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Meninges e liquor - Neuroanatomia

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Neuroanatomia Lara Santos – Medicina UniFTC 
1 
 
Meninges - Liquor 
→ O tecido do Sistema Nervoso Central – SNC é 
muito delicado. Por esse motivo, apresenta um 
sistema de proteção que consiste em quatro 
estruturas: crânio, meninges, líquido cerebrospinal 
(liquor) e barreira hematoencefálica. 
→ O SNC é constituído 3 membranas conjuntivas: a 
dura-máter, pia-máter e aracnoide. A pia-máter e 
aracnoide, no embrião constituem um só folheto, 
e por vezes, são consideradas uma formação 
única, a leptomeninge, ou meninge fine, diferente 
da paquimeninge, ou meninge espessa, constituída 
pela dura-máter. 
→ As meninges recobrem e protegem o tecido 
nervoso, formam a estrutura de sustentação para 
artérias, veias e seios venoso. 
→ É a meninge mais superficial, espessa e resistente, 
formada por tecido conjuntivo rico em fibras 
colágenas, contendo vasos e nervos. 
→ A dura-máter do encéfalo difere da dura-máter 
espinhal por ser formada por 2 folhetos: externo e 
interno, dos quais apenas o interno continua com 
a dura-máter da medula espinhal. 
→ O folheto externo adere intimamente aos ossos do 
crânio e se comporta como um periósteo destes 
ossos. 
→ Ao contrário do periósteo de outras áreas, o 
folheto externo da dura-máter não tem 
capacidade osteogênica, o que dificulta a 
consolidação de fraturas no crânio e torna 
impossível a regeneração de perdas ósseas na 
abóbada craniana. 
→ Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos 
do crânio, não existe no encéfalo um espaço 
epidural, como na medula. 
→ A dura-máter, em especial seu folheto externo, é 
muito vascularizada. No encéfalo, a principal 
artéria que irriga a dura-máter é a artéria 
meníngea média, ramo da artéria maxilar interna. 
 
→ A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é 
ricamente inervada. Como o encéfalo não possui 
terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer 
sensibilidade intracraniana se localiza na dura-
máter, que é responsável pela maioria das dores 
de cabeça. 
→ Em algumas áreas o folheto interno da dura-máter 
destaca-se do externo para formar pregas que 
dividem a cavidade craniana em compartimentos 
que se comunicam amplamente. As principais 
pregas são: 
• Meninges 
• 
• Dura-máter 
• Pregas da dura-máter do encéfalo 
Neuroanatomia Lara Santos – Medicina UniFTC 
2 
 
 Foice do Cérebro: é um septo vertical mediano em 
forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do 
cérebro, separando os dois hemisférios. 
 Tenda do Cerebelo: projeta-se para diante como 
um septo transversal entre os lobos occipitais e o 
cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa 
posterior da fossa média do crânio, dividindo a 
cavidade craniana em um compartimento 
superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou 
infratentorial. A borda anterior livre da tenda do 
cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se 
ao mesencéfalo. 
 Foice do Cerebelo: pequeno septo vertical 
mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo 
entre os dois hemisférios cerebelares. 
 Diafragma da Sela: pequena lâmina horizontal que 
fecha superiormente a sela túrcica, deixando 
apenas um orifício de passagem para a haste 
hipofisária. O diafragma da sela protege e isola a 
hipófise. 
→ Em determinada área, os dois folhetos da dura-
máter do encéfalo separam-se delimitando 
cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que 
contém o gânglio trigeminal. (de Meckel). 
→ Outras cavidades são revestidas de endotélio e 
contêm sangue, constituindo os seios da dura-
máter, que se dispõem principalmente ao longo da 
inserção das pregas da dura-máter. 
→ São canais venosos revestidos de endotélio e 
situados entre os dois folhetos, que compõem a 
dura-máter encefálica. 
 
