são mantidos os servidores de rede que hospedam a maioria dos sistemas do Ministério da Saúde. A estrutura de armazenamento de dados (STORAGE) do Departamento tem condições de armazenar informações sobre saúde de toda população brasileira. Além disso, disponibiliza links espalhados em várias cidades brasileiras com conexões com todos os Núcleos Estaduais do Ministério da Saúde, Funasa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Casa do Índio e com as 27 secretarias estaduais de saúde. O DATASUS está presente em todas as regiões do país por meio das Regionais que executam as atividades de fomento e cooperação técnica em informática nos principais estados brasileiros. 8 São estas as competências definidas para o DATASUS pelo Decreto: I. fomentar, regulamentar e avaliar as ações de informatização do SUS, direcionadas para a manutenção e desenvolvimento do sistema de informações em saúde e dos sistemas internos de gestão do Ministério; II. desenvolver, pesquisar e incorporar tecnologias de informática que possibilitem a implementação de sistemas e a disseminação de informações necessárias às ações de saúde; III. definir padrões, diretrizes, normas e procedimentos para transferência de informações e contratação de bens e serviços de informática no âmbito dos órgãos e entidades do Ministério; IV. definir padrões para a captação e transferência de informações em saúde, visando à integração operacional das bases de dados e dos sistemas desenvolvidos e implantados no âmbito do SUS; V. manter o acervo das bases de dados necessárias ao sistema de informações em saúde e aos sistemas internos de gestão institucional; VI. assegurar aos gestores do SUS e órgãos congêneres o acesso aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério; VII. definir programas de cooperação técnica com entidades de pesquisa e ensino para prospecção e transferência de tecnologia e metodologias de informação e informática em saúde; VIII. apoiar Estados, Municípios e o Distrito Federal, na informatização das atividades do SUS; e IX. coordenar a implementação do sistema nacional de informação em saúde, nos termos da legislação vigente O Conecte SUS é um programa do Governo Federal com a missão de materializar a Estratégia de Saúde Digital do Brasil, fomentando o apoio à informatização e a troca de informação entre os estabelecimentos de saúde nos diversos pontos da Rede de Atenção à Saúde. 9 O TABNET foi desenvolvido pelo DATASUS para gerar informações das bases de dados do Sistema Único de Saúde – SUS. O aplicativo TABNET é um tabulador genérico de domínio público que permite organizar dados de forma rápida, conforme a consulta que se deseja tabular. . 10 Sistemas de informações em saúde - SIS: Instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de dados. ● SIH / SUS ● SIM / SUS - sistemas de informações sobre mortalidade. ● SINAN / SUS - sistemas de informações de agravo de notificação. ● SIAB / SUS - sistemas de informações de atenção básica. ● SINASC - sistema de informações sobre nascidos vivos. ● SIA- sistemas de informações ambulatoriais ● SPNI / SUS - sistemas de informações do programa nacional de imunizações. 1.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO BRASIL. Ministério da Saúde. Datasus/2021. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br https://datasus.saude.gov.br/ 11 AULA 2 (10/12/2021) 2.1 ESPONDILOARTROPATIAS As espondiloartropatias são um conjunto de doenças inflamatórias sistêmicas crônicas, caracterizado pela ausência do fator reumatóide no soro, e incluem uma variedade de características clínicas, radiológicas e genéticas. Dessa forma, os achados clínicos comuns destas patologias são: artrite inflamatória e entesite, por dorsalgia e lombalgia de caráter inflamatório. Então, esse grupo de doenças inclui entesopatia, a espondilite anquilosante juvenil (EAJ), a artropatia da doença intestinal inflamatória crônica (DIIC), Síndrome de Reiter, artropatia psoriásica (AP) e espondiloartropatia indiferenciada (CASTRO et al., 2017). A artrite idiopática juvenil (AIJ) é uma doença crônica que afeta pessoas com idade abaixo de 16 anos e possui etiologia desconhecida. Com isso, por se tratar de um grupo heterogêneo de doenças, há uma divisão em sete subtipos e são eles: artrite sistémica, oligoartrite, poliartrite com fator reumatoide negativo, poliartrite com fator reumatoide positivo, artrite psoriásica, artrite relacionada com entesite (ARE) e por último, as artrites indiferenciadas (SOARES, 2015). De acordo com Ravelli e Martini (2007), a AIJ é a doença reumática crônica mais comum em crianças, sendo que o início mais comum desta patologia é a oligoarticular, seguido da poliarticular e depois, do início sistêmico. Dessa forma, a avaliação do especialista em reumatologia pediátrica é essencial para o diagnóstico e tratamento precoce, buscando evitar sequelas permanentes. 12 Os pacientes com AIJ apresentam vários sintomas, mas suas principais características clínicas é o edema persistente de uma ou mais articulações, limitação do movimento e dor, pois a inflamação das articulações leva a uma lesão, e com isso, crianças acometidas com essa patologia precocemente podem ter distúrbios de crescimentos localizados (PIRES et al., 2019). O diagnóstico dessa doença reumatológica é essencialmente clínico e por exclusão, pois não existem sinais e sintomas exclusivos desta entidade. Portanto, observa-se a presença de artrite em uma ou mais articulações com duração acima de seis semanas. Por conseguinte, conforme o tipo, a criança pode apresentar febre alta, além de limitação do movimento, inchaço articular, rigidez matinal, fraqueza e incapacidade de mobilizar as articulações (PIRES et al., 2019). Segundo Soares (2015), o tratamento da AIJ tem o objetivo de controlar a dor e inflamação por meio do uso de medicamentos, evitar deformidades, regularizar a função articular, promover o crescimento adequado da criança e prevenir lesões a longo prazo. A SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA (2017) diz que é essencial uma boa relação entre médicos, familiares e o paciente para que o tratamento tenha sucesso, pois sua duração é prolongada. Além disso, é muito importante que o tratamento seja de forma individual e inclua educação sobre a doença, com início precoce a fim de evitar lesões irreversíveis. Portanto, a artrite idiopática juvenil se não tratada de forma precoce, apresenta alta taxa de mortalidade, o que mostra a importância de uma terapia correta para uma boa qualidade de vida e melhora clínica do paciente. Dessa maneira, é importante evitar o uso excessivo de sal e reduzir a ingestão de alimentos excessivamente calóricos, além de ter uma vida saudável. Sobre a febre reumática (FR), ela é uma doença autoimune de reação cruzada desencadeada pela resposta do hospedeiro após uma infecção de garganta, causada por Streptococcus β-hemolítico do Grupo A. Dessa forma, a FR pode ocorrer em qualquer faixa etária, porémé mais frequente em crianças e adolescentes. Contudo, é preciso ter predisposição genética, pois apenas 3% dos indivíduos que apresentaram infecção de garganta por meio dessa bactéria terão a doença (LINS et al., 2021). 13 2.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO CASTRO, Moacir Ribeiro de et al. Espondiloartropatias: critérios de ressonância magnética na detecção da sacroileíte. Radiologia Brasileira, v. 50, p. 258-262, 2017. LINS, Andrey Modesto Velasquez et al. Prevenção de febre reumática: perspectivas atuais e futuras. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 6, p. 64060-64071, 2021. RAVELLI, A; MARTINI, A. Juvenile idiopathic arthritis. Lancet, n.369, p. 767 - 778, 2007. SOARES, A. R. C. Artrite Idiopátia Juvenil da etiologia ao tratamento. 