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CP-001_R03

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DIRETORIA TÉCNICA 
PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DA REDE 
 
 
 
 
CC
PP
-- 00
00 1
1 //
22 0
0 11
44 
 
CRITÉRIO DE PROJETO 
CP-001/2014 R-03 
 
 
REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 
DE MÉDIA E BAIXA TENSÃO 
 
 
 
 
 
FOLHA DE CONTROLE 
 
 
 Código 
Página 
Revisão 
Emissão 
 
 
CRITÉRIO DE PROJETO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 
DE MÉDIA E BAIXA TENSÃO 
CP-001
I
03
NOV/2014
APRESENTAÇÃO 
 
Este Critério de Projeto CP-001 tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos 
necessários para elaboração de projetos de Redes de Distribuição Aéreas de Média e de Baixa 
Tensão do Sistema Elétrico da Coelce de modo a assegurar as condições técnicas, econômicas e 
de segurança necessárias ao adequado fornecimento de energia elétrica. 
Na concepção e elaboração do Projeto de Rede de Distribuição foi levado em consideração 
a necessidade de se oferecer aos consumidores da Coelce uma boa qualidade de energia e 
serviço dentro das exigências dos órgãos reguladores, de acordo com a legislação vigente e com a 
tecnologia mais avançada do Setor Elétrico. 
Foi dada especial atenção a segurança e estética de modo que a rede seja segura, tenha 
um bom aspecto visual e seja integrada com o meio ambiente de modo a minimizar o impacto com 
os locais onde for instalada. 
Este Critério de Projeto CP-001 R-03, substitui o CP-001/2013 R-02. 
 
Elaboração: 
José Deusimar Ferreira 
Antônio Ribamar M. Filgueira 
 
Revisão: 
Francisco Ernaldo da Silva Normas de Distribuição 
 
Equipe de Consenso: 
Edgney Sarvio Oliveira Holanda Normas de Distribuição 
Fábio da Rocha Ribeiro Construção de Obras de Rede MT -BT Fortaleza/Metropolitana 
Francisco Antonio Mourão Obras MT-BT Sul 
Francisco Queiroz Magalhães Martins Manutenção da Rede MT/BT Fortaleza/Metropolitana 
José Gois da Silva Engenharia de Rede MT-BT 
Keyla Sampaio Câmara Normas de Distribuição 
Michael Herbert Rocha Andrade Engenharia de Rede MT-BT 
Nilo Sérgio Maia Engenharia de Rede MT-BT 
Paulo André Ribeiro Engenharia de Rede MT-BT 
Paulo Rodrigues Bastos Neto Engenharia e Obras MT-BT 
Rogério Almeida Leite Engenharia de Rede MT-BT 
Rogério Silva Veneranda Engenharia de Rede MT-BT 
Socorro Pontes Engenharia e Obras MT-BT Ceará 
Wellington Souza Engenharia de Rede MT-BT 
 
Apoio: 
Jayssa Nobre Normas de Dsitrbuição 
Jorge Luis Cruz dos Santos Normas de Distribuição 
José Mata III Normas de Distribuição 
Sandra Lúcia Alenquer da Silva Normas de Distribuição 
 Código 
Página 
Revisão 
Emissão 
 
 
CRITÉRIO DE PROJETO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 
DE MÉDIA E BAIXA TENSÃO 
CP-001
II
03
NOV/2014
S U M Á R I O 
1  OBJETIVO ............................................................................................................................................. 1 
2  REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................................. 1 
3  CAMPO DE APLICAÇÃO ...................................................................................................................... 2 
4  TERMINOLOGIA ................................................................................................................................... 2 
5  CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA ELÉTRICO ...................................................................... 7 
6  DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................................................ 8 
6.1  LOCALIZAÇÃO DAS LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MT E BT ............................................................................. 8 
6.2  CERCA ELETRIFICADA RURAL .................................................................................................................... 8 
6.3  SIMBOLOGIA DE PROJETO ......................................................................................................................... 8 
6.4  MATERIAIS UTILIZADOS ............................................................................................................................. 9 
7  PLANEJAMENTO DO SISTEMA ELÉTRICO ........................................................................................ 9 
7.1  PLANEJAMENTO DAS OBRAS ...................................................................................................................... 9 
7.2  TIPOS DE OBRAS A SEREM PLANEJADAS PELA ÁREA DE PLANEJAMENTO ......................................................... 9 
7.3  TIPOS DE OBRAS A SEREM PLANEJADAS PELA ÁREA RESPONSÁVEL PELO PROJETO DE MT E BT ........................ 9 
7.4  CRITÉRIOS DE MÍNIMO DIMENSIONAMENTO TÉCNICO POSSÍVEL E MENOR CUSTO GLOBAL ............................... 9 
8  PROJETO DA REDE ........................................................................................................................... 10 
8.1  GERAL .................................................................................................................................................. 10 
8.2  PLANEJAMENTO BÁSICO .......................................................................................................................... 10 
8.3  LEVANTAMENTO DA CARGA ..................................................................................................................... 16 
8.4  PREVISÃO DA TAXA DE CRESCIMENTO DA CARGA ...................................................................................... 21 
8.5  CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE ACORDO COM A DENSIDADE DE CARGA ....................................................... 21 
8.6  CONFIGURAÇÃO BÁSICA DA REDE ............................................................................................................ 21 
8.7  INTEGRAÇÃO DA REDE AÉREA COM O MEIO AMBIENTE ............................................................................... 22 
8.8  REGULAÇÃO E SUPORTE DE TENSÃO ........................................................................................................ 22 
8.9  BANCO DE CAPACITORES ........................................................................................................................ 22 
8.10 APLICAÇÃO CONJUNTA DE BANCO DE REGULADORES E BANCO DE CAPACITORES ......................................... 22 
8.11 AUTOMAÇÃO DA REDE DE MÉDIA TENSÃO ................................................................................................. 23 
9  DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO ....................................................................................................... 23 
9.1  TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO ..................................................................................................... 23 
9.2  REDE DE BAIXA TENSÃO ......................................................................................................................... 28 
9.3  REDE DE MÉDIA TENSÃO ......................................................................................................................... 28 
9.4  PROTEÇÃO E SECCIONAMENTO ................................................................................................................ 30 
9.5  IDENTIFICADOR DE FALHA ........................................................................................................................ 33 
10  ATERRAMENTO ................................................................................................................................. 33 
10.1 CONDUTORES DE ATERRAMENTO ............................................................................................................. 33 
10.2 HASTES DE ATERRAMENTO...................................................................................................................... 34 
10.3 ATERRAMENTO NA MT ............................................................................................................................ 34 
10.4 ATERRAMENTO NA BT .............................................................................................................................34 
10.5 ATERRAMENTO DE CERCAS ..................................................................................................................... 34 
10.6 ATERRAMENTO EM ROCHAS .................................................................................................................... 35 
 Código 
Página 
Revisão 
Emissão 
 
 
CRITÉRIO DE PROJETO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 
DE MÉDIA E BAIXA TENSÃO 
CP-001
III
03
NOV/2014
10.7 PROFUNDIDADE DA HASTE DE TERRA ....................................................................................................... 35 
10.8 CONEXÕES ............................................................................................................................................ 35 
10.9 ATERRAMENTO TEMPORÁRIO ................................................................................................................... 35 
11  DIMENSIONAMENTO MECÂNICO ...................................................................................................... 36 
11.1 ESCOLHA DE POSTES, ESTRUTURAS E CONDUTORES ................................................................................. 36 
11.2 ESTAIAMENTO ........................................................................................................................................ 37 
11.3 TRAVESSIAS E APROXIMAÇÕES ................................................................................................................ 38 
12  PROJETO ............................................................................................................................................ 40 
12.1 GERAL .................................................................................................................................................. 40 
12.2 APRESENTAÇÃO DO PROJETO .................................................................................................................. 40 
12.3 ANÁLISE E ACEITAÇÃO DO PROJETO ......................................................................................................... 42 
13  EXECUÇÃO E COMISSIONAMENTO DA OBRA ................................................................................ 42 
13.1 LIMPEZA DA FAIXA DE SERVIDÃO .............................................................................................................. 42 
13.2 EXECUÇÃO DA OBRA .............................................................................................................................. 42 
13.3 ATUALIZAÇÃO DAS PLANTAS E CODIFICAÇÃO DE POSTES E ESTRUTURAS ..................................................... 43 
13.4 FISCALIZAÇÃO E COMISSIONAMENTO ........................................................................................................ 43 
13.5 ENERGIZAÇÃO DA OBRA .......................................................................................................................... 43 
14  ANEXOS .............................................................................................................................................. 44 
ANEXO A - FORMULÁRIO PARA LEITURA DE TRANSFORMADOR ............................................................................ 46 
ANEXO B - RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR ....................................................................................... 48 
ANEXO C - ORÇAMENTO RESUMO .................................................................................................................... 49 
ANEXO D - CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO EM BT ........................................................................................... 50 
ANEXO E - CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO EM MT........................................................................................... 51 
ANEXO F - TERMO DE SERVIDÃO E PERMISSÃO DE PASSAGEM EM PROPRIEDADE RURAL ....................................... 52 
ANEXO G - TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE ACESSO A REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DE 
EMPREENDIMENTOS DE INTERESSE ESPECÍFICO ................................................................................................ 53 
TABELA 2: INTERVALOS APROXIMADOS EM FUNÇÃO DO CONDUTOR ..................................................................... 54 
TABELA 3: CARACTERÍSTICAS DO CONDUTORES DE COBRE NU (CCN) ................................................................ 54 
TABELA 4: CARACTERÍSTICAS DOS CONDUTORES DE ALUMÍNIO NU COM ALMA DE AÇO (CAA) ............................... 54 
TABELA 5: CARACTERÍSTICAS DOS CONDUTORES DE LIGA DE ALUMÍNIO (CAL) ..................................................... 55 
TABELA 6: CARACTERÍSTICAS DOS CONDUTORES ANTI-FURTO ........................................................................... 55 
TABELA 7: CONDUTORES DE ALUMÍNIO PROTEGIDO PARA REDE COMPACTA 15 KV ............................................... 55 
TABELA 8: CONDUTOR MULTIPLEXADO DE ALUMÍNIO ISOLADO EM XLPE 0,6 / 1 KV ............................................... 56 
TABELA 9: CONDUTOR MULTIPLEXADO DE COBRE ISOLADO EM XLPE – 0,6 / 1 KV ................................................ 56 
TABELA 10: POTÊNCIA DO TRANSFORMADOR A SER INSTALADO .......................................................................... 56 
TABELA 11: CARREGAMENTO MÁXIMO PERMITIDO EM TRANSFORMADORES.......................................................... 57 
TABELA 12: UTILIZAÇÃO DOS POSTES .............................................................................................................. 57 
TABELA 13: DIMENSIONAMENTO CONDUTOR PRÉ-REUNIDO X TRANSFORMADOR ................................................... 58 
TABELA 14: POSTES PADRONIZADOS PARA MONTAGEM DE TRANSFORMADORES .................................................. 58 
TABELA 15: POSTES PADRONIZADOS PARA REDE DE DISTRIBUIÇÃO .................................................................... 59 
TABELA 16: TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL ....................................................................................................... 59 
TABELA 17: DEMANDA DIVERSIFICADA EM KVA .................................................................................................. 59 
 Código 
Página 
Revisão 
Emissão 
 