 
→ A maioria dos seios tem secção triangular, e suas 
paredes, apesar de finas, são mais rígidas que as 
das veias e geralmente não se colabam quando 
seccionadas. 
→ Veias superficiais e profundas do cérebro drenam 
nestes seios, seja direta ou indiretamente, assim 
como uma pequena quantidade de LCR através 
das granulações aracnóideas. Os seios venosos 
durais drenam o sangue do cérebro para as veias 
jugulares internas. Uma trombose em algum 
destes seios provoca um aumento de pressão 
craniana que em última análise pode levar à 
morte. 
→ Os seios dispõem-se sobretudo, ao longo da 
inserção das pregas da dura-máter, distinguindo os 
seios em relação com a abóbada e com a base do 
crânio. 
• Os seios da abóbada são os seguintes: 
 
 Seio sagital superior - localizado na porção 
superior da foice do cérebro, recobrindo sua 
margem. Termina próximo à protuberância 
occiptal interna, na chamada confluência dos 
seios, formada pela confluência do seio sagital 
• Cavidades da dura-máter 
• Seios da dura-máter 
Neuroanatomia Lara Santos – Medicina UniFTC 
3 
 
superior, reto e occiptal, e pelo início dos seios 
transversos direito e esquerdo. 
 Seio sagital inferior - localizado na porção inferior 
da foice do cérebro. Cursa ao longo da margem 
inferior da foice do cérebro, logo abaixo do seio 
sagital superior, terminando no seio reto. 
 Seio reto - localiza-se ao longo da linha de união 
entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo. 
Recebe, em sua extremidade anterior, o seio 
sagital inferior e a veia cerebral magna (drena o 
sangue do tálamo), terminando na confluência dos 
seios. 
 Seio transverso - localizado na tenda do cerebelo. 
É par (direito e esquerdo) e dispõe-se de cada lado 
ao longo da inserção da tenda do cerebelo no osso 
occipital, desde a confluência dos seios até a parte 
petrosa do osso temporal, a partir daí passa a ser 
chamado de seio sigmoide. 
 Seio sigmoide – em forma de “S”, é uma 
continuação do seio transverso até o forame 
jugular, onde continua diretamente com a veia 
jugular interna. Drena a quase totalidade do 
sangue da cavidade craniana. 
 Seio occipital – muito pequeno e irregular, 
localizado na parte posterior da foice do cerebelo. 
Drena da região infratentorial para a confluência 
dos seios 
 
• Os seios da base do crânio são os seguintes: 
 
 Seio cavernoso - um dos mais importantes seios da 
dura-máter. O seio cavernoso é uma cavidade 
bastante grande e irregular, situado de cada lado 
do corpo do esfenoide e da sela túrcica. 
→ Recebe o sangue proveniente das veias oftálmica 
superior e central da retina, além de algumas veias 
do cérebro. 
→ Drena a partir do seio petroso superior e inferior. 
→ O seio cavernoso é atravessado pela artéria 
carótida interna, pelo nervo abducente, e já 
próximo à sua parede lateral, pelos nervos 
troclear, oculomotor e pelo ramo oftálmico do 
nervo trigêmeo. 
→ Aneurismas da carótida interna no nível do seio 
cavernoso comprimem o nervo abducente e, em 
certos casos, os demais nervos que atravessam o 
seio cavernoso, determinando distúrbios típicos 
dos movimentos do globo ocular. 
→ Pode haver perfuração da carótida interna dentro 
do seio cavernoso, formando assim, uma fístula 
carótido-cavernosa, que determina a dilatação e 
aumento de pressão dentro do seio cavernoso. 
Isto faz com que se inverta a circulação das veias 
que nele desembocam, como as veias oftálmicas, 
resultando em grande protusão do globo ocular, 
que pulsa simultaneamente com a carótida. 
 Seios intercavernosos – unem os dois seios 
cavernosos, envolvendo a hipófise. 
Neuroanatomia Lara Santos – Medicina UniFTC 
4 
 