2015, 67f. Tese (Mestre em Medicina Dentária) – Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2015. SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Artrite Idiopática Juvenil. São Paulo: 2017. PIRES, Catarina Amorim Baccarini et al. Artrite Idiopática Juvenil Relacionada à entesite: uma revisão de literatura. REVISTA UNINGÁ, v. 56, n. 4, p. 21-37, 2019. 14 AULA 3 (15/12/2021) 3.1 AVALIAÇÃO EM IDOSOS COM ESCALAS VALIDADAS Nesta aula ministrada falamos um pouco sobre Avaliação de Idosos com escalas validadas. No campo de estudos com fisioterapeutas, encontram-se disponíveis instrumentos compostos com intuito de mensurar o grau de solicitação de cuidados de terceiros. (BARBOSA et al., 2014). A Avaliação multidimensional do idoso inclui investigar vários aspectos como: físico, mental, funcional, social, ambiental, etc. Utiliza-se os instrumentos para analisar a funcionalidade, na qual envolve a mobilidade, cognição, comunicação, independência, autonomia e como principal o humor (relacionado aos conceitos psicanalíticos). De alguma forma, traz-se uma resposta ou característica do idoso. Nesse sentido, tem-se por objetivo analisar os principais instrumentos para a avaliação da funcionalidade e mobilidade de idosos ativos. A mobilidade idosa tem alguns testes que se aplicam na fisioterapia como: 1. Testes para avaliação da capacidade funcional; 2. Capacidade aeróbica (Teste de Caminhada de 6 minutos e Escala de Berg); 3. Teste de força de membros superiores (Dinamômetro de mão); 4. Teste de força de membros inferiores (Teste de sentar e levantar da cadeira); 5. Teste de mobilidade funcional (Timed up and Go) - traduzindo (Pare e Caminhe). Tem-se também, as escalas de Avaliação apresentadas a seguir: 1. Atividades básicas de vida diárias (Índice de Barthel); 2. Índice de Katz, Medida de Independência Funcional, e o índice de Autocuidado de Kenny; 3. Atividades instrumentais de vida diária (Índice de Pfeffer, Índice de Lawton-Brody). 15 ➔ Escala de Lawton Desenvolvida na década de 60, é uma das mais utilizadas para avaliação das AIVD, tendo como pontuação máxima de 27 pontos, na qual corresponde à maior independência, com pontuação mínima de 9 pontos na qual corresponde à maior dependência. ➔ Escala de Berg É um teste de equilíbrio estático e dinâmico, desenvolvido na década de 90 por Katherine Berg, na qual é utilizada para avaliar o equilíbrio nos indivíduos acima dos 60 anos. ➔ Whodas 2.0 São medidas de deficiência ou comprometimento da funcionalidade, na qual são consideradas a partir do estado de saúde, sendo específica pro AVC (Acidente Vascular Cerebral), pois compromete bastante a funcionalidade do indivíduo (hemiparesia, hemiplegia, cognição, fala, etc). Traz-se então, bases teóricas, como boas propriedades psicométricas, numerosas aplicações em diferentes grupos e ambientes e sua facilidade de uso. Em aula, foram mostrados alguns protocolos a seguir: ● AGA- Aval. Geriatrica ampla ● AGC- 10 (AGA BREV) ● MEEM- cognição ● VES-13- Vulnerabilidade ● Whodas- AVC ● Escala de Morse/ (IAQI)/ escalas de Hendrich/ escala de Downton – risco de queda ● Escala de fragilidade do Cardiovascular Health Study (EFCHS), 16 ● Berg- equilibrio ● teste KTK (Körperkoordinationstest für Kinder) - coordenação; ● IPAQ- Nível de atividade física ● whoqol-bref- Qualidade de Vida ● Sf-36- qualidade de vida relacionada à saúde ● Auto Percepção de Saúde ● Escala de Glasgow (ECG) - de Coma ● Questionário BOAS- aspectos físicos e mentais Análise da capacidade funcional do idoso São instrumentos em que os fisioterapeutas conseguem qualificar o que os pacientes sentiam antes do tratamento, durante as sessões e pós, 17 consequentemente, bem como avaliar o quantitativo e qualitativo. Com isso, consegue-se avaliar a capacidade das atividades cotidianas do paciente idoso, na qual existem protocolos específicos para cada paciente conforme a sua necessidade. Além disso, é importante lembrar que essas escalas não substituem a avaliação que o fisioterapeuta faz durante as sessões, apenas um complemento para o tratamento, outro assim, trabalhar com escalas e protocolos validados no Brasil. Conclui-se que, deve-se ter uma boa escolha para o instrumento de avaliação a ser adotado, tendo um feedback para o fisioterapeuta e para o paciente. Promovendo assim, a mobilidade do idoso, combater os fatores de risco para quedas, como também, a integração social do idoso. Favorecendo também, o envelhecimento saudável e funcional, diminuir o impacto das doenças crônicas na funcionalidade do indivíduo, resgate da autonomia após eventos agudos. 3.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO BARBOSA, B. R. et al. Avaliação da capacidade funcional dos idosos e fatores associados à incapacidade. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro-RJ, v. 19, p. 3317-3325, 2014. Ulisses Gabriel de Vasconcelos Cunha, Estevão Alves Valle e Rodrigo Ávila de Melo.Cap 86. O Exame Físico do Idoso. In tratado de Geriatria Freitas et al. Veras RP, Souza CAM, Cardoso RF, Milioli R, Silva SDD. Pesquisando populações idosas. A importância do instrumento e o treinamento de equipe:uma contribuição metodológica. Rev Saúde Pública 1988; 22:513-8 https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2014/10/aula-aga.pdf 18 AULA 4 (19/01/2022) 4.1 MICROFISIOTERAPIA Na aula deste dia tivemos a palestra da fisioterapeuta Alcione Lima, abordando sobre sua área de atuação que é sobre microfisioterapia. Segundo a palestrante microfisioterapia permite olhar o paciente como um todo (mente, alma, coração), uma técnica manual, emboçada na osteopatia, anatomia, embriologia, filogênese, ontogênese e entre outras, sendo um estudo bem complexo. Trata-se de uma técnica integrativa, que não olha o paciente como um diagnóstico, busca a causa e trata a causa. É realizada através de mapas corporais, com um toque leve e sutil e que consegue perceber onde o tecido não está bom e está faltando vitalidade. O toque tem o poder de equilibrar e reestruturar. Ela trouxe exemplos como a de uma via 3 (coração), fragilidade nesta via pode ser descoberta através do micro toque, dando estímulos para esse tecido se corrigir. Explicou também que dentro da embriologia temos uma hierarquia de tecidos. Desde que o pai e a mãe pensam em ter um filho ele já passa informações para as nossas células, por isso as células possuem memórias dos nossos descendentes, e a microfisioterapia através do toque consegue falar datas, consegue falar detalhes da vida do paciente com precisões. 19 O toque precisa ser sutil e doce, quando não desliza é que se consegue observar a falta de vitalidade. Precisa-se de Palpação, base na embriologia, correção, auto regulação. Uma cicatriz pode ter causa física, emocional, química ou tóxica. O tratamento depende muito de o paciente querer, sendo que a microfisioterapia não resolve tudo. Ela vai reinforma o sistema nervoso autônomo para que ele entre em regulação. A microfisioterapia previne. Qualquer idade pode fazer, sendo um procedimentobem tranquilo, não precisa tirar a roupa, durando de 1h a 1h e meia a primeira sessão, o retorno costuma ser depois de 30 dias para realizar outro procedimento. Se não curar 100% tem melhora na qualidade de vida. 4.1 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO Feito com base na palestra ministrada. 