 
CRITÉRIO DE PROJETO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 
DE MÉDIA E BAIXA TENSÃO 
CP-001
IV
03
NOV/2014
TABELA 18: DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO DE BT MONOFÁSICA ................................................................... 60 
TABELA 19: DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO DE BT TRIFÁSICA ....................................................................... 60 
TABELA 20: QUEDA DE TENSÃO UNITÁRIA EM BT (KVA POR 100M)..................................................................... 60 
TABELA 21: QUEDA DE TENSÃO UNITÁRIA EM MT (K / KM – 13800V) ................................................................ 61 
TABELA 22: NÍVEIS DE TENSÃO ........................................................................................................................ 61 
TABELA 23: TRANSFORMADOR X ELO FUSÍVEL ................................................................................................... 61 
TABELA 24: FATORES DE DIVERSIDADE PARA CONSUMIDORES URBANOS ............................................................. 62 
TABELA 25: FATOR DE DIVERSIDADE PARA CONSUMIDORES RURAIS ..................................................................... 62 
TABELA 26: DISTÂNCIA ENTRE CONDUTORES DE CIRCUITOS DIFERENTES ............................................................. 62 
TABELA 27: AFASTAMENTOS MÍNIMOS ENTRE CONDUTORES E O SOLO ................................................................ 63 
TABELA 28: COORDENAÇÃO ENTRE ELOS FUSÍVEIS TIPO K ................................................................................. 63 
TABELA 29: FATORES DE DEMANDA E FATORES DE CARGA DE CONSUMIDORES DE BT E MT ................................. 64 
DESENHO 001.01: TRAVESSIA SOBRE ÁGUAS NAVEGÁVEIS ...............................................................................121 
DESENHO 001.02: TRAVESSIA SOBRE LINHA FÉRREA ....................................................................................... 122 
DESENHO 001.03: TRAVESSIA SOBRE RODOVIA............................................................................................... 123 
DESENHO 001.04: FAIXA DE SERVIDÃO .......................................................................................................... 124 
DESENHO 001.05: ATERRAMENTO DE CERCA EM ÁREA URBANA ........................................................................ 126 
DESENHO 001.06: SECCIONAMENTO E ATERRAMENTO DE CERCAS PARALELAS E BIFURCADAS .............................. 127 
DESENHO 001.07: SECCIONAMENTO E ATERRAMENTO DE CERCAS TRANSVERSAIS .............................................. 128 
DESENHO 001.08: SECCIONAMENTO COM MOURÕES ....................................................................................... 129 
DESENHO 001.09: CRUZAMENTO SOBRE CERCA ELETRIFICADA ......................................................................... 130 
DESENHO 001.10: ATERRAMENTO DE MT E BT ............................................................................................... 131 
DESENHO 001.11: POSTES EM ESQUINAS ....................................................................................................... 132 
DESENHO 001.12: LADOS DA POSTEAÇÃO ...................................................................................................... 133 
DESENHO 001.13: MODELO DE PLANTA .......................................................................................................... 134 
DESENHO 001.14: RECONHECIMENTO ........................................................................................................... 138 
DESENHO 001.15: MAPA CHAVE .................................................................................................................... 139 
DESENHO 001.16: PERFIL PLANIALTIMÉTRICO ................................................................................................. 140 
DESENHO 001.17: ZONA DE PROTEÇÃO DE HELIPONTO ................................................................................... 141 
DESENHO 001.18: ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMO ................................................................................. 144 
DESENHO 001.19: SIMBOLOGIA DE PROJETO .................................................................................................. 147 
DESENHO 001.20: SITUAÇÕES PARA USO DOS SELOS DE SEGURANÇA .............................................................. 150 
DESENHO 001.21: LOCALIZAÇÃO DE SELO DE SEGURANÇA .............................................................................. 152 
 
 
 Código 
Página 
Revisão 
Emissão 
 
 
CRITÉRIO DE PROJETO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 
DE MÉDIA E BAIXA TENSÃO 
CP-001
1/152
03
NOV/2014
1 OBJETIVO 
Estabelecer as etapas e requisitos mínimos necessários para elaboração de projetos de Redes de 
Distribuição Aéreas de Média e de Baixa Tensão do sistema elétrico da Coelce, visando otimizar os 
investimentos necessários para fornecimento de energia com qualidade e segurança. 
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS 
Durante as etapas de planejamento, projeto e execução das redes de distribuição devem ser 
observadas as seguintes normas, em suas últimas revisões ou outras pertinentes que vierem a ser 
publicadas: 
2.1 Legislação 
PRODIST, Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional; 
Resolução Normativa ANEEL Nº 414 de 09/09/2010, estabelece as condições gerais de fornecimento 
de energia elétrica de forma atualizada e consolidada. 
2.2 Norma Regulamentadora 
NR 10, Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. 
2.3 Normas Brasileiras – ABNT 
NBR 5422, Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica; 
NBR 9050, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos; 
NBR 15688, Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus. 
2.4 Normas Coelce 
CE-002, Serviços de Topografia; 
CP-003, Rede de Distribuição Rural Monofilar; 
DT-042, Utilização de Materiais em Linhas de Distribuição Aéreas de MT e BT; 
DT-138, Empreendimentos Habitacionais para Fins Urbanos Destinados às Famílias de Baixa Renda; 
NT-001, Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição; 
NT-002, Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de Distribuição; 
NT-003, Fornecimento de Energia Elétrica a Prédios de Múltiplas Unidades Consumidoras; 
NT-005, Fornecimento de Energia Elétrica a Condomínios Horizontais, Desmembramentos e 
Loteamentos; 
NT-007, Fornecimento de Energia Elétrica para Iluminação Pública; 
PE-030, Instalações de Iluminação Pública; 
PE-031, Rede Primária de Distribuição Aérea de Energia Elétrica Urbana e Rural; 
PE-034, Estruturas Especiais; 
PE-035, Rede Primária de Distribuição Aérea Rural Monofilar; 
PE-036, Rede de Distribuição Aérea Transversal – DAT; 
PE-038, Rede Secundária de Distribuição Aérea 380/220V; 
PE-LAAT, Linha Aérea de Alta Tensão - LAAT Classe de Tensão 72,5 kV; 
PM-01, Padrão de Material; 
PEX-014, Construção de Linhas Aéreas de Média e Baixa Tensão Desenergizadas; 
PEX-023, Inspeção em Redes de Média e Baixa Tensão; 
PEX-027, Desmatamento e Redesmatamento de Redes de MT e AT (15 e 72,5kV); 
POP-010, Procedimento para Avaliação dos Níveis de Tensão em Alimentadores de Média Tensão; 
PTO-004, Licenciamento Ambiental. 
 Código 
Página 
Revisão 
Emissão 
 