 Seio esfenoparietal – percorre a face interior da 
pequena asa do esfenoide e desemboca no seio 
cavernoso. 
 Seio petroso superior – dispõe-se se cada lado, ao 
longo da tenda do cerebelo, na porção petrosa do 
osso temporal. Drena o sangue do seio cavernoso 
para o seio sigmoide, terminando próximo a 
continuação deste com a veia jugular interna. 
 Seio petroso inferior – percorre o sulco petroso 
inferior entre o seio cavernoso e o forame jugular, 
onde termina lançando-se na veia jugular interna. 
 Plexo basilar– ímpar, ocupa a porção basilar do 
osso occiptal. Comunica-se com os seios petroso 
inferior e cavernoso, liga-se ao plexo do forame 
occiptal e, através deste, ao plexo venoso 
vertebral interno. 
→ Membrana muito delicada, justaposta à dura-
máter, da qual se separa por um espaço virtual, 
espaço subdural, contendo pequena quantidade 
de líquido necessária à lubrificação das superfícies 
de contato das duas membranas. 
→ A aracnoide se separa da pia-máter pelo espaço 
subaracnóideo, que contém o líquido 
cerebroespinhal, ou liquor, havendo ampla 
comunicação entre o espaço subaracnóideo do 
encéfalo e da medula. 
→ As trabéculas aracnoides atravessam o espaço 
para se ligar à pia-máter. 
→ A aracnoide justapõe-se à dura-máter e ambas 
acompanham apenas grosseiramente o encéfalo e 
a sua superfície. A piamáter adere intimamente a 
esta superfície que acompanha os giros, os sulcos 
e depressões. 
→ Deste modo, a distância entre as duas membranas, 
ou seja, a profundidade do espaço subaracnóideo 
é muito variável, sendo muito pequena nos giros e 
grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta 
da parede craniana. Forma-se assim nestas áreas, 
dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas 
subaracnóideas, que contém uma grande 
quantidade de liquor. 
→ As cisternas mais importantes são as seguintes: 
 Cisterna cerebelo-medular ou cisterna magna – 
ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo, 
do IV ventrículo e a face dorsal do bulbo. Continua 
caudalmente com o espaço subaracnóideo da 
medula e liga-se ao IV ventrículo através da 
abertura mediana. 
→ É a maior e mais importante das cisternas, sendo 
as vezes utilizadas para a obtenção de liquor 
através das punções subocciptais, em que a agulha 
é introduzida entre o occiptal e a primeira vértebra 
cervical. 
• Aracnoide 
• Cisternas subaracnóideas 
Neuroanatomia Lara Santos – Medicina UniFTC 
5 
 