20 AULA 5 (21/01/2022) 5.1 DOENÇAS MISTAS DO TECIDO CONJUNTIVO As Doenças Mistas do Tecido Conjuntivo (DMTC) são patologias autoimunes e inflamatórias crônicas que afetam diferentes sistemas orgânicos, sendo divididas em quatro doenças: Lúpus Eritematoso Sistêmico; Esclerose Sistêmica; Dermatomiosite/ Polimiosite e Artrite Reumatoide. Com isso, os sintomas variam de uma doença para outra, dependendo do órgão mais acometido e por se tratar de um conjunto de doenças autoimunes, o diagnóstico é muito complexo (MACHADO et al., 2004). A DMTC é considerada uma síndrome rara e por consequência, até o momento não existe ainda um consenso entre os profissionais de saúde sobre quais critérios devem ser utilizados para conseguir um diagnóstico mais correto e efetivo. Contudo, estudos comprovaram um melhor prognóstico em pacientes que foram tratados por meio da terapia com corticoides, havendo assim, uma estabilização da doença, principalmente em pacientes diagnosticados precocemente. Dessa maneira, essa doença é mais frequente em pacientes do sexo feminino, principalmente por volta dos 20 anos (CORRÊA; DE OLIVEIRA; PERES, 2019). De acordo com GARUTA (2018), a DMTC partilha características clínicas de lúpus eritematosos sistêmico, esclerodermia, polimiosite com altos títulos de anticorpo antinuclear circulante a um antígeno ribonucleoproteico (RNP). Além disso, são comuns a presença do fenômeno de Raynaud, edema dos dedos ou mãos, artralgia, miosite, envolvimento pulmonar, anemia, entre outros. Com isso, o tratamento pode ser realizado pela combinação das características clínicas apresentadas, anticorpos ao antígeno RNP e ausência de anticorpos específicos para outras doenças autoimunes. 21 O Fenômeno de Raynaud é uma das manifestações mais frequentes da DMTC, sendo caracterizado por breves ocorrências de vasoconstrição das extremidades devido ao frio ou estresse emocional, alterando assim a coloração de mãos e pés. Porém, em pacientes que apresentam a DMTC, esses eventos costumam ser mais graves e trazer complicações mais complexas como ulcerações em dígitos e membros inferiores. Entretanto, a fisioterapia é essencial para manter a funcionalidade dos sistemas comprometido, como também no ganho de amplitude de movimento das articulações e melhora da qualidade de vida desses pacientes (DE ALMEIDA; MOURA; TOMAZINI, 2015). Segundo CORRÊA et al. (2019) a etiologia dessa patologia ainda é desconhecida, o que causa um grande desafio na criação e compartilhamento de informações e protocolos com orientações necessárias para a sua avaliação, dificultando dessa forma, possíveis métodos de prevenção e realização de um diagnóstico diferencial. Portanto, é fundamental a realização de mais pesquisas para que a equipe médica consiga chegar a um consenso sobre os marcadores biológicos específicos para essa patologia, em busca de um tratamento mais rápido e eficaz. 22 5.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO CORRÊA, Alana Bazán; DE OIVEIRA, Marianne Schrader; PERES, Alessandra. A evolução do diagnóstico da doença mista do tecido conjuntivo. Clinical & Biomedical Research, v. 39, n. 1, 2019. DE ALMEIDA, Aline Eloina; MOURA, Taciana Pinto; TOMAZINI, Gislene Guimarães Garcia. FISIOTERAPIA NA ESCLEROSE SISTÊMICA: REVISÃO DE LITERATURA. Revista Científic@ Universitas, v. 3, n. 2, 2015. GARUTA, Ina. Doença mista do tecido conjuntivo, linfoma não-Hodgkin e amiloidose a cadeias leves: uma associação rara. 2018. Tese de Doutorado. MACHADO, Wellington M. et al. Proposta de questionário para caracterização da prevalência de sintomas digestivos nas doenças difusas do tecido conjuntivo. Arquivos de Gastroenterologia, v. 41, p. 64-70, 2004. 23 AULA 6 (26/01/2022) 6.1 INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPI) As ILPIs são instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar e em condições de liberdade, dignidade e cidadania. As normas de funcionamento estão estabelecidas na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 283, de 26 de setembro de 2005. (Ministério da Saúde) O surgimento das ILPI´s no mundo, foi em torno dos anos 250 e 590 d.C, pelo Papa Pelágio II, na qual transformou a sua residência em um hospital para pessoas idosas. No Brasil, sua origem está ligada aos asilos, na qual dirija-se a população idosa que necessita de abrigo. Foi no Brasil Colônia que surgiu a Casa dos Inválidos, em 1794, destinada aos soldados idosos uma velhice digna e tranquila. Porém, apenas em 1990, que surgiu o Asilo São Luiz para a Velhice Desamparada, encontra-se no Rio de Janeiro. É destinado ao domicílio coletivo de pessoas igual ou superior a 60 anos, como já mencionado anteriormente sem/com suporte familiar em condições de liberdade, dignidade e cidadania. O grau de independência/dependência de idosos, aplica-se à avaliação da sua capacidade funcional, na qual expressa seu desempenho das Atividades de Vida Diária. Observa-se a seguir o Grau de Atendimento das ILPI: http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao/?inheritRedirect=true#/visualizar/27647 http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao/?inheritRedirect=true#/visualizar/27647 24 Faz-se necessário observar ao escolher uma ILPI, como por exemplo: ★ O local é limpo, iluminado e ventilado; ★ O piso é antiderrapante e uniforme para evitar quedas. Não deve haver tapetinhos ★ soltos na porta ou em outro local; ★ Há rampas com barra de apoio ou corrimão; ★ Os pisos das escadas são revestidos de material antiderrapante, com sinalização ★ no primeiro e último degraus; ★ As portas e entrada têm largura adequada para acesso dos usuários e permitem o ★ trânsito de cadeira de rodas; ★ Os sanitários e chuveiros possuem barras de apoio e comportam cadeiras de rodas ★ As janelas e sacadas têm grades ou telas de proteção; ★ Há leitos individuais com espaço para circulação de cadeiras de rodas entre eles; ★ As roupas de cama estão limpas e são trocadas com frequência. Não deve haver odor de urina. Importante ressaltar que “ter tudo a mão não é bom”, dá-se ao idoso às necessidades de acordo com suas dependências, estando em um ambiente com propostas de atividades físicas e culturais, a fim de que ele seja desafiado. ➔ Violência idosos Dessa forma, as ILPIs, que antes carregavam o sentido do assistencialismo, atualmente exercem atividades que remetem a serviços de saúde, uma vez que nesses locais existem idosos extremamente dependentes e que necessitam de cuidados diários e contínuos de saúde, desenvolvidos por equipes compostas por número expressivo de profissionais de saúde. Com o acelerado processo de envelhecimento populacional aliado à alteração das características das famílias 25 frente às mudanças sociais e a presença cada vez maior da necessidade de cuidados de longa duração, surge um novo mercado, que motiva a instituição a se utilizar do espaço para superveniência lucrativa no serviço. O contraste de mais de 85% das instituições privadas, destinadas a idosos pagantes, com pouco mais de 10% das filantrópicas, consolida uma tendência de mudança no perfil, no papel e na abordagem das ILPIs. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) 6.