 
CRITÉRIO DE PROJETO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 
DE MÉDIA E BAIXA TENSÃO 
CP-001
2/152
03
NOV/2014
3 CAMPO DE APLICAÇÃO 
Estes critérios aplicam-se aos projetos de extensão, reforço, reforma e melhoria de Redes Aéreas 
de Distribuição de Média Tensão (13.800 Volts) e de Baixa Tensão (380/220 Volts) localizadas na 
área de concessão da Coelce. 
4 TERMINOLOGIA 
4.1 Alimentador 
Rede de Distribuição de Média Tensão que se origina a partir da subestação para fornecer energia 
elétrica, diretamente ou por intermédio de seus ramais, transformadores de distribuição e/ou 
consumidores. 
4.2 Área de Planejamento 
Área da Coelce responsável pelo planejamento expansão do sistema elétrico de AT e MT. 
4.3 Área de Projetos 
Área da Coelce responsável pela elaboração de projetos e orçamentos da rede de MT e BT. 
4.4 Área de Obras 
Área da Coelce responsável pela programação e execução de obras da rede de MT e BT. 
4.5 Atestado de Viabilidade Técnica 
Documento emitido pela Coelce que informa se o sistema elétrico de sua concessão é capaz de 
suprir a demanda estimada pelo interessado e que indica a necessidade ou não de execução de 
obras. 
4.6 Automação de Rede de MT 
Um sistema de automação da distribuição é uma combinação de subsistemas de automação que 
habilitam uma empresa concessionária a monitorar, coordenar e operar alguns ou todos os 
componentes do sistema elétrico em tempo real. 
4.7 Baixa Tensão - BT 
Limite de tensão nominal até 1.000 V. No sistema elétrico da Coelce a tensão nominal de Baixa 
Tensão é de 220 V (fase-neutro) ou 380 V (fase-fase). 
4.8 Cabo Coberto 
É um condutor coberto com material polimérico, resistente ao trilhamento elétrico e às intempéries. 
Não possui blindagem da isolação, portanto, não pode ser considerado cabo isolado. 
4.9 Cabo Multiplexado ou Pré-reunido 
É um cabo composto de vários condutores individualmente isolados e dispostos helicoidalmente 
formando um único conjunto, utilizando um condutor mensageiro que serve de neutro e de 
sustentação mecânica. 
4.10 Carga Instalada 
É a soma das potências nominais de todos os aparelhos, equipamentos e dispositivos instalados 
nas dependências das unidades consumidoras, os quais, em qualquer tempo, podem consumir 
energia elétrica. 
 Código 
Página 
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Emissão 
 
 
CRITÉRIO DE PROJETO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 
DE MÉDIA E BAIXA TENSÃO 
CP-001
3/152
03
NOV/2014
4.11 Comissionamento 
Ato de submeter equipamentos, instalaçõese sistemas a testes e ensaios especificados, antes de 
sua entrada em operação. 
4.12 Consumidor Grupo A 
Unidades consumidoras atendidas em tensão nominal de 13,8 kV. 
4.13 Demanda Diversificada 
Demanda resultante da carga, tomada em conjunto, de um grupo de consumidores. 
4.14 Demanda Máxima 
Maior demanda verificada durante um intervalo de tempo especificado. 
4.15 Demanda Média 
Razão da quantidade de energia elétrica consumida durante um intervalo de tempo especificado, 
para esse intervalo. 
4.16 Desmatamento 
Compreende o corte e retirada da vegetação que se encontra na faixa de passagem da rede de 
distribuição aérea a ser construída, com largura total de 6 m para rede de média tensão e de 3 m 
para rede de baixa tensão, observando o disposto no Desenho 001.04. 
4.17 Device Profile 
Documento que descreve as funções do protocolo de comunicação que foram implementadas no 
sistema e suas respectivas configurações. 
4.18 Faixa Livre 
Área do passeio, calçada, via ou rota destinada exclusivamente à circulação de pedestres. 
4.19 Faixa de Servidão 
Corresponde a faixa do terreno onde é localizada a rede de distribuição aérea, em toda a sua 
extensão e cuja largura é determinada pela classe de tensão e estruturas utilizadas. A faixa de 
servidão das redes rurais da Coelce corresponde a 3 m para redes de BT e 6 m para redes de MT, 
sendo 1,5 m e 3 m para cada lado do eixo das redes de BT e de MT respectivamente. Em casos 
excepcionais esta faixa pode ser alterada. Na área urbana, na maioria das situações, a faixa se 
confunde com o arruamento já definido, devendo, no entanto, serem atendidas as prescrições 
mínimas de distância dos condutores aos obstáculos. 
4.20 Fator de Carga 
Razão entre a demanda média e a demanda máxima ocorrida no mesmo intervalo de tempo 
especificado. 
4.21 Fator de Correção Sazonal 
Fator de correção da demanda diversificada dos consumidores residenciais e comerciais, com o 
objetivo de se excluir a possibilidade de que a demanda medida não corresponda à máxima anual. 
4.22 Fator de Demanda 
Razão entre a demanda máxima e a carga total instalada em um intervalo de tempo especificado. 
 Código 
Página 
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CRITÉRIO DE PROJETO
REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 
DE MÉDIA E BAIXA TENSÃO 
CP-001
4/152
03
NOV/2014
4.23 Fator de Diversidade 
Razão entre a soma das demandas máximas individuais de um conjunto de equipamentos elétricos 
ou instalações elétricas e a demanda máxima simultânea ocorrida no mesmo intervalo de tempo 
especifico. 
4.24 Fator de Potência 
Razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias 
elétricas, ativa e reativa, consumidas num mesmo período especificado. 
4.25 Fator de Utilização 
Razão entre a máxima demanda verificada pela capacidade nominal de um sistema. 
4.26 Fator de Simultaneidade 
Razão entre a demanda simultânea máxima de um conjunto de equipamentos ou instalações 
elétricas e a soma das demandas máximas individuais ocorridas no mesmo intervalo de tempo 
especificado. 
4.27 GOM.Net 
Sistema desenvolvido pela equipe de Redesenho de Processos da Diretoria Técnica, juntamente 
com as Gerências de Distribuição e Synapsis, com a participação de empresas parceiras. O sistema 
possibilita o acompanhamento das atividades dos processos de projetos e obras de distribuição, 
desde a gestão estratégica até as atividades de cada projetista, turma de construção e fiscais de 
obras. O sistema está centrado na comunicação entre a concessionária e suas diversas empresas 
parceiras, prestadoras de serviços de projetos, execução e fiscalização de obras. Toda a 
comunicação é realizada por meio da intranet e GPRS, com o uso de Palm Top pelas equipes de 
campo. 
4.28 Mapa Chave 
É a planta planimétrica da área a ser atendida, reduzida para a escala 1:5000. 
4.29 Média Tensão - MT 
Limite de tensão nominal acima de 1000 V e abaixo de 69 kV. No sistema elétrico da Coelce a 
tensão nominal de MT é de 13,8 kV entre fases. 
4.30 MRT 
O Sistema Monofilar Com Retorno por Terra – MRT consiste em uma rede monofásica na qual a 
terra substitui o condutor neutro. A vantagem do sistema é a utilização de um único condutor, 
permitindo, por esta razão, maiores vãos entre as estruturas de apoio, em face da inexistência da 
limitação imposta pelo afastamento dos condutores e ao menor esforço lateral nos postes, produzido 
pelo vento, acarretando por via de conseqüência, uma redução sensível no custo da rede. 
4.31 Núcleo Populacional Rural 
São aglomerados populacionais com número inferior a 20 unidades de construção, ocupando uma 
área contínua, formando ou não arruamentos regulares. 
4.32 Perfil Planialtimétrico 
Representação planialtimétrica do terreno da área específica do projeto de uma Rede de 
Distribuição Aérea Rural. 
4.33 Ponto de Ligação 
Ponto da rede de distribuição do qual deriva um ramal de ligação. 
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4.34 Projeto de Extensão 
Obras decorrentes de projetos que dão origem a novas redes ou crescimento das redes existentes 
para atendimento a novas cargas elétricas. 
Ressalta-se que as obras de extensão caracterizam-se por terem fundamentalmente a finalidade de 
atender a novas cargas. 
A construção de novos trechos para interligações de alimentadores ou com outras finalidades de 
natureza operacional, não se considera como extensão. 
4.35 Projeto de Reforço 
São obras que atuam sobre as instalações existentes com a finalidade exclusiva de aumentar sua 
capacidade, para que o componente não fique sujeito a um carregamento superior ao seu limite 
físico. 
Ex: Troca ou adição de novos transformadores, troca de condutores, troca de equipamentos. Em 
todos os casos por esgotamento das suas capacidades. 
4.36 Projeto de Reforma 
São obras que atuam sobre as instalações existentes, com a finalidade exclusiva de melhorar as 
suas condições físicas, por razões de segurança, estética ou padronização. 
Ex: Remanejamento de linhas e redes, troca de componentes deteriorados, troca de equipamentos 
defeituosos. 
4.37 Projeto de Melhoria 
São obras que se caracterizam por modificações nas instalações existentes ou construção de novos 
trechos com a finalidade de se obter condições operacionais mais vantajosas. 
Estas condições tanto envolvem aquelas de natureza elétrica (continuidade, confiabilidade, 
regulação de tensão, perdas) como de natureza econômica (custo operacional, energia não suprida 
etc.) 
Ex: Interligações para manobras, instalação de reguladores de tensão, bancos de capacitores, 
seccionadores. 
4.38 Ramal de Alimentador 
Componente de um Alimentador de Distribuição que deriva diretamente de um tronco de 
alimentador. 
4.39 Ramal de Ligação 
É o trecho do circuito aéreo compreendido entre a Rede de Distribuição de MT ou de BT da Coelce e 
o ponto de entrega. 
4.40 Rede de Distribuição Aérea Urbana - RDU 
É a parte integrante do Sistema de Distribuição implantado dentro do perímetro urbano das cidades, 
distritos, vilas e povoados. 
4.41 Rede de Distribuição Aérea Rural – RDR 
É um conjunto de linhas elétricas, com os equipamentos e materiais diretamente associados, 
destinado à distribuição rural de energia elétrica. 
4.42 Rede de Média Tensão 
Rede de Distribuição que fornece energia elétrica aos transformadores, unidades consumidoras de 
MT e/ou pontos de entrega sob a mesma tensão primária nominal. 
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4.43 Rede de Baixa Tensão 
Rede de Distribuição com origem no secundário dos transformadores de distribuição até os pontos 
de ligação dos diversos consumidores de BT. 
4.44 Sistema de Distribuição 
É a parte do sistema de potência destinado ao transporte de energia elétrica, em média ou baixa 
tensão a partir do barramento secundário de uma subestação (onde terminaa transmissão ou 
subtransmissão), até os pontos de consumo. 
4.45 SCADA 
Sistema de supervisão e controle que permite ao Centro de Controle do Sistema realizar comandos 
e monitorar equipamentos e suas respectivas grandezas elétricas remotamente. 
4.46 Sobrecarga 
Incremento de carga adicional sobre o valor nominal, que pode ser imposto a um determinado 
equipamento ou circuito. 
4.47 Tronco Alimentador 
Componente de um alimentador de distribuição que transporta a parcela principal da carga total. 
4.48 Unidade Consumidora Nível “A” 
Unidade consumidora de pequeno poder econômico , baixa renda, com consumo mensal inferior a 
80 kWh onde predomina o uso de iluminação e eletrodomésticos convencionais: TV, Micro System, 
Geladeira, Lâmpadas de baixa potência 
4.49 Unidade Consumidora Nível “B” 
Unidade consumidora de médio poder econômico, classe média, com consumo mensal entre 80 e 
220 kWh onde predomina o uso de iluminação e eletrodomésticos convencionais: TVs, Micro 
System, Geladeira, Freezer, Lâmpadas média potência, Condicionador de Ar. 
4.50 Unidade Consumidora Nível “C” 
Unidade consumidora de alto poder econômico, classe média alta, com consumo mensal entre 221 
e 500 kWh onde predomina o uso equipamentos de potência significativa : TVs, Sistema de Som, 
Geladeira, Freezer, Lâmpadas de média potência, Condicionadores de Ar, Chuveiros elétricos. 
4.51 Unidade Consumidora Nível “D” 
Unidade consumidora de muito elevado poder econômico, classe alta, com consumo mensal maior 
que 500 kWh onde predomina o uso equipamentos de potência significativa : TVs, Sistema de Som, 
Geladeiras, Freezer, Lâmpadas de alta potência, Pequenas Centrais de refrigeração, Chuveiros 
elétricos e outros serviços domésticos significativos. 
4.52 Unidade de Conservação 
São áreas naturais protegidas que possuem características naturais relevantes, com objetivos de 
conservar a biodiversidade e outros atributos naturais nelas contidos, com o mínimo de impacto. 
Elas são criadas para garantir a manutenção da biodiversidade e do equilíbrio ecológico, bem como 
proteger locais de grande beleza cênica, como serras, dunas, e cachoeiras. 
4.53 Zonas de Corrosão Salina 
As áreas de corrosão são classificadas de acordo com a proximidade da orla marítima em Zona 
Moderada, Zona Mediana, Zona Severa e Zona Muito Severa e suas localizações estão definidas na 
DT-042. 
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5 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA ELÉTRICO 
O sistema elétrico de distribuição da Coelce é constituído basicamente por redes de distribuição de 
MT a 3 (três) fios, transformadores de distribuição delta-estrela com neutro aterrado e redes de 
distribuição de BT a 4 (quatro) fios, sendo 3 (três) fases e 1 (um) neutro. 
A tensão nominal das redes de distribuição de MT é de 13.800 Volts entre fases e 13.800/ 3 Volts 
fase-terra. A tensão nominal das redes de distribuição de BT é de 380 Volts entre fases e 220 Volts 
fase-neutro, conforme Figura 1. Demais características são apresentadas na Tabela 1 e na Figura 1. 
Tabela 1: Características Gerais do Sistema Elétrico da Coelce 
Características Coelce 
Freqüência 60 Hz 
Nº de Fases 3 
Classe de Agressividade Ambiental (NBR 6118) NOTA 1 
Categoria de Corrosividade da Atmosfera (NBR 14643) NOTA 1 
Sistema de Média Tensão (3 fios) 
- Tensão Nominal 13,8 kV 
- Tensão Máxima de Operação 15 kV 
- Nível Básico de Isolamento na Subestação 110 kV 
- Nível Básico de Isolamento no Sistema de Distribuição 95 kV 
- 
Capacidade de Interrupção Simétrica dos Equipamentos de 
Disjunção 
16 kA 
Sistema de Baixa Tensão (dyn1) 
- Tensão do Sistema Trifásico 380 V 
- Tensão do Sistema Monofásico 220 V 
Transformador de Corrente para Proteção 
- Corrente Secundária 1 / 5 A 
- Fator de Sobrecorrente 20 
- 
Classe de Exatidão e Tensão Máxima do Enrolamento 
Secundário 
10B200 
Transformador de Potencial para Proteção 
- Relação do Transformador de Potencial (MT) 
13.800/3 - 115/115/3 V 
Enrolamento secundário com 
derivação. 
NOTA 1: Indicado pela DT-042. 
 
