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Meninges E LCS e drenagem

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QUEREM NEV� - MEDICINA UNIC XXXVIII
Meninges
São três membranas (de tecido conjuntivo) concêntricas sobrepostas, que revestem o encéfalo e a medula espinal
com o intuito de os pr�egerem, isto é, o cérebro é envolto por elas.
As três membranas, cada uma de diferente consistência, denominam-se, de fora para dentro:
➔ Dura-máter (no período embrionário, é chamada de paquimeninge);
➔ Aracnóide (leptomeninge, no período embrionário);
➔ Pia-máter (leptomeninge, no período embrionário).
Entre as meninges, existem os espaços meníngeos.
➔ Entre a dura-máter e a aracnóide: espaço subdural;
➔ Entre a aracnóide e a pia-máter: espaço subaracnóideo (onde se concentra a maior quantidade de
líquor).
O líquor que circula em volta e dentro do SNC se mistura com o sangue venoso para poder sair do crânio.
● Dura-máter;
É a meninge mais e�erna, espessa e resistente, constituída por tecido conjuntivo denso, contínuo com o periósteo dos
ossos da caixa craniana.
No encéfalo, a dura-máter vai ter duas camadas (uma é contínua e outra desce, ver na imagem). Entre essas duas camadas é
onde o sangue venoso fica.
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É formada por dois folhetos: um e�erno e um interno.
1. Folheto e�erno;
Adere intimamente aos ossos do crânio e se comporta como um periósteo
destes ossos, mas sem capacidade osteogênica, ou seja, sem proliferar células
ósseas (nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo ósseo).
Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos do crânio, não existe, no
crânio, um espaço epidural como na medula
2. Folheto interno;
O folheto interno forma projeções, denominadas de pregas da dura-máter (dobras do folheto interno). Os seios, para onde
vai o sangue venoso, são formados a partir dessas pregas (servem para pr�eger o encéfalo).
As pregas da dura-máter são:
➔ Foice do cérebro;
Septo de conjuntivo que ocupa a fissura longitudinal do cérebro. Separa os hemisférios
cerebrais.
➔ Foice do cerebelo;
Pequeno septo vertical, situado abaixo da tenda do cerebelo entre os hemisférios
cerebelares, separando-os de forma incompleta.
➔ Tentório (tenda) do cerebelo;
É um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. Cobre o cerebelo horizontalmente. Separa os compartimentos
supratentorial (cérebro) e infratentorial (cerebelo, IV ventrículo e tronco cerebral).
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➔ Diafragma da sela;
Pequena prega que reveste superiormente a hipófise - teto para a sela túrcica.
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Os seios venosos da dura-máter são:
Os seios venosos durais são canais venosos encontrados entre as camadas de dura-máter no cérebro e se distribuem pelo
interior do crânio. São formados na separação das duas camadas da dura-máter.
São cavidades da dura-máter, forradas por end�élio e pelos quais circula sangue das veias internas e e�ernas do cérebro.
Existem os seios superiores ou da abóbada (mais próximos da abóbada craniana) e também os seios da base, inferiormente
(mais próximos da base do crânio).
a. Seios superiores (da abóbada);
➔ Seio sagital superior;
Percorre a margem de inserção da foice do cérebro, situando-se medianamente no crânio. Termina próximo à pr�uberância
occipital interna, num ponto denominado confluência dos seios, que também recebe os seios transversos direito e
esquerdo, o seio reto e o seio occipital.
➔ Seio sagital inferior;
Situa-se na margem inferior e livre da foice do cérebro, terminando posteriormente no seio reto.
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➔ Seio reto;
Situado na região de união entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo. Recebe o seio sagital inferior e a veia cerebral
magna.
➔ Seio transverso;
Localiza-se ao longo da margem de inserção horizontal da tenda do cerebelo, havendo uma em cada lado da cabeça.
➔ Seio sigmóide;
Continuação do seio transverso na fossa posterior do crânio, terminando como veia jugular interna. Possui esse nome por
causa de sua forma de S. Tem �nção de drenar quase todo o sangue venoso da cavidade craniana.
➔ Seio occipital;
Localizado na margem de inserção da foice do cerebelo e constitui-se pequeno e irregular.
➔ Confluência dos seios;
Local de reunião dos seios sagital superior, reto, occipital e transverso.
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Os seios comunicam-se com o plexo venoso e�erno através de pequenas veias emissárias que atravessam forames ou
folículos no crânio ósseo.
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b. Seios da base
➔ Seio esfenoparietal;
Cai no seio cavernoso.
➔ Seio cavernoso;
É um grande plexo venoso, está localizado de cada lado da sela turca,
sobre a face superior do corpo do esfenóide, que contém o seio
esfenoidal (aéreo). Formado por paredes e�remamente finas, que se
estendem anteriormente da fissura orbital superior até o ápice da
parte petrosa do temporal posteriormente. O seio recebe sangue das
veias o�álmicas superior e inferior, veia cerebral média superficial e
seio esfenoparietal.
O seio cavernoso é atravessado pelos três nervos m�ores do olho: 3,
4 e 6. V1 e V3 também. Ademais, é atravessado pela artéria carótida
interna, que forma sifão car�ídeo.
Ele pode drenar para o petroso superior ou para o plexo basilar (irregular, tortuoso).
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➔ Seios petrosos superiores;
Iniciam-se nas e�remidades posteriores das veias que formam o seio cavernoso e seguem até os seios transversos no
local onde esses seios curvam-se inferiormente para formar os seios sigmóides. Cada seio petroso superior está situado na
área de inserção anterolateral do tentório do cerebelo, que se insere na margem superior da parte petrosa do temporal
Localizado em cada lado, na porção petrosa do osso temporal. Drena para seio sigmóide.
➔ Seios petrosos inferiores;
Percorre o sulco petroso inferior. Drenam para veia jugular interna.
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c. Drenagem;
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➔ Veias cerebrais;
V.v. cerebrais superficiais superiores;
V. cerebral superficial média;
V.v. cerebrais superficiais inferiores.
A drenagem venosa do encéfalo é realizada por dois sistemas de veias:
1. Sistema venoso superficial;
a. Grupo cerebral superior (drena para o seio sagital superior);
b. Grupo cerebral médio (drena para o esfenoparietal e, depois, pro seio cavernoso);
c. Grupo cerebral inferior (drenam para seios cavernoso e transverso).
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1. Sistema venoso pro�ndo;
Diversas veias que drenam para duas tributárias principais:
a. Veia cerebral interna;
b. Veia basilar (de Rosenthal);
Ambas se unem para formar a veia cerebral magna (de Galeno), que drena para o seio reto. Em geral, todas as veias
cerebrais drenam o sangue para algum dos seios.
● Aracnóide;
➔ Aspecto delicado;
➔ �paços;
1. Subdural (espaço p�encial);
É o espaço existente entre a dura-máter e a aracnóide. Em condições normais, muito pequeno, pois apenas é composto por
uma escassa quantidade de secreções, mas pode chegar a acolher acumulações consideráveis de sangue, em caso de
hemorragias provocadas por rupturas vasculares consequência de traumatismos cranioencefálicos.
�te espaço não existe em condições normais.
2. Subaracnóide (espaço real).
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É a região que parece uma teia de aranha e fica entre a aracnóide e a pia-máter.
Contém LCR, comunica-se com os ventrículos cerebrais, mas não tem comunicação com o espaço subdural. O espaço
subaracnóideo, cheio de líquido, constitui um colchão hidráulico que pr�ege o SNC contra traumatismos.
➔ Granulações aracnóideas;
São evaginações do espaço subaracnóideo que penetram os seios venosos da dura-máter e atuam na absorção do líquor no
encéfalo.
As granulações são projeções do espaço subaracnóideo e levam o líquor para o espaço venoso. Isso ocorre, pois 3x por dia o
líquor é renovado. Dessa forma, ele sai do crâniomisturado com o sangue venoso.
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Onde o líquor é produzido? Plexos corióides do encéfalo e da medula.
Onde o líquor é drenado? Granulações aracnóideas.
➔ Cisternas Subaracnóideas.
São aberturas no espaço subaracnóideo do cérebro criado por uma separação da aracnóide e da pia-máter. �ses espaços são
preenchidos com líquor. O equivalente na medula pode ser chamado de cisterna lombar.
São locais que são usados para puncionar líquor, ou seja, se há a necessidade de se fazer uma análise do líquor, punciona-se
numa cisterna.
As principais cisternas são:
1. Cisterna cerebelobulbar (cisterna magna - é a maior);
2. Cisterna pontocerebelar (cisterna pontina);
3. Cisterna superior (cisterna quadrigeminal);
4. Cisterna basal ou cisterna interpeduncular;
5. Cisterna quiasmática (perto do quiasma óptico);
6. Cisterna pericalosa.
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Tudo em marrom escuro é o líquor.
Em azul é o sangue venoso (seios).
● Pia-máter;
1. Mais interna;
2. Membrana pio-glial;
Membrana entre a meninge e os neurônios. É a porção mais pro�nda da pia-máter e recebe numerosos prolongamentos dos
astrócitos do tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial.
Assim, a pia-máter não fica ligada diretamente ao neurônio, mas às células da glia, principalmente os astrócitos.
3. Resistência do tecido nervoso;
Como o tecido nervoso é bem “mole”, visto que não tem fibras elásticas, de colágeno ou reticulares, é a pia-máter que
garante sua “firmeza” e resistência.
4. �paços peri-vasculares.
São cavidades ao redor de vasos intracranianos (revestimento dos vasos sanguíneos), preenchidas com líquor, podendo estar
patologicamente alargados.
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São invaginações da pia-máter e podem amortecer o choque da pulsação das arteríolas
Pia-máter em verde na imagem ao lado.

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