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO Qualidade do cuidado ao idoso institucionalizado. Cap.117. Tratado de geriatria e gerontologia pag .117. https://www.sbgg-sp.com.br/o-que-observar-ao-escolher-uma-ilpi/ 26 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/instituicoes-de-longa-permanencia-para- idosos#:~:text=As%20ILPIs%20s%C3%A3o%20institui%C3%A7%C3%B5es%20gov ernamentais,de%20liberdade%2C%20dignidade%20e%20cidadania. Duarte YAO, Watanabe HW, Giacomin K, Lebrão L (in memorian). Estudo das condições sociodemográficas e epidemiológicas dos idosos residentes em ILPIs registradas no Censo SUAS. Faculdade de Saúde Pública da USP. 2018 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/instituicoes-de-longa-permanencia-para-idosos#:~:text=As%20ILPIs%20s%C3%A3o%20institui%C3%A7%C3%B5es%20governamentais,de%20liberdade%2C%20dignidade%20e%20cidadania https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/instituicoes-de-longa-permanencia-para-idosos#:~:text=As%20ILPIs%20s%C3%A3o%20institui%C3%A7%C3%B5es%20governamentais,de%20liberdade%2C%20dignidade%20e%20cidadania https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/instituicoes-de-longa-permanencia-para-idosos#:~:text=As%20ILPIs%20s%C3%A3o%20institui%C3%A7%C3%B5es%20governamentais,de%20liberdade%2C%20dignidade%20e%20cidadania https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/instituicoes-de-longa-permanencia-para-idosos#:~:text=As%20ILPIs%20s%C3%A3o%20institui%C3%A7%C3%B5es%20governamentais,de%20liberdade%2C%20dignidade%20e%20cidadania 27 AULA 7 (02/02/2022) 7.1 COVID E AS CONSEQUÊNCIAS REUMATOLÓGICAS Covid-19 trata-se de uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global. Em 31 de dezembro de 2019 tivemos o início da epidemiologia, com surtos de pneumonia de causa desconhecida, em Wuhan, na China. Em janeiro de 2020 houve fechamento do mercado de frutos do mar em Wuhan, já no dia 5 de janeiro do mesmo ano a nova cepa do coronavírus foi isolada de pacientes em Wuhan e sequenciada. Logo após houve a disseminação do vírus para outros países. No dia 26 de fevereiro de 2020 o Brasil reporta o primeiro caso de covid-19, em São Paulo. Em março de 2020 a OMS declara pandemia de covid. Em abril de 2020 o Estados Unidos ultrapassa 1 milhão de casos de covid. Em maio de 2020 o Brasil se torna o segundo país mais afetado pela covid-19. São sinais e sintomas da doença (leves): anosmia; ageusia; coriza; diarreia; dor abdominal; febre; mialgia; tosse; fadiga; cefaleia. Sinais e sintomas moderados: tosse persistente mais febre persistente diária ou tosse persistente mais piora progressiva de outro sintoma relacionado a covid-19 (adinamia, prostração, hiporexia, diarreia) ou pelo menos um dos sintomas acima mais presença de fator de risco. São sinais de gravidade: síndrome respiratória aguda grave e síndrome gripal (dispneia/desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menos que 95% em ar ambiente ou coloração azulada de lábios e rosto). 28 Passado mais de um ano desde o início da pandemia da Covid-19, a ciência desenvolveu uma série de testes de identificação da doença, que estão cada vez mais acessíveis e ajudam a monitorar as taxas de contaminação e transmissão do vírus. Especialistas são categóricos em dizer que para se ter um controle da Covid- 19 e criar estratégias capazes de conter sua disseminação, é importante testar cada vez mais a sua população. São diversos testes disponíveis, que apresentam variados graus de sensibilidade e têm um momento certo para serem feitos. Os dois mais comuns entre eles são o RT-PCR, feito através da coleta da secreção nasal e da faringe, e o teste sorológico, que analisa o sangue da pessoa. São ensaios imunológicos, realizados em amostras de sangue, que pesquisam a presença de anticorpos produzidos contra o vírus. Em geral, os anticorpos iniciam sua produção a partir do 7º dia de doença e tornam-se detectáveis, na maioria dos indivíduos, a partir do 21º dia de doença. Portanto, é indicado para diagnosticar doença prévia ou saber se houve contato 29 prévio com o vírus. Um resultado negativo não exclui a possibilidade de doença. Existem diversas modalidades de sorologias disponíveis atualmente. Se por um lado o teste de antígeno é mais rápido (resultado em minutos) e barato, a sua acurácia (chance de resultado preciso) é consensualmente inferior à do PCR. Evidência disso é a utilização sistemática e virtualmente exclusiva do PCR pelas entidades públicas no Brasil e exterior para diagnóstico assistencial e epidemiológico contínuo das populações. RT-PCR para SARS-CoV-2 em swab combinado de nasofaringe: é um teste molecular, ou seja, baseado na pesquisa do material genético do vírus (RNA) em amostras coletadas por swab de nasofaringe. É considerado o exame laboratorial padrão-ouro para diagnóstico da infecção. Ele pode ser encontrado nas versões convencional (prazo de realização de pelo menos 24h) e na versão POCT (point of care testing, com prazo de realização de poucas horas). No caso do coronavírus, o paciente que possui o kit realiza a coleta através da secreção do nariz ou da boca com um cotonete. Na sequência, a haste é introduzida em um processo químico e colocada para a testagem. RT-LAMP para SARS-CoV-2: é outro teste molecular, ou seja, que pesquisa o RNA do vírus, mas este por amplificação isotérmica. A coleta também é realizada por swab de nasofaringe e sua sensibilidade é ligeiramente inferior ao RT-PCR de nasofaringe (variável entre 76-97%, sendo mais elevada nos dias iniciais dos sintomas). A principal vantagem é a rapidez do resultado, sendo o método atual de análise mais rápido. Painel Quadriplex (SARS-CoV-2 + Influenza A + Influenza B + Vírus Sincicial Respiratório): Com a retirada das restrições, outros vírus respiratórios voltaram a circular. Este painel é uma excelente alternativa para este momento pois por uma coleta única de swab de nasofaringe, permite detectar 4 dos vírus mais relacionados a síndromes gripais e que apresentam sobreposição de sintomas, e que também podem apresentar gravidade principalmente em alguns grupos de maior risco como idosos, crianças pequenas e gestantes. 30 Painel respiratório molecular: A depender do laboratório da Dasa ou hospital, está disponível um painel molecular amplo para diagnóstico de cerca de 20 patógenos respiratórios, entre vírus e bactérias, que podem se apresentar com sintomas respiratórios semelhantes – como por exemplo rinovírus, parainfluenza e outros coronavírus endêmicos, além dos vírus citados anteriormente. Este teste pode ser utilizado quando identificar o vírus causador da infecção interfira nas decisões médicas relacionadas ao paciente, como por exemplo pacientes imunodeprimidos e em especial transplantados, que requerem atenção diferenciada. Pesquisa do Antígeno de SARS-CoV-2: é um teste imunológico baseado no reconhecimento do antígeno (uma parte da estrutura do vírus) em amostras coletadas por swab de nasofaringe. Sua principal vantagem é apresentar resultados rapidamente, por um custo mais baixo. Sua sensibilidade é inferior ao RT-PCR de nasofaringe com sensibilidade geral variando entre 74-85%. Se utilizada na primeira semana de sintomas (idealmente primeiros dias), a sensibilidade alcança 90%, comparada ao RT-PCR de nasofaringe. As sorologias para COVID-19 são testes que detectam no sangue do indivíduo a presença de anticorpos da classe IgM, IgA ou IgG contra proteínas do vírus SARS-CoV-2. A presença de anticorpos não significa proteção contra infecção ou doença, apenas evidência de exposição ao SARS-CoV-2 por infecção natural ou pós-vacina, ou ainda exposição a outros coronavírus. As diferentes vacinas disponíveis hoje no Brasil têm composições distintas e por isso induzem a produção de anticorpos direcionados contra diferentes partes do vírus. Dessa forma, quando a intenção é avaliar a produção de anticorpos pós- vacina, mesmo levando-se em consideração todas as limitações da interpretação desses resultados,é importante observar o tipo de teste de anticorpos (sorologia) que pode ser solicitado para avaliar cada vacina. POSITIVO: PRESENÇA DA DOENÇA NEGATIVO: 1. SOROLOGIA: Não há evidência de produção de anticorpos (seja por infecção prévia ou por vacinação). Os anticorpos são detectados com maior 31 frequência após 21 dias do início dos sintomas ou após pelo menos 2 semanas de esquema vacinal completo. O teste de sorologia não é adequado para avaliar infecção atual – na suspeita, deve ser realizado um teste de detecção de vírus. 