Rede de Distribuição de MT 
Tensão nominal: 
- Fase-Fase: 13.800 Volts 
- Fase-Neutro: 
3
13.800
 
 
Transformador de Distribuição 
Rede de Distribuição de BT 
Tensão nominal: 
- Fase-Fase: 380 Volts 
- Fase-Neutro: 220 Volts 
Figura 1: Representação Básica do Sistema de Distribuição de MT e BT da Coelce 
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6 DISPOSIÇÕES GERAIS 
6.1 Localização das Linhas de Distribuição de MT e BT 
6.1.1 As redes aéreas de distribuição de MT e BT devem ser instaladas em domínio público. 
6.1.2 É necessária a assinatura do Termo de Servidão e Permissão de Passagem em Propriedade 
Rural do Anexo F quando, em áreas rurais, não seja possível atender o item 6.1.1 e seja necessária 
a construção de redes aéreas de distribuição em terrenos particulares. 
6.1.3 As redes aéreas de distribuição de MT e BT podem ser construídas dentro dos limites dos 
prédios de múltiplas unidades de consumo ou dos condomínios fechados, deste que atendam 
respectivamente a NT-003 e NT-005. 
6.1.4 Em todos os casos descritos nas alíneas acima, as redes de distribuição devem ser 
construídas em locais que permitam à Coelce o livre acesso. 
6.2 Cerca Eletrificada Rural 
6.2.1 Finalidade da Cerca Eletrificada 
Quanto a finalidade da cerca eletrificada devem ser observados os seguintes itens: 
a) a finalidade da cerca eletrificada é manter animais confinados em uma determinada área ou 
proteger propriedades contra o acesso de animais domésticos e selvagens; 
b) em nenhuma hipótese deve ser usada para proteger a propriedade contra pessoas; 
c) a cerca eletrificada deve ser projetada por profissionais especializados e construída por empresa 
idônea, que possa dar garantia, assistência técnica e orientações quanto à operação do 
equipamento; 
d) o proprietário é responsável por qualquer anormalidade ou acidente que venha ocorrer na cerca 
eletrificada e com as pessoas e animais que possam vir a se acidentar. 
6.2.2 Recomendações de Segurança 
Quanto a segurança da cerca eletrificada devem ser observadas as seguintes recomendações: 
a) a cerca deve ser alimentada por meio de um eletrificador e não pode, em nenhuma hipótese, ser 
eletrificada com energia diretamente da rede elétrica; 
b) nas aproximações ou cruzamentos da rede elétrica sobre cercas eletrificadas devem ser 
adotados os seguintes procedimentos: 
– cercas paralelas devem ficar a uma distância mínima de 30 m do eixo da rede elétrica; 
– nos casos onde for necessário cruzar a rede elétrica sobre a cerca eletrificada devem ser 
colocados dois condutores de proteção paralelos acima da cerca, para evitar que em caso de 
ruptura do condutor da rede este venha a cair sobre a cerca eletrificada; 
– os 2 (dois) condutores de proteção devem ter 60 m de comprimento, sendo 30 m para cada 
lado da rede, devendo ser aterrados nas duas extremidades, conforme Desenho 001.09. 
c) na utilização de cercas eletrificadas deve ser observado: 
– devem ser fixadas placas a cada 50 m, com os dizeres: “CERCA ELETRIFICADA”; 
– independente da sinalização, deve ser informado as pessoas da localidade sobre a existência 
da cerca eletrificada; 
– é necessária a manutenção periódica da cerca. 
6.3 Simbologia de Projeto 
Deve ser adotada a simbologia de projeto apresentada no Desenho 001.19. 
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6.4 Materiais Utilizados 
Devem ser utilizados exclusivamente os materiais e equipamentos padronizados no Padrão de 
Material e nas especificações técnicas em vigor na Coelce. A instalação dos materiais e 
equipamentos deve seguir o critério de grau de corrosão estabelecido na DT-042.Devem ser utilizadas as estruturas padronizadas nos padrões de estruturas: PE-030, PE-031, 
PE-034, PE-035, PE-036 e PE-038. 
7 PLANEJAMENTO DO SISTEMA ELÉTRICO 
7.1 Planejamento das Obras 
Todas as obras de redes de distribuição de MT e BT devem ser precedidas de um adequado 
planejamento, antes de seu projeto e construção, devendo ser realizado pela área de planejamento 
ou área responsável pelo projeto de MT e BT, de acordo com o porte da obra. A área responsável 
pelo projeto de MT e BT deve fazer o planejamento da rede de acordo com as recomendações 
contidas neste CP. Em casos excepcionais, a área de planejamento pode adotar outros critérios não 
relacionados neste CP. 
7.2 Tipos de obras a serem planejadas pela Área de Planejamento 
Deve ser feito o planejamento e emitido o respectivo Atestado de Viabilidade Técnica – AVT, para as 
seguintes obras: 
a) obras de atendimento a consumidores individuais do Grupo A ou empreendimentos que se 
enquadrem nos critérios para solicitação de atestado de viabilidade técnica definido nas normas 
técnicas: NT-002, NT-003 e NT-005; 
b) redes de distribuição de MT aérea com extensão total superior a 10 km ou com potência instalada 
(capacidade de transformação) a partir de 150 kVA no interior e 300 kVA em Fortaleza; 
c) obras de redes subterrâneas que interfiram na rede existente da Coelce ou outras obras 
consideradas especiais; 
d) com cargas que possam causar perturbações no sistema ou cargas muito sensíveis a variações 
de tensão, independente da potência. 
7.3 Tipos de obras a serem planejadas pela área responsável pelo projeto de MT e BT 
As obras que não se enquadrem no item 7.2 devem ter um planejamento básico efetuado pela área 
responsável pelo projeto de MT e BT, com o objetivo de que a rede seja construída com mínimo 
dimensionamento técnico possível e menor custo global. 
7.4 Critérios de Mínimo Dimensionamento Técnico Possível e Menor Custo Global 
7.4.1 O projeto elaborado deve considerar os critérios de mínimo dimensionamento técnico possível 
e menor custo global, conforme as normas e padrões disponibilizados pela Coelce, assim como 
daquelas expedidas pelos órgãos oficiais competentes, naquilo que couber e não dispuser 
contrariamente à regulamentação da ANEEL. 
7.4.2 Os projetos de rede de distribuição devem levar em consideração para atendimento ao 
fornecimento de energia elétrica os materiais, equipamentos, padrões de estruturas, tipo de rede 
que possuam especificações técnicas mínimas que propiciem ao solicitante qualidade adequada ao 
uso da energia elétrica. Deve-se ainda observar o que se segue: 
a) o mínimo dimensionamento técnico deve contemplar obras estritamente necessárias para o 
atendimento a unidade consumidora; 
b) somente deve ser permitida a inclusão de obras não relacionadas ao atendimento (com finalidade 
do aproveitamento do tempo de execução de obra), quando for possível a segregação destes 
custos de forma a não interferir onerosamente para o solicitante; 
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c) independente da forma como o solicitante requereu seu atendimento, o projeto inicial deve ser 
elaborado e apresentado com mínimo dimensionamento técnico e mínimo custo global; 
d) para atendimento através de Micro-Sistema Isolado de Geração e Distribuição de Energia Elétrica 
– MIGDI ou Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente - SIGFI, 
devem ser observados os critérios de mínimo dimensionamento técnico e mínimo custo global 
descritos na legislação pertinente. 
8 PROJETO DA REDE 
8.1 Geral 
A elaboração do projeto deve abranger as seguintes etapas: 
– planejamento básico; 
– cálculo elétrico; 
– cálculo mecânico; 
– apresentação do projeto. 
8.2 Planejamento Básico 
8.2.1 Planejamento Básico da Rede 
O planejamento básico da rede deve ser efetuado pela área responsável pelo projeto e consiste na 
determinação do tipo de projeto a ser desenvolvido. Este planejamento deve permitir um 
desenvolvimento progressivo da rede dentro da expectativa de crescimento da localidade a ser 
atendida. 
O planejamento básico deve seguir as etapas: 
a) devem ser obtidas plantas de situação da localidade ou área em estudo, através de plantas já 
existentes ou através de um novo levantamento topográfico ou aerofotogramétrico. Nesta etapa 
devem ser solicitados a Prefeitura mapas ou plano diretor da localidade ou área de estudo para 
facilitar a elaboração da plantas de situação; 
b) o levantamento topográfico é necessário para projetos com extensão a partir de 3000 m ou o 
terreno for acidentado ou sinuoso ou quando a vegetação não permita a averiguação do terreno; 
c) deve ser realizado um levantamento em campo para complementar ou corrigir as informações 
obtidas na planta cadastral. 
8.2.2 Obtenção de Dados Preliminares 
Devem ser levantados os aspectos peculiares da área em estudo, observando-se: 
a) grau de urbanização da área; 
b) características das edificações; 
c) arborização das ruas; 
d) dimensões dos lotes; 
e) tendências regionais; 
f) comparação com áreas semelhantes que tenham dados de carga e taxa de crescimento 
conhecidas; 
g) planos diretores governamentais e dos órgãos de meio ambiente para a área; 
h) levantamento da carga; 
i) previsão da taxa de crescimento da carga; 
j) aquisição das plantas, mapas e projetos aprovados; 
k) classificação da área quanto ao grau de agressividade salina conforme DT-042. 
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8.2.3 Aproximação de Aeroportos e Helipontos 
Para projeto e construção de rede nas proximidades de aeroportos, campos de pouso e helipontos, 
é necessária uma Consulta Técnica ao órgão responsável, pertencente ao Comando da 
Aeronáutica. Posteriormente deve ser solicitada a este mesmo órgão uma Licença para Projeto e 
Construção da Obra, devendo ser observadas as distâncias mínimas de segurança apresentadas 
nos desenhos 001.17 e 001.18. 
8.2.4 Traçado da Rede Aérea Rural 
8.2.4.1 Geral 
No traçado da rede aérea rural devem ser observadas as recomendações citadas nos itens 8.2.4.2 a 
8.2.4.6, procurando atender, no mínimo, 3 (três) dessas recomendações. 
8.2.4.2 Menor Distância 
A rede deve preferencialmente seguir estradas. Caso não seja possível este traçado, deve-se 
percorrer as menores distâncias, desviar de áreas de plantios, construções, rios, lagos e outros 
obstáculos, visando obter uma rede com um menor custo e menor impacto sobre o meio ambiente. 
