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Neuroplasticidade: Capacidade de Adaptação do Sistema Nervoso

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NEUROPLASTICIDADE
A neuroplasticidade é a capacidade do sistema nervoso de alterar algumas das propriedades estruturais e funcionais em resposta a alteração do ambiente. A plasticidade nervosa não ocorre somente em processos patológicos, mas assume funções muito importantes no funcionamento normal do indivíduo. Mudanças morfológicas e/ou funcionais em resposta às alterações do ambiente e lesão. Se há morte de neurônios, não nascem novos, no entanto, existe a capacidade de novas conexões, normalmente na periferia da lesão.
A reabilitação do cérebro lesado pode promover reconexão de circuitos neuronais lesados. Quando há pequenas perdas de conectividade a tendência é que ocorra uma recuperação autônoma, enquanto, grandes perdas poderão acarretar perda permanente da função. Algumas lesões são potencialmente recuperáveis, mas para tanto, necessitam de tratamentos precisos, mantendo níveis adequados de estímulos facilitadores e inibidores. As mudanças organizacionais dependem das áreas lesadas e íntegras pré-existentes e da localização da lesão e são encontradas em ambos os hemisférios cerebrais.
A lesão promove no SNC vários eventos simultâneos: Num primeiro momento, as células traumatizadas liberam seus aminoácidos e neurotransmissores, os quais em alta concentração, tornam os neurônios mais excitados e mais vulneráveis á lesão. Neurônios muito excitados podem liberar o neurotransmissor glutamato, que alterará o equilíbrio do íon cálcio e induzirá seu influxo para o interior das células nervosas, ativando várias enzimas que são tóxicas e levam os neurônios a morte (excitotoxicidade) . Após o evento lesivo, ocorre também a ruptura de vasos sanguíneos e/ou isquemia cerebral, diminuindo os níveis de oxigênio e glicose, que são essenciais para a sobrevivência de todas as células. A lesão promove três situações distintas: uma em que o corpo celular do neurônio foi atingido e ocorre a morte do neurônio, sendo esta irreversível; o corpo celular está íntegro e seu axônio está lesado; ou o neurônio se encontra em um estágio de excitação diminuída. De acordo com o grau do dano cerebral, o estímulo nocivo pode levar as células á necrose, lesando o tecido vizinho.
A neuro reabilitação atua na plasticidade neural, a qual gera mudanças morfológicas/funcionais em resposta as alterações do ambiente e lesão. Os estímulos facilitatórios/inibitórios, cooperam para a recuperação de funções perdidas e fortalecimento de funções similares, como comportamento motor, sensibilidade e cognição.
A neuroplasticidade é um fator essencial para a reabilitação pós AVC, já que é por meio dela que será possível a aprendizagem de novos comportamentos, no entanto a neuroplasticidade não acontece somente com os estímulos corretos, ela ocorre na presença de qualquer estímulo, então é preciso estarmos atentos a quais estímulos estamos sendo submetidos, para não estimularmos o que chamamos de plasticidade negativa.
Existem 3 tipos de plasticidade neural: Estrutural > formação, remoção e reorganização. Funcional > sinapse, excitabilidade celular, redes neurais. Mal adaptativa (adaptação anormal do tecido nervoso frente a mudanças ambientais ou frente a uma lesão)> hipoplasticidade, hiperplasticidade cerebral oposto. No lado que não está lesado; sadio; há aumento da ativação neural para compensar a outra área que não está lesada, passando a ter a mesma função dos que morreram e, ao mesmo tempo, realizando funções antigas.
A informação por sinapse pode ser:- Positiva: aumenta atividade- Negativa: diminui atividade. O neurônio geralmente comunica com a membrana pré e pós. A membrana tem que ser excitável para que haja ativação da via que é conduzida por neurônio motor para ativar fibras nervosas correspondentes. 
Coma presença de lesão, inicia-se o mecanismo de reparação e reorganização, e que duram meses e consiste no seguinte: recuperação da eficácia sináptica; supersensibilidade de denervação; recrutamento de sinapses silentes; equipotencialidade ou ação de massa e brotamento.

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