2. RT-PCR: Não há evidência de infecção atual. Não dispensa a necessidade de seguir as recomendações de proteção vigentes. Em caso de persistência da suspeita de infecção, pode ser necessária a repetição do teste, dependendo do contexto clínico-epidemiológico. No caso da COVID-19, foi identificado que pacientes diabéticos e hipertensos têm uma maior chance de evoluir com doença mais grave - o motivo ainda é investigado A covid 19 não pode promover negligência aos idosos; Assim como toda população, os idosos precisam se proteger contra o coronavírus utilizando medidas preventivas respaldadas pelas autoridades de saúde, tais como: higienização de mãos com água e sabão ou álcool 70%, manter o distanciamento social até que um tratamento definitivo e eficiente exista, utilizar máscaras em locais públicos e respeitar o distanciamento mínimo de 1,5 a 2 metros entre as pessoas. Essencial que os familiares fiquem atentos aos idosos nesse período de maior solidão por distanciamento. A prevalência de sintomas psiquiátricos tem se mostrado alta nessa faixa etária. Os familiares devem auxiliar no transporte para campanhas de vacinação e em consultas médicas eletivas para avaliação das comorbidades. Em meio à crise sanitária mundial, os pacientes reumáticos foram colocados no centro das discussões por causa das controvérsias sobre o uso de medicamentos 32 como a hidroxicloroquina, prescrita em alguns quadros de doenças reumatológicas, no combate à Covid-19. A cloroquina e a hidroxicloroquina foram sugeridas como tratamento da infecção pelo coronavírus, uma vez que pode limitar a replicação viral. A cloroquina, especificamente, mostrou ação na replicação do SARSCoV-2. Um estudo francês recém publicado mostrou benefício do uso da hidroxicloroquina em monoterapia ou associada à azitromicina. Esse dado é promissor, porém há falhas metodológicas importantes nesse estudo que comprometem a extrapolação dos dados para uso clínico em maior escala. Estudos melhores são necessários para embasar o uso da hidroxicloroquina na prática clínica. 33 7.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO World Health Organization. Report of the WHO-China Joint Mission on Coronavirus Disease 2019 (COVID-19). https://www.who.int/docs/default- source/coronaviruse/who-china-joint-mission-on-covid-19-final-report.pdf (acessado em 20/Fev/2020).» https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/who-china- joint-mission-on-covid-19-final-report.pdf Leite IC, Schramm JMA, Gadelha AMJ, Valente JG, Campos MR, Portela MC, et al. Comparação das informações sobre as prevalências de doenças crônicas obtidas pelo suplemento saúde da PNAD/98 e as estimadas pelo estudo Carga de Doença no Brasil. Ciênc Saúde Colet 2002; 7:733-41. Ministério da Saúde. Portaria nº 356, de 11 de março de 2020. Dispõe sobre a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que estabelece as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19). Diário Oficial da União 2020; 12 mar. OLIVEIRA, Wanderson Kleber de et al . Como o Brasil pode deter a COVID-19. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 29, n. 2, e2020044, maio 2020 . Disponível em <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679- 49742020000200002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 jan. 2022. Epub 24-Abr- 2020. https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/who-china-joint-mission-on-covid-19-final-report.pdf https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/who-china-joint-mission-on-covid-19-final-report.pdf http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679- 34 AULA 8 (04/02/2022) 8.1 FISIOTERAPIA PARA REUMATOLOGIA As doenças reumatológicas afetam aproximadamente 15 milhões de brasileiros, comprometendo as articulações do corpo e do organismo, gerando assim, degenerações e limitações das atividades de vida diária desses pacientes. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para uma vida produtiva e com qualidade e a fisioterapia é uma das recomendações, pois busca promover a qualidade de vida e a promoção da saúde desses indivíduos, permitindo a realização das atividades diárias de forma independente. Essas patologias não tem cura. Por isso, estudos progressivos e o uso de medicamentos associados a atividades físicas e aeróbicas, são utilizados para proporcionar um alívio às dores e desconfortos causados. As causas podem estar ligadas à hereditariedade, sedentarismo, idade, lesões e infecções, entre diversos outros fatores para o aparecimento e agravamento das doenças. Portanto, é essencial a realização de diagnóstico precoce e uma intervenção adequada, para se obter um tratamento efetivo que possa impedir danos articulares irreversíveis. Desse modo, a melhor forma de tratamento é o envolvido por uma equipe multidisciplinar, ou seja, composta por um médico reumatologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista e psicólogo. Além disso, deve-se fazer uma avaliação regular da atividade da doença e uma reabilitação, buscando reduzir o máximo possível de deformidades e incapacidades funcionais (WIBELINGER, 2019). 35 A avaliação fisioterapêutica em reumatologia é composta por duas etapas, sendo a primeira chamada de exame subjetivo, na qual é formado pela história da moléstia, antecedentes familiares e comorbidades associadas. Já a segunda etapa é chamada de exame objetivo, formado pela avaliação física, sinais e sintomas e a queixa principal. Por conseguinte, é realizado frequentemente uma avaliação da dor do paciente, onde 1 significa sem dor e 10, dor máxima, para que possa ver a melhora ou piora no quadro do paciente ao longo dos tratamentos fisioterapêuticos. As intervenções fisioterapêuticas mais utilizadas nas alterações reumatológicas consistem em promover melhorias na força muscular e amplitude de movimento de membros inferiores, através da cinesioterapia, eletroterapia, ultrassom, ondas curtas, crioterapia, laser e TENS que agem de forma analgésica, anti-inflamatória e cicatrizante. Sendo que a fisioterapia deve ser realizada de 2 a 3 vezes por semana para se chegar nos resultados benéficos esperados. Existem vários tipos de exercícios terapêuticas usados pela fisioterapia: mobilização passiva e ativa, alongamentos, exercícios isométricos, isotônicos e outros. Além disso, a crioterapia tem sido utilizada em casos de dor, espasmos musculares e inflamação, pois o frio é um grande mecanismo analgésico que age diminuindo a velocidade da condução nervosa, edema e a velocidade de disparo das fibras do fuso muscular, reduzindo espasmos, porém, deve-se ter cuidado com a sensibilidade do paciente. Portanto, é contraindicada para pacientes que apresentem vasculite ou fenômeno de Raynaud (MARQUES; CONDO, 1998). 36 O calor também alivia a dor, aumenta a extensibilidade do tecido colágeno e diminui a rigidez articular. Desse modo, é mais utilizada em articulações crônicas e não agudamente inflamadas. Outro recurso fisioterapêutico é a eletroestimulação pulsada de baixa frequência, utilizado em pacientes com OA. Tem-se observado alívio na dor e melhora na função, existindo, ainda, a hipótese de que esse recurso possa agir na reparação da cartilagem(MARQUES; CONDO, 1998). Segundo WIBELINGER (2019) a eletroterapia também é indicado para a analgesia, sendo que o lazer é indicado na melhora das funções das mãos; as ondas curtas pulsáteis são responsáveis por reduzir a inflamação e o edema e o TENS reduz a dor. 37 Outrossim, a prática de exercícios físicos também é de grande importância para a melhora desses pacientes, pois quanto mais ativo, bem nutrido e independente é o indivíduo, mais facilmente eles são reabilitados. Então,a fisioterapia é fundamental em qualquer fase das doenças reumatológicas, tendo o objetivo, a diminuição da dor, recuperação ou manutenção da mobilidade articular, aumento da força muscular, como também, a prevenção de atrofias e deformidades causadas principalmente por doenças como a artrite reumatoide.