8.2.4.3 Apoio Rodoviário e Facilidade de Acesso 
A rede deve ser projetada próxima a estradas e locais de fácil acesso, para facilitar sua construção e 
manutenção, devendo-se restringir ao mínimo possível as travessias sobre rodovias, ferrovias, 
gasodutos, etc. 
8.2.4.4 Maior Número de Consumidores 
O traçado deve procurar áreas com maior número de consumidores e áreas com cargas mais 
significativas. 
8.2.4.5 Melhor Suporte Elétrico 
Deve ser verificado qual o alimentador mais adequado para derivar a nova rede, obedecendo aos 
estudos do planejamento para a área. 
8.2.4.6 Traçado / Tipos de Obstáculos 
O traçado deve contornar os seguintes tipos de obstáculos: 
a) picos elevados de montanhas e serras: quando for inevitável cruzar áreas montanhosas, deve-se 
procurar locais de menor altura e buscar sempre o traçado das curvas de nível do terreno. Devem 
ser escolhidos locais onde a rede cause menor impacto visual com o meio ambiente; 
b) terrenos muito acidentados: deve-se evitar terrenos muito acidentados, para não ser necessária a 
utilização de estruturas especiais e facilitar a construção, operação e manutenção; 
c) áreas de reflorestamento; 
d) mato denso: as áreas de mato denso devem ser contornadas a fim de se evitar desmatamentos e 
impacto ambiental; 
e) pomares: implantar postes, depreferência fora das áreas de cultivo, procurando situá-los nas 
divisas dos terrenos; 
f) lagos, lagoas, represas e açudes; 
g) locais impróprios para implantação de postes, tais como terrenos pantanosos, terrenos sujeitos a 
alagamentos, marés ou erosão; 
h) terrenos com inclinação transversal superior a 50%; 
i) locais com alto índice de poluição atmosférica; 
j) locais onde normalmente são detonados explosivos; 
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k) loteamentos: nos casos em que forçosamente o traçado tenha que atravessar loteamentos, 
devem ser aproveitados os arruamentos a fim de se evitar possíveis indenizações, devendo a 
rede ser construída em padrão urbano; 
l) edificações e benfeitorias em geral: não devem ser feitas travessias sobre edificações, 
procurando sempre contorná-las, a fim de evitar desapropriações; 
m) aeródromos, campos de pouso e helipontos: caso seja necessário passar próximo a aeródromos, 
campos de pouso e helipontos devem ser observadas as recomendações constantes nos 
desenho 001.17 e 001.18; 
n) deve-se evitar áreas de Unidades de Conservação ambiental. Quando não for possível, deve ser 
realizado um estudo individual para se encontrar uma solução que cumpra a legislação e equilibre 
os fatores técnico, econômico e de integração com o meio ambiente. Neste caso, deve ser 
anexado ao projeto uma cópia da Licença Prévia emitida pelo órgão de controle do meio 
ambiente nos locais de grande beleza cênica, como serras, dunas, e cachoeiras.(Ex: 
Guaramiranga, Jericoacoara, Parque de Ubajara, etc.). É importante lembrar que a Licença 
Prévia não autoriza o início das obras e nem o de qualquer outro tipo de atividade. Deve ser 
observada a necessidade da emissão da Licença de Construção e a Licença de Operação e 
Manutenção; 
o) áreas de riqueza paisagística: deve-se evitar zonas que mesmo não sendo consideradas de 
preservação ambiental, mas que por sua riqueza e singularidade paisagística ou por sua 
relevância histórica (parques naturais, monumentos históricos e artísticos, topo de montanhas, 
zonas turísticas, etc.) devem ser protegidas contra elementos que distorçam sua visão e 
diminuam seu valor natural. 
8.2.5 Traçado de Redes Urbanas 
8.2.5.1 Rede de Baixa Tensão 
As diretrizes básicas que devem orientar na elaboração do traçado da rede aérea urbana de baixa 
tensão são: 
a) deve-se evitar o traçado em frente a igrejas, paisagens e monumentos históricos de forma a não 
interferir com o seu visual; 
b) deve ser localizado no lado da rua com menor arborização. Nas ruas onde não haja arborização 
optar pelo lado da sombra; 
c) deve-se procurar localizar a rede sempre de um mesmo lado da rua, evitando o traçado em 
zig-zag e voltas desnecessárias, sem prejuízo das alíneas “a” e “b”; 
d) deve ser localizado, de preferência, no lado da rua em que não haja galerias de águas pluviais, 
esgotos, construção com sacadas, ou outros obstáculos que possam interferir na construção da 
mesma; 
e) não cruzar em nenhuma hipótese o terreno particular, com exceção dos casos previstos no item 
6.1.3; 
f) se possível, evitar ruas e avenidas com tráfego intenso de veículos; 
g) não cruzar praças e outras áreas de lazer, sempre que possível; 
h) evitar a proximidade de sacadas, janelas e marquises, mesmo respeitadas as distâncias de 
segurança indicadas no PE-031. 
8.2.5.2 Rede de Média Tensão 
Para o traçado de alimentadores e seus ramais nas redes urbanas, devem ser seguidos os 
princípios definidos no item 8.2.5.1 além dos prescritos abaixo: 
a) o caminhamento dos alimentadores deve favorecer a expansão do sistema, obedecendo a 
modelos propostos pelo planejamento; 
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b) procurar sempre utilizar arruamentos já definidos, se possível, com meio-fio; 
c) evitar ângulos desnecessários; 
d) acompanhar a distribuição das cargas, levar em conta as suas previsões de crescimento e 
procurar atribuir a cada alimentador áreas de dimensões semelhantes; 
e) procurar equilibrar a demanda entre os alimentadores; 
f) evitar trechos paralelos do mesmo alimentador em 1 (uma) via; 
g) evitar circuitos duplos; 
h) procurar ruas que ofereçam facilidades de derivação dos ramais de alimentadores; 
i) evitar ruas e avenidas de orla marítima; 
j) não cruzar terrenos particulares; 
k) considerar o máximo aproveitamento da rede existente nos projetos de reforma; 
l) os ramais devem ser, sempre que possível, dirigidos em sentido paralelo uns aos outros em ruas 
diferentes, orientados de maneira a favorecer a expansão prevista para a área por eles servidos. 
8.2.6 Locação da Posteação 
8.2.6.1 Geral 
Após a definição dos traçados das redes de MT e de BT, da seção dos condutores e da posição dos 
equipamentos de proteção e manobra, devem ser locados em planta os postes necessários 
obedecendo aos critérios básicos dos itens 8.2.6.2 e 8.2.6.3. 
8.2.6.2 Posteação em Rede de Distribuição Rural 
Quanto a locação dos postes em rede rural, deve-se observar alguns fatores, como se segue: 
a) os postes de transformadores devem estar situados no centro de carga; 
b) devem ser verificados os pontos de derivações de ramais; 
c) devem ser localizados em pontos de fácil acesso; 
d) deve-se evitar cruzamento de ferrovias e rodovias. 
8.2.6.3 Posteação em Rede de Distribuição Urbana 
Quanto a locação dos postes em rede urbana, deve-se observar alguns fatores, conforme a seguir: 
a) os postes não devem ser locados em frente à entrada de garagens e guias rebaixados (meio fio); 
evitar sempre que possível, a locação dos mesmos em frente a anúncios luminosos, marquises e 
sacadas; 
b) projetar sempre que possível vãos de 35 m a 45 m; 
c) onde existir somente rede de MT com condutores nus, podem ser utilizados inicialmente vãos de 
70 m a 80 m, prevendo-se futuras intercalações de postes. 
d) as redes aéreas compactas de MT com condutores protegidos, projetadas em casos 
excepcionais, devem utilizar vãos com comprimento de até 40 m. Vãos com comprimentos 
superiores necessitam de análise criteriosa dos esforços; 
e) locar a posteação sempre na divisa dos lotes, edificações etc, sempre junto ao meio fio, pelo lado 
do passeio, a 20 cm do meio fio, de modo que a faixa livre mínima seja de 1,20m ou outro valor 
indicado no plano de zoneamento, código de obras e postura, plano diretor, lei de uso de 
ocupação do solo do município ou quaisquer documentos oficiais que racionalizem o uso do solo. 
No caso de loteamentos que não possuam meio fio ou o passeio seja inferior a 1,90m (1,20 livre+ 
0,2m para meio fio + 0,5m da base poste) não é possível a aprovação do projeto; 
f) a fim de se obter uma distância maior para marquises, sacadas e anúncios luminosos, 
recomenda-se o uso de afastadores para redes de BT, e utilização de cruzetas do tipo meio-beco, 
beco ou estrutura de afastamento para redes de MT; 
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g) locar os postes visando atender também o projeto de iluminação pública; 
h) em ruas com largura até 20 m, incluindo-se os passeios, os postes podem ser locados sempre de 
um mesmo lado (locação unilateral) observando, se for o caso, a seqüência da rede existente; 
i) quando não houver posteação, deve ser avaliado qual o lado mais favorável para implantação da 
rede, considerando o lado menos arborizado e que tenha maior número de edificações, o que 
deve acarretar menos execução de travessias de ramais de ligação. Deve-se observar, no 
entanto, que os postes devem ser locados de forma que permita atender aos consumidores com 
o ramal de ligação com comprimento máximo de 30 m, quando não existir poste auxiliar (7m). Na 
existência de poste auxiliar o ramal de ligaçãopode ter comprimento máximo de 40 m. Caso isto 
não seja possível, podem ser utilizadas duas alternativas de projeto que devem depender das 
circunstâncias físicas locais: 
– conservar a posteação unilateral diminuindo os espaçamentos entre estes; 
– projetar posteação bilateral alternada. 
j) ruas com larguras compreendidas entre 20 m e 30 m, incluindo-se os passeios, podem ter 
posteação bilateral alternada, ou seja, esta deve ser projetada com os postes na metade do vão 
da posteação contrária, conforme Desenho 001.12; 
k) ruas com larguras superiores a 30 m, incluindo-se os passeios, podem ter posteação bilateral 
frontal, conforme Desenho 001.12; 
l) independente da largura da rua, deve ser projetada posteação bilateral, quando houver 
necessidade da instalação de 2 (dois) alimentadores, dando-se preferência a esta solução do que 
a alternativa de projetar circuito duplo; 
m) pode ser utilizada também a posteação bilateral para atender aos níveis de iluminação do projeto 
de iluminação pública. Neste caso, o arranjo deve ser do tipo posteação bilateral frontal; 