 Cisterna pontina – situada ventralmente à ponte. 
 Cisterna interpendicular – localizada na fossa 
interpendicular. 
 Cisterna quiasmática – situada adiante do quiasma 
óptico. 
 Cisterna superior – (cisterna da veia cerebral 
magna): situada dorsalmente ao teto do 
mesencéfalo e o esplênio do corpo caloso. 
 Cisterna da fossa lateral do cérebro – corresponde 
à depressão formada pelo sulco lateral de cada 
hemisfério. 
→ Em alguns pontos da aracnoide, formam-se 
pequenos tufos que penetram no interior dos 
seios da dura-máter, constituindo as granulações 
aracnóideas, mais abundantes no seio sagital 
superior. 
→ As granulações aracnóideas levam pequenos 
prolongamentos do espaço subaracnoideo, 
verdadeiros divertículos deste espaço, nos quais o 
liquor está separado do sangue apenas pelo 
endotélio do seio e uma delgada camada de 
aracnoide. São estruturas admiravelmente 
adaptadas à absorção do liquor, que neste ponto, 
vai para o sangue. 
→ É a mais interna das meninges, aderindo 
intimamente à superfície do encéfalo e da medula, 
cujos relevos e depressões acompanham até o 
fundo dos sulcos cerebrais. Sua porção mais 
profunda recebe numerosos prolongamentos dos 
astrócitos do tecido nervoso, constituindo assim a 
membrana pio-glial. 
→ A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, 
pois o tecido nervoso é de consistência muito 
mole. Acompanha os vasos que penetram no 
tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, 
formando a parede externa dos espaços 
perivasculares. 
→ Neste espaço existem prolongamentos do espaço 
subaracnoideo, contendo liquor, que forma um 
manguito protetor em torno dos vasos, muito 
importante para amortecer o efeito da pulsação 
das artérias sobre o tecido circunvizinho. 
→ Verificou-se que os espaços perivasculares 
acompanham os vasos mais calibrosos até uma 
pequena distância e terminam por fusão da pia 
com a adventícia do vaso. As pequenas arteríolas 
são envolvidas até o nível capilar por pré-
vasculares dos astrócitos do tecido nervoso. 
→ É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço 
subaracnoideo e as cavidades ventriculares. 
→ A são função primordial é proteção mecânica do 
sistema nervoso central. 
→ A circulação do liquor é extremamente lenta e sua 
movimentação é realizada pela pulsação das 
artérias intracranianas que, a cada sístole, 
aumenta a pressão liquórica, contribuindo para 
• Granulações aracnóideas: 
• Pia-máter 
• Liquor 
Neuroanatomia Lara Santos – Medicina UniFTC 
6 
 
empurrar o liquor através das granulações 
aracnóideas. 
→ Através de punções lombares, suboccipitais e 
ventriculares, pode-se medir a pressão do liquor, 
ou colher certa quantidade para estudo de suas 
características citológicas e físico-químicas. 
→ O estudo do liquor é especialmente valioso para o 
diagnóstico de diversos tipos de meningite. 
→ O liquor normal do adulto é límpido e incolor, 
apresenta de zero a quatro leucócitos por 
milímetros cúbicos e uma pressão de 5 a 20 cm de 
água, obtida na região lombar com o paciente em 
decúbito lateral. 
→ O volume total de liquor é de 100 a 150 ml, 
renovando-se completamente a cada oito horas. 
→ Os plexos corioides produzem cerca de 500 ml por 
dia, através da filtração seletiva do plasma e da 
secreção de elementos específicos. 
→ Sabe-se hoje em dia que o liquor é produzido nos 
plexos corioides dos ventrículos e também que 
uma pequena porção é produzida a partir do 
epêndima das paredes ventriculares e dos vasos 
da leptomeninge. 
 
→ Existem plexos corioides nos ventrículos, e os 
ventrículos laterais contribuem com maior 
contingente liquórico, que passa ao III ventrículo 
através dos forames interventriculares e daí para o 
IV ventrículo através do aqueduto cerebral. 
 
 
→ Através das aberturas medianas e laterais do IV 
ventrículo, o liquor passa para o espaço 
subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente 
pelas granulações aracnoideas que se projetam 
para o interior da dura-máter. Como essas 
granulações predominam no eixo sagital superior, 
a circulação do liquor se faz de baixo para cima, 
devendo atravessar o espaço entre a incisura da 
tenda e o mesencéfalo. 
→ No espaço subaracnóideo da medula, o liquor 
desce em direção caudal, mas apenas uma parte 
volta, pois a reabsorção liquórica ocorre nas 
pequenas granulações aracnoideas existentes nos 
prolongamentos da dura-máter que acompanham 
as raízes dos nervos espinhais. 
→ O exame do líquido cefalorraquidiano (LCR) 
contribui significativamente para o diagnóstico de 
patologias neurológicas, o estadiamento e o 
seguimento de processos vasculares, infecciosos, 
inflamatórios e neoplásicos que acometem, direta 
ou indiretamente, o Sistema Nervoso. 
 