(WIBELINGER, 2019). 8.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO WIBELINGER, Lia Mara. Fisioterapia em reumatologia. Thieme Revinter Publicações LTDA, 2019. MARQUES, Amélia Pasqual; KONDO, Akemi. A fisioterapia na osteoartrose: uma revisão da literatura. Rev Bras Reumatol, v. 38, n. 2, p. 83-90, 1998. 38 AULA 9 (09/02/2022) 9.1 ONCOGERIATRIA O câncer é um vocábulo que vai abranger mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas, na qual tem em comum o aumento desordenado de células. (INCA, 2020) É um problema no âmbito de saúde pública, pois é esperado nas próximas décadas que o impacto do câncer possa corresponder a 80% dos mais de 20 milhões de casos novos estimados para 2025. Nesta aula falamos do câncer em idosos, segundo o INCA, o indivíduo que tem mais de 65 anos é 11x mais propenso a desenvolver uma doença cancerígena do que em indivíduos com idade inferior. Com isso, apresenta-se diversos fatores associados ao aparecimento do câncer mais tarde na vida, em que ocorre o declínio funcional do organismo, que vai reduzir a divisão celular e, consequentemente, contribui para desajustes nas estruturas das células e do corpo. Muitos hábitos, segundo os geriatras, como sedentarismo, alimentação não saudável e práticas como fumar e bebidas alcoólicas, aumentam as chances do surgimento do câncer. TIPOS DE CÂNCER MAIS COMUNS ENTRE IDOSOS ➔ Câncer de pele não-melanoma - é um dos mais frequentes entre idosos, por conta de vários anos de exposição ao sol, como, rosto, pescoço e orelhas. O tumor irá manifestar como manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram, como se fossem feridas na qual não cicatrizam. Quanto mais cedo detectar, maior a chance de cura. ➔ Câncer de próstata - é o mais comum entre os homens acima dos 65 anos, o tumor localiza-se na pequena glândula em forma de maçã entre a bexiga e a pelve responsável pela produção do fluido seminal que nutre e transporta os espermatozoides. Têm um alcance de 75% de casos no mundo a partir dos 65 anos, recomenda-se que homens acima de 50 anos devem fazer o exame de próstata todos os anos para detectar precocemente. ➔ Câncer de estômago - sendo o terceiro tipo mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres, segundo o INCA. Atinge, em sua maioria, 39 homens entre 60 a 70 anos de idade. Há diversos outros fatores ao surgimento do câncer de estômago, como, excesso de peso e obesidade, consumo de álcool, consumo excessivo de sal e tabagismo. ➔ Câncer de mama - uma doença que afeta as mulheres em 99% dos casos, segundo o INCA, quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos, a doença tem vários estágios de diferentes formas. Com isso, faz-se necessário realizar o exame de mama com regularidade. ➔ Tumor de cólon e reto - mais comum em pessoas acima dos 50 anos. Por isso, recomenda-se que façam exames periódicos, como endoscopia, descartando a sua presença. Conforme o tumor evolui, pode apresentar sintomas como, presença de sangue nas fezes, dores abdominais, dores ao evacuar, diarreia, etc. Abaixo mostra-se um quadro dos 10 tipos de câncer mais comuns diagnosticados no mundo todo: O que preocupa atualmente é o suicídio em idosos em relação ao câncer, o avanço da idade é diretamente associado ao aumento da incidência de câncer, 40 tendo já as limitações físicas e funcionais decorrentes da doença são fatores associados com comportamentos suicidas. Além disso, estudos já comprovaram que a forma como a pessoa recebe a informação do diagnóstico de câncer fará enorme diferença em sua aderência ao tratamento. O acolhimento é fundamental, uma vez que em casos avançados, os cuidados paliativos podem ser a única alternativa. Outrossim, é necessário investigar melhor a patogênese e as interações neuro imunobiológicas de condições complexas como câncer, depressão e envelhecimento, como já visto em aulas anteriores, são doenças que avançam facilmente em idosos. Com isso, deve-se desenvolver instrumentos validados para o diagnóstico dos transtornos de humor na velhice. Atualmente, com a COVID-19, indivíduos acima de 60 anos com doenças crônicas, possuem um risco maior de terem complicações graves caso sejam contaminadas. Fazem parte do grupo de risco pessoas com câncer que estejam em tratamentos de quimioterapia, radioterapia, etc. Com os fatos mencionados acima, não se pode esquecer do quão importante é um fisioterapeuta oncológico, na qual vai exercer uma função de prevenção, tratamento e na avaliação das disfunções em qualquer momento do tratamento do câncer, obtendo uma avaliação completa, anamnese, diagnóstico, pré, durante e pós cirúrgico. A assistência fisioterapêutica ao paciente oncológico tem início no pré- operatório, visando o preparo para o procedimento e redução de complicações. Durante o período de internação o enfoque é global, prevenindo, minimizando e tratando complicações respiratórias, motoras e circulatórias. A dor é uma das principais e mais frequentes queixas do paciente oncológico, devendo por isto ser valorizada, controlada e tratada em todas as etapas da doença. As diversas técnicas para analgesia são um ponto forte da Fisioterapia em Oncologia. (INCA) 9.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Incidência de Câncer no Brasil - Estimativa 2020. 41 Cancer Society of Finland. Cancers after the age of 75. A. C. Camargo Cancer Center. Mistérios insolúveis: Por que temos mais câncer com o envelhecimento? Instituto Nacional de Câncer. Câncer de próstata 42 AULA 10 (11/02/2022) 10.1 PROMOÇÃO DA SAÚDE NO ENVELHECIMENTO HUMANO As mudanças que constituem e influenciam o envelhecimento são complexas. No nível biológico, o envelhecimento é associado ao acúmulo de uma grande variedade de danos moleculares e celulares. Com o tempo, esse dano leva a uma perda gradual nas reservas fisiológicas, um aumento do risco de contrair diversas doenças e um declínio geral na capacidade intrínseca do indivíduo. Em última instância, resulta no falecimento. Porém, essas mudanças não são lineares ou consistentes e são apenas vagamente associadas à idade de uma pessoa em anos. Além disso, a idade avançada frequentemente envolve mudanças significativas além das perdas biológicas. Essas mudanças incluem mudanças nos papéis e posições sociais, bem como na necessidade de lidar com perdas de relações próximas. Em resposta, os adultos mais velhos tendem a selecionar metas e atividades em menor número, porém mais significativas, otimizar suas capacidades existentes, por meio de práticas e novas tecnologias, bem como compensar as perdas de algumas habilidades, encontrando outras maneiras de realizar tarefas. Os objetivos, as prioridades motivacionais e as preferências também parecem mudar. Embora algumas dessas mudanças possam ser guiadas por uma adaptação à perda, outras refletem o desenvolvimento psicológicocontínuo na idade mais avançada, que pode ser associado ao “desenvolvimento de novos papéis, pontos de vista e muitos contextos sociais inter-relacionados”. Essas mudanças psicossociais podem explicar por que em muitos cenários, a idade avançada pode ser um período de bem-estar subjetivo maior. Ao desenvolver uma resposta de saúde pública ao envelhecimento é importante não só considerar as abordagens que melhoram as perdas associadas à idade mais avançada, mas também as perdas que podem reforçar a capacidade de resistência e o crescimento psicossocial. O que é “envelhecimento ativo”? Envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. Promoção da saúde é o processo que permite às pessoas controlar e melhorar sua saúde. A prevenção de doenças abrange a prevenção e o tratamento 43 de enfermidades especialmente comuns aos indivíduos à medida que envelhecem: doenças não transmissíveis e lesões. A prevenção pode ser “primária” (abstenção do uso do tabaco); “secundária” (triagem para detecção precoce de doenças crônicas); ou ainda, “terciária” (tratamento clínico adequado). Todas as formas contribuem para reduzir o risco de incapacidades. As estratégias de prevenção de doenças – que podem também incluir as doenças infecciosas – poupam gastos em qualquer idade. Por exemplo, a vacinação de idosos contra gripe proporciona uma economia de 30 a 60 dólares em tratamento por cada dólar gasto em vacinas (Departamento Norte-Americano de Saúde e Serviços Humanos, 999). Envelhecimento bem sucedido engloba três componentes principais: baixa probabilidade de doença e incapacidade; alta capacidade funcional física e cognitiva e engajamento ativo com a vida. De acordo com estudos brasileiros, cerca de 85% dos idosos apresentam, pelo menos, uma doença crônica. As doenças crônicas representam a principal causa de mortalidade e incapacidade, o que justifica a demanda pelos serviços de saúde, e respondem por parte considerável dos gastos efetuados no setor. Prevenção de quedas: reabilitação vestibular; pilates; promoção de fortalecimento para equilíbrio e propriocepção, entre outros. A dor possui uma grande interferência na funcionalidade dos indivíduos e tem motivos e causas variados, sendo um dos principais motivos de afastamento das 44 atividades de vida diária, comprometimento da funcionalidade e perda da qualidade de vida. Os locais de dores mais frequentes entre os pacientes foram a coluna vertebral e o joelho, sendo que alguns pacientes referiram dor em mais de um local. Em relação à duração da dor, a grande maioria dos pacientes apresentou dor há muitos anos. Estratégias para promoção de saúde no idoso: Implantar a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa; divulgar o Manual de Atenção Básica e Saúde para a pessoa Idosa; priorizar questões demográficas e epidemiologia, diferenciar as alterações fisiológicas e patológicas de envelhecimento, prática regular de exercícios, um estilo de vida ativo pode evitar o surgimento de diversas doenças. 10.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde / 2015. Disponivel em: https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/10/OMS- ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf Brasil. Organização Mundial de Saude. ENVELHECIMENTO ATIVO: UMA POLÍTICA DE SAÚDE / 2005. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf ARGIMON, I. L.; STEIN, L. M. Habilidades cognitivas em indivíduos muito idosos: um estudo longitudinal. Cadernos de Saúde Pública, v. 21, n. 1, p. 64-72. 2005. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n1/08.pdf>. ROSA et al 2022.ANÁLISE DA INTERFERÊNCIA DA DOR CRÔNICA NA FUNCIONALIDADE DE ADULTOS. DOI: 10.47402/ed.ep.c202210837981. FERREIRA, Sara Isabel de Jesus Ricardo. Estilo de vida e sono no processo de envelhecimento.2019. 113 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Psicologia Clínica, Universidade Lusíada,Lisboa, 2019. https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/10/OMS-ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/10/OMS-ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n1/08.pdf 45 AULA 11 (16/02/2022) 11.1 CUIDADOS PALIATIVOS NA FINITUDE A morte e a finitude fazem parte da essência do ser humano, pois são submetidos ao ciclo irreversível que é composto por nascer, crescer, decair e morrer. Dessa maneira, de acordo com a Revista Brasileira de Cancerologia (2002), verifica- se que duas faces da existência humana devem ser consideradas inseparáveis: a vida e a morte, nas quais são mediadas pelas circunstâncias da finitude, conhecidas como vulnerabilidades. Então, os cuidados paliativos tem o objetivo de melhorar a vida do paciente e seu entorno, observando todas as suas necessidades de uma maior humanização no tratamento e cuidado. Há mudanças significativas em indivíduos que estão vivenciando a finitude. Com isso, ocorre uma angústia multidimensional que afeta tanto a vida dos pacientes, quanto de seus entes queridos, como por exemplo, o declínio da capacidade funcional, dependência para realização de atividades diárias, sintomas incômodos, adoecimento por uma patologia incurável, dúvidas em relação ao futuro, entre outros. Dito isso, nota-se a importância de cuidados que foquem na pessoa e não na doença, o paciente não é só biológico ou social, ele é também espiritual, psicológico, devendo ser cuidado em todas as esferas buscando um tratamento com integralidade e conforto para quem está passando por esse processo (TROVO, 2021). 46 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), definida em 1990 e atualizada em 2002, os cuidados paliativos devem ter uma assistência promovida necessariamente por uma equipe multidisciplinar, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, além do tratamento da dor e sintomas físicos, psicológicos e espirituais. Os cuidados paliativos não finalizam com a morte do paciente, pois há um suporte e apoio psicológico para o luto da família, como encontros para rodas de conversas e aconselhamento, auxiliando no conforto também que essas pessoas necessitam (OMS, 2002). Dessa forma, todos os pacientes portadores de doenças graves, progressivas e incuráveis, que ameacem o prosseguimento da vida devem participar das condutas dos Cuidados Paliativos desde o seu diagnóstico. Com isso, esse recurso médico é indicado para pacientes que não possuem mais possibilidades de tratamento, que apresentam sofrimento moderado a intenso, e que desejam mais conforto (ARANTES, 2012). No Brasil, o trabalho de cuidados paliativos apresenta algumas dificuldades principais, como, a inclusão desses cuidados na atenção básica; ter o atestado de óbito em domicílio; o armazenamento e descarte de medicamentos que aliviam a dor. É de fundamental importância para o paciente fora de possibilidades terapêuticas de cura que a equipe esteja bastante familiarizada com o seu problema, podendo assim ajudá-lo e contribuir para uma melhora (HERMES, 2013). 47 A equipe multiprofissional responsável por atender esse paciente e sua família deve ser formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos e farmacêuticos, a fim de contribuir na melhora das esferas físicas, psicológicas, espirituais e sociais do indivíduo e seus familiares (HERMES, 2013). Sabe-se que pacientes que recebem cuidados paliativos vivem mais do que aqueles que recebem apenas o tratamento convencional. Por isso, é importante ter acesso a esse cuidado logo após o diagnóstico, para que os profissionais consigam controlar os sintomas da enfermidade e promover o bem-estar do pacientede forma mais precoce possível. O objetivo é que o paciente viva com qualidade de vida e sem dor, independentemente do período. 11.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO MORTE, FINITUDE. Morte e finitude em nossa sociedade: implicações no ensino dos cuidados paliativos. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 48, n. 1, p. 17-20, 2002. 48 TROVO, Monica Martins. Finitude e cuidados paliativos no envelhecimento. Editora Senac São Paulo, 2021. ARANTES, A. C. L. Q. Indicações de cuidados paliativos. Carvalho RT, Parsons HA, organizadores. Manual de cuidados paliativos ANCP. 2ª ed. São Paulo: Academia Nacional de Cuidados Paliativos, p. 56-74, 2012. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). National cancer control programmes: policies and managerial guidelines. 2. ed. Genevo: WHO, 2002. HERMES, Hélida Ribeiro; LAMARCA, Isabel Cristina Arruda. Cuidados paliativos: uma abordagem a partir das categorias profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 18, n. 9, p. 2577-2588, 2013. 49 CONCLUSÃO Ao fim deste trabalho, pode-se concluir que a pesquisa realizada ampliou o conhecimento a respeito dos temas abordados, fornecendo informações importantes para entendermos a realidade das doenças reumatológicas direcionada aos idosos, e também, conhecer mais sobre o envelhecimento. Nós acadêmicos do curso de Fisioterapia, pretendemos buscar a longevidade sem perder a qualidade de vida, obtendo prevenção e promoção à saúde, aumentando o período de vida autônoma e independente, retardando ou diminuindo a incapacidade decorrente das doenças, recuperando assim, a integridade do idoso na sua família e comunidade. Portanto, é essencial o aprendizado dos discentes em relação ao atendimento dos pacientes idosos, resgatando o sentido de cuidado integral, numa avaliação abrangente do idoso, com enfoque nos aspectos funcionais, psicológicos, sociais, econômicos, seus anseios e preferências, além de atender a família. 50 FICHA AVALIATIVA DE SUA APRENDIZAGEM PREENCHIMENTO INDIVIDUAL Discente 1: Anne Gabrielle da Silva Pinheiro 1. Quais as dificuldades encontradas para a construção do portfólio? Como eu já havia tido contato com o portfólio em um semestre anterior, não tive grandes dificuldades, a não ser em relação às regras de formatação da ABNT, que ainda é algo que tenho um pouco de dificuldade, mas que estou aprendendo cada vez mais. 2. Aponte os seus avanços sobre os temas discutidos, e uma análise crítica sobre sua aprendizagem? Todos os temas discutidos, são temas de grande importância para a sociedade, principalmente para nós que somos futuros profissionais da área da saúde, e que devemos ter um conhecimento abrangente sobre essa população que está crescendo de forma rápida e intensa. Por isso, estou muito satisfeita com o meu desempenho nessa disciplina, pois aprendi bastante e tive cada vez mais interesse sobre esses temas abordados. 3.Sugestão sobre a atividade proposta, sobre a condução dos temas e da própria disciplina. Achei muito interessante como foi a estratégia de aprendizado nessa disciplina, todos os temas foram abordados de uma forma muito didática e dinâmica, por meio do portfólio, questionários, construção da caderneta, mapas mentais, entre outras atividades de fixação que em conjunto, contribuíram para abranger o conhecimento dos discentes. 4. Na sua opinião, o que precisa ser melhorado em sua aprendizagem? 51 Adquiri muito conhecimento em Geriatria e Reumatologia através dessa matéria, e espero continuar aprendendo cada vez mais, buscando estudos recentes sobre formas de diagnósticos, prevenção e tratamento, para que no futuro, eu consiga atender meus pacientes de forma integral e humanizada, além de promover uma melhor qualidade de vida. 5.Autoavaliação do Discente: De zero a 10 , que nota você daria no seu rendimento desta disciplina ? Nota 9, pois essa disciplina foi muito enriquecedora para minha formação. (X ) MUITO BOM ( ) PRECISA MELHOR 52 Discente 2: Kamille Náthaly Nunes Chrisóstomo 1. Quais as dificuldades encontradas para a construção do portfólio? A única dificuldade ainda encontrada em construções de trabalho, é as normas da ABNT, pois não tive um aprendizado sobre isso na universidade, e com isso, preciso pesquisar sobre as regras, mas sempre aprendendo um pouco mais e, foi uma das disciplinas que mais me desafiaram em relação a isso. 2. Aponte os seus avanços sobre os temas discutidos, e uma análise crítica sobre sua aprendizagem? Os avanços encontrados em cada tema, foi a aprendizagem e a importância dos idosos em nossa comunidade, despertando interesses sobre esta área. Uma análise crítica sobre minha aprendizagem é não ter visto antes a grande importância da Fisioterapia no meio da população idosa, com isso fazendo-me despertar interesses, em pesquisas sobre a Gerontologia. Por isso, estou muito satisfeita com o meu desempenho nessa disciplina, pois aprendi bastante e tive cada vez mais interesse sobre esses temas abordados. Quem sabe um futuro tema para o TCC. 3.Sugestão sobre a atividade proposta, sobre a condução dos temas e da própria disciplina. Foi tudo muito abordado com clareza, leveza nas conduções dos temas e na disciplina como um todo, pegando pontos chaves e assuntos que mais aparecem em nossa realidade. Fazendo necessário a busca por fora da “sala de aula”, com as atividades de fixação, a construção do portfólio, os mapas mentais, questionários entre outros. 4. Na sua opinião, o que precisa ser melhorado em sua aprendizagem? Em melhorar a minha aprendizagem, estudar a fundo sobre a Gerontologia, para um melhor atendimento profissional e humano. Buscando sempre atualizar-me em 53 relação às doenças, tratamentos, para que eu possa levar ao meu futuro profissionalismo esses conhecimentos. 5.Autoavaliação do Discente: De zero a 10, que nota você daria no seu rendimento desta disciplina? 10 (X) MUITO BOM ( ) PRECISA MELHOR 54 Discente 3: Vitória Souza Lima 1. Quais as dificuldades encontradas para a construção do portfólio? Não encontrei dificuldades, visto que já tive a oportunidade de construir outros portfolios, e outros trabalhos que precisavam seguir as normas da ABNT. 2. Aponte os seus avanços sobre os temas discutidos, e uma análise crítica sobre sua aprendizagem? Acredito que a busca por mais informações dos temas abordados (além da aula) tenha agregado bastante, ajudado a fixar o conteúdo e colocado um lado critico em nós alunos, para que tiremos nossas próprias conclusões e reflexões. 3. Sugestão sobre a atividade proposta, sobre a condução dos temas e da própria disciplina. Acho que as atividades ajudaram bastante no crescimento da disciplina, agregou conhecimento além de fazer com que o aluno corra atrás de novas informações. Acredito que a disciplina tenha sido bastante esclarecedora, abordando tudo que era necessário. 4. Na sua opinião, o que precisa ser melhorado em sua aprendizagem? Acredito que a forma com que eu estudo, para conseguir fixar melhor os conteúdos. 5.Autoavaliação do Discente: De zero a 10, que nota você daria no seu rendimento desta disciplina? 9 (X) MUITO BOM ( ) PRECISA MELHOR INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO AULA 1 (08/12/2021) 1.1 DATA SUS 1.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AULA 2 (10/12/2021) 2.1 ESPONDILOARTROPATIAS 2.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AULA 3 (15/12/2021) 3.1 AVALIAÇÃO EM IDOSOS COM ESCALAS VALIDADAS 3.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AULA 4 (19/01/2022) 4.1 MICROFISIOTERAPIA 4.1 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO Feito com base na palestraministrada. AULA 5 (21/01/2022) 5.1 DOENÇAS MISTAS DO TECIDO CONJUNTIVO 5.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AULA 6 (26/01/2022) 6.1 INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA (ILPI) 6.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AULA 7 (02/02/2022) 7.1 COVID E AS CONSEQUÊNCIAS REUMATOLÓGICAS 7.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AULA 8 (04/02/2022) 8.1 FISIOTERAPIA PARA REUMATOLOGIA 8.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AULA 9 (09/02/2022) 9.1 ONCOGERIATRIA 9.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AULA 10 (11/02/2022) 10.1 PROMOÇÃO DA SAÚDE NO ENVELHECIMENTO HUMANO 10.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AULA 11 (16/02/2022) 11.1 CUIDADOS PALIATIVOS NA FINITUDE 11.2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO CONCLUSÃO
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