n) evitar o uso de postes em esquinas, principalmente em ruas estreitas, inferiores a 10 m, e sujeitas 
a trânsito intenso de veículos. No caso de reforma é permitida a locação de postes em esquinas, 
desde que se mantenha o alinhamento dos mesmos; 
o) os cruzamentos e derivações em esquinas, para redes congestionadas ou para atender o uso 
compartilhado de postes com as redes de telecomunicação podem ser feitos com a implantação 
de 2 (dois) ou 3 (três) postes e de modo conveniente para que sejam mantidos os afastamentos 
mínimos de condutores e que não haja cruzamento em terrenos particulares, conforme 
Desenho 001.11. 
p) os postes utilizados em esquinas em estruturas tangentes de MT ou BT devem possuir esforços 
mínimos de 300 daN. 
8.2.7 Plantas 
8.2.7.1 Geral 
Devem ser obtidas plantas cadastrais da localidade ou área em estudo, através de cópias de plantas 
já existentes, confiáveis e atualizadas ou através de um novo levantamento topográfico ou imagens 
de satélites. 
8.2.7.2 Planta de Situação 
Nesta planta deve constar traçado das ruas, avenidas ou rodovias, indicação do norte magnético e 
outros pontos de referência significativos, que permitam identificar o local onde deve ser construída, 
reformada ou ampliada a rede de distribuição, em desenho com escala adequada. Nas obras 
localizadas no interior do Estado e Região Metropolitana indicar também, município, localidade, 
estradas de acesso, a subestação e o alimentador de onde deriva a rede e os códigos do CSI 
(Controle do Sistema do Interior) das estruturas locadas antes e depois da derivação. Nas obras 
localizadas em Fortaleza indicar a subestação e o alimentador de onde deriva a rede e os códigos 
do CSC (Controle do Sistema da Capital) das estruturas locadas antes e depois da derivação. 
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8.2.7.3 Mapa Chave 
O mapa-chave deve ser utilizado para traçar o circuito em MT e BT e locar os transformadores, 
tendo como finalidade, dar uma visão geral da rede elétrica. 
Deve conter representação planialtimétrica, a orientação do Norte Magnético, detalhamento do 
ponto de derivação (indicando o nome do alimentador existente, poste, estrutura e ângulo). 
Em áreas rurais deve indicar a diretriz da RDR, assinalar em graus os pontos de deflexão e saída 
dos ramais, todas as edificações que representem ou não pontos de carga, com a numeração 
correspondente, indicação das redes de MT e de BT, representar os transformadores em simbologia 
de projeto padronizada no Desenho 001.19, além de todos os acidentes referidos no item 8.2.7.7. 
O mapa chave deve conter ainda um quadro resumo que mostre, por prancha, a extensão dos 
circuitos primário e secundário, a quantidade de transformadores e a potência total instalada e a 
quantidade de unidades consumidoras atendidas. 
O desenho do mapa chave deve ser feito por processo computacional podendo ser aceito, na escala 
1:5000. Ver exemplo no Desenho 001.15. 
8.2.7.4 Planta Cadastral 
Deve ser elaborada conforme padrão ABNT na escala 1:1000 contendo todos os detalhes físicos e 
elétricos necessários ao cálculo do projeto da rede de distribuição, devendo constar: 
a) traçado das ruas e avenidas; 
b) nome das ruas, avenidas e praças; 
c) indicação das edificações, destacando as igrejas, cemitérios, colégios, indústrias, etc.; 
d) situação física das ruas, de preferência com definição de calçamento existente, meios fios e 
outras benfeitorias; 
e) acidentes topográficos e obstáculos mais destacados que poderão influenciar na escolha do 
melhor traçado da rede, tais como: pontes, viadutos, ferrovias, rios, canais, galerias, sacadas de 
edifícios, marquises etc.; 
f) detalhes da rede de distribuição existente, destacando-se: 
– posteação: altura, resistência mecânica e estrutura utilizada; 
– condutores: natureza e bitola ou seção; 
– transformadores: potência e número de fases; 
– iluminação pública: tipo e potência das lâmpadas; 
– ramais de ligação em MT: seção e tipo dos condutores ( aéreo, subterrâneo ou misto); 
– extensão de vãos. 
g) indicação das linhas de transmissão e redes de distribuição, especificando as respectivas tensões 
nominais; 
h) redes de telecomunicações e outros. 
8.2.7.5 Perfil Planialtimétrico 
O perfil planialtimétrico é utilizado em Redes de Distribuição Rural – RDR e é destinado à locação 
das estruturas e à representação planimétrica das redes e deve ser feito por processo 
computacional, na escala horizontal de 1:5000 e na escala vertical de 1:500, conforme Desenho 
001.16. Deve conter: 
a) no desenho do perfil: a numeração das estacas, representadas em divisões de 10 em 10 
unidades. Além disto, devem ser registradas, em linha vertical, as cotas representativas do relevo 
do terreno; 
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b) na vista planimétrica: os detalhes a seguir enumerados, desde que contidos na faixa de servidão 
da rede e ainda as edificações que representem ou não unidades consumidoras, distanciadas do 
eixo da rede de cerca de 100 m: 
– indicação de estradas de rodagem municipais, estaduais, federais e ferrovias; 
– todos os caminhos, rios, córregos, açudes, lagoas, etc; 
– todas as linhas de transmissão, redes de distribuição linhas de comunicação; 
– indicação de cercas contendo o número e o tipo de fios de arame; 
– divisões de propriedades, alturas, tipo de vegetação e solo; 
– detalhes dos pontos de saída e chegada da rede, com indicação do alimentador existente, do 
ângulo de derivação, poste e estrutura correspondente; 
– núcleos populacionais; 
– indicação das estacas, características de deflexão e saída de ramais; 
– indicação de campos de pouso e aeroportos. 
8.2.7.6 Reconhecimento 
O reconhecimento tem por objetivo coletar dados em campo para se estabelecer o traçado definitivo 
da Rede de Distribuição Rural. O técnico incumbido do levantamento cadastral deve orientar o 
topógrafo na localização de todos os pontos de carga dos interessados, bem como os pontos dos 
suportes viários existentes. Na inexistência de estrada, a locação deve ser realizada através de 
picadas, e evitar o corte da vegetação. No reconhecimento deve ser elaborada planta conforme 
exemplo do Desenho 001.14 e deve constar também: 
a) ponto de derivação (designação da RDR existente, estrutura, tipo e numeração do poste); 
b) acidentes notáveis, tais como: açudes, rios, rodovias, ferrovias, serras, etc; 
c) unidades consumidoras aptas a serem ligadas, unidades consumidoras em construção e 
indicação de terrenos sem imóveis. 
Com base nas plantas fornecidas pelo reconhecimento, a Área de Engenharia da Rede deve 
determinar as diretrizes da Rede de Distribuição Rural em toda sua extensão, onde qualqueralteração neste traçado deve ser efetuada mediante prévia autorização por escrito daquela área. 
8.2.7.7 Levantamento Topográfico 
Consiste na determinação planialtimétrica do terreno, ao longo do caminhamento de toda a Rede de 
Distribuição Rural. Neste levantamento devem ser determinados os acidentes considerados 
relevantes à elaboração do projeto, quais sejam: cruzamento de estradas de ferro e rodagem, redes 
de comunicação e de energia elétrica, pontes, campo de pouso, tipos e características de cercas, 
edificações contidas na área do projeto e outros acidentes notáveis. A regulamentação destes 
procedimentos estão contidos no CE-002. 
8.3 Levantamento da Carga 
8.3.1 Consumidores Especiais 
Devem ser analisados separadamente os consumidores que possuem cargas que provocam 
flutuação de tensão na rede, no início ou durante o período de funcionamento. 
As cargas a serem levantados são: 
a) aparelhos de raios x; 
b) máquinas de solda; 
c) fornos elétricos a arco; 
d) fornos elétricos de indução com compensação por capacitores; 
e) motores de potências elevadas ( superiores a 50 cv); 
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f) retificadores e equipamentos de eletrólise; 
g) outros que provoquem perturbações. 
8.3.2 Iluminação Pública 
Devem ser assinalados, na Planta Cadastral, a potência e tipo das lâmpadas, conforme simbologia 
de projeto do Desenho 001.19. Os projetos de Iluminação Pública devem ser elaborados conforme 
prescrições contidas na Norma Técnica NT-007. 
8.3.3 Rede de Baixa Tensão 
8.3.3.1 Processo por Medição 
As medições devem ser efetuadas no horário considerado de carga máxima da área em estudo, 
observando as recomendações seguintes: 
a) as medições nos transformadores devem ser efetuadas conforme as áreas predominantes a 
seguir: 
– áreas residenciais: em áreas predominantemente residenciais as medições devem ser 
efetuadas em dias úteis, entre 18h30min e 20h30min, devendo ser preenchido o Anexo A. A 
sobrecarga máxima admissível num período de 2 horas é de 40%, conforme Tabela 11; 
– áreas comerciais: em áreas predominantemente comerciais as medições devem ser efetuadas 
em dias úteis, entre 09h00min e 11h00min ou entre 15h00min e 17h00min, devendo ser 
preenchido o Anexo A. A sobrecarga máxima admissível num período de 4 horas é de 20%, 
conforme Tabela 11; 
– áreas heterogêneas: em áreas com características heterogêneas onde coexistem favelas, 
prédios de apartamentos, consumidores residenciais, comerciais ou outras atividades é 
necessário segregar as demandas dos consumidores residenciais dos demais e efetuar as 
medições destes conforme disposto no processo por medição em consumidores, conforme 
alínea “b” do item 8.3.3.1; 
– áreas de sazonalidade: em áreas sujeitas a grande variação de demanda devido a 
sazonalidade (pólos turísticos) as medições dos transformadores devem ser efetuadas em 
períodos e horários supostamente considerados de máxima demanda. Na impossibilidade de 
serem efetuadas medições neste período deve ser adotado um fator de majoração que 
depende das informações disponíveis na região em relação ao comportamento da demanda na 
área; 
– áreas homogêneas: em áreas de características homogêneas devem ser medidos cerca de 
40% dos transformadores da área em estudo. A demanda média por consumidor deve ser 
calculada conforme a seguinte fórmula: 
kVA
Nc
DMt
DMc  )(
 
Onde: 
– DMc = demanda média por consumidor em kVA; 
–  (DMt) = somatório das demandas dos transformadores medidos em kVA; 
– Nc = número de consumidores ligados às redes de BT servidos pelos transformadores. 
As medições devem ser efetuadas simultaneamente na saída dos transformadores, indicando 
os resultados em formulário próprio, do Anexo A. O valor máximo da demanda por 
transformador deve ser determinado como segue: 
)(
1000
)(
kVAVM
IcIbIa
DMt 

 
 
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Onde: 
– Ia, Ib, Ic = correntes medidas nas fases A, B e C em ampère; 
– VM = tensão medida entre qualquer fase e neutro, em volts. 
b) Consumidores: para as medições em consumidores não residenciais e residenciais deve ser 
considerado: 
– consumidores não residenciais: os consumidores não residenciais que apresentam demanda 
significativa, tais como oficinas, serrarias etc., devem ser medidos individualmente no mesmo 
período considerado de demanda máxima da área em estudo. 
– demais consumidores não residenciais, tais como pequenos bares, lojas etc., devem ser 
considerados como consumidores nível B de acordo com a Tabela 17. 
– os consumidores residenciais devem ter suas demandas médias calculadas de acordo com a 
seguinte fórmula: 
)(
)(
kVA
Fdiv
DCnr
DMtDCr  
Onde: 
– DCr = demanda dos consumidores considerado residenciais em kVA; 
– DMt = demanda máxima medida do transformador; 
– (DCnr) = somatório das demandas máximas dos consumidores não residenciais em kVA; 
– Fdiv = fator de diversidade característico do grupo de consumidores de acordo com as 
Tabelas 24 e 25 
– a demanda média de cada consumidor considerado residencial deve ser calculada conforme 
fórmula: 
)(kVA
Ncr
DCr
DMc 
 
Onde: 
– Ncr = número de consumidores considerados residenciais. 
– áreas comerciais: para áreas predominantemente comerciais, as demandas devem ser 
determinadas de preferência através de medições diretas no ramal de ligação de cada 
consumidor, no horário considerado de demanda máxima. 
8.3.3.2 Processo Estimativo 
O processo estimativo para cálculo das demandas de consumidores residenciais e não residenciais, 
de baixa tensão deve ser conforme a seguir: 
a) Consumidores Residenciais: para a estimativa da demanda dos consumidores residenciais 
devem ser adotados os valores individuais de demanda diversificada em kVA, correlacionando o 
número e o nível de consumidores no circuito, de acordo com a Tabela 17. 
b) Consumidores não Residenciais: para a estimativa da demanda dos consumidores não 
residenciais podem ser utilizados dois métodos, conforme disponibilidade de dados existentes: 
– 1º Método: a estimativa dos valores da demanda para consumidores em função da carga total 
instalada, ramo de atividade e simultaneidade de utilização dessas cargas, deve ser 
determinado como se segue: 
)(kVA
Fp
CInstxFd
DCnr  
Onde: 
– DCnr = demanda dos consumidores não residenciais; 
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– CInst = Carga Instalada em kW; 
– Fd = Fator de Demanda típico, conforme Tabela 29; 
– Fp = Fator de Potência 
– 2º Método: A estimativa da demanda deve ser realizada com base no consumo extraído dos 
dados de faturamento. É prudente que se tome a média do consumo dos consumidores num 
período de tempo de 3 (três) meses. O cálculo deve ser realizado conforme fórmula: 
)(
730
kVA
FpFc
CM
DCnr

 
Onde: 
– CM = Consumo Médio do consumidor em kWh; 
– Fc = Fator de Carga Típico, de acordo com a Tabela 29. 
– Fp = Fator de Potência 
Nestes casos a demanda de iluminação pública deve ser calculada separadamente e adicionada à 
demanda estimada dos consumidores. 
8.3.3.3 Processo Computacional 
A determinação da demanda deve ser efetuada através dos relatórios estatísticos obtidos a partir do 
consumo mensal de cada unidade ligada à rede de BT. 
Neste caso a demanda de iluminação pública deve ser calculada separadamente e adicionada a 
demanda estimada dos consumidores. 
8.3.3.4 Determinação da Demanda Estimada por Poste 
Com base na Tabela 17 deve ser concentrada por poste da rede secundaria a demanda 
diversificada dos consumidores nele ligados, de acordo com a seguinte fórmula: 
DMp =  ( Cic x ni ) + Dip (kVA) 
Onde: 
– DMp = demanda máxima diversificada por posteem kVA; 
–  ( Cic x ni ) = somatório das demandas individuais diversificadas dos consumidores em kVA, por 
nível característico de acordo com a Tabela 17 vezes o Nº de consumidores individuais (ni) 
ligado a circuito; 
– Dip = demanda de iluminação pública em kVA. Esta demanda será obtida somando-se as 
potências nominais das lâmpadas de iluminação pública ligadas ao poste. 
Nesta expressão devem ser computadas também as cargas dos consumidores especiais, 
considerando como demanda a sua carga nominal. 
8.3.4 Rede de Média Tensão 
8.3.4.1 Processo por Medição 
As medições na rede de média tensão devem ser efetuadas, observando as recomendações 
seguintes: 
a) tronco de alimentadores: devem ser utilizados os relatórios de acompanhamento de subestações 
emitidos mensalmente pela área de operação e manutenção da alta tensão. Se estes relatórios 
não estiverem disponíveis, devem ser efetuadas medições de corrente por fase na saída do 
alimentador em estudo. A demanda deve ser calculada de acordo com a fórmula: 
)(3 kVAIVD MEDNALIM  
 
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Onde: 
– DALIM = demanda máxima do alimentador em kVA; 
– VN = tensão nominal da rede em kV; 
– IMED = corrente medida em ampère. 
A medição deve ser efetuada, de preferência, por um período mínimo de 24 horas, com a rede 
operando em sua configuração normal em dia de carga típica. Em áreas onde o ciclo de carga é 
conhecido pelas características dos consumidores da região, a medição pode ser efetuada no 
período considerado da demanda máxima através de aparelhos de registro instantâneo. 
b) ramais de alimentadores: devem ser efetuadas medições de corrente máxima no início da 
derivação dos ramais. A demanda deve ser calculada com a fórmula expressa no processo por 
medição em tronco de alimentadores, alínea “a”; 
c) consumidores ligados em MT: A demanda máxima deve ser obtida dos dados de faturamento do 
consumidor. Na falta desta informação, este valor deve ser obtido conforme prescrito no processo 
por medição em tronco de alimentadores, alínea “a”; 
d) edificações: devem ser efetuadas medições de corrente nas três fases, de preferência com 
medidor eletrônico, durante um período mínimo de 24 h e proceder para o cálculo da demanda, 
segundo o processo de medição em tronco de alimentadores, alínea “a”. 
8.3.4.2 Processo Estimativo 
O processo estimativo para cálculo das demandas de média tensão deve ser conforme a seguir: 
a) tronco de alimentadores: a estimativa da demanda máxima deve ter como base os resultados 
obtidos na demanda máxima dos ramais, segundo o que prescreve o processo estimativo para 
ramais de alimentadores, indicado abaixo na alínea “b”; 
b) ramais de alimentadores: a estimativa da demanda máxima de ramais deve ser feita através da 
demanda máxima, obtida na saída da subestação e rateando esta demanda proporcionalmente à 
capacidade nominal dos transformadores, de acordo com o que segue: 
Ptrafo
Dma
Fd
1 )(kVAPtrafoFDTd d  
Onde: 
– Dma1 = Demanda máxima do alimentador em kVA; 
– Ptrafo = Somatório das potências nominais dos transformadores, em kVA; 
– DTd = Demanda do transformador de distribuição para qualquer potência nominal, em kVA; 
– Fd = Fator de Demanda médio do alimentador. 
c) consumidores ligados em MT: a demanda deve ser obtida através da carga instalada do 
consumidor aplicando-se um fator de demanda típico, segundo sua atividade, expressa na 
Tabela 29. 
8.3.5 Estimativa da Carga em Rede de Distribuição Rural 
8.3.5.1 Investigação Preliminar e Levantamento Cadastral 
É a análise prévia das condições locais abrangendo características tais como: carga em potencial, 
condições de suprimento do sistema elétrico existente (rede de MT, BT, transformadores), 
organização fundiária e atividades econômicas da região, identificação dos potenciais unidades 
consumidoras nas proximidades, características de cargas. Esta análise é efetuada através de 
informações obtidas por meio do preenchimento de formulário “Relatório de Investigação Preliminar” 
contido no Anexo B. 
 
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8.4 Previsão da Taxa de Crescimento da Carga 
8.4.1 Taxa de Crescimento em RDU 
As taxas de crescimento da carga em redes de distribuição urbana devem seguir as prescrições a 
seguir: 
a) áreas com edificações compatíveis com a sua localização e totalmente construídas: deve ser 
adotada uma taxa de crescimento de 5% ao ano; 
b) áreas com edificações compatíveis com a sua localização e não totalmente construídas: deve ser 
adotada uma taxa de crescimento de 10% ao ano; 
c) áreas com edificações não compatíveis com a sua localização: deve ser adotada uma taxa de 
crescimento igual ou superior a 15% ao ano. Este é o caso típico de residência monofamiliares 
em áreas com tendência para construção de prédios de apartamentos. 
Na Tabela 16 estão caracterizados os fatores de multiplicação de demanda em função da taxa de 
crescimento. Desta maneira, dependendo das condições de crescimento da área, as demandas 
individuais calculadas no item anterior devem ser multiplicadas pelos fatores da Tabela 16, em cujos 
resultados serão baseados os cálculos dos dimensionamentos das seções dos condutores, das 
redes de MT e de BT, bem como do carregamento final do transformador. 
A fixação do horizonte do projeto de pequeno crescimento deve ser estabelecida pelo projetista, com 
o horizonte mínimo de 10 (dez) anos. 
8.4.2 Taxa de Crescimento de Carga em RDR 
A Tabela 16 fornece o fator de multiplicação para determinação da demanda e consumo final, em 
função da taxa de crescimento e do período de projeção considerado. A fixação do horizonte do 
projeto deve ser estabelecido em função da perspectiva do crescimento da carga na área ou ainda 
com base na variação percentual do consumo médio característico da região. 
8.5 Classificação das Áreas de Acordo com a Densidade de Carga 
As áreas, de acordo com a densidade de carga, estão classificadas em: 
a) áreas rurais de muito baixa densidade: menor que 0,5 MVA / km2; 
b) áreas rurais de baixa densidade: maior que 0,5 e menor que 1,5 MVA / km2; 
c) áreas urbanas de baixa densidade: menor que 2,0 MVA / km2; 
d) áreas urbanas de média densidade: de 2 a 6 MVA / km2; 
e) áreas urbanas de alta densidade: 6 a 10 MVA / km2; 
f) áreas urbanas de muito alta densidade: maior que 10 MVA / km2. 
8.6 Configuração Básica da Rede 
8.6.1 Rede de Baixa Tensão 
A configuração da rede de BT deve ser radial simples. 
8.6.2 Rede de Média Tensão 
A configuração da rede de MT pode ser radial simples ou radial com recurso de acordo com o grau 
de continuidade de serviço e da importância da carga ou localidade a ser atendida. 
Para a escolha da configuração básica, devem ser observadas as seguintes recomendações: 
a) radial simples: este tipo de configuração deve ser adotado em áreas onde as próprias 
características da distribuição de carga forçam o traçado dos alimentadores em direções distintas, 
tornando antieconômico o estabelecimento de pontos de interligação; 
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b) radial com recurso: este tipo de configuração deve ser adotado em áreas que requeiram um 
maior grau de continuidade de serviço, devido a existência de consumidores especiais tais como 
hospitais, centros de computação, etc., e sempre que 2 (dois) ou mais alimentadores sigam a 
mesma direção. Este tipo de configuração caracteriza-se pelos seguintes aspectos principais: 
– existência de interligação, normalmente aberta, entre alimentadores adjacentes da mesma ou 
de subestações diferentes; 
– previsão de reserva de capacidade em cada alimentador para absorção de

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