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Objetivos OBJETIVO 1: Entender a fisiopatologia da endocardite e suas complicações OBJETIVO 2: Compreender a etiologia dos microorganismos causadores da doença FISIOPATOLOGIA Endocardite Infecciosa: • Infecção séria e potencialmente fatal da superfície interna do coração. • Caracteriza-se pela colonização ou invasão das valvas cardíacas e do endotelial mural por um agente microbiano, levando a destruição dos tecidos cardíacos adjacentes Causa: Infecção Estafilococos, estreptococos e Enterococos, outros agentes causais são um grupo denominado HACEK (Haemophilus, Actinobacillus actinomycetemcomitans, Cardiobacterium hominis, Eikenella corrodens e Kingella kingae) • Por exemplo, o Staphylococcus aureus é o principal agente agressor em usuários de drogas intravenosas, enquanto a EI em próteses valvares tende a ser causada por estafilococos coagulase- negativos (p. ex., Staphylococcus epidermidis). Além disso, o S. epidermidis foi associado à contaminação em dispositivos implantáveis e a infecções relacionadas ao atendimento de saúde. Contaminação: • O principal fator causador é a contaminação do sangue por micro-organismos. A porta de entrada pode ser um procedimento odontológico ou cirúrgico que cause bacteremia transitória, injeção de uma substância contaminada diretamente no sangue (drogas injetáveis) ou a presença de uma fonte oculta na cavidade oral ou intestino. • Tanto no estágio agudo quanto crônico ocorre formações de lesões volumosas e potencialmente destrutivas nas valvas cardíacas • A valva aórtica e mitral são os pontos mais comuns • Essas lesões vegetativas são compostas por uma coleção de microrganismos infecciosos e resíduos celulares, entremeados aos filamentos da fibrina do sangue coagulado. • Os pontos infecciosos liberam continuadamente bactérias na corrente sanguínea e são uma fonte bacteriana persistente. • À medida que aumentam, as lesões causam destruição da valva, regurgitação valvar, bloqueio cardíaco, pericardite, aneurisma e perfuração da valva. Endocardite Aguda: • Início rápido • Ocorre em pacientes com valvas cardíacas normais e que podem ser saudáveis • Pacientes que apresentam histórico de uso de drogas psicoativas intravenosas, indivíduos debilitados, infecção destrutiva turbulenta • É capaz de causar morbidade e mortalidade mesmo com antibioticoterapia e cirurgia apropriada Endocardite Sub-aguda: • Evolui depois de alguns meses • Geralmente as valvas já se encontram anormais • Maioria se recupera após medicação Endocardite Bacteriana: • Valva mitral apresenta vegetações destrutivas que envolvem as margens livres da cúspide valvar • O desenvolvimento de cepas de micro-organismos resistentes em razão do uso indiscriminado de antibióticos e o aumento da população de pacientes Endocardite imunossuprimidos tem dificultado a classificação da EI em casos agudos e subagudos Complicações: Embolia: vegetações de 15mm, causadas por Staphylococcus aureus e acometendo a valva mitral são associadas ao risco de embolização Abcesso: cisto de tamanho variável, ocorre de 10 a 40% dos casos, acometendo valvas ou próteses aórticas e estando comumente associados ao Staphylococcus aureus . pela proximidade com o nó atrioventricular, pode haver bloqueio atrioventricular Insuficiência cardíaca: está associada à destruição valvar ou protética, sendo considerada ua emergência cirúrgica Fatores de Risco: • Uso de drogas intravenosas • Próteses valvares • Doença reumática cardíaca, prolapso de valva mitral, doença valvar aórtica • Passado de endocardite infecciosa • Hemodiálise • Infecção por HIV Sinais e Sintomas • Febre • Sinais de infecção sistêmica • Alteração característica de sopro • Na fase aguda pode apresentar calafrios • Na fase sub-aguda pode apresentar aumento de volume do baço, anorexia, mal estar e letargia. • É comum haver hemorragias lineares sob as unhas das mãos e dos pés • Os sintomas podem variar muito de acordo com o órgão acometido Manifestações Clínicas • Lesões de Janeway (embolização) • Nódulos de Osler (imunológico) • Manchas de Roth Diagnósticos: Classificação da Endocardite: Tratamento • Antibióticos IV: bactericidas e por tempo prolongado (microrganismo fica protegido na vegetação Referências: • PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 8ª ed. Guanabara Koogan, 2010.
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