• Características citológicas e físico-
químicas do liquor 
• Formação, circulação e absorção do 
liquor 
• Punção do liquor 
Neuroanatomia Lara Santos – Medicina UniFTC 
7 
 
→ No processo inflamatório viral, poucas células 
passam pela barreira hemato-encefálica, com 
proteínas normais ou pouco aumentada, glicose 
normal e o tipo de células presentes são os 
linfócitos. 
→ No processo inflamatório bacteriano, há milhares 
de células, com características de pus, com muitas 
proteínas, glicose baixa e o tipo de células 
presentes são os neutrófilos. 
→ Na tuberculose, células e proteínas podem estar 
normais ou pouco aumentada, a glicose está muito 
baixa e o tipo de células presentes são os 
linfócitos. 
→ Punção lombar é utilizada para: 
• Avaliar a pressão intracraniana e a composição do 
LCR (anormalidades do liquor em várias doenças) 
• Reduzir terapeuticamente a hipertensão 
intracraniana (hipertensão intracraniana 
idiopática) 
• Administrar fármacos por via intratecal ou um 
agente de contraste radiopaco para mielografia. 
→ Entre o saco dural (S2) e o término da medula (L2) 
o espaço subaracnóideo é maior, contém maior 
quantidade de liquor e nele se encontra apenas o 
filamento terminal e raízes que formam a caudaequina não havendo perigo de lesão medular para 
realização da punção lombar. 
 
 
→ Se caracteriza por aumento da quantidade e da 
pressão do liquor, levando à dilatação dos 
ventrículos e compressão do tecido nervoso de 
encontro ao estojo ósseo, com consequências 
muito graves. 
→ Por vezes, a hidrocefalia ocorre durante a vida 
fetal, geralmente em 
decorrência de 
anomalias congênitas 
do sistema 
ventricular. Nesses 
casos, assim como em 
lactentes jovens, já 
que os ossos do 
crânio ainda não 
estão soldados, há 
grande dilatação da cabeça da criança, que 
confere proteção ao encéfalo. 
→ No adulto, como o crânio não se expande, a 
pressão intracraniana se eleva rapidamente, com 
compressão das estruturas e sintomas típicos de 
cefaleia e vômitos, evoluindo para herniação, 
coma e óbito, caso não ocorra tratamento de 
urgência. 
→ Existem dois tipos de hidrocefalias: as 
comunicantes e não comunicantes. 
 As hidrocefalias comunicantes resultam no 
aumento da produção ou deficiência na absorção 
do liquor, em razão de processos patológicos dos 
plexos corioides ou dos seios da dura-máter e 
granulações aracnóideas. 
 As hidrocefalias não comunicantes são mais 
frequentes e resultam de obstrução no trajeto do 
liquor, o que pode ocorrer nos seguintes locais. 
• Forame interventricular, provocando dilatação do 
ventrículo lateral correspondente. 
• Aqueduto cerebral, provocando dilatação do III 
centrículo e dos ventrículos laterais, contrastando 
com o IV ventrículo, que permanece com 
dimensões normais. 
• Aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, 
provocando dilatação de todo sistema ventricular. 
• Incisura da tenda, impedindo a passagem do liquor 
do compartimento infratentorial para o 
supratentorial, provocando também dilatação de 
todo o sistema ventricular. 
→ Pode-se drenar o liquor por meio de um cateter, 
ligando um dos ventrículos à cavidade peritoneal, 
nas chamadas derivações ventrículo-peritoneais. 
• Hidrocefalia 
Neuroanatomia Lara Santos – Medicina UniFTC 
8 
 
→ O aumento de volume de qualquer componente 
da cavidade craniana reflete-se sobre os demais, 
levando ao aumento da pressão intracraniana. 
→ Tumores, hematomas e outros processos 
expansivos intracranianaos, comprimem não só as 
estruturas em sua vizinhança imediata, mas todas 
as estruturas da cavidade crânio-vertebral, 
determinando um quadro de hipertensão craniana 
com sintomas característicos, entre os quais se 
sobressai a cefaleia, podendo também ocorrer 
vômitos. Pode haver também formação de hérnias 
de tecido nervoso. 
→ Quando se 
comprimem no 
pescoço as veias 
jugulares 
internas que 
drenam o sangue 
do encéfalo, há 
estase 
sanguínea, com 
aumento da 
quantidade de 
sangue nos vasos cerebrais. Isso resulta em 
imediato aumento da pressão intracraniana que se 
reflete na pressão liquórica, o que pode ser 
detectado medindo-se essa pressão durante uma 
punção lombar. 
→ Havendo suspeita de hipertensão craniana, deve-
se fazer sempre um exame de fundo de olho. O 
nervo óptico é envolvido por um prolongamento 
do espaço subaracnóideo, levando à compressão 
do nervo óptico. Isso causa obliteração da veia 
central da retina, a qual passa em seu interior, o 
que resulta em ingurgitamento das veias da retina, 
com edema da papila óptica. 
→ Essas modificações são facilmente detectadas no 
exame do fundo de olho, permitindo diagnosticar 
o quadro de hipertensão craniana. 
→ As pregas da dura-máter dividem a cavidade 
craniana em compartimentos separados por 
septos mais ou menos rígidos. Processos 
expansivos, como tumores ou hematomas que se 
desenvolvem em um deles, aumentam a pressão 
dentro do compartimento, podendo causar a 
protusão do tecido nervoso para o compartimento 
vizinho. Formam-se, desse modo, hérnias 
intracranianas que podem causar sintomatologia 
grave. 
→ Assim, um tumor em um dos hemisférios cerebrais 
pode causar hérnia do giro do cíngulo, que se 
insinua entre a borda da foice do cérebro e o 
corpo caloso, fazendo protusão para o lado 
oposto. 
 
 A hérnia de uncus corresponde à passagem do giro 
parahipocampal, ou de sua extremidade anterior, 
o uncus, para a fossa posterior através do orifício 
da tenda do cerebelo, onde se localiza o 
mesencéfalo. É geralmente unilateral e 
consequente ao aumento de volume de um 
hemisfério cerebral por um hematoma, infarto, 
tumor, abscesso ou traumatismo. O edema em 
torno da lesão potencia grandemente a expansão 
do hemisfério e ajuda a pressionar o uncus para 
baixo, entre a margem livre da tenda do cerebelo e 
o mesencéfalo. 
 Hérnia das tonsilas - um processo expansivo na 
fossa posterior dos hemisférios cerebelares, 
empurra as tonsilas do cerebelo produzindo hérnia 
tonsilar, comprimindo o bulbo Hemorragia 
Subaracnóidea (HSA) 
→ São rupturas de vasos que resultam em acúmulo 
de sangue nas meninges sob forma de hematomas 
e são uma das complicações mais frequentes dos 
traumatismos cranianos (TCE). 
→ O hematoma extradural forma-se em lesões das 
artérias meníngeas, ocorrendo durante fraturas de 
crânio, sobretudo artéria meníngea média, 
resultando em acúmulo de sangue entre a dura-
máter e o osso do crânio. O hematoma cresce, 
• Hipertensão craniana 
• Hérnias intracranianas 
• Hematomas extradurais e subdurais 
Neuroanatomia Lara Santos – Medicina UniFTC 
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separando a dura-máter do osso, e empurra o 
tecido nervoso para o lado oposto, formando uma 
estrutura biconvexa. 
→ O hematoma subdural geralmente ocorre uma 
ruptura de uma veia cerebral no ponto que ela 
entra no seio sagital superior, o sangue acumula-
se entre a dura-máter e a aracnóide. São mais 
frequentes em casos em que o crescimento do 
hematoma é lento, e a sintomatologia aparece 
tardiamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Referências: 
→ Neuroanatomia Funcional – Angelo Machado 
3ª edição. 
→ https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sis
temas/siste ma-nervoso/meninges-